Floyd Britton

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Floyd Britton
Nascimento 21 de abril de 1937
Colón
Morte 29 de novembro de 1969
Coiba
Cidadania Panamá
Alma mater
Ocupação político

Floyd Wendell Britton Morrison (Colón, província de Colón, 21 de abril de 1937 - Ilha de Coiba, província de Veraguas, 29 de novembro de 1969) foi um dirigente estudantil, líder revolucionário e político socialista panamenho. Morreu devido às torturas a que foi submetido enquanto preso político, pela sua resistência ao golpe militar de 1968.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Oriundo de uma família de imigrantes negros que veio para o Panamá em busca de melhores oportunidades de emprego, foi líder estudantil desde os tempos do ensino secundário, no qual se formou em 1958, e posteriormente matriculou-se na Universidade do Panamá. Participou de uma fracassada revolta no ano seguinte sendo ferido nas praias de Santa Clara quando tentou derrubar o governo do presidente Ernesto de la Guardia Jr..[1]

Rapidamente se tornou um líder do Movimento de Ação Revolucionária e da Federação de Estudantes do Panamá (FEP), organizou protestos antiimperialistas contra os Estados Unidos envolvendo-se ativamente nas jornadas de recuperação da soberania do Panamá sobre a Zona do Canal, além de ter revelado ao mundo o projeto dos Tratados Robles-Johnson que buscava legalizar a presença de bases militares estadunidenses em território panamenho. Também participou de conferências em Cuba e se juntou ao Partido do Povo do Panamá, o primeiro e principal partido marxista do Panamá.[1] Talvez o mais significativo seja o fato de Britton ter sido um dos líderes dos protestos de 1964, que hoje são comemorados no feriado do Dia dos Mártires.

Com a política fortemente influenciada tanto pela Revolução Cubana como pelo maoísmo, rompeu com o Partido do Povo, formando uma das duas facções esquerdistas.[1] Em 11 de outubro de 1968, um golpe militar trouxe ao poder o general Omar Torrijos, e em poucas horas Britton foi sequestrado pela Guarda Nacional e enviado para a colônia penal de Coiba.

Em 29 de novembro de 1969, Britton foi espancado até a morte em Coiba, segundo inúmeras testemunhas. Os sucessivos governos panamenhos há muito se recusam a divulgar quaisquer detalhes e os restos mortais de Britton nunca foram encontrados, embora as buscas prossigam.[2][3]

Referências

  1. a b c «No olvidemos a Floyd Britton» (em elsiglo.com). René Hernández González. 30 de novembro de 2020. Cópia arquivada em 1 de dezembro de 2020 
  2. Francisco Rodriguez (29 de Novembro de 2021). «A 52 años de la muerte de Floyd Britton». El Digital Panamá 
  3. Antonio Pérez M. (2 de maio de 2015). «Viuda de Floyd Britton: 'Seguiré la lucha por la justicia y la verdad'». Panamá América