Frente de Libertação do Arquipélago da Madeira
Frente de Libertação do Arquipélago da Madeira | |
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Bandeira da FLAMA | |
Datas das operações | 1975 – 1978 |
Motivos | Independência da Madeira; Impedir a implementação de um regime socialista em Portugal |
Área de atividade | Madeira, Portugal |
Ideologia | Separatismo, anticomunismo |
Principais ações | mais de 70 ataques bombistas |
Ataques célebres | ocupação das instalações da Emissora Nacional |
Status | as ações terminaram em 1978 |
A Frente de Libertação do Arquipélago da Madeira (FLAMA) foi uma organização separatista e paramilitar da Madeira, que perpetrou ataques terroristas no passado, nomeadamente ataques bombistas. O principal objetivo da FLAMA era a independência do arquipélago da Madeira em relação ao restante território de Portugal.
A FLAMA levou a cabo ações armadas (atentados bombistas) nos anos 1975-1978, durante o período revolucionário que se seguiu ao golpe militar do 25 de abril de 1974. Após a Revolução dos Cravos, o regime político português mudou de uma ditadura autoritária (o Estado Novo) para uma democracia (a Terceira República), mas só após um período de transição de dois anos conhecido por PREC, caracterizado por tumultos sociais e disputas pelo poder entre as forças políticas (designadamente as mais radicais) da esquerda e da direita.
Deste modo, as aspirações da FLAMA, consistiam mais numa reação política de direita, por parte de algumas das elites regionais, contra a natureza esquerdista e radical do golpe militar e dos seus principais atores, do que propriamente num verdadeiro objetivo separatista, por razões étnicas ou nacionalistas. Após a normalização do sistema político português, a partir de 1976, e a autonomização dos arquipélagos portugueses atlânticos da Madeira e dos Açores (no qual também existia um movimento similar, a Frente de Libertação dos Açores), a FLAMA perdeu muita da sua importância e influência, o que fez com que se desvanecesse e desaparecesse.
Alegadamente, um dos seus mais famosos ativistas foi Alberto João Jardim[carece de fontes], figura controversa, antigo presidente do Governo Regional da Região Autónoma da Madeira, ex-líder regional do PSD e antigo vice-presidente do Partido Popular Europeu.
Membros do diretório[editar | editar código-fonte]
- João Batista de Sá[carece de fontes]
- João Costa Miranda[1]
- Daniel Drumond[1]
Cronologia[editar | editar código-fonte]
- 1975, 21 de setembro — ataque ao presidente do Sindicato Livre dos Operários da Construção Civil do Funchal.
- 1975, 7 de outubro — ocupação das instalações da Emissora Nacional na Madeira.
- 1977, 30 de junho — incidentes durante a visita oficial de Ramalho Eanes à Madeira.[2]
- 2009, 25 de abril — foram hasteadas várias bandeiras da FLAMA no arquipélago da Madeira.[3]
- 2011, 1 de julho — foram hasteadas várias bandeiras da FLAMA no arquipélago da Madeira.[4]
Referências
- ↑ a b «Fundadores da FLAMA asseguram que o ressuscitar do movimento separatista só interessa a Jardim». Público. 3 de maio de 2009. Consultado em 26 de fevereiro de 2011. Arquivado do original em 12 de outubro de 2011
- ↑ «Visita oficial de Ramalho Eanes à Madeira». Fundação Mário Soares. Consultado em 26 de fevereiro de 2011
- ↑ «Omissão na lei permite regresso da FLAMA». Diário de Notícias. 26 de abril de 2009. Consultado em 26 de fevereiro de 2011
- ↑ «Bandeiras da FLAMA por toda a Ilha». Diário de Notícias. 1 de julho de 2011. Consultado em 1 de julho de 2011