Teixeira de Manaus
Teixeira de Manaus | |
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Informação geral | |
Nome completo | Rudeimar Soares Teixeira |
Também conhecido(a) como | Maestro Teixeira |
Nascimento | 8 de dezembro de 1944 |
Origem | Manaus, AM |
País | Brasil |
Morte | 18 de janeiro de 2024 (79 anos) |
Local de morte | Manaus, AM |
Gênero(s) | Merengue, salsa, cumbia,Carimbó, forró, lambada e xote |
Progenitores | Mãe: Theodózia Soares Teixeira Pai: Raimundo Azevedo Teixeira |
Instrumento(s) | Saxofone e vocais |
Período em atividade | 1979–2012 |
Gravadora(s) | Copacabana (1981–1984), Nova Copacabana (1985), Magazine (1987), Copacabana (1989), RGE (1998), EMI/Copacabana (1999) |
Prêmios | Disco de Ouro (1983) (Copacabana) |
Rudeimar Soares Teixeira (Manaus, 8 de dezembro de 1944 – Manaus, 18 de janeiro de 2024), mais conhecido pelo seu nome artístico Teixeira de Manaus, foi um saxofonista brasileiro, que se destacou por sua linguagem autêntica no sax alto e foi o precursor de um movimento musical batizado com o nome "beiradão" (mistura de diversos ritmos, entre eles o carimbó, merengue, lambada, cumbia, forró, salsa, xote e música latina).[1]
Teixeira de Manaus foi um dos maiores vendedores de LPs no Brasil durante a década de 1980. Sua fama lhe rendeu apresentações e shows em todo o país, tendo seus discos produzidos por gravadoras do Rio de Janeiro e São Paulo. Sua fama veio, basicamente, das “festas de beiradão”, sendo idolatrado pelos ribeirinhos e admirado pela mídia de então.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Teixeira de Manaus nasceu em 8 de dezembro de 1944, em uma comunidade ribeirinha chamada Costa Catalão, pertencente ao município de Manaus na época, atual município de Iranduba, situado na Região Metropolitana de Manaus.[2] Filho de Raimundo Azevedo Teixeira e Theodózia Soares Teixeira, ambos agricultores e pais de mais 12 filhos que também viviam da agricultura. Por ser o filho caçula, em 1953 foi enviado a Manaus para estudar.[3]
Tornou-se músico aos dezoito anos, já tocando em boates de beira de estrada e nos beiradões. Em entrevista dada ao jornal A Crítica, em 1993, atribuiu o desejo pela música porque seu pai tocava pistom da banda do colégio.[3] Atualmente é referência para a música instrumental amazonense, são dele sucessos como Deixa Meu Sax Entrar, Lambada pra Dançar, Vamos Cumbiar e Balançando o Sax, entre outros.[4]
Pinduca, conhecido como Rei do Carimbó, sempre vinha a Manaus e procurava estar nos locais onde o Maestro Teixeira estivesse tocando com o Conjunto RT4. Em uma dessa viagens, Pinduca solicitou que preparasse uma fita cassete com 12 músicas de autoria própria a fim de gravar um LP pela mesma gravadora do artista, a Copacabana. A músicas foram preparadas e, em junho de 1980, já viajava para gravação do seu primeiro trabalho. Apesar de o disco ter sido gravado no ano de 1980 e entregue no mesmo ano para divulgação em novembro, o rótulo da gravadora, no Long Play, registra o ano de 1981.[3]
Seu auge como saxofonista ocorreu nas décadas de 1980 e 1990, época em que gravou diversos discos instrumentais como solista e realizou vários shows pelo Brasil. Teixeira de Manaus vendeu no estado do Amazonas mais discos que o cantor Roberto Carlos. Ganhou o "Disco de Ouro", em 1983, por ter vendido mais de 100 mil cópias de um dos seus Lps, pela Copacabana Disco.[5]
Em 2012, Teixeira de Manaus anunciou que faria seu último show em 40 anos de carreira.[1] No concurso online em 2019, promovido pela Rede Amazônica (Manaus 350), alusivo aos 350 anos da cidade de Manaus, que buscava identificar os símbolos e ícones da cultura local, a música “Deixa o Meu Sax Entrar”, de autoria do artista amazonense Teixeira de Manaus, foi escolhida como a música que é “a cara de Manaus”.[6]
Em 2023, foi diagnosticado com um tumor na hipófise e iniciou um tratamento intensivo, contando com a ajuda de amigos e familiares no custeio. Na madrugada de 18 de janeiro de 2024, a família anunciou pelas redes sociais a morte do saxofonista.[7]
Discografia[editar | editar código-fonte]
- Solista de Sax (1981)
- Solista de Sax Vol.2 (1982)
- Solista de Sax Vol.3 (1983)
- Solista de Sax Vol.4 (1984)
- Solista de Sax Vol.5 (1985)
- Solista de Sax Vol.6 (1987)
- Sax, Balanço e Lambada (1989)
- Teixeira de Manaus (1998)
- Raízes Nordestinas (1999)[8]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ a b «Teixeira de Manaus recebe homenagem e encerra carreira em festival de jazz». Folha de S.Paulo. Consultado em 13 de julho de 2019
- ↑ «Iranduba». IBGE. Consultado em 15 de março de 2020
- ↑ a b c Silva Teixeira, Darle (2018). «O beiradão está em festa: A obra musical de Teixeira de Manaus nos anos 80 e sua influência junto às festas de beiradão» (PDF). Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Consultado em 22 de outubro de 2019
- ↑ disse, Osni (3 de setembro de 2014). «Teixeira de Manaus». Baré Art. Consultado em 13 de julho de 2019
- ↑ «Teixeira de Manaus recebe homenagem e encerra carreira em festival de jazz». BOL Notícias. Consultado em 13 de julho de 2019
- ↑ «Deixa meu sax entrar é eleita música a cara de Manaus». Rede Amazônica. Consultado em 13 de julho de 2019
- ↑ «Morre saxofonista 'Teixeira de Manaus'». G1 Amazonas. 18 de janeiro de 2024. Consultado em 18 de janeiro de 2024
- ↑ «Teixeira De Manaus». Discogs. Consultado em 13 de julho de 2019