Grande Prêmio da Austrália de 1991

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Grande Prêmio da Austrália
de Fórmula 1 de 1991

Sétimo GP da Austrália em Adelaide
Detalhes da corrida
Categoria Fórmula 1
Data 3 de novembro de 1991
Nome oficial Foster’s Australian Grand Prix
Local Circuito de Rua de Adelaide, Adelaide, Austrália Meridional, Austrália
Percurso 3.780 km
Total 14 voltas / 52.920 km
Condições do tempo Chuva torrencial
Pole
Piloto
Brasil Ayrton Senna McLaren-Honda
Tempo 1ː14.041
Volta mais rápida
Piloto
Áustria Gerhard Berger McLaren-Honda
Tempo 1ː41.141 (na volta 14)
Pódio
Primeiro
Brasil Ayrton Senna McLaren-Honda
Segundo
Reino Unido Nigel Mansell Williams-Renault
Terceiro
Áustria Gerhard Berger McLaren-Honda

Resultados do Grande Prêmio da Austrália de Fórmula 1 realizado em Adelaide em 3 de novembro de 1991. Décima sexta do campeonato, foi vencido pelo brasileiro Ayrton Senna, da McLaren-Honda, com Nigel Mansell em segundo pela Williams-Renault e Gerhard Berger em terceiro pela McLaren-Honda.[1][2]

Resumo[editar | editar código-fonte]

Bastidores e anúncios[editar | editar código-fonte]

Ausente de cinco provas na temporada e libertado pela Justiça Inglesa no mês anterior, Bertrand Gachot pilotou o carro #29 da Larousse de Eric Bernard, que se machucou no treino livre de sexta do GP do Japão;[3]

Alain Prost é demitido da Ferrari e a escuderia convoca Gianni Morbidelli,[4] piloto de testes do time de Maranello e vindo da Minardi na atual temporada. Após duas provas ausentes, Roberto Moreno conduz o carro #24 do time de Faenza na vaga deixada pelo piloto de Pesaro. Em sua primeira prova em um time de ponta, Morbidelli pontua pela primeira vez com meio ponto.

Última corrida de Satoru Nakajima. O piloto japonês já tinha anunciado com antecedência a aposentadoria no início da segunda fase do campeonato e também as últimas corridas de: Emanuele Pirro, Alex Caffi e Naoki Hattori.

Apenas 14 voltas[editar | editar código-fonte]

A largada da corrida foi com chuva e Senna, que largou na pole, conseguiu largar bem e manteve a ponta, com Berger em 2º, Mansell em 3º e Schumacher e Piquet disputando a 4ª posição. Na 3ª volta, Mansell já ocupava a 2ª posição ao superar Berger. Na 5ª volta, Schumacher perde o controle e acerta Alesi, que vinha logo atrás na reta Brabham. Piquet também chega a perder o controle do seu carro fazendo 360º graus no início da Brabham, mas ele consegue voltar ao circuito sem perder a 4ª posição. Com um carro bem acertado para o piso molhado, Mansell vai tentar ultrapassar Senna nessa mesma reta. Quando estava ultrapassando o brasileiro da McLaren, carros batidos aparecem na frente do piloto inglês, que freia para não acertá-los, e Senna volta para a liderança da prova. Pierluigi Martini, da Minardi, é outro que perde o controle do carro, indo bater forte no muro de proteção também na mesma reta. Assim que abriu a volta e contornou a chicane, Mansell perde o controle do seu carro acertando forte no muro do circuito. O piloto é atendido pelo médico da entidade e retirado do carro mancando. A direção de prova resolve interromper a prova, porque a chuva que caía na pista estava mais forte do que no início do Grande Prêmio.

Devido à chuva torrencial que caía sobre o Circuito de Adelaide, esta corrida passou à história como a segunda mais curta da categoria ao ser encerrada após quatorze das oitenta e uma voltas previstas (recorde superado no Grande Prêmio da Bélgica de 2021, com apenas uma volta disputada) razão pela qual os pontos foram atribuídos pela metade, afinal a distância percorrida foi inferior aos 75% previstos no regulamento. Foi também a última corrida de Nelson Piquet na Fórmula 1.[5][6]

Com o título de pilotos decidido no Japão em favor de Ayrton Senna, na Austrália definiu-se o mundial de construtores ficando com a McLaren. É o sétimo título da escuderia de Woking.

