Maestà

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Duccio di Buoninsegna, 1308-1311. Painel, têmpera e ouro sobre madeira. Museu dell'Opera Metropolitana, Piazza Duomo, Siena.

Maestà [ma.eˈsta] (majestade, em italiano) designa a representação de Nossa Senhora com o Menino Jesus sentada em um trono, rodeada por santos, anjos, ou ambos. A Maestà é uma extensão do tema "Sede da Sabedoria" e Maria "Theotokos" (Maria, Mãe de Deus), que é uma contraparte ao ícone de Cristo em Majestade, o Cristo entronizado que é familiar nos mosaicos bizantinos[1] Maria Regina (Maria Rainha) é um sinônimo na História da Arte para a icônica imagem de Maria entronizada com, ou sem, seu Filho[2]

As pinturas que retratam a Maestà entraram no repertório artístico dominante, especialmente em Roma, no final do século XII e início do século XIII, com uma ênfase crescente na veneração da Virgem Maria. A Maestà foi muitas vezes executada em técnica de afresco diretamente em paredes rebocadas ou como pinturas em painéis de altar[3].

História[editar | editar código-fonte]

O tema da Virgem Maria com o Menino Jesus entronizados era raro nas obras de arte dos primeiros séculos do cristianismo, na chamada arte cristã primitiva. Em 431, no entanto, a definição de Maria como Theotokos, no Primeiro Concílio de Éfeso, afirmando definitivamente a divindade plena de Cristo e Maria como Mãe de Deus, posteriormente, para enfatizar este conceito, uma Madona e um Menino entronizados receberam um lugar de destaque na decoração monumental das igrejas[4]. Este foi o primeiro dogma mariano na Igreja Católica. Ao longo dos séculos seguiram-se outros dogmas marianos enaltecendo cada vez mais a figura da Virgem Maria, e, concomitantemente, as suas representações na arte[5].

A Virgem Maria tem sido um dos principais temas da arte ocidental por séculos. Há uma enorme quantidade de arte mariana na Igreja Católica, abrangendo tanto assuntos devocionais como a Virgem e a Criança quanto uma variedade de assuntos narrativos da vida da Virgem, muitas vezes organizados em ciclos. A maioria dos pintores medievais, e desde a Reforma até cerca de 1800, a maioria dos países católicos, produziram obras, incluindo mestres como Michelangelo e Botticelli[6].

A arte bizantina desenvolveu um grande número de tipos de Madona. Todos são ilustrados em ícones, e um ou outro tipo era geralmente retratado com destaque na parede oriental das igrejas bizantinas abaixo da imagem de Cristo; o local dramatizava seu papel de medianeira entre Cristo e a congregação[7].

Exemplos Notáveis[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Rosa, Nereide S. Santa. Retratos da Arte, página 100. Editora Leya (2001).
  2. M. Lawrence's discussion of this image, Maria Regina, Art Bulletin 7 (1924–1925:150-61.
  3. Vários exemplos raros em afresco e mosaico, incluindo o mosaico da abside perdida na primeira igreja em Roma dedicada a Maria, a Basílica de Santa Maria Maggiore, são listados por John L. Osborne, "Early Medieval Painting in San Clemente, Rome: The Madonna and Child in the Niche", Gesta 20.2 (1981:299-310) p. 304f.
  4. Madonna - Enciclopédia Britânica
  5. Conf. Nossa Senhora na arte
  6. Timothy Verdon, 2006, Mary in Western Art ISBN 978-0-9712981-9-4
  7. Madonna - Enciclopédia Britânica
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