Discussão:Hans Kelsen

O conteúdo da página não é suportado noutras línguas.
Adicionar tópico
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Último comentário: 4 de abril de 2012 de 186.210.46.150

Meu nome é Ney César e gostaria de reportar um erro, neste artigo biográfico sobre Hans Kelsen, intitulado com o mesmo nome do eminente jurista, erro este referente à caracterização de outro jurista e filósofo, Carl Schmitt. Este, um nazista declarado, foi caracterizado, no artigo, como possuindo "forte fé católica", na seção Guarda da Constituição. No entanto, Carl Schmitt nunca foi católico, pelo contrário, era anticatólico, como demonstra a página de sua própria biografia na Wikipedia.

Com efeito, lá está escrito, na seção Teologia política (1922) que "Schmitt, que estava trabalhando como professor na Universidade de Bonn, dando maior subtâncias às suas futuras teorias autoritárias, negava efetivamente o livre-arbítrio baseado na visão do mundo católico". Com efeito, sua teoria era de que o estado autoritário devia dirigir as vontades de seus súditos, uma vez que "(...) as práticas institucionais das políticas liberais (...) são justificados pela fé no discurso racional". Ora, se ele negava o livre-arbítrio, negava a capacidade racional do indivíduo de se portar autonomamente frente ao estado, erigindo-se este como guardião da vida de seus súditos.

No entanto, é notório que o livre-arbítrio e a capacidade racional do homem são pressupostos básicos da doutrina católica. A sua filosofia ética é toda baseada no princípio da responsabilidade pessoal do homem com relação a sua postura racional e consciente diante do mundo. Com efeito, no próprio site da Wikipedia, na página de São Tomás de Aquino (este que é o filósofo precípuo de toda a construção teórica da ética católica), justamente na seção Ética de Tomás de Aquino, está escrito que, segundo São Tomás, "a ética consiste em agir de acordo com a natureza racional. Todo o homem é dotado de livre-arbítrio, orientado pela consciência, e tem uma capacidade inata de captar, intuitivamente, os ditames da ordem moral".

Para o Doutor da Igreja, todo homem é dotado de livre-arbítrio, e para Carl Schmitt, não existe o livre-arbítrio. Aqui verifica-se o erro de caracterização do jurista nacional-socialista como "católico", como está apresentado na página sobre Hans Kelsen. Por isso peço que verifiquem isso e, se possível for, que eu mesmo possa retificar esse erro. Muito obrigado.

-comentário não assinado de 186.210.46.150 (discussão • contrib) 02h45min de 4 de abril de 2012 (UTC)Responder