Quarta corrida na história da Fórmula 1 que atribuiu a pontuação pela metade.[7]

Classificação da prova[editar | editar código-fonte]

Pré-classificação[editar | editar código-fonte]

Pos. Piloto Construtor Tempo Dif.
1 7 Reino Unido Martin Brundle Brabham-Yamaha 1:17.707
2 10 Itália Alex Caffi Footwork-Ford 1:18.007 + 0.300
3 8 Reino Unido Mark Blundell Brabham-Yamaha 1:18.049 + 0.342
4 9 Itália Michele Alboreto Footwork-Ford 1:18.051 + 0.344
5 14 Itália Gabriele Tarquini Fondmetal-Ford 1:18.184 + 0.477
6 31 Japão Naoki Hattori Coloni-Ford 1:22.852 + 5.145

Treinos[editar | editar código-fonte]

Pos. Piloto Construtor Q1 Q2 Dif.
1 1 Brasil Ayrton Senna McLaren-Honda 1:14.210 1:14.041
2 2 Áustria Gerhard Berger McLaren-Honda 1:14.385 1:15.563 + 0.344
3 5 Reino Unido Nigel Mansell Williams-Renault 1:14.822 1:14.897 + 0.781
4 6 Itália Riccardo Patrese Williams-Renault 1:15.633 1:15.057 + 1.016
5 20 Brasil Nelson Piquet Benetton-Ford 1:16.552 1:15.291 + 1.250
6 19 Alemanha Ocidental Michael Schumacher Benetton-Ford 1:15.840 1:15.508 + 1.467
7 28 França Jean Alesi Ferrari 1:17.014 1:15.545 + 1.504
8 27 Itália Gianni Morbidelli Ferrari 1:16.203 1:17.679 + 2.162
9 4 Itália Stefano Modena Tyrrell-Honda 1:16.253 45:56.547 + 2.212
10 23 Itália Pierluigi Martini Minardi-Ferrari 1:17.614 1:16.359 + 2.318
11 22 Finlândia J. J. Lehto Dallara-Judd 1:17.665 1:16.871 + 2.830
12 33 Itália Andrea de Cesaris Jordan-Ford 1:17.073 1:17.050 + 3.009
13 21 Itália Emanuele Pirro Dallara-Judd 1:17.342 1:18.233 + 3.301
14 15 Brasil Maurício Gugelmin Leyton House-Ilmor 1:17.344 1:17.431 + 3.303
15 9 Itália Michele Alboreto Footwork-Ford 1:18.214 1:17.355 + 3.314
16 32 Itália Alessandro Zanardi Jordan-Ford 1:17.362 1:17.723 + 3.321
17 8 Reino Unido Mark Blundell Brabham-Yamaha 1:17.867 1:17.365 + 3.324
18 24 Brasil Roberto Moreno Minardi-Ferrari 1:19.752 1:17.639 + 3.598
19 34 Itália Nicola Larini Lambo-Lamborghini 1:19.076 1:17.936 + 3.895
20 25 Bélgica Thierry Boutsen Ligier-Lamborghini 1:18.992 1:17.969 + 3.958
21 12 Reino Unido Johnny Herbert Lotus-Judd 1:19.177 1:18.091 + 4.050
22 26 França Erik Comas Ligier-Lamborghini 1:19.678 1:18.112 + 4.071
23 10 Itália Alex Caffi Footwork-Ford 1:18.783 1:18.157 + 4.116
24 3 Japão Satoru Nakajima Tyrrell-Honda 1:18.216 1:18.307 + 4.175
25 11 Finlândia Mika Häkkinen Lotus-Judd 1:19.199 1:18.271 + 4.230
26 16 Áustria Karl Wendlinger Leyton House-Ilmor 1:18.282 2:12.369 + 4.241
27 30 Japão Aguri Suzuki Lola-Ford 26:19.244 1:18.393 + 4.352
28 7 Reino Unido Martin Brundle Brabham-Yamaha 1:18.887 1:18.855 + 4.814
29 35 Bélgica Eric van de Poele Lambo-Lamborghini 1:20.123 1:19.000 + 4.959
30 29 Bélgica Bertrand Gachot Lola-Ford 1:20.163 1:19.274 + 5.233
Fontes:[1]

Corrida[editar | editar código-fonte]

