Saltar para o conteúdo

Usuário(a):Alylade99/Testes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Degradação Ambiental[editar | editar código-fonte]

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O termo degradação se refere a alteração, estrago, transformação, destruição contínua, perda física.[1] No Brasil, lei nº 6.938 de 31 de agosto de 1981 que institui a Política Nacional de Meio Ambiente, artigo 3, inciso II, define degradação da qualidade ambiental, como “a alteração adversa das características do meio ambiente.”[2] Degradação ambiental é qualquer processo que diminua a capacidade de determinado ecossistema em sustentar a vida. Esse processo está ligado a alterações biofísicas que afetam o equilíbrio ambiental, modificando a fauna e flora natural, eventualmente causando perdas da biodiversidade.[3] Tais alterações são muitas vezes associadas à ação antrópica, embora também possam ocorrer por fatores naturais (ressecamento da atmosfera ou invasão por espécies predadoras, por exemplo), no decorrer da evolução de um ecossistema.[4]

Com a revolução industrial e o consumismo dos países de Primeiro Mundo, o processo de urbanização firmou características capitalistas sobre o conceito de mercadoria e consumo que ganharam força e continuam persistindo até hoje. Desse modo, o ambiente natural perde cada vez mais espaço, dando lugar a uma sociedade que constrói seus próprios espaços. O resultado dessa ação é denominada por diversos especialistas de segunda natureza[5], criada/transformada pelo próprio homem.

Ha uma relação direta entre a segregação socieconômica das populações de baixa renda e a degradação ambiental, a própria ausência de infraestrutura urbana como, por exemplo, água, esgoto, coleta de lixo e canalização de córregos; expõe essas populações a pratica de degradação. Por não ter acesso à moradias nas áreas centrais e bem valorizadas, são obrigadas a residirem nas franjas e interstícios urbanos mais precários, geralmente em áreas de risco ambiental, com péssimos indicadores sociais e sanitários.[6]

Não é por acaso que áreas de risco e degradação ambiental também são, na maioria das vezes, áreas de pobreza e privação social[6], a segregação social fruto do processo de organização/formação do meio urbano colabora para a degradação ambiental, de forma que, se entende que não se pode produzir ambiente/natureza de forma isolada, independente à ação humana.[7] Como efeito, é evidente que nas áreas de concentração das populações de baixa renda há uma escassez de equipamento públicos, serviços urbanos básicos, situação sanitária precária e habitações inadequadas; deixando os mais pobres à margem, por não possuírem recursos financeiros que permitam sua inserção no processo de produção do espaço baseado na lógica capitalista.[8]

Verifica-se que descargas de redes coletoras de esgoto que contaminam rios, lagos e mares; extinção de matas originais e paisagens naturais; dentre outros, são problemas que resultam em degradação ambiental e agravam os problemas sociais, principalmente relacionados a população de baixa renda. Tal questão é destacada pelo Relatório Brundtland: “a pobreza e a deterioração ambiental formam um círculo vicioso, no qual cada termo é a causa e efeito do outro’’[9][10]. O documento aponta ainda a pobreza e a degradação ambiental como consequências indesejadas do modelo de crescimento que busca a maximização do capital em detrimento das necessidades humanas, e destaca também a degradação ambiental resultante do crescimento e consumismo sem limite do Primeiro Mundo.[7]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «Degradação». Dicio 
  2. «LEI Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981, artigo 3, inciso II». www.planalto.gov.br. Consultado em 28 de maio de 2018 
  3. Buch, Helena Edilamar Ribeiro (31 de dezembro de 2006). «MATAS CILIARES E DEGRADAÇÃO DA PAISAGEM NO MÉDIO IGUAÇU EM RELAÇÃO À EDUCAÇÃO AMBIENTAL.». Revista Geografar. 1 (1). ISSN 1981-089X. doi:10.5380/geografar.v1i1.7375 
  4. Machado, M. L. B. & Silva, A. S. «A CONTRIBUIÇÃO DAS AÇÕES ANTRÓPICAS NA DEGRADAÇÃO DO SOLO E DO MEIO AMBIENTE». Revista de Biologia UVA - Universidade Veiga de Almeida 
  5. Almeida, Reginaldo Magalhães de (12 de dezembro de 2017). «Contradições da (re)produção do espaço de Belo Horizonte: a raridade de áreas para novos parcelamentos do solo». Oculum Ensaios. 14 (3). 559 páginas. ISSN 2318-0919. doi:10.24220/2318-0919v14n3a3244 
  6. a b Alves, Humberto Prates da Fonseca (junho de 2006). «Vulnerabilidade socioambiental na metrópole paulistana: uma análise sociodemográfica das situações de sobreposição espacial de problemas e riscos sociais e ambientais». Revista Brasileira de Estudos de População. 23 (1). ISSN 0102-3098. doi:10.1590/s0102-30982006000100004 
  7. a b De LIMA, Myrian Del Vecchio; RONCAGLIO, Cynthia (20 de junho de 2001). «Degradação socioambiental urbana, políticas públicas e cidadania». Desenvolvimento e Meio Ambiente. 3. ISSN 2176-9109. doi:10.5380/dma.v3i0.3028 
  8. PEREIRA, Gislene (20 de junho de 2001). «A natureza (dos) nos fatos urbanos: produção do espaço e degradação ambiental». Desenvolvimento e Meio Ambiente. 3. ISSN 2176-9109. doi:10.5380/dma.v3i0.3027 
  9. D'Ávila, Eduardo Da Costa Pinto (14 de agosto de 2017). «ACOMPANHAMENTO DA PARTICIPAÇÃO DOCENTE NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO PROGRAMA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DO RIO DE JANEIRO (PROMEA/RJ)». Revista Trabalho, Política e Sociedade. 2 (2). 83 páginas. ISSN 2526-2319. doi:10.29404/rtps-v2i2.3334 
  10. De LIMA, Myrian Del Vecchio; RONCAGLIO, Cynthia (20 de junho de 2001). «Degradação socioambiental urbana, políticas públicas e cidadania». Desenvolvimento e Meio Ambiente. 3. ISSN 2176-9109. doi:10.5380/dma.v3i0.3028 

Ver também[editar | editar código-fonte]

Impacto ambiental

Passivo ambiental

Poluição

Categoria: Impacto ambiental

Ícone de esboço Este artigo sobre urbanismo, planejamento e estudos urbanos é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.