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Golfinho-comum-de-bico-curto[editar | editar código-fonte]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaGolfinho

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Cetacea
Subordem: Odontoceti
Família: Delphinidae
Género: Delphinus
Espécie: D. delphis
Nome binomial
Delphinus delphis
(Linnaeus, 1758)
Distribuição geográfica

Características gerais[editar | editar código-fonte]

O golfinho (Delphinus delphis L.), também chamado delfim, ou golfinho-comum é a espécie mais comum da família Delphinidae. Há mais Delphinus delphis do que qualquer outra espécie de Delphinus nas águas temperadas dos oceanos Atlântico e Pacífico. Também pode ser encontrado nos mares do Caribee do Mediterrâneo.O golfinho comum de bico curto aparenta, de acordo com estudos sobre a espécie, gostar mais de aguás pelágicas.[1] O golfinho comum de bico curto pode atingir uma altura de mais de dois metros, e pesar mais de 75 quilos, com um corpo extenso e delgado. Ele apresenta uma morfologia bem caracterizada, com cores e dinâmicas bem relevantes, o que o torna um animal bem colorido. Seu corpo apresenta uma marca semelhante a letra v nas laterais. Na extremidade proximal dessa marca possui uma coloração preta e na parte inferior uma coloração branca. Seus olhos são circundados por uma mancha escura e uma listra que percorre ate o bico do animal, dividindo- o por meio de um sulco profundo, seu bico é bem alongado e profundo. As mandíbulas de cada lado do bico são revestidas por cerca de 40 dentes, afiados e com uma curvatura ideal para a captura de presas que possuem escamas escorregadias.  Apresenta uma mancha escura que vai da mandíbula e se encerra quando se aproxima das nadadeiras. [2]A espécie tem uma nadadeira dorsal que assume formato de triângulo, fazem parte de sua anatomia também as nadadeiras peitorais e a cauda Essas apresentam uma cor marrom escurecida, quase preta, a cauda ainda mostra uma pequena entrada na sua parte central, e suas extremidades são pontiagudas.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

"Golfinho" originou-se do grego delphís, através do latim delphinu, com influência de "golfo". "Delfim" se originou do grego delphín, pelo latim delphine.


Caracterização Taxonómica[editar | editar código-fonte]

O golfinho comum de bico curto é considerado uma espécie de mamífero marinho social que pertence a ordem de cetacia, da Classe Mammalia. A taxinomia desse grupo ainda apresenta muitas conturbações, tendo em vista as diversas variação de ambientes em que eles se encontram e consequente abundância no numero de espécies a ser estudadas. No entanto, acordo com estudos realizados pelos taxonomista com o género Delphinus, foi constatada por Heyning e Perrina a presença de duas espécies, a Delphinus.[3] Delphis, que são conhecidos popularmente por golfinho comum de bico curto e a espécie Delphinus.capensis, conhecido como golfinho comum de bico longo. Porem essa classificação só se encaixa em termos esqueléticos, pois ano apresentam diferencias morfológicas facilmente notadas por visualização, de acordo com espécimes das águas da Califórnia. Alguns estudos genéticos foram efetuados com a família Delphinus e foi observado ao longo de analises que essas determinadas espécies não eram consideradas monofiléticas, o que influenciou em uma recente divergência genética.[4]

Distribuição e Habitat[editar | editar código-fonte]

Os Golfinhos comuns de bico curto possuem uma abundância distribuição aquática. A espécie pode ser encontrada em praticamente todos os oceanos e alguns mares específicos,como o Mediterrâneo e o mar negro. Estando em águas temperadas e tropicais. Juntamente com o golfinho de bico longo, constituem a espécie com mais indivíduos do nordeste atlântico, podendo ser mais visualizados e encontrados nas costas da Europa. Geralmente esse espécie evita águas que possuem temperaturas inferiores a 10 graus centígrados. Pode ocorrer populações em algumas áreas do oceano indico, geralmente ao redor da África e sul da Austrália. [5]O golfinho comum também se encontra presente nas costas portuguesas durante todo o ano, porem com uma frequência menor durante o verão, nas regiões norte e centro essa presença e bem abundante. No brasil já foram encontrados e registrados espécimes na região Sul e Sudeste.

