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Portal:Grande Porto/Sabia que/2

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

  • ...a francesinha (imagem) foi inventada em 1953 por Daniel Silva, empregado da Regaleira?
  • ...diariamente 115 mil residentes dos concelhos vizinhos (principalmente de Vila Nova de Gaia, Gondomar e Matosinhos) deslocam-se à cidade do Porto para trabalharem?
  • ...três mil portuenses morreram no desastre da Ponte das Barcas, em 1809?
  • ...a Inquisição funcionou no Porto apenas durante dois anos e só realizou um auto-de-fé? Devido ao seu velho e consistente passado judaico e devido a essa herança estrutural 'marrana' do Porto, inconsciente mas pressentida e intuitiva, fez também da Igreja Católica do Porto uma voz de liberdade no tempo da ditadura corporativa de António de Oliveira Salazar (D. António Ferreira Gomes, na altura coadjuvado por D. Domingos de Pinho Brandão, teve de partir para o exílio), ditadura que foi gerada e suportada a partir de Lisboa, tal como a Inquisição. O território cripto-judaico/marrano/cristão-novo é o território do Norte de Portugal e da Galiza. Essa voz singular de liberdade económica e religiosa, ao longo dos séculos, é um indicador forte da idiossincrasia social do Porto, a cidade que mais se aproxima do temperamento da poupança e do trabalho da Cultura Judaica e do Judaísmo, e que a torna "a cidade mais europeia" de Portugal, de cidadãos burgueses, onde pode melhor se pode verificar o velho adágio centro-europeu de sabor protestante, que recupera o espírito de 'nação' judaico, que gerou o livre jogo do capitalismo e da economia de mercado: "Stadtluft macht frei" ("O ar da cidade liberta").
  • ...a partir de 1964 o Vinho do Porto foi autorizado a viajar por estrada do Alto Douro até às caves localizadas em Vila Nova de Gaia?
  • ...há 187 dias de nevoeiro por ano no Porto?
  • ...o Parque Paleozóico de Valongo mantém os registos fossilizados de organismos primitivos, como as trilobites, os graptólitos e os braquiópodes, que viveram há mais de 500 milhões de anos, quando a região se encontrava submersa por mares pouco profundos?
  • ...que a cidade do Porto, na actualidade, tem a maior sinagoga da Península Ibérica, a Sinagoga Kadoorie Mekor Haim, fundada pelo capitão Artur Carlos de Barros Basto, tio-bisavô da actriz Daniela Ruah?
  • ...que os estudos científicos mais recentes demonstram, cada vez mais, que as mais antigas e consistentes raízes judaicas dos portugueses, milenares, anteriores à nacionalidade, encontram-se na região do Entre-Douro-e-Minho, protagonizada pelo Porto, território actual do Grande Porto e da Grande Área Metropolitana do Porto, nas famílias brasonadas e senhoriais, famílias troncais dos morgadios, proprietárias de terra foreira, facto comprovado pelo tipo de sobrenomes familiares, sendo quase todos decalques e aglomerados de partículas fonéticas, morfológicas e sintácticas do hebraico antigo e do hebraico, sendo esta a região portuguesa que tem, muito de longe, a idiossincrasia social que mais se aproxima da Cultura Judaica e do Judaísmo, que é uma cultura autóctone? Que muitas das antigas sinagogas deram origem às congregações, irmandades e Igrejas da Misericórdia, no Noroeste Peninsular, igrejas cripto-judaicas, apesar de algumas sinagogas terem mantido, durante muito tempo, a sua identidade religiosa ortodoxa intacta, em Matosinhos, Barcelos ou Viana do Castelo, ligadas a essas famílias senhoriais?
  • ...que, no espaço urbano da cidade do Porto, existiram pelo menos quatro judiarias (com sinagoga) estruturadas, antes da conversão forçada por ordem de D. Manuel I? A primeira conhecida ficava no Bairro da Sé, na actual Rua de Santana, que, na época, se chamava Rua das Aldas (também tinha sido chamada de Rua da Sinagoga), que, no tempo de D. Afonso V, iria até à Rua Chã, antiga Rua Chã das Eiras. A segunda, localizava-se no Postigo dos Banhos, na zona da Praça do Infante, do Largo de S. Domingos, da Rua de Belmonte e da então Rua da Munhata, que, por vezes, também aparece grafada Minhota, actual Rua do Comércio do Porto. Em termos temporais, os judeus do Porto estiveram nesta judiaria durante 6 anos, de 1380 a 1386, ano em que D. João I solicitou à Câmara do Porto que instalasse os judeus dentro dos muros da cidade. A terceira, a sinagoga de Monchique, existiu no bairro de Monchique, em Miragaia, fundada pelo rabino Don Yahuda Ibn Maner. Em 1386, quando o espaço da antiga judiaria de Monchique já se tornara escasso para conter todos os judeus da cidade, D. João I mandou a Câmara do Porto assinalar um lugar apartado, dentro dos muros da cidade, para construir uma nova judiaria. Foi escolhido o sítio do Olival: a Judiaria Nova do Olival, que é quarta. Em 1492, quando da expulsão dos judeus de Castela, o rei português negociou com o rabino Isaac Aboab, "gaon" de Castela, o estabelecimento de 30 famílias judaicas, na judiaria do Olival. O rabino Aboab tinha aí a sua sinagoga, situada no topo das escadas, que se chamavam então "Escadinhas da Esnoga" (designação de sinagoga em português e espanhol arcaicos, bem como em ladino). Recentemente, foi encontrada uma "arca sagrada" (onde se guardam os rolos da Torá), por detrás de uma parede dupla de uma casa na Rua de S. Miguel, 9, no Porto.