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Isocianato de metila

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Isocianato de metila
Alerta sobre risco à saúde
Nome IUPAC Isocianato de metila
Outros nomes isocyanatomethane, methyl carbylamine
Abreviação MIC
Identificadores
Número CAS 624-83-9
SMILES
InChI
1/C2H3NO/c1-3-2-4/h1H3
Propriedades
Fórmula molecular C2H3NO
Massa molar 57.051 g/mol
Densidade 0.9230 g/cm3 at 27°C
Ponto de fusão

-45°C

Ponto de ebulição

39.5°C

Solubilidade em água very soluble[1]
Pressão de vapor 57.7 kPa
Estrutura
Momento dipolar 2.8 D
Termoquímica
Entalpia padrão
de formação
ΔfHo298
-92.0 kJ·mol-1[2]
Riscos associados
NFPA 704
3
4
2
W
Ponto de fulgor -7°C
Temperatura
de auto-ignição
534°C
Limites de explosividade 5.3 - 26%[3]
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

O isocianato de metila é um produto utilizado na síntese de produtos inseticidas, comercialmente conhecidos como Sevin e Temik, da família dos carbamatos, utilizados como substitutos de praguicidas organoclorados, como o DDT. Ela é considerada a primeira arma química usada em uma guerra mundial.[4]

Em condições normais, o isocianato de metila é líquido à temperatura de 0 °C e pressão de 2,4 bar.

Uma molécula de MIC.

Quem aspirar o isocianato de metila em forma de gás é submetido a uma morte lenta e aterrorizante. Como o veneno reage ao entrar em contato com a água, o ataque químico toma-se mais duro na exata medida em que o organismo secreta líquidos para se proteger da agressão. Nos olhos, por exemplo, assim que o lacrimejar fica mais intenso a córnea é atacada com tamanha ferocidade que chega a perder a transparência, tomando-se opaca e ocasionando a cegueira, só reversível mediante transplantes. O mesmo efeito pode ser sentido na boca, no nariz e nos pulmões.

Dentro do corpo, o isocianato de metila segue seu curso de destruição. Ao penetrar nos pulmões faz entupir os alvéolos, impedindo a passagem do oxigênio para a corrente sanguínea. As vítimas de Bhopal, assim, morreram com a sensação de que estavam se afogando.[4] De nada adianta dar oxigênio extra à vítima, pois os alvéolos mantêm-se bloqueados. O isocianato tem a capacidade de dissolver algumas enzimas do organismo, principalmente a colinesterase, substância importante no processo de contração muscular. Sem essa substância, ocorrem convulsões involuntárias, torpor, confusão mental e a vítima entra em coma. Sabe-se que, a longo prazo, o composto tóxico está associado ao surgimento da agranulocitose, que diminui a capacidade da pessoa de enfrentar infecções.

Referências

  1. Lide, David R. (1998), Handbook of Chemistry and Physics, ISBN 0849305942 87 ed. , Boca Raton, FL: CRC Press, pp. 3-390 
  2. Lide, David R. (1998), Handbook of Chemistry and Physics, ISBN 0849305942 87 ed. , Boca Raton, FL: CRC Press, pp. 5-30 
  3. Lide, David R. (1998), Handbook of Chemistry and Physics, ISBN 0849305942 87 ed. , Boca Raton, FL: CRC Press, pp. 9-47 
  4. a b Bhopal: 25 years of poison
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