Baena Soares
João Clemente Baena | |
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Imagem do diplomata | |
Secretário-geral da Organização dos Estados Americanos ![]() | |
Período | 1984–1994 |
Antecessor(a) | Alejandro Orfila |
Sucessor(a) | César Gaviria |
Dados pessoais | |
Nascimento | 14 de maio de 1931 Belém, PA |
Morte | 07 de junho de 2023 (92 anos) Rio de Janeiro, RJ |
Cônjuge | Gláucia de Lima Baena Soares |
Profissão | Diplomata |
Assinatura | ![]() |
João Clemente Baena Soares (Belém, 14 de maio de 1931 – Rio de Janeiro, 7 de junho de 2023) foi um diplomata brasileiro, com formação no campo jurídico.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Membro do PEN Clube; Membro da Comissão Jurídica Interamericana - OEA; Presidente do Instituto Latino-Americano de Educação ou ILAE como é chamado por muitos.
O embaixador, que assumiu como secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) em junho de 1984, é um experiente diplomata, que cumpriu mandato de cinco anos e, posteriormente, foi reeleito pelo mesmo período de tempo.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/ca/Jo%C3%A3o_Clemente_Baena_Soares_%28Doutor_Honoris_Causa%29.jpg/220px-Jo%C3%A3o_Clemente_Baena_Soares_%28Doutor_Honoris_Causa%29.jpg)
Antes de entrar para OEA, João Clemente Baena Soares contava com 31 anos de serviço diplomático do Brasil, e mais especificamente, exercia a função de secretário-geral das Relações Exteriores do Brasil (1979-1984) quando foi eleito pela Assembleia Geral da OEA para liderar a organização.
Entre 1997 e 2006 foi membro da Comissão de Direito Internacional das Nações Unidas. Em novembro de 2003, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, o indicou para o High-Level Panel on Threats, Challenges and Change.
Em 4 de Março de 2009, o Embaixador João Clemente Baena Soares foi eleito para a Comissão Jurídica Interamericana (CJI) da Organização dos Estados Americanos (OEA). Ele, que foi o único brasileiro a ocupar o cargo de Secretário-Geral da OEA, e foi Secretário Geral do Itamaraty de 15 de março de 1979 a 7 de junho de 1984, irá ocupar a vaga deixada pelo professor Ricardo Seitenfus, nomeado para representar a Organização no Haiti. A eleição ocorreu na reunião do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos. Tal Comissão tem por função promover o desenvolvimento e codificação do Direito Internacional na região.
Um homem da História e de grandes histórias, João Clemente Baena Soares, soube como poucos se valer do fato de sua carreira diplomática ter seguido mais o curso da história do que o rumo da geografia, conforme ele mesmo revela: "Ao deixar o Instituto Rio Branco, o jovem diplomata pensa: 'Agora vou para Paris.' Se eu tivesse ido para um posto desse tipo, talvez não houvesse para mim preparação profissional mais firme, nem cresceria em mim o mesmo entusiasmo pela carreira que experimentei."[1]
E certamente a diplomacia brasileira não teria tido a participação tão marcante de um homem que desde as suas primeiras atuações já esboçava um carinho especial pelo que se tornou um de seus maiores interesses na diplomacia: a defesa da América Latina.
Em seus notáveis mandatos, seguiu a carreira diplomática sempre com o objetivo de servir ao Estado e não aos governos. Sempre deixou claro que suas atuações nunca foram meramente burocráticas e que sua condição de diplomata não representava somente um "emprego".(…). Baena Soares não seria omisso nos deveres que lhe foram designados: o principal deles, trabalhar pela negociação da paz. E assim continua ainda atuante na sua missão, versando sobre tecnologia nuclear, Alca, Mercosul, pobreza, ecologia, internacionalização da Amazônia, dando contribuições ao Direito Internacional e até vaticinando a causa de um dos próximos conflitos mundiais: a falta d'água.
Mais do que um registro dos dez anos em que o embaixador Baena Soares esteve à frente da Organização do Estados Americanos, este livro é uma reflexão sobre uma série de questões ligadas à história da diplomacia brasileira e ao contexto das relações internacionais contemporâneas, especialmente nas Américas. Em seu depoimento ao CPDOC/FGV, este brasileiro mostra por que sempre apostou na diplomacia como instrumento para a construção de um mundo melhor.[2]
Texto Baseado nas notas taquigráficas de conferência proferida no Seminário Internacional "O Tribunal Penal Internacional e a Constituição Brasileira", promovido pelo Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal, em 30 de setembro de 1999, no Auditório do Superior Tribunal de Justiça, em Brasília-DF.[3]
Membro da Academia Brasileira de Filosofia; Membro do PEN Clube; Membro da Comissão Jurídica Interamericana - OEA; Presidente do ILAE.
O diplomata brasileiro é viúvo de Gláucia de Lima Baena Soares, tem três filhos e seis netos.
Morte[editar | editar código-fonte]
João Clemente, morreu no dia 7 de junho de 2023, aos 92 anos.[4]
Referências
- ↑ «COLEÇÃO GENTE - Baena Soares». Editorario.com.br[ligação inativa]
- ↑ Livro: Sem Medo da Diplomacia
- ↑ «Imunidades de Jurisdição e Foro por Prerrogativa de Função». Ceinter.com.br[ligação inativa]
- ↑ «Morre o embaixador João Clemente Baena Soares, ex-secretário-geral da OEA». UOL Notícias. Consultado em 8 de junho de 2023