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Domenico Cimarosa[editar | editar código-fonte]

Domenico Cimarosa (Aversa, 18 de dezembro de 1749 – Veneza, 11 de janeiro de 1801) foi um compositor italiano, um dos últimos grandes representantes da escola musical napolitana. Foi uma das figuras centrais da ópera, particularmente da bufa, do final do século XVIII. E embora suas óperas tenham alcançado grande sucesso no seu tempo, tornando-o um compositor aclamado por toda a Europa, a única que a posteridade consagrou é Il matrimonio segreto. A respeito desta ópera, G. Verdi dizia: Quella è la vera commedia musicale, e lì è tutto quello che un'opera buffa deve avere (Esta é a verdadeira comédia musical, ela tem tudo aquilo que uma ópera cômica deve ter).

Biografia[editar | editar código-fonte]

Domenico Cimarosa

Juventude e formação musical[editar | editar código-fonte]

Nasceu em 18 de dezembro de 1749 na cidade de Aversa, deixando a cidade aos quatro anos com a família para morarem em Nápoles. Foram viver na igreja de San Severo de' Padri Conventuali. Era filho de Gennaro Cimarosa, um pedreiro empregado na construção do Palácio de Capodimonte, o qual durante as obras se infortunou à morte por conta de uma queda. Sua mãe, Anna di Francesco trabalhava como lavadeira no monastério vizinho à igreja.

Fui neste ambiente em que o jovem Domenico recebeu os primeiros rudimentos musicais do organista do monastério, padre Polcano. Cimarosa demonstrou rapidamente possuir aptidão para a música, tanto que em 1761 foi admitido no Conservatório de Santa Maria de Loreto, onde permaneceu por onze anos. Seus professores foram Gennaro Mana (à época considerado o melhor professor depois de Alessandro Scarlatti), Antônio Sacchini (até 1766) e Fedele Fenaroli (que deu a Cimarosa lições de contraponto). Em poucos anos se tornou um hábil violinista, clavicembalista e organista, e ainda um talentoso cantor. Seus companheiros o estimavam e escutavam com deleite enquanto interpretava peças de óperas com bela voz, graça e suavidade. Era levemente temperado e afável, bem como estudioso e diligente. Depois de deixar o conservatório se aperfeiçoou em canto com o castrato Giuseppe Aprile e em composição com Niccolò Piccinni. Durante o período na escola de Santa Maria de Loreto compôs alguns motetes e missas.

Os primeiros anos da carreira[editar | editar código-fonte]

Domenico Cimarosa em uma gravura de Luigi Bridi

No carnaval de 1722 debutou como operista com a comédia para música Le stravaganze del conte, dada na capital napolitana no Teatro dei Fiorentini e seguida da farsa Le magie di Merlina e Zoroastro (trabalho que faz referência à comédia dell’arte). Graças a esse primeiro trabalho sua fama de bom compositor começava a propagar. Suas óperas se tornaram subitamente populares em Roma, onde seus intermezzos cômicos foram representados principalmente no Teatro Valle.

No ano seguinte apresentou La finta pariginina no Teatro Nuovo com grande sucesso. Em 1776 representou em inédito a comédia I Sdegni e La Frascatana nobile ou La finta Frascanata e compôs a farsa I matrimoni in ballo. No ano seguinte apresentou o intermezzo jocoso I tre amanti e alguns meses depois Il fanatico per gli antichi romani andò no Teatro dei Fiorentini; concluindo o ano com L’Armida immaginaria representada no mesmo palco. Entre 1778 e 1781 seguiram em cena dezoito óperas, entre as quais as mais conhecidas são Il ritorno di Don Calandrino, L’italiana in Londra, Le donne rivali e Il pittore parigino.

O intermezzo L’italiana in Londra, apresentado pela primeira vez em 28 de dezembro de 1778 no Teatro Valle, foi muito aplaudida e foi graças aos sucessos notáveis conquistados nas representações desse trabalho cômico que a glória de Cimarosa aumentou e e se espalhou em pouco tempo por toda a Europa. Em 10 de julho de 1780 estreou a primeira ópera de Cimarosa Teatro alla Scala em Milão, pouco tempo depois representada em Dresden, onde no início da década quatro obras foram apresentadas traduzidas para o alemão. Em 29 de novembro de 1779 Domenico Cimarosa foi nomeado organista adjunto da Capela Real Napolitana, posição que manteve até 28 de março de 1786, quando foi promovido a segundo organista.

