Usuário(a):Maria Luiza Silva Pires/ProjetoBiocon

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Perda e fragmentação de habitat[editar | editar código-fonte]

A principal ameaça à diversidade biológica é a perda e fragmentação de habitat, o que torna crucial preservar os habitats para proteger essa diversidade. A perda de habitat é particularmente preocupante para várias espécies de vertebrados, invertebrados, plantas e fungos que enfrentam extinção. Regiões propícias à agricultura, como o Sul, Sudeste e Zona da Mata Nordestina, têm sido desmatadas ao longo de centenas de anos, resultando na perda irreversível de habitats e, possivelmente, de espécies. A fragmentação do habitat, causada por atividades humanas como estradas e urbanização, também é alarmante. Isso ocorre quando grandes áreas de habitat são divididas em fragmentos menores e isolados, afetando a dispersão de espécies e o acesso a recursos essenciais. A fragmentação pode limitar a capacidade de espécies de se dispersarem e colonizarem novos habitats, além de reduzir a capacidade de alimentação dos animais nativos. Populações fragmentadas estão mais vulneráveis a problemas genéticos e demográficos, o que pode levar ao declínio e à extinção das espécies.

O Melocactus conoideus é uma das espécies de cacto endêmica da Serra do Periperi em Vitória da Conquista (BA), criada com o propósito de preservar M. conoideus, acompanhada por iniciativas de conscientização ambiental junto às comunidades locais próximas à sua área de distribuição. Apesar dos esforços de conservação, devido à ocorrência da espécie em apenas uma localidade vem sendo ameaçada pela expansão urbana, queimadas e mineração de quartzo, além da atividade de coletores e degradação ambiental, enfrentando um risco extremamente elevado de extinção na natureza [1].

Subtópico ameaças climáticas:

Mudanças na composição química atmosférica como aumento do dióxido de carbono, metano entre outros gases, são facilmente passíveis de ocorrer graças a reflexão da luz solar nos gases transparentes, sua evapotranspiração ocorre em vapores de água, aprisionando toda energia, decisiva na taxa de calor que sai da terra e volta para o espaço, nos chamados gases do efeito estufa. A presença dos gases do efeito estufa é essencial para manutenção da vida na terra, uma vez que gera o calor influenciando as alterações climáticas necessárias, o problema está nas concentrações destes gases estufa que aumentam consideravelmente graças às atividades humanas.[9]

No Sudoeste Baiano, são exemplos desses impactos as oscilações ocorrentes no município de vitória da conquista, que em 21 de julho de 2023 o município apresentou uma abrupta queda de temperatura com intensas chuvas, ventos fortes e gelados, desde os dias anteriores, registrando a menor temperatura do ano de 8,8°C [2] Com o intuito de diminuir os problemas causados em função dessas mudanças climáticas, a prefeitura apresentou ações como a adesão ao programa Produtor de Água, da Agência Nacional de Águas (ANA) e o Programa Municipal de Pagamento por Serviços Ambientais, instituído pela Lei Municipal n° 2.452/2021, como iniciativas para fortalecer as políticas públicas no combate aos problemas ambientais.[3]

Subtópico Introdução de espécies exóticas:

As barreiras climáticas e ambientais frequentemente limitam a distribuição geográfica de muitas espécies, resultando em diferentes padrões de evolução em várias regiões do mundo devido ao isolamento geográfico. No entanto, a intervenção humana tem alterado rapidamente esse padrão, transportando espécies por todo o globo. [4]

Em eras pré-industriais, as pessoas transportavam deliberadamente plantas cultivadas e animais domésticos ao estabelecerem-se em novas áreas para agricultura e colonização. Por exemplo, marinheiros europeus frequentemente deixavam animais como cabras e porcos em ilhas ainda não habitadas para garantir fontes de alimento quando retornassem. Nos tempos modernos, um número considerável de espécies foi introduzido, tanto intencionalmente quanto por acidente, em regiões onde não são nativas. [12, 13]

Embora a maioria dessas espécies exóticas não consiga estabelecer-se nos novos ambientes devido à inadequação das condições, algumas conseguem se adaptar e prosperar, muitas vezes às custas das espécies nativas. Essas espécies exóticas podem competir com as nativas por recursos limitados, deslocando-as e, em alguns casos, levando-as à extinção. Além disso, animais introduzidos podem atuar como predadores das espécies nativas ou alterar seus habitats de tal forma que as espécies nativas não conseguem mais sobreviver.[9]

Na região do sudoeste baiano um exemplo sobre a introdução de espécies exóticas é a inserção das piranhas na barragem do município de anagé. Segundo a bióloga Flávia Borges, as piranhas estão presentes nesta área devido a programas de repovoamento. Provavelmente, foram introduzidas na região como parte desses esforços, nos quais organismos públicos trazem espécies para repopular lagos e outros corpos d'água. No entanto, por serem predadoras, elas desestabilizam o equilíbrio da cadeia alimentar local. [5]

Referências:

SOARES FILHO, A, O. 2000. Estudo Fitossociológico de Duas Florestas na Região Ecotonal no Planalto de Vitória da Conquista, Bahia, Brasil. Dissertação (Mestrado em Ecologia)- Universidade de São Paulo). [1]

https://www.univates.br/editora-univates/media/publicacoes/246/pdf_246.pdf [2]

https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2022/06/11/30-anos-da-rio-92-o-legado-da-maior-conferencia-ecologica-de-todos-os-tempos.ghtml[3]

https://www.al.sp.gov.br/propositura/?id=1000486644 [4]

https://www.iberdrola.com/sustentabilidade/superexploracao-dos-recursos-naturais [5]

Wilson E. O. (org.). 1997. Biodiversidade. Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro[6]

https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2022/06/11/30-anos-da-rio-92-o-l  [7]

https://www.portaldaindustria.com.br/industria-de-a-z/biodiversidade/#:~:text=Amea%C3%A7as%20%C3%A0%20Biodiversidade%3A&text=Entre%20eles%20est%C3%A3o%20o%20desmatamento,invasoras%20e%20a%20contamina%C3%A7%C3%A3o%20ambiental. [8]

PRIMACK, R.B.; RODRIGUES, E. 2001. Biologia da conservação. Londrina: E. Rodrigues. [9];

https://www.pmvc.ba.gov.br/final-de-semana-com-chuvas-baixas-temperaturas-e-sem-previsao-de-alerta-meteorologico-informa-defesa-civil/ [10]

https://www.pmvc.ba.gov.br/acoes-municipais-visam-minimizar-consequencias-das-mudancas-climaticas/ [11]

Grove, N. 1988. Quietly conserving nature. National Geographic 174 (January): 818-844. [12]

Drake, |. A., et al. (eds.). 1989. Biological Invasions: A Global Perspective. SCOPE report No. 37. John Wiley, New York. [13]

https://g1.globo.com/bahia/noticia/2015/10/desequilibrio-ecologico-pode-ser-causa-de-ataque-de-piranhas-na-bahia.html [14]