Paulo Vilas Boas
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Paulino Vilas Boas Pereira (Barcelos, 1940 - 2011), cujo nome artístico é Paulo Vilas Boas, é um pintor português.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Paulino Vilas Boas Pereira nasce em Barcelos, a 7 de abril de 1940. Filho de Laura de Faria Vilas Boas e de Domingos Pereira da Costa, faz a quarta classe e vive na freguesia de S. Lourenço de Alvelos, até aos dezassete anos. O seu pai emigra para o Brasil, em 1948, deixando a mulher e nove filhos. A pedido da sua mãe, Paulino muda-se para a casa de um tio materno (1957), na cidade do Porto, trabalhando na carvoaria do mesmo.
Descontente com o quotidiano, inscreve-se no curso noturno de Técnico de Têxtil, na Escola Industrial Infante D. Henrique, tendo como professor o mestre Mendes da Silva que se apercebe do traço fácil e original do aluno, nos desenhos de estamparia que lhe são solicitados. Incentivado pelo mestre, dá os primeiros passos na pintura.
Ainda sem o curso acabado, trabalha alguns anos na Sitenor (Sociedade Têxtil do Norte, para depois ingressar na F.O.C. (fábrica Osório de Castro) como desenhador de projetos de escritório e mobiliário. Em simultâneo, dedica-se à decoração e à pintura de cenários para o Teatro Sá da Bandeira, durante a vigência de Vasco Morgado (empresário teatral).
Em 1968, passa a trabalhar nos Invictos Supermercados, com a função de criar cartazes publicitários, o que lhe permite adquirir conhecimentos práticos de artes gráficas e a frequência de seminários de formação profissional, no estrangeiro, tanto nessa área, como na de publicidade. Paralelamente, vai desenvolvendo a sua pintura e os seus quadros passam a ser assinados com o nome Paulo Vilas Boas.
A primeira exposição individual de pintura acontece em 1969, mas é durante aquela realizada em 1972 que conhece Dórdio Gomes, a quem humildemente pede orientação e ensinamentos, pedido que lhe foi concedido: e «É com o mestre Dórdio Gomes que tudo começa…», recordando as palavras de Paulo Vilas Boas.
A partir de 1988 dedica-se apenas à pintura e, em 2001, assume o cargo de Diretor Artístico da Galeria Municipal de Arte da Câmara Municipal de Barcelos, o qual exerce até à sua morte (11 de julho de 2011).
As composições artísticas de Paulo Vilas Boas refletem a forte paixão pelos casarios, o rio e neblinas portuenses, pelas figuras (implícitas/explícitas) e suas vivências, ou pela cultura tradicional minhota - as tonalidades do azul, ou a viva paleta do artesanato barcelense, envolvem tanto as aguarelas, como os óleos sobre tela de sua autoria.
Realizou inúmeras exposições individuais e coletivas e a sua obra faz parte de várias coleções particulares. Sobre a mesma, escreveram Germano Silva, Alfredo Margarido, Fernando Lanhas, Manuel Cargaleiro, Júlio Resende, Flórido de Vasconcelos, Egito Gonçalves, Guilherme Camarinha, entre outros. Em sua homenagem, a Câmara Municipal do Porto atribuiu-lhe uma rua, na freguesia de Lordelo do Ouro.
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- PAMPLONA, Fernando, Dicionário de Pintores e Escultores, Porto, Livraria Civilização Editora, 1987-88 (2ª Edição);
- TANNOCK, Michael, Portuguese 20th Century Artists Biographical Dictionary, Philimore & Co Ltd, 1978;
- Paulo Vilas Boas – Livro-monografia, Porto, Fundação Engenheiro António de Almeida, 1997;
- Paulo Vilas Boas, Trinta Anos de Pintura, Porto, Edições Asa, 2001