Alina Perlowagora-Szumlewicz

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Alina Perlowagora-Szumlewicz
Alina Perlowagora-Szumlewicz
Nascimento 8 de dezembro de 1911
Jedwabne (Polónia)
Morte 21 de maio de 1997 (85 anos)
Rio de Janeiro (Brasil)
Alma mater
Ocupação cientista
Empregador(a) Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Oswaldo Cruz, Ministério da Saúde

Alina Perlowagora-Szumlewicz (Jedwabne, Polônia, 18 de dezembro de 1911Rio de Janeiro, 21 de maio de 1997) foi uma cientista polonesa, filha de Herman e Sabina Perlowagora.[1][2]

Formação acadêmica[editar | editar código-fonte]

Formou-se em ciências naturais pela Universidade de Varsóvia, onde obteve o título de doutora em filosofia e trabalhou como pesquisadora associada do Instituto de Fisiologia Aplicada até 1939.[1][2]

Trajetória profissional[editar | editar código-fonte]

Diante da perseguição nazista aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial, transferiu-se para o Brasil em 1942 e ingressou como pesquisadora associada no Serviço de Estudos e Pesquisas sobre a Febre Amarela da Fundação Rockefeller, com sede no Rio de Janeiro. Realizou importantes pesquisas sobre febre amarela, sendo responsável pela implantação do método de fixação do complemento para o diagnóstico dessa doença no Brasil. Em 1949 foi para o Instituto de Malariologia do Serviço Nacional de Malária, incorporado em 1956 ao Instituto Nacional de Endemias Rurais (INERu), para desenvolver pesquisas sobre o controle de moluscos vetores da esquistossomose através do uso de moluscicidas. Naturalizou-se brasileira em 1951. De 1962 a 1963 foi bolsista da União Pan-Americana e pesquisadora visitante do National Institutes of Health, lotada no Laboratório de Doenças Parasitárias do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, em Bethesda, Maryland (Estados Unidos). Trabalhou no INERu até 1970, quando seu laboratório foi anexado a recém-criada Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ainda em 1970 assumiu como pesquisadora titular o Laboratório de Biologia e Controle de Vetores da Doença de Chagas do INERu, localizado no bairro de Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro. Nesse laboratório desenvolveu estudos sobre a importância de parâmetros biológicos para o planejamento de medidas de controle de barbeiros, controle químico desse vetor por meio do uso de inseticidas, controle integrando métodos biológicos, como o lançamento de machos estéreis, e controle químico no desenvolvimento de inseticidas. Na Fiocruz, entre as décadas de 1980 e 1990, atuou no Laboratório de Vetores da Doença de Chagas do Departamento de Entomologia e no Laboratório/Núcleo de Biologia de Vetores e de Interação Vetor/Parasito do Departamento de Medicina Tropical, ambos do Instituto Oswaldo Cruz.[1][2][3]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Arquivo Pessoal de Alina Perlowagora-Szumlewicz sob a guarda da Casa de Oswaldo Cruz / Fundação Oswaldo Cruz

"Alina Perlowagora-Szumlewicz, da Polônia às grandes endemias brasileiras" (2020), Curta-metragem de Produção do Instituto Oswaldo Cruz e direção de Marina Saraiva

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c Casa de Oswaldo Cruz. «Alina Perlowagora-Szumlewicz (Registro de Autoridade)». Base Arch. Consultado em 18 de agosto de 2023 
  2. a b c Instituto Oswaldo Cruz. «ALINA PERLOWAGORA-SZUMLEWICZ». Personalidades 
  3. Perlowagora-Szumlewicz, Alina; Cruz, N. da; Araújo, Julieta A. Nabuco de (18 de junho de 1973). «Species and stage interaction in the feeding behaviour of vectors of Chagas Disease (the importance of determinants in planning for greater efficacy and standardization of xenodiagnostic procedures)». Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (em inglês) (3): 139–150. ISSN 1678-9946. Consultado em 18 de agosto de 2023