Atividade de Cimarosa nos anos oitenta[editar | editar código-fonte]

O primeiro trabalho dos anos oitenta foi Le donne rivali, um drama jocoso dado em Roma no início do ano 1780. Seguiram as representações de I finti nobili e Il falegname (ambos dramas cômicos de Giuseppe Palomba) no Teatro dei Fiorentini no começo do ano. De volta a Roma apresentou sua primeira ópera séria, Caio Mario. O ano de 1781 foi aberto no Teatro Valle com Il pittore parigino. Neste ano também estreou o primeiro libreto de Metastasio musicado por Cimarosa: o drama sério Alessandro nell’Indie, que foi encenado no Teatro delle Dame e muito apreciado. Teve muito sucesso também o drama cômico Il convicto representado em Veneza pouco depois (e reprisado em seguida em muitos teatros). Giannina e Bernardone foi representada pela primeira vez no Teatro San Samuele de Veneza no outono de 1781 e teve numerosas réplicas também em Milão, Viena, Madri e São Petersburgo.

Em 1782 foi a Gênova com o drama Giunio Bruto, em seguida a Roma com a ópera jocosa Amor costante e enfim retornou à cidade napolitana, onde no Teatro dei Fiorentini apresentou La ballerina amante. Em 13 de agosto, para o aniversário da rainha Maria Carolina da Áustria, debutou no Teatro San Carlo com L’eroe cinese, drama de Metastasio. Foi neste ano em que iniciou sua colaboração como maestro com Ospedale veneziano dei Derelitti (conhecida também como Ospedaletto). E em 1783 apresentou outras quatro óperas.

No Teatro dei Fiorentini em 1784 apresentou outra ópera cômica: L’apparenza inganna ovvero La villeggiatura. Neste ano Cimarosa se mudou para a Itália setentrional: primeiro Roma, depois Florença, Vicenza, Milão e enfim Torino. Na Cidade Eterna colocou em cena no Teatro Valle La bella greca, ópera que satisfez muito o público romano. No Teatro della Pergola de Florença estreou sua primeira ópera com libreto de Carlo Goldoni: Il mercato di Malmantide. Em 10 de julho com L’Olimpiade de Pietro Metastasio inaugurou o Teatro Eretenio de Veneza e em 10 de outubro no Teatro alla Scala de Milão teve lugar o drama jocoso I due supposti conti ovvero Lo sposo senza moglie. Durante a viagem entre Milão e Torino, se hospedou em Cantù, onde teve uma pequena intriga amorosa com uma moça. Chegou enfim a Torino onde colocou em cena l’Artaserse (libreto de Trapassi) para o dia de Santo Estefânio, dirigido por Gaetano Pugnani com Luigi Marchesi no Teatro Regio.

Depois desta viagem voltou a Nápoles, onde esperou a representação de outro drama jocoso, Il marito disperato ou Il marito geloso, durante o carnaval de 1785 no Fiorentini (dez anos depois Cimarosa mudou o nome da ópera para Amante disperato). Sua temporada operística continuou no Teatro Nuovo (Nápoles), para o qual preparou La donna sempre al suo peggior s’appiglia (com libreto de Palomba).

No ano seguinte representou no mesmo teatro Le trame deluse ovvero I raggiri scoperti, bem acolhida pelo público napolitano, tanto que em agosto do ano seguinte foi reprisada no Alla Scala em Milão e em muitas outras cidades italianas e também em Viena, Marselha, Dresden e outras cidades europeias. Esta foi a obra de Cimarosa preferida de Rossini, que usou um quinteto como modelo para o famoso sexteto da sua Cenerentola. No mesmo ano, foi ao Fondo, desta vez com um oratório: Il sacrifizio d’Abramo. No outono, como quarta ópera da temporada, apresentou a comédia Il crédulo com a farsa La baronessa stramba: ambas consideradas de baixo valor. Muito mais sucesso teve L’impresario in angustie, farsa com libreto de Diodati. Em 1787, numa reapresentação em Roma, esteve presente o famoso escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe (que estava a viajar pela Itália), que definiu o trabalho como “uma ópera que sempre agrada”.

Para o carnaval de 1787 voltou a Torino, onde apresentou no Teatro Regio um drama sério, Volodimiro, que muito agradou, sobretudo ao rei Vittorio Amedeo III de Savoia. Na primavera produziu ainda uma ópera bufa no Teatro del Fondo, Il fanatico burlato (libreto de Saverio Zini). Este foi seu último trabalho teatral antes da partida para a Rússia. Foi neste mesmo ano em que Cimarosa recebeu o convite da imperatriz Catarina II para prestar serviço em sua corte em São Petersburgo. Partiu com sua esposa em julho de 1787 de Nápoles parando por alguns dias em Livorno, onde foi convidado pelo duque de Toscana Leopoldo I (o futuro imperador Leopoldo II) a passar por Florença. Na corte ducal ele cantou algumas de suas peças de concerto. Outra parada importante da viagem foi em Viena, onde já era muito conhecido e apreciado graças às apresentações anteriores de algumas de suas óperas. Depois de mais uma parada, em Varsóvia, finalmente chegou a São Petersburgo em 3 de dezembro.

