Batalha da Mina (1637)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Batalha da Mina 1637
Guerra Luso-Holandesa

A Fortaleza da Mina em 1665.
Data 24-29 de Agosto de 1637
Local Elmina, Costa do Ouro, actual Gana.
Desfecho Vitória holandesa
Beligerantes
 Portugal Companhia Holandesa das Índias Ocidentais
Comandantes
Desconhecido Coronel Hans Coine
Forças
30 soldados
1,000 aliados nativos[1]
9 navios
500 marinheiros
800 soldados[2]
Baixas
27 mortos. Desconhecidas.

A Batalha da Mina de 1637 foi um confronto militar entre os portugueses e holandeses que redundou na mudança de mãos da fortaleza de São Jorge da Mina em prol dos holandeses.

Em 1637, a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais destacou nove navios de entre as forças que dispunham no Brasil para atacar os portugueses no continente americano e enviou-os contra a fortaleza da Mina. Para comandar a frota nomearam o coronel Hans Coine e entregaram-lhe 1300 homens ao todo. Desembarcaram a pouca distância de Cape Coast a 24 de Julho e avançaram de canoa pelo Rio Doce abaixo até à fortaleza portuguesa, levando consigo 800 soldados e provisões para três dias.[3]

Uma colina, dita de Santiago, ficava padrasta ao forte e concluiu Coine que era necessária tomá-la para conquistar o forte. Na sua base encontravam-se, porém, 1000 guerreiros africanos aliados aos portugueses. Coine enviou quatro companhias de fusileiros a atacá-los mas acabaram aniquiladas. Melhor sorte teve um segundo destacamento holandês que atacou a colina pelo lado contrário e logrou desbaratar os indígenas.[4] Os portugueses e os seus aliados nativos tentaram reconquistar a colina duas vezes mas falharam de ambas as vezes. Falhado o segundo ataque, os portugueses retiraram-se para um reduto que detinham no sopé da colina.[5]

Protegia este reduto uma paliçada de madeira de um dos lados e um rio do outro. O coronel Coine decidiu atravessar o rio a vau e bombardear o forte com recurso a um morteiro e dois canhões.[6] Ao fim de dois dias de bombardeio, exigiu à guarnição que se rendesse. O governador português pediu uma trégua de três dias para deliberar mas recusou-lha Coine, pois não dispunha de provisões senão para mais um dia. Para a colina de Santiago trouxe todas as suas tropas e continuou a bombardear o forte mas o bombardeamento revelou-se ineficaz. Compreendeu o coronel que teria de atacar o forte à escalada naquele dia ou abandonar o sítio. Mandou avançar um grupo de granadeiros mas antes que atacassem dois mensageiros foram enviados pelos portugueses para negociar a rendição.[7]

Mediante a rendição, o governador, os soldados e os cidadãos residentes daquele local foram autorizados a partir para a ilha de São Tomé num navio. Aos holandeses caberia tudo, incluindo ouro, prata e escravos.[8]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Ellis (1893), p.45.
  2. Ellis (1893), p.45.
  3. Universal History (1760), p.10
  4. Universal History (1760), p.10
  5. Ellis (1893), p.43.
  6. Universal History (1760), p.11
  7. Ellis (1893), p.45.
  8. Ellis (1893), p.45.