Mobilização Nacional
Mobilização Nacional | |
---|---|
Número eleitoral | 33[1] |
Presidente | Antonio Massarollo[2] |
Vice-presidente | Glauco Nascimento[2] |
Secretário-geral | Lucas Albano[2] |
Fundador | Celso Brant |
Tesoureiro-geral | Reginaldo Moreira[2] |
Fundação | 21 de abril de 1984 (40 anos)[3] |
Registro | 25 de outubro de 1990 (33 anos)[1] |
Sede | São Paulo, SP[2] |
Ideologia | Nacionalismo brasileiro[3] [3] [3] Reformismo[3] Mobilização[3] |
Espectro político | Centro[4][5] à Centro-Direita |
Think tank | Fundação Juscelino Kubitschek |
Ala de juventude | Mobiliza Jovem |
Ala feminina | Mobiliza Mulher |
Ala LGBT | Mobiliza Diversidade |
Ala verde | Mobiliza Meio Ambiente e Sustentabilidade |
Membros (2024) | 213.141 filiados[6] |
Governadores (2024)[7] | 0 / 27 |
Prefeitos (2020)[8] | 12 / 5 568 |
Senadores (2024)[9] | 0 / 81 |
Deputados federais (2024)[10] | 0 / 513 |
Deputados estaduais (2022) | 4 / 1 024 |
Vereadores (2020)[11] | 200 / 56 810 |
Cores | Vermelho Branco Preto |
Slogan | "Mobilizar para Mudar." |
Sigla | MOBILIZA |
Bandeira do partido | |
Página oficial | |
pmn | |
Política do Brasil |
O Mobilização Nacional (MOBILIZA) é um partido político brasileiro de centro-direita. Obteve registro permanente em 25 de outubro de 1990 com o nome Partido da Mobilização Nacional (PMN).[1] Em abril de possuía 213.141 filiados.[6] Em convenção nacional realizada entre 24 e 25 de julho de 2021, a mudança de nome da agremiação para Mobilização Nacional (MOBILIZA) foi aprovada, sendo homologada no TSE em dezembro de 2023.[12][13]
História[editar | editar código-fonte]
O PMN, segundo seu manifesto de lançamento, foi criado em 21 de abril de 1984 como um movimento nacionalista.[3] Sua transformação em partido político se tornou possível a partir da aprovação em maio de 1985 da Emenda Constitucional nº 25, que, além de legalizar os partidos comunistas, permitiu a apresentação na eleição seguinte de candidatos de partidos ainda em formação.[3] Seu registro definitivo junto ao TSE seria obtido em 25 de outubro de 1990.[1][3]
Do programa apresentado pelo PMN por ocasião de seu lançamento constavam, entre outros pontos, a realização da reforma agrária, a adoção de uma política externa independente e voltada para o Terceiro Mundo, o rompimento com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a declaração da moratória da dívida externa em conjunto com os demais países da América Latina, a implementação de uma política econômica voltada para a ampliação do mercado interno e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.[3]
Segundo seu manifesto, o partido nascia “com a missão de dar continuidade ao único projeto político da nossa história, a Inconfidência Mineira”.[3] O partido adotou como patrono Tiradentes e como símbolo a bandeira dos Inconfidentes.[3] Definiu-se ainda como um partido defensor da democracia e da soberania nacional com base na “mobilização consciente da população”.[3] Seu primeiro presidente foi o ex-deputado federal Celso Teixeira Brant, cassado pelo regime militar implantado em 1964.[3]
O PMN participou das eleições presidenciais no Brasil em duas oportunidades. Em 1989, lançou Brant como presidenciável, tendo terminado o pleito em décimo-nono lugar, com 109.909 votos (0,15% das intenções de voto). Em 1998, o partido lançou a candidatura do brigadeiro Ivan Moacyr da Frota, que obteve votação maior: 251.337 votos (0,37 % dos votos).
Eventualmente, o partido detém representação parlamentar no Congresso Nacional. Valéria Monteiro foi convidada por um presidente estadual a se filiar ao PMN para concorrer à presidência do Brasil em 2018. No entanto, a convenção do partido abdicou da candidatura própria e de apoiar qualquer outro candidato no primeiro turno, resultando em processos e assim por diante por parte de Valéria Monteiro contra o partido.