Na corte da imperatriz da Rússia[editar | editar código-fonte]

A imperatriz Catarina II da Rússia (1753, Alekesej Antropov).

Pouco se sabe sobre a estadia de Cimarosa na Rússia devido à ausência de documentos que reportem notícias detalhadas. Mas, foi graças a Giannina e Bernardone que a popularidade de Cimarosa chegou à Rússia, onde a imperatriz Catarina a Grande o convidou em 1787 a ocupar na corte imperial russa o cargo de mestre de capela, substituindo Giuseppe Sarti. Logo que chegou foi apresentado à imperatriz e despertou tanto entusiasmo que recebeu imediatamente a tarefa de ensinar música a seus dois netos.

Cimarosa atuou principalmente no Teatro dell’Ermitage, para o qual escreveu algumas óperas e cantatas. Em 12 de dezembro de 1787 fez realizar a Missa de Réquiem para o funeral da Duquesa de Serra Capriola (esposa do enviado do Rei de Nápoles). Em janeiro de 1788 apresentou a ópera séria La vergine del sole, em 24 de fevereiro a cantata La felicità inaspettata e em 29 de junho Atena edificata. Em april de 1789 foram reapresentadas Le due fidanzate e I due baroni, e em 27 de setembro a ópera Cleopatra e em outubro uma réplica de La virgine del sole. Em 1790 escreveu o Coro dei guerrieri e em 1791 dedicou a cantata La serenata non preveduta ao príncipe Gregório Alexandrovich Potemkin, amigo e ex-marido da imperatriz.

Contudo, nessa mesma época, a guerra com a Polônia obrigou a imperatriz Catarina a praticar economias. O teatro foi fechado, a capela dissolvida e Cimarosa teve que se contentar com um cargo de maestro da corte. Em 1791, depois de três anos de permanência na Rússia, com muitos presentes ele embarcou na viagem de retorno à Itália.

Estadia em Viena e Il matrimonio segreto[editar | editar código-fonte]

Imperador Leopoldo II.

Deixando a Rússia, Cimarosa parou em Varsóvia, onde permaneceu por cerca de três meses, encenando três óperas: Le trame deluse, Il credulo e L’impresario in angustie. Em dezembro de 1791 foi para Viena (no mesmo mês da morte de Wolfgang Amadeus Mozart), cidade que o recebe bem, dado que já era ali conhecido como bom compositor. Foi recebido com festa pelo imperador Leopoldo II, que havia já encontrado quatro anos antes quando era o Grão-duque da Toscana. O soberano austríaco foi muito generoso com Cimarosa: o nomeou mestre de capela da corte, lhe ofereceu prontamente um elevado salário anual de doze mil ducados, um apartamento do palácio imperial e o colocou para trabalhar com o libretista Giovani Bertati, que havia sido há pouco nomeado poeta di corte. Dessa colaboração nasceu sua obra-prima mais notável: Il matrimonio segreto. Representado no Burgtheater em 7 de fevereiro de 1792, este trabalho teve subitamente um sucesso imenso, tanto que na própria noite de estreia a obra foi inteiramente reapresentada por ordem do imperador. Durante a estadia vienense o compositor apresentou outras óperas: La calamita dei cuori, que não alcançou tanto sucesso e Amor rende sagace.

Os últimos anos[editar | editar código-fonte]

Cimarosa retornou a Nápoles por volta da primavera de 1793, depois de uma ausência de seis anos. Foi calorosamente acolhido e Il matromonio segreto que reapresentou no Teatro dei Fiorentini suscitou tanto entusiasmo que foi posta em cena por 110 noites em seguida. Em setembro compôs um trabalho instrumental, um concerto para duas flautas transversais e ainda no mesmo ano apresentou o drama cômico I traci amanti sobre o texto de Giuseppe Palomba.

O último período de sua vida foi amargurado por intrigas com alguns rivais, entre eles Giovanni Paisiello. Durante a República Napolitana de 1799, Cimarosa se juntou ao partido liberal e ao retorno dos Borboni, e como muitos outros de seus amigos políticos, foi preso e condenado à morte. Somente graças às interseções de alguns de seus admiradores influentes a sentença foi convertida em um exílio. Assim, deixou Nápoles com intenção de ir novamente para São Petersburgo, mas seus problemas de saúde o fizeram renunciar ao plano. Se estabilizou em Veneza, onde morreu em 11 de janeiro de 1801 entre as paredes do Palácio Duodo devido a uma inflamação intestinal. Foi sepultado na igreja de São Miguel Arcanjo, na vizinhança do Palazzo Duodo. Quando o edifício foi demolido em 1837, seus restos mortais foram dispersos.

