João Henrique da Silva
João Henrique da Silva | |||||||
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Informações pessoais | |||||||
Apelido | Cobrinha | ||||||
Categoria | Pesos Super-Leve | ||||||
Nacionalidade | brasileiro | ||||||
Data de nasc. | 17 de janeiro de 1942 | ||||||
Cidade natal | Juazeiro do Norte, CE | ||||||
Falecimento | 12 de março de 1982 (36 anos) | ||||||
Local | Arujá-SP | ||||||
Estilo | Ortodoxo | ||||||
Cartel | |||||||
Lutas | 53 | ||||||
Vitórias | 48 | ||||||
Nocautes | 33 | ||||||
Derrotas | 4 | ||||||
Empates | 1 | ||||||
Medalhas | |||||||
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João Henrique da Silva (Juazeiro do Norte-CE, 1 de janeiro de 1946 - Arujá-SP, 12 de março de 1982) foi um pugilista brasileiro.[1] Medalhista de prata nos Jogos Pan-Americanos de 1963 na categoria peso leve, e com vitória sobre um ex-campeão mundial (Eddie Perkins), João é considerado o melhor pugilista brasileiro entre os que não se sagraram campeões mundiais[2]
Carreira[editar | editar código-fonte]
Entre seus outros feitos, está a conquista do torneio "Forja dos Campeões de 1962" e a participação nas Olimpíadas de 1964, em Tóquio, onde chegou até as quartas de final, vencendo dois embates.[3] Eliminado por pontos pelo ganês Eddie Blay, João ficou a apenas uma vitória de garantir a tão sonhada medalha olímpica[4]
Em 1966, João sagrou-se campeão brasileiro dos super-leves/meio-médio-ligeiros, após vencer Jorge Sacomã, por nocaute no sexto round.
João tentou por quatro vezes o título mundial, depois de vencer adversários importantes como o norte-americano Eddie Perkins e o inglês Maurice Cullen. Encerrou sua carreira com um cartel de 48 vitórias (33 por nocaute), 4 derrotas (2 por nocaute) e 1 empate.[5]
Disputas de Título Mundial[editar | editar código-fonte]
Suas únicas 4 derrotas foram nas disputas de título mundial, a saber:[6]
- Em 1969, perdeu para o argentino Nicolino Locche;
- Em 1971 e 1972 para o italiano Bruno Arcari;
- Em 1975 para o espanhol Perico Fernandes;
Morte[editar | editar código-fonte]
No dia 11 de março de 1982, João estava no último banco de um ônibus da Viação Gaivota, que, por volta das 23 horas, no km 43 da Rodoviária Mogi-Dutra, próximo ao trevo de Arujá, chocou-se com um barranco, após o motorista Carlos Domingos Granjeiro perder a direção e derrapar.[7]
João Henrique, mesmo com o pulmão perfurado por causa de fraturas nas costelas, carregou por mais de duas horas vários colegas machucados, inclusive uma mulher grávida, para fora do ônibus. Perguntado, durante o resgate se estava passando bem, ele respondeu:
“ | Não se preocupem comigo, preciso tirar todos daqui![2] | ” |
Depois, passou mal e foi levado ao Hospital Lions Clube de Arujá, onde horas depois viria a falecer vitimado por uma hemorragia interna.[7]
Referências
- ↑ esportefera.com.br/ FERA DO PASSADO: Mais do que um boxeador, João Henrique foi um herói
- ↑ a b round13.com.br/ R13 Stories: João Henrique, O Maior Campeão Mundial que não tivemos
- ↑ Evans, Hilary; Gjerde, Arild; Heijmans, Jeroen; Mallon, Bill; et al. «João da Silva Olympic Results». Sports Reference LLC (em inglês). Olympics em Sports-Reference.com. Consultado em 4 de dezembro de 2018. Cópia arquivada em 4 de dezembro de 2016
- ↑ round13.com.br/ A História do Boxe Brasileiro nas Olimpíadas - Parte I
- ↑ jovempan.uol.com.br/ João Henrique: um bravo
- ↑ books.google.com.br/ Placar Magazine 19 mar. 1982
- ↑ a b Jornal "O Estado de São Paulo" - 12 de março de 1982