Nas eleições parlamentares brasileiras de 2006 o PMN não conseguiu superar a então recém-instituída cláusula de barreira estabelecida pela legislação eleitoral. Em decorrência disto, o partido estudou fundir-se com o Partido Popular Socialista (PPS) e o Partido Humanista da Solidariedade (PHS) para formar um novo bloco partidário, cujo nome adotado foi o de Mobilização Democrática (MD), mas depois que o Supremo Tribunal Federal julgou inconstitucional a cláusula, o bloco foi desfeito e os partidos se separaram.
Novamente, em abril de 2013, o PPS propôs fundir-se ao PMN para formar a Mobilização Democrática (MD), entretanto em 28 de junho de 2013 a executiva nacional do PMN rejeitou a proposta, anulando o processo de fusão.[14]
Nas eleições municipais de 2016, o partido elegeu 28 prefeitos.[15] além de 526 vereadores pelo país.[11] O destaque do partido foi a eleição de Rafael Greca como prefeito de Curitiba, capital do Paraná, após vinte anos afastado.
Nas eleições gerais de 2018, o partido não declarou apoio a algum dos presidenciáveis.[16] Elegeu apenas três deputados federais e seis deputados estaduais,[7] além de ter ajudado a eleger os atuais governadores do Acre, de Alagoas, da Bahia, do Ceará, de Goiás, do Mato Grosso do Sul, da Paraíba e de Pernambuco, além de parlamentares de diversos partidos.[17] Como o PMN não superou a nova cláusula de barreira ao não atingir 1,5% dos votos válidos nas eleições para a Câmara dos Deputados, passou a não ter acesso aos recursos do Fundo Partidário e ao tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.[18]
Nas eleições municipais de 2020, o partido elegeu 13 prefeitos e 200 vereadores.[8] além de 220 vereadores pelo país, tendo um resultado pior que em 2016.[11] Ao ter recebido apenas 0,16% dos votos válidos para prefeitos no primeiro turno, o PMN ficou entre os partidos que podem tender a não atingir os 2,0% de votos válidos para deputados federais em 2022, esbarrando na segunda etapa da cláusula de barreira.[19]
Em março de 2021 o PMN chegou a ser uma das siglas com as quais o grupo político do presidente Jair Bolsonaro negociou sua entrada, apesar da resistência de membros do PMN.[20] A preferência do presidente era por um partido pequeno onde ele pudesse ter o controle da executiva nacional e dos diretórios.[20]
Organização[editar | editar código-fonte]
Parlamentares atuais[editar | editar código-fonte]Nas eleições de 2018, o PMN elegeu três deputados federais — Eduardo Braide (MA), Pastor Gildenemyr (MA) e Zé Vitor (MG) — mas todos trocaram de partido.[7]
|
Número de filiados[editar | editar código-fonte]
|
Simbologia[editar | editar código-fonte]
Desde a década de 1980, o MOBILIZA usa o triângulo usado pela Inconfidência Mineira; o patrono do partido é Joaquim José da Silva Xavier. No dia 21 de abril de 1986, dia de Tiradentes, foi lançado no sítio de Pombal (onde nasceu o patrono), o Movimento d'A Retomada da Inconfidência, baseada na carta de São João D'el Rey de Oscar Noronha Filho, um dos mais influentes políticos do partido.[21]
Desempenho eleitoral[editar | editar código-fonte]
Legislatura | Bancada | % | ± |
---|---|---|---|
49.ª (1991–1995) | 1 / 503 |
0,19 | 1 |
50.ª (1995–1999) | 4 / 513 |
0,77 | 3 |
51.ª (1999–2003) | 2 / 513 |
0,38 | 2 |
52.ª (2003–2007) | 1 / 513 |
0,19 | 1 |
53.ª (2007–2011) | 3 / 513 |
0,58 | 2 |
54.ª (2011–2015) | 4 / 513 |
0,77 | 1 |
55.ª (2015–2019) | 3 / 513 |
0,58 | 1 |
56.ª (2019–2023) | 3 / 513 |
0,58 | 0 |
57.ª (2023–2027) | 0 / 513 |
0,23 | 3 |
Os números das bancadas representam o início de cada legislatura, desconsiderando, por exemplo, parlamentares que tenham mudado de partido posteriormente.
