Confeitaria Nacional
Confeitaria Nacional | |
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A fachada da Confeitaria Nacional, na esquina da Praça da Figueira com a Rua dos Correeiros. | |
Início da construção | 1829 |
Geografia | |
País | Portugal |
Cidade | Lisboa |
A Confeitaria Nacional localiza-se na Praça da Figueira 18 A a D, e na Rua dos Correeiros, 238, na Baixa Pombalina da cidade de Lisboa, em Portugal. A Confeitaria Nacional foi recentemente seleccionada enquanto uma das melhores e mais antigas casas de doces da Europa.[1]
A confeitaria foi fundada em 1829, por Balthazar Roiz Castanheiro, natural de Vila Pouca de Aguiar, em Vila Real de Trás-os-Montes. A loja começou por ocupar duas portas que dão para a Rua da Betesga, sendo ampliada por volta de 1835, tornejando para a Rua dos Correeiros. As receitas da doçaria conventual trazidas daquele concelho, que fazem sucesso em Lisboa, habilitam-no a ser eleito juíz da Irmandade da Nossa Senhora da Oliveira, padroeira dos confeiteiros em Lisboa. O negócio prosperou mesmo após a sua morte, em 1869, e ainda hoje está na posse dos seus herdeiros.[2]
Baltazar Castanheiro Júnior, que sucedeu ao seu pai, realizou importantes melhoramentos na loja, tendo também aberto um salão de chá no andar superior. É por volta desta altura que Castanheiro Júnior traz de França a fórmula secreta do bolo-rei, introduzindo em Portugal aquele que é hoje um dos bolos mais tradicionais da doçaria portuguesa. Aos poucos, outras confeitarias da cidade passaram também a fabricar o Bolo-Rei, originando assim várias versões diferentes; todavia, a Confeitaria Nacional continua, ainda hoje, a produzir a receita original, que permanece um segredo bem guardado. Castanheiro Júnior manda vir, também, de Paris e Madrid, mestres confeiteiros, para assegurar a qualidade do fabrico dos seus bolos, e outros produtos, como compotas e licores de fruta.[2]
Altamente conceituada, a Confeitaria Nacional recebeu uma medalha na Exposição Universal de Paris de 1878. Participou, também, na Exposição Universal de Viena de Áustria de 1873, onde apresentou as suas frutas cristalizadas e compotas de fruta.[2]
A 28 de Outubro de 1873, o Rei D. Luís I de Portugal assina o alvará que torna a Confeitaria Nacional fornecedora da Casa Real, condição que se mantém até à Implantação da República Portuguesa, em 1910. No entanto, mesmo após a Revolução Republicana, a casa continua a gozar de grande prestígio, fornecendo destacadas figuras sociais e políticas, como António de Oliveira Salazar.[2]
Referências
- ↑ "A Confeitaria Nacional deixou a CNN de água na boca", Público. Acedido em 26 de Julho de 2014.
- ↑ a b c d Confeitaria Nacional - História Arquivado em 27 de fevereiro de 2014, no Wayback Machine.. Acedido em 27 de Julho de 2014