Considerações sobre o artista[editar | editar código-fonte]

A música de Cimarosa tem sido nos últimos anos objeto de redescoberta e revalorização por parte dos músicos musicólogos. Muitos teatros e instituições passaram a inserir no repertório alguns títulos do compositor que quase nunca foram reencenadas desde a época da composição. Desde 2006 a Accademia Lirica Toscana “D. Cimarosa”, sob direção artística e musical de Simone Perugini, propõe atividades de redescoberta, estudo e execução de partituras cimarosianas em nove edições musicais por jovens profissionais.

Cimarosa foi muito amado por seus contemporâneos e muito apreciado após sua morte, tendo recebido elogios escritos por Goethe, Stendhal, Verdi, Rossini, D’Anunzio e Di Giacomo. M. Scherillo definiu Cimarosa como o maior compositor napolitano de ópera e comédia, e declarou que não havia rival para a vivacidade, abundância e frescor de suas ideias.

Entre todos os compositores napolitanos foi aquele mais ligado à realidade popular, mas que ao mesmo tempo deu à sua arte o estilo mais refinado e precioso. Com seu extraordinário gênio melódico criou árias capazes de descrever as expectativas, os pensamentos e os estados de espírito das diversas personagens; suas ações, gestos, emoções e confrontos sempre de maneira simples e eficaz. O que o distingue particularmente é que suas melodias agem no ouvinte com rapidez e precisão, revelando as intenções da personagem. Cimarosa transformou a ópera-bufa em uma comédia com toques de ironia.

De todos os compositores pertencentes à escola napolitana, o nome de Cimarosa soa particularmente conhecido, dado que entre suas produções se encontra Il matrimonio segreto, considerada o ápice cômico desta escola. Suas óperas são representadas com grande frequência em todo o mundo.

Autor prolífico, teve suas óperas em cena nos principais teatros europeus. Entre seus títulos mais conhecidos estão também Le Astuzie femminili¸ L’impresario in angustie, I due baroni di Roccazzurra, Li sposi per accidente, Giannina e Bernardone, L’italiana in Londra, e entre as óperas sérias: Cleopatra, La Vergine del sole, L’Olimpiade e Gli Orazi e i Curiazi. Sua reputação permaneceu inigualável nos últimos anos de sua vida e no início do século XIX até o advento de Rossini.

Sua obra e seu gênio são delineados em todas as suas composições, não apenas nas óperas. Há que se considerar as oitenta e oito sonatas para piano, o concerto para duas flautas e orquestra e a copiosa produção sacra em que se destacam seu Réquiem e seu Magnificat. Além da música de câmara, em que Cimarosa é uma das maiores referências da música do século XVIII.

As principais obras instrumentais[editar | editar código-fonte]

Os trabalhos instrumentais de Cimarosa têm geralmente estilo parecido com o de Mozart. O concerto para piano ou cravo e orquestra em si bemol maior é caracterizado em particular pela presença de um recitativo e ária como segundo movimento. Já, no concerto para duas flautas e orquestra em sol maior escrito em 1793, as duas flautas solistas intervêm como parte do todo orquestral, como nos concertos grossos. O concerto para oboé e orquestra não é uma obra original de Cimarosa, mas fruto do arranjo de quatro de suas sonatas para clavicêmbalo ou piano feito pelo compositor australiano Arthur Benjamin.

Suas sonatas para piano, atualmente identificadas como sonatas a movimento único, na realidade foram pensadas como sonatas a dois ou três movimentos. Estas sonatas tiveram forte inspiração barroca, diferentemente do estilo clássico de suas óperas líricas. Grande parte dessas sonatas foi escrita usando forma musical barroca (AABB), contudo algumas apresentam elementos melódicos típicos das últimas sonatas do classicismo e forma musical tripartida (ABA).

Notas[editar | editar código-fonte]

  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em italiano cujo título é «Domenico Cimarosa».

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Storni Trevisan, Maria - Nel primo centenario della morte di Domenico Cimarosa 1801-1901, Venezia, 1901
  • Vitale, R. - Domenico Cimarosa, la vita e le opere / Aversa, 1929
  • Biamonti, Giovanni - Il matrimonio segreto di Domenico Cimarosa / Roma, 1930
  • Tibaldi Chiesa, Mary - Cimarosa e il suo tempo / Milano, 1939
  • Schlitzer, Franco - Goethe e Cimarosa / Siena, 1950
  • Rossi, Nick - Fauntleroy, Talmage - Domenico Cimarosa, his life and his operas / Greenwood Press, 1999
  • Maione, Paologiovanni - Columbro, Marta (a cura di), Domenico Cimarosa: un 'napoletano' in Europa, 2 tomi, Lucca, LIM, 2004
  • Simone Perugini, Domenico Cimarosa. Nuova raccolta di Studi, Firenze, Accademia Lirica Toscana "Domenico Cimarosa", 2016, ISBN 978-1532751028.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]