Alcides Lopes Tápias

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Alcides Lopes Tápias
Alcides Tápias
28.° Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Período 14 de setembro de 1999 até 31 de julho de 2001
Presidente Fernando Henrique Cardoso
Antecessor(a) Clóvis Carvalho
Sucessor(a) Sérgio Amaral
Dados pessoais
Nome completo Alcides Lopes Tápias
Nascimento 16 de setembro de 1942 (81 anos)
Santo Anastácio, São Paulo, Brasil
Prêmio(s) Ordem do Mérito Militar
Esposa Luzia Giachini Lopes
Profissão Advogado e Administrador de Empresas

Alcides Lopes Tápias GOMM (Santo Anastácio, 16 de setembro de 1942) é um advogado e político brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Formou-se em administração de empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e em direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas.[1]

Casou-se com Luzia Giachini Lopes[1] com quem tem dois filhos.[2]

Bradesco[editar | editar código-fonte]

Em 1957 começou a trabalhar no Bradesco como contínuo. Fez carreira até chegar à vice-presidência.[1]

Em 1991, por sugestão do presidente do banco Lázaro Brandão,[1] Tápias se tornou presidente da Federação Brasileira dos Bancos e membro do Conselho Monetário Nacional.[3] Cumpriu seu mandato até 1994 quando tinha expectativa de suceder Brandão na presidência.[3] Depois de dois anos sem a sucessão, resolveu sair do banco.[3][4]

Camargo Corrêa (1996-1999)[editar | editar código-fonte]

Em 1996, foi convidado a assumir a presidência do grupo Camargo Corrêa, até então liderado pela viúva do fundador Sebastião Camargo.[3] Na sua gestão, o grupo se diversificou: além de infraestrutura e construção, atuou nas áreas de energia elétrica e rodovias.[3] Junto à Votorantim e Bradesco, formou o consórcio VBC para participar de leilões de privatização.[2]

Ministério do Desenvolvimento (1999-2001)[editar | editar código-fonte]

Em 14 de setembro de 1999 foi nomeado ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do governo Fernando Henrique Cardoso.[1] Era o terceiro ministro de uma pasta recém criada.[5]

Em fevereiro de 2000, pediu a demissão do seu subordinado o presidente do BNDES Andrea Calabi.[5] Calabi, que fora indicação do ministro da Saúde José Serra,[5] incomodava Alcides, seu superior, com comentários polêmicos sobre setores industriais.[5] O substituo de Calabi foi Francisco Gros, indicação do presidente do Banco Central Armínio Fraga.[5]

Admitido à Ordem do Mérito Militar em 1993 no grau de Cavaleiro especial pelo presidente Itamar Franco, Tápias foi promovido em março de 2000 por FHC ao grau de Grande-Oficial.[6][7]

Em 31 de julho de 2001 Alcides saiu do ministério.[2] Foi substituído por Sérgio Amaral.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «TÁPIAS, Alcides». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 15 de novembro de 2020 
  2. a b c «Folha Online - Dinheiro - Conheça o perfil de Tápias, o ministro que sai do governo FHC - 24/07/2001». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 15 de novembro de 2020 
  3. a b c d e «Folha de S.Paulo - Ex-banqueiro, escolhido é defensor da indústria - 07/09/99». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 15 de novembro de 2020 
  4. TEMPO, O. (16 de outubro de 2019). «Morre o banqueiro Lázaro Brandão, ex-presidente do conselho do Bradesco». Economia. Consultado em 15 de novembro de 2020 
  5. a b c d e «Folha de S.Paulo - Governo: Tápias pede a demissão de Calabi - 23/02/2000». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 15 de novembro de 2020 
  6. BRASIL, Decreto de 2 de agosto de 1993.
  7. BRASIL, Decreto de 30 de março de 2000.

Precedido por
Dirce Camargo
Presidente do Mover Participações
1996 — 1999
Sucedido por
Raphael Antônio Nogueira de Freitas
Precedido por
Clóvis de Barros Carvalho
Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
1999 — 2001
Sucedido por
Sérgio Amaral