Carlos Augusto de Araújo Lima

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Carlos Augusto

Carlos Augusto
Deputado estadual pelo Piauí
Período 1975-1982
1995-1997
1999-2001
Vereador de Teresina
Período 1973-1975
Dados pessoais
Nascimento 29 de outubro de 1944
Campo Maior, PI
Morte 28 de agosto de 2010 (65 anos)
Teresina, PI
Cônjuge Maria Constância Lima
Partido ARENA (1972-1979)
PDS (1980-1993)
PSDB (1993-2010)
Profissão jornalista

Carlos Augusto de Araújo Lima, mais conhecido como Carlos Augusto, (Campo Maior, 29 de outubro de 1944Teresina, 28 de agosto de 2010) foi um jornalista e político brasileiro, que foi deputado estadual pelo Piauí.[1]

Dados biográficos[editar | editar código-fonte]

Filho de Domingos Bezerra Lima e Adélia Araújo Lima. Iniciou sua vida profissional na Rádio Difusora e depois assumiu a direção de jornalismo de emissoras como a Rádio Pioneira e a Rádio Globo Teresina. A seguir foi diretor de jornalismo e apresentador do Bom Dia Piauí na TV Clube e a seguir desempenhou essa última função no programa Cidade Livre na TV Cidade Verde. Nos dois casos trabalhou ao lado de Deoclécio Dantas.[nota 1]

Chefe do departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Piauí,[2] ocupou o cargo equivalente ao de secretário de Comunicação Social nos governos de João Clímaco d'Almeida, Petrônio Portela e Helvídio Nunes.[nota 2] Sua vida política teve início em 1972 na ARENA quando foi eleito vereador de Teresina com 13,26% dos votos válidos, recorde ainda vigente.[3][nota 3]

Eleito deputado estadual em 1974 e suplente em 1978, reassumiu o mandato quando o governador Lucídio Portela escolheu três deputados para compor sua equipe.[4][nota 4] Com o fim do bipartidarismo ingressou no PDS e tentou um novo mandato nas três eleições vindouras, mas não teve sucesso. Nomeado assessor parlamentar do governador Hugo Napoleão, foi demitido quando este rompeu com Lucídio Portela em meio às discussões envolvendo a sucessão presidencial de 1985 na qual Tancredo Neves derrotou Paulo Maluf e foi eleito presidente em lugar de João Figueiredo.

Em 1986 seguiu seu partido no apoio a Alberto Silva e com a vitória do mesmo na disputa para governador foi nomeado assessor parlamentar do Escritório de Representação do Governo do Piauí em Brasília, retornando ao jornalismo logo depois.[5] Convidado pelo prefeito Wall Ferraz, filiou-se ao PSDB e voltou a disputar um mandato de deputado estadual em 1994 quando obteve uma nova suplência. Nos anos seguintes alternou-se entre o cargo de secretário de Comunicação Social do governo Mão Santa e o retorno à Assembleia Legislativa graças a injunções do chefe do Executivo.[nota 5] Carlos Augusto repetiu a suplência em 1998, porém a reeleição do governador Mão Santa o fez voltar ao Poder Legislativo mediante convocação.[nota 6]

Após renunciar à disputa por um novo mandato em 2002, voltou ao jornalismo como comentarista político na capital piauiense em veículos como Rádio Difusora, Rádio Pioneira, Rádio Globo Teresina, Teresina FM, TV Antena 10 e Rede Meio Norte, além de emissoras de rádio do interior do estado como: Difusora de Picos, Imperial, de Pedro II e Itamaraty de Piripiri.[2]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Submetido a um transplante de fígado na cidade de São Paulo em 1994, vivia sob tratamento médico embora o mesmo sofresse ainda com problemas renais crônicos e diabetes. Em sua última internação foi levado à Unidade de Terapia Intensiva do Pronto Med, teve problemas respiratórios, três paradas cardíacas e um infarto agudo no miocárdio, quadro que o levou ao coma e à morte.[6] Seu velório aconteceu no salão nobre da Assembleia Legislativa e o sepultamento no cemitério Jardim da Ressurreição.[7]

Carlos Augusto era casado com Maria Constância Fonseca de Araújo Lima, com quem teve dois filhos, Maria e Carlos Augusto Filho.[8]

Notas

  1. A atual Rádio Globo Teresina era conhecida então por Rádio Clube de Teresina enquanto a hoje TV Cidade Verde atendia pelo nome de TV Pioneira.
  2. No decorrer dos anos a Secretaria de Comunicação Social atuou sob o próprio nome ou então suas atribuições foram delegadas a uma assessoria de imprensa e mais recentemente a uma Coordenadoria de Comunicação Social.
  3. Tais números são oriundos do banco de dados do TRE/PI e foram obtidos através do cálculo de porcentagem. Segundo a mesma fonte, Carlos Augusto obteve 6.699 votos nominais e seu desempenho recorde foi noticiado pela Folha de S.Paulo numa nota publicada na página três da edição de 21/11/1972, embora o jornal em questão tenha apresentado um número diferente para a votação nominal do candidato.
  4. O governador Lucídio Portela nomeou Bona Medeiros prefeito de Teresina, Freitas Neto secretário de Governo e Wilson Brandão secretário de Cultura e assim Ildefonso Dias, Homero Castelo Branco e Carlos Augusto foram convocados.
  5. Quando Carlos Augusto estava à frente da Secretaria de Comunicação Social dois suplentes já haviam sido chamados para exercer o mandato e o seu retorno à Assembleia Legislativa ocorreu quando Kleber Eulálio foi nomeado secretário de Governo e quando este deixou o cargo, outros parlamentares e até o suplente Themístocles Filho foram nomeados secretários de estado a fim de manter Carlos Augusto como parlamentar, até que o mesmo retornou à condição de secretário de Comunicação Social no fim de 1997.
  6. Neste caso a vaga surgiu com a nomeação do deputado Roncalli Paulo para secretário de Obras e Serviços Públicos, cargo exercido até 2001 quando o TSE cassou o governador por abuso de poder econômico.

Referências

  1. «Família, amigos e políticos despedem-se de Carlos Augusto (portalodia.com)». Consultado em 16 de janeiro de 2017 
  2. a b «Autoridades prestam última homenagem a Carlos Augusto (portalaz.com)». Consultado em 16 de janeiro de 2017 
  3. BRASIL. Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. «Eleições 1945 a 1992». Consultado em 28 de janeiro de 2024 
  4. SANTOS, José Lopes dos. Política e Políticos: eleições 86. v. I. Teresina: Gráfica Mendes, 1988.
  5. SANTOS, José Lopes dos. Política e Políticos: eleições 86. v. III. Teresina: Gráfica Mendes, 1988.
  6. «Jornalista Carlos Augusto de Araújo Lima morre em Teresina (PI), aos 65 anos (portalimprensa.com)». Consultado em 16 de janeiro de 2017 
  7. Carlos Lustosa Filho (2 de janeiro de 2015). «Carlos Augusto é sepultado e recebe homenagens de amigos e jornalistas». cidadeverde.com. Cidade Verde. Consultado em 28 de agosto de 2010 
  8. Yala Sena (2 de janeiro de 2015). «Governo decreta luto por 3 dias após morte do jornalista Carlos Augusto». cidadeverde.com. Cidade Verde. Consultado em 28 de agosto de 2010