Palacete de Frederika von Söhsten
Palacete de Frederika von Söhsten | |
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Início da construção | 1860 |
Geografia | |
País | Brasil |
Cidade | Recife |
O Palacete de Frederika von Söhsten é um casarão histórico localizado na cidade do Recife, capital do estado brasileiro de Pernambuco. Funciona atualmente como casa de recepções.[1]
História[editar | editar código-fonte]
O palacete de número 251 da Rua Benfica, no bairro da Madalena, foi morada de Frederika Christiana Elizabeth von Söhsten (Dona Souci), oriunda de uma família de usineiros de Pernambuco.[1] Frederika era filha de Frederik von Söhsten, sócio-gerente e co-proprietário da Usina Pedrosa que exerceu o cargo de cônsul da Holanda, e de Dulce de Lima Cavalcanti, filha de Arthur de Siqueira Cavalcanti, também proprietário da Usina Pedrosa e fundador da Usina Caxangá, além de senhor dos engenhos Tapera e Caeté[2].
O casarão é um representante da fase neoclássica brasileira. Pertencia a um senhor de engenho que morava no número 15 numa localidade então conhecida como “Passagem da Madalena”, onde eram realizadas travessias feitas por balsas.[3] Segundo registros do livro genealógico da família Gomes Leal, a construção deste casarão foi no ano de 1860 por Marcelino Gonçalves da Fonte, com jardim e várias construções secundárias.[4]
Depois o casarão foi vendido a Manuel Marques Amorim e em 1919, foi comprada por João Cardoso Ayres, pai do pintor Lula Cardoso Ayres, que usava como ateliê a ala tipo senzala do local, conservada até hoje.[3] O palacete também foi moradia temporária do ex-governador de Pernambuco Carlos de Lima Cavalcante (1892/1967), e testemunhou o casamento de Dona Dulce de Lima Cavalcanti com Frederik von Söhsten. Por fim, em 1930, o casal Dona Dulce de Lima Cavalcanti e Frederick von Söhsten adquiriram a casa do proprietário João Cardoso Ayres Filho. Lá nasceu a filha única do casal Frederika Cavalcanti Von Söhsten [5].
Atualmente a propriedade pertence a uma casa de eventos.[4]
Estrutura[editar | editar código-fonte]
O terreno do palacete, considerando o casarão, jardim e demais construções existentes, compreende cerca de 6.890 m2, cercado por grades e portões de ferros voltados para a rua Benfica.[6] O edifício principal possui 900,50 m² de área construída, e foi erguido no centro do terreno com jardins e caminhos laterais para veículos. Apresenta características de um sobrado isolado de quatro águas da fase colonial, porém não possui os beirais à mostra. O assentamento está sobre uma plataforma elevada em uma base maciça, dando-lhe uma elegância e imponência. Não apresenta porões e arcadas.[4]
O gradeamento frontal é de ferro de fabricação inglesa, voltado para rua Benfica, mostrando-se os portões neogóticos. As grades estão assentadas sobre uma base de alvenaria e acabamento de pedra portuguesa. Destaca-se a exuberância das plantas do jardim, dando realce à edificação.[4]
O conjunto arquitetônico oitocentista foi tombado pelo Iphan em 1987.[7]
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Solar da Viscondessa do Livramento
- Casa de Ferro Família Brennand
- Mansão Henry Gibson
- Centro Histórico do Recife
Referências
- ↑ a b «Benfica, a rua dos palacetes no Recife». Jornal do Commercio. Consultado em 17 de junho de 2020
- ↑ «Genealogia Pernambucana». www.araujo.eti.br. Consultado em 19 de março de 2021
- ↑ a b Pernambuco, Diario de (30 de agosto de 2018). «Os palacetes da Benfica do séc. XIX». Diario de Pernambuco. Consultado em 19 de março de 2021
- ↑ a b c d Controladoria Geral da União, Secretaria Federal de Controle Interno (2014–2015). «Relatório de Fiscalização» (PDF). Presidência da República - Controladoria Geral da União. Consultado em 19 de março de 2021
- ↑ «senzala | Fernando Machado». Consultado em 19 de março de 2021
- ↑ «Recife - Palacete do Benfica -ipatrimônio». Consultado em 19 de março de 2021
- ↑ «Bens tombados e processos de tombamento em andamento - Pernambuco» (PDF). Iphan. Consultado em 30 de junho de 2020