Eduard Hildebrandt
Eduard Hildebrandt (Danzigue, 9 de setembro de 1818 — Berlim, 25 de outubro de 1868) foi um pintor de paisagens alemão, "um dos melhores pintores aquarelistas alemães de sua época",[1] "o melhor colorista entre todos os pintores viajantes. Além de colorista, ele dava um movimento às figuras como poucos, merecia ser muito mais conhecido".[2]
"Eduard Hildebrandt é um artista viajante por excelência. Em sua obra, quase totalmente formada por paisagens feitas em aquarela e desenho em grafite, coexistem sempre uma técnica precisa e uma grande sensibilidade para a síntese dos elementos que observa em cada parada que realiza ao redor do mundo."[3]
Biografia[editar | editar código-fonte]
Irmão do pintor Fritz Hildebrandt, obteve suas primeiras aulas de arte com o pai. Aos dezenove anos (1837) mudou-se para Berlim, tornando-se discípulo do pintor de marinhas Wilhelm Krause. Na Academia de Berlim tomou conhecimento de obras-primas da arte francesa, motivando-o a viajar até a França, onde, em 1842, trabalhou no ateliê do pintor Eugène Isabey. Em 1840, faz uma viagem de estudos na Inglaterra e Escócia, concentrando-se no litoral. Expõe no Salão de Belas Artes em 1843, ganhando uma medalha de ouro. De volta a Berlim no final daquele ano, por recomendação do naturalista Alexander von Humboldt, o rei da Prússia Frederico Guilherme IV lhe concedeu uma quantia que permitiu uma longa viagem ao Brasil.
Chegou no Rio de Janeiro em fins de março de 1844 e "após percorrer e desenhar os recantos mais pitorescos da cidade e arredores, partiu em junho para São Paulo, donde voltou em julho, seguindo viagem em fins de agosto para o Salvador e Recife",[4] prosseguindo depois para a América do Norte. Recebeu de D. Pedro II o título de Cavaleiro da Ordem da Rosa. "Em tão rápida estadia, produziu uma das mais belas e valiosas coleções de vistas do Brasil colonial. Se não têm a fama do Debret e Rugendas, não perdem em nada com relação à qualidade técnica e principalmente poética de suas narrativas."[5]
Ao retornar da viagem, foi nomeado pintor da corte prussiana. No verão de 1848, realizou uma viagem a Londres, Funchal (Ilha da Madeira), costa ocidental africana, Las Palmas (Ilhas Canárias), Espanha e Portugal. Na viagem produziu mais de 200 aquarelas, quase todas compradas pelo rei da Prússia.
Em 1851, viajou pela Itália, Egito, Síria, Palestina, Turquia e Grécia, produzindo centenas de aquarelas e desenhos, a maioria comprada pelo rei da Prússia.
Em 1861-62, realizou uma viagem de volta ao mundo em que produziu mais de 300 aquarelas, desenhos e pinturas a óleo. Em 1867, publica o álbum Viagem ao Redor da Terra, editado por Ernst Kossak. [6]
Referências
- ↑ Gilberto Ferrez. A Muito Leal e Heróica Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro - Quatro Séculos de Expansão e Evolução, Paris: Marcel Mouillot, 1965, p. 162.
- ↑ Alexei Bueno em e-mail ao autor deste verbete.
- ↑ «Eduard Hildebrandt (Enciclopédia Itaú Cultural)». Consultado em 20 de novembro de 2018
- ↑ Raymundo de Castro Maya et al., A Muito Leal e Heroica Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, p. 162.
- ↑ José Rosário. «EDUARD HILDEBRANDT». Consultado em 20 de novembro de 2018
- ↑ Além das fontes supracitadas, as informações biográficas foram obtidas no verbete alemão de Eduard Hildebrandt da Wikipedia e na Enciclopédia Itaú Cultural.
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
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