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Portal:Grande Porto/Citações

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  • Se na nossa cidade há muito quem troque o B por V, há muito pouco quem troque a liberdade pela servidão. Almeida Garrett
  • Visto em substância própria e histórica, o Porto é romântico, franciscano e democrático. No cais, nas arcarias e ruelas da Ribeira e Miragaia, ou nas ásperas congostas que trepam até à Sé e à Cordoaria, respira-se e palpa-se Idade Média. Jaime Cortesão
  • O Porto é o lugar onde para mim começam as maravilhas e todas as angústias. Sophia de Mello Breyner
  • Uma ida ao Porto é sempre uma lição de portuguesismo, tanto mais rica quanto mais raramente lá se vai. É indispensável – é claro! – um mínimo de contacto reiterado com esse lar da nação para nele vermos algumas das significações latentes que enriquecem a nossa consciência. Vitorino Nemésio
  • O Porto é um arrabalde de si mesmo. Teixeira de Pascoaes
  • Lisboa diverte-se, Coimbra estuda, Braga reza e o Porto trabalha! Velho adágio popular
  • A muralha infunde em nós uma doce tristeza europeia, um orgulho de actividade, um desenho de pompas escravas, um sonho económico e uma impraticável fé de liberdade. Agustina Bessa-Luís
  • Esta nossa cidade divide-se naturalmente em três regiões distintas por fisionomias particulares. A região oriental, a central e a ocidental. O bairro central é o portuense, propriamente dito; o oriental, o brasileiro; o ocidental, o inglês. Júlio Dinis
  • Existe entre o Porto e Lisboa uma velha rivalidade que se define nas pitorescas designações ridicularizantes com que o azedume do vulgo nas duas terras reciprocamente se mutua. Sampaio Bruno
  • Se o Porto é uma cidade típica, o seu habitante também o é, como nenhum outro em Portugal. Lisboa tem uma população mista que facilmente se dispersa e dissolve. A população do Porto é homogénea e o seu traço característico é a solidariedade. João Chagas
  • O portuense não gosta de Lisboa. Não gosta da polícia. Não gosta da autoridade. Da autoridade vinga-se, desprezando-a. Da polícia vinga-se, resistindo-lhe. De Lisboa vinga-se, recebendo os lisboetas com a mais amável hospitalidade e com a mais obsequiada bizarria. Ramalho Ortigão
  • E quanto ao riso, o Porto gosta de rir e de rir com uma certa insolência: ri mais desbragadamente, mais primariamente, mais saudavelmente e com mais gosto do que Lisboa. Vasco Graça Moura
  • Afinal, o Porto, para verdadeiramente honrar o nome que tem, é, primeiro que tudo, este largo regaço aberto para o rio, mas que só do rio se vê, ou então, por estreitas bocas fechadas por muretes, pode o viajante debruçar-se para o ar livre e ter a ilusão de que todo o Porto é a Ribeira. José Saramago