Eleições estaduais[editar | editar código-fonte]
Participação e desempenho do PMN nas eleições estaduais de 2022[17] | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Candidatos majoritários eleitos. Em negrito estão os candidatos filiados ao PMN durante a eleição.Os cargos obtidos na Câmara Federal e nas Assembleias Legislativas são referentes às coligações proporcionais que o PMN compôs. Tais coligações não são necessariamente iguais às coligações majoritárias e geralmente são menores. Não estão listados os futuros suplentes empossados.
|
Eleições presidenciais[editar | editar código-fonte]
Ano | Imagem | Candidato(a) a Presidente | Candidato a Vice-Presidente | Coligação | Votos | Posição |
---|---|---|---|---|---|---|
1989 | Celso Brant (PMN) |
José Natan Emídio Neto (PMN) |
Sem coligação | 109.909 (0,15%) | 19ª | |
1994 | Leonel Brizola (PDT) |
Darcy Ribeiro (PDT) |
Força do Povo
(PDT e PMN) |
2.015.284 (3,18%) | 5ª | |
1998 | Ivan Frotta (PMN) |
João Ferreira da Silva (PMN) |
Sem coligação | 251.337 (0,37%) | 5ª | |
2002 | Luiz Inácio Lula da Silva (PT) |
José Alencar (PL) |
Lula Presidente | 52.793.364 (61,27%) | 1ª | |
2010 | José Serra (PSDB) |
Indio da Costa (DEM) |
O Brasil Pode Mais | 43.711.388 (43,95%) | 2ª | |
2014 | Aécio Neves (PSDB) |
Aloysio Nunes (PSDB) |
Muda Brasil | 51.036.040 (48,36%) | 2ª |
Referências
- ↑ a b c d TSE. «Partidos políticos registrados no TSE». Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ a b c d e PMN. «Executiva nacional». Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n «História do PMN (até 2014)». Fundação Getúlio Vargas. Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ Bem Paraná (12 de setembro de 2022). «Solange Bueno, do PMN, tenta atrair eleitores de Bolsonaro». Consultado em 12 de junho de 2023
- ↑ Folha de São Paulo (12 de agosto de 2018). «Genealogia dos partidos». Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ a b c TSE. «Estatísticas do eleitorado – Eleitores filiados». Consultado em 1 de março de 2024
- ↑ a b c d Edgard Matsuki (28 de outubro de 2018). «Eleições 2018: Confira lista completa dos candidatos eleitos». EBC. Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ a b PATRI/Datapedia. «Resultados da eleição municipal de 2020 para as prefeituras». Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ Senado Federal. «Senadores em Exercício 56ª Legislatura (2019 - 2023)». Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ Câmara dos Deputados. «Bancada dos partidos». Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ a b c Fábio Vasconcellos (17 de novembro de 2020). «DEM, PP e PSD aumentam número de vereadores no Brasil; MDB, PT, PSDB, PDT e PSB registram redução». G1. Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ Diário Oficial da União (30 set. 2021). «Partido da Mobilização Nacional Estatuto» (PDF). PMN. Consultado em 13 jan. 2023. Cópia arquivada (PDF) em 13 jan. 2023
- ↑ TSE (5 de dezembro de 2023). «Plenário decide que PMN só pode manter uma entidade de direito privado destinada à pesquisa». Consultado em 31 de dezembro de 2023
- ↑ «PMN desiste da fusão com PPS que criaria a Mobilização Democrática». Portal G1
- ↑ PATRI/Datapedia. «Resultados da eleição municipal de 2016 para as prefeituras». Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ G1 (20 de julho de 2018). «Candidatos à Presidência da República nas eleições de 2018: veja quem são». Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ a b TSE. «Repositório de Dados Eleitorais». Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ TSE (29 de janeiro de 2019). «TSE publica portaria com relação de partidos que terão acesso ao Fundo Partidário em 2019». Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ Carolina Freitas (2 de dezembro de 2020). «Dezesseis partidos podem parar na cláusula de barreira em 2022». Valor Econômico. Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ a b Paulo Cappelli e Jussara Soares (8 de março de 2021). «Bolsonaro negocia com DC, PMN e PSC e deve anunciar novo partido este mês». O Globo. Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ PMN (21 de abril de 2018). «Postagem do PMN no Facebook». Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ Câmara dos Deputados. «Bancada na Eleição (1998-2018)». Consultado em 25 de maio de 2021