Pos. Piloto Construtor Voltas Tempo/Diferença Grid Pontos
1 1 Brasil Ayrton Senna McLaren-Honda 14 24ː34.899 1 5
2 5 Reino Unido Nigel Mansell Williams-Renault 14 + 1.259 3 3
3 2 Áustria Gerhard Berger McLaren-Honda 14 + 5.120 2 2
4 20 Brasil Nelson Piquet Benetton-Ford 14 + 30.103 5 1,5
5 6 Itália Riccardo Patrese Williams-Renault 14 + 50.537 4 1
6 27 Itália Gianni Morbidelli Ferrari 14 + 51.069 8 0,5
7 21 Itália Emanuele Pirro Dallara-Judd 14 + 52.361 13
8 33 Itália Andrea de Cesaris Jordan-Ford 14 + 1ː00.431 12
9 32 Itália Alessandro Zanardi Jordan-Ford 14 + 1ː15.567 16
10 4 Itália Stefano Modena Tyrrell-Honda 14 + 1ː20.370 9
11 12 Reino Unido Johnny Herbert Lotus-Judd 14 + 1ː22.073 21
12 22 Finlândia J. J. Lehto Dallara-Judd 14 + 1ː38.519 11
13 9 Itália Michele Alboreto Footwork-Ford 14 + 1ː39.303 15
14 15 Brasil Maurício Gugelmin Leyton House-Ilmor 13 + 1 volta 14
15 10 Itália Alex Caffi Footwork-Ford 13 + 1 volta 23
16 24 Brasil Roberto Moreno Minardi-Ferrari 13 + 1 volta 18
17 8 Reino Unido Mark Blundell Brabham-Yamaha 13 + 1 volta 17
18 26 França Erik Comas Ligier-Lamborghini 13 + 1 volta 22
19 11 Finlândia Mika Häkkinen Lotus-Judd 13 + 2 voltas 25
20 16 Áustria Karl Wendlinger Leyton House-Ilmor 12 + 2 voltas 26
Ret 23 Itália Pierluigi Martini Minardi-Ferrari 8 Rodou 10
Ret 19 Alemanha Michael Schumacher Benetton-Ford 5 Colisão 6
Ret 28 França Jean Alesi Ferrari 5 Colisão 7
Ret 34 Itália Nicola Larini Lambo-Lamborghini 5 Rodou 19
Ret 25 Bélgica Thierry Boutsen Ligier-Lamborghini 5 Colisão 20
Ret 3 Japão Satoru Nakajima Tyrrell-Honda 4 Rodou 24
DNQ 30 Japão Aguri Suzuki Lola-Ford Não qualificado
DNQ 7 Reino Unido Martin Brundle Brabham-Yamaha Não qualificado
DNQ 35 Bélgica Eric van de Poele Lambo-Lamborghini Não qualificado
DNQ 29 Bélgica Bertrand Gachot Lola-Ford Não qualificado
DNPQ 14 Itália Gabriele Tarquini Fondmetal-Ford Não pré-qualificado
DNPQ 31 Japão Naoki Hattori Coloni-Ford Não pré-qualificado
Fontes:[1][nota 1]

Tabela do campeonato após a corrida[editar | editar código-fonte]

  • Nota: Somente as primeiras cinco posições estão listadas e os campeões da temporada surgem grafados em negrito.

Notas

  1. Voltas na liderança: Ayrton Senna liderou as 14 voltas da prova.

Referências

  1. a b c «1991 Australian Grand Prix - race result». Consultado em 30 de julho de 2019 
  2. Fred Sabino (3 de novembro de 2019). «Corrida mais curta da história teve apenas 14 voltas, e Ayrton Senna venceu no temporal de Adelaide». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 3 de novembro de 2019 
  3. «Gachot substitui Bernard na Larrousse». Folha de S.Paulo. 30 de outubro de 1991 
  4. «Ferrari dispensa Prost e agora quer Piquet». Folha de S.Paulo. 30 de outubro de 1991 
  5. «Australian GP, 1991 (em inglês) no grandprix.com». Consultado em 30 de julho de 2019 
  6. EWERTON, Fernando. Senna se despede com outra vitória (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 04/11/1991. Esportes, Capa. Página visitada em 30 de julho de 2019.
  7. Rafael Lopes (30 de agosto de 2021). «Fast Facts: GP da Bélgica é menor corrida da história da Fórmula 1». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 30 de agosto de 2021 

Precedido por
Grande Prêmio do Japão de 1991
FIA Campeonato Mundial de Fórmula 1
Ano de 1991
Sucedido por
Grande Prêmio da África do Sul de 1992
Precedido por
Grande Prêmio da Austrália de 1990
Grande Prêmio da Austrália
56ª edição
Sucedido por
Grande Prêmio da Austrália de 1992