Discussão:Pálido Ponto Azul
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Ajustes[editar código-fonte]
A tradução precisa de pequenos ajustes, pois o sentido está um pouco diferente do sentido em inglês para um leitor brasileiro.
Sugestão:
Olhem de novo esse ponto. É aqui, é a nossa casa, somos nós. Nele, todos a quem ama, todos a quem conhece, qualquer um sobre quem você ouviu falar, cada ser humano que já existiu, viveram as suas vidas. O conjunto da nossa alegria e nosso sofrimento, milhares de religiões, ideologias e doutrinas econômicas confiantes, cada caçador e coletor, cada herói e covarde, cada criador e destruidor da civilização, cada rei e camponês, cada jovem casal de namorados, cada mãe e pai, criança cheia de esperança, inventor e explorador, cada professor de ética, cada político corrupto, cada "superestrela", cada "líder supremo", cada santo e pecador na história da nossa espécie viveu ali - em um grão de pó suspenso num raio de sol.
A Terra é um cenário muito pequeno numa vasta arena cósmica. Pense nos rios de sangue derramados por todos aqueles generais e imperadores, para que, na sua glória e triunfo, pudessem ser senhores momentâneos de uma fração de um ponto. Pense nas crueldades sem fim infligidas pelos moradores de um canto deste pixel aos praticamente indistinguíveis moradores de algum outro canto, quão frequentes seus desentendimentos, quão ávidos de matar uns aos outros, quão veementes os seus ódios.
As nossas posturas, a nossa suposta auto-importância, a ilusão de termos qualquer posição de privilégio no Universo, são desafiadas por este pontinho de luz pálida. O nosso planeta é um grão solitário na imensa escuridão cósmica que nos cerca. Na nossa obscuridade, em toda esta vastidão, não há indícios de que vá chegar ajuda de outro lugar para nos salvar de nós próprios.
A Terra é o único mundo conhecido, até hoje, que abriga vida. Não há outro lugar, pelo menos no futuro próximo, para onde a nossa espécie possa emigrar. Visitar, sim. Assentar-se, ainda não. Gostemos ou não, a Terra é onde temos de ficar por enquanto.
Já foi dito que astronomia é uma experiência de submissão e afirmadora de caráter. Não há, talvez, melhor demonstração da tola presunção humana do que esta imagem distante do nosso minúsculo mundo. Para mim, destaca a nossa responsabilidade de sermos mais amáveis uns com os outros, e para preservarmos e protegermos o "pálido ponto azul", o único lar que conhecemos até hoje.—comentário não assinado de 189.61.83.82 (discussão • contrib) -- Chronus (discussão) 04h51min de 26 de fevereiro de 2020 (UTC) (UTC)
Tradução do nome está errada[editar código-fonte]
Isso vai soar estranho, e talvez seja controverso, mas a tradução de "Pale Blue Dot" não é "pálido ponto azul", embora talvez pareça soar melhor e tenha sido assim que os tradutores do livro do Sagan escreveram. Pale blue é a cor, que pode ser traduzida como azul pálido, e é um tom de azul claro. "Pálido ponto azul" seria um ponto azul que também é pálido, a palavra pálido funciona como adjetivo para o Ponto, mas, no original, "Pale Blue" é a cor do "Dot", e a palavra "Pale" é advérbio que modifica o "Blue".
Atualmente, não há nenhuma referência em português sendo usada no verbete, então, ao que tudo indica, até o momento a tradução do título é uma escolha de quem traduziu o verbete. Desta forma, acredito que o correto seria renomear o verbete para "Ponto Azul Pálido". VdSV9•♫ 03h10min de 28 de novembro de 2023 (UTC)
- Mais alguns pontos: olhando os links interlínguas, percebi que a forma como a tradução é apresentada em espanhol (Un punto azul pálido), em alemão (blassblauer Punkt), em francês (Un point bleu pâle), em russo (бледно-голубая точка), em neerlandês (lichtblauwe stip) todas estão de acordo com a minha interpretação. Dos idiomas que verifiquei, apenas o italiano (tenue puntino azzurro) está parecido com o português. Também consultei falantes nativos do inglês e todos concordaram que "pale blue" é a cor.
- Enfim, estou bastante confiante de que trata de uma tradução equivocada, mas talvez considerem que há motivos para manter assim. VdSV9•♫ 00h38min de 2 de dezembro de 2023 (UTC)
- O título está errado em termos de gramática. Azul pálido é a cor. Portanto, para fazer sentido, o título deveria ser "ponto azul pálido", tal como seria "ponto azul marinho", ou "ponto verde escuro".
- Por outro lado, o facto de o nome derivar do título do livro de Sagan coloca alguns problemas. É que na tradução para português, o título é O Ponto Azul-Claro e até há fontes em português que denominam a fotografia "ponto azul-claro" (exemplo).JMagalhães (discussão) 03h35min de 2 de dezembro de 2023 (UTC)
- O JMagalhães tem toda razão: a tradução da editora Gradiva está de acordo com o sentido do original em inglês. Observo que há também uma tradução da Companhia das Letras cujo título está longe do sentido original. Py4nf (discussão) 04h03min de 2 de dezembro de 2023 (UTC)
- Acredito que mudar para Ponto Azul-Claro, por ser uma tradução que faz sentido e já existente na cultura lusófona, seria uma melhoria. No Brasil fizeram a tradução que considero equivocada - ou, na melhor das hipóteses, usaram de alguma liberdade poética porque acharam que soava melhor assim. Sobre o comentário do JMagalhães, onde diz que o nome deriva do livro, não sei se é bem assim. Eu sei que o título do livro foi inspirado pela foto, só não consegui descobrir se a foto recebeu este nome antes do livro ser publicado ou se foi a partir da publicação do livro que ela passou a ser chamada assim. Mas não acho que isso faz muita diferença no resultado da discussão. VdSV9•♫ 19h41min de 2 de dezembro de 2023 (UTC)
- O JMagalhães tem toda razão: a tradução da editora Gradiva está de acordo com o sentido do original em inglês. Observo que há também uma tradução da Companhia das Letras cujo título está longe do sentido original. Py4nf (discussão) 04h03min de 2 de dezembro de 2023 (UTC)