Comportamento Social[editar | editar código-fonte]

É considerado o mais gregário dos cetáceos . Os Golfinhos podem viver em agregações de centenas ou mesmo milhares de indivíduos. Eles às vezes podem ser confundidos com outras espécies de golfinhos, como as baleias-piloto. São nadadores rápidos (até 60 km por hora) e são muito bons em acrobacias, uma coisa bem comum nesta espécie. O máximo de vida é de 35 anos, mas tem sido estimada em 22 anos para a população do Mar Negro.[6] Os grupos formados por golfinhos geralmente apresentam indivíduos que possuem relações entre si. Três tipos de grupo são sugeridos dentro da sociedade dos cetáceos com base em alguns estudos científicos. São os grupos: escola, que contam apenas com a população fêmea, lactantes e suas crias da sociedade, o grupo considerado misto, formado por ambos os sexos e idades e os grupos que são formados apenas pelos machos, sejam eles apenas os imaturos ou os de todas as idades.Semelhante a muitas especies marinhas, os grupos de golfinhos podem acabar variando seus indivíduos durante o dia, todavia as relações de associações geralmente são duradouras,de longo prazo e benéfica para todo o grupo. Se algum individuo do grupo ficar doente, os outros indivíduos utilizam suas nadadeiras para auxiliar o enfermo a subir ate a superfície para respirar. [7]Como observado na maioria dos cetáceos, o cuidado com a cria é exclusivamente desempenhado pela fêmea mãe, que acabam exercendo uma base estrutural social das sociedades de golfinhos. No entanto ainda ha muito a ser estudado e descoberto na relação de genitora-cria. Mesmo com muitos estudos de profissionais especializados as características sociais sofrem precaridade de informações, fazendo com que a interferência humana nos grupos de golfinhos possa afetar drasticamente sua sobrevivência e sustentabilidade.

Dieta[editar | editar código-fonte]

Esta espécie de golfinho tem uma dieta variada composta essencialmente por muitas espécies de peixes, lulas, e cefalópodes (polvos e chocos). que vivem a menos de 200 metros de profundidade. Preferem os cardumes, como sardinhas, arenques e anchova.[8] Os golfinhos comuns são especies sempre muito ativas, considerados excelentes nadadores, pode alcançar uma velocidade de km/h perseguindo sua presa. Apenas um único individuo do grupo de golfinho comum é capaz de ingerir ate 9 quilos de peixes diariamente. Saem para caçar e se alimentar em grupo e levam aproximadamente uma hora para tal atividade. Os grupos se dividem e atacam diferentes cardumes, com o objetivo de maior captura de presas, em determinadas cacas levam os cardumes para a superfície do oceano e os capturam na superfície. Os golfinhos tendem a engolir sua captura inteira, sem mastigar.  

Reprodução[editar | editar código-fonte]

O golfinho comum de bico curto é uma espécie vivípara, ou seja, o embrião se desenvolve dentro do corpo da mãe, que gera na maioria das vezes um único filhote, mas pode ocorrer a gestação de dois ou mais embriões. O golfinho tem um período de gestação de 10 a 11 meses.[9] O filhote recém-nascido tem um comprimento de entre 70 e 100 centímetros e pesa cerca de 10 kg. Assim que o filhote de golfinho nasce, ele se junta e passa a conviver com os demais indivíduos, se tornando parte da família e ajudando nas atividades executadas pela comunidade, no entanto, ele continua sempre muito próximo da sua mãe, principalmente nos primeiros meses quando ele ainda é muito jovem. [10]Os filhotes tendem a se alimentar apenas do leite materno, sendo esse seu exclusivo alimento até aproximadamente seis meses de idade, em algumas regiões o desmame só ocorre após dezenove meses. O golfinho não possui lábios como os mamíferos humanos, sendo assim eles não são capazes de sugar o leite, logo as mães apresentam um músculo localizados em seus mamilos que quando contraídos liberam leite, assim seus filhotes conseguem se alimentar. [11]O período de reprodução quase sempre coincide com as estações de Outono e Primavera. Para a população do Mar Negro, o desmame ocorre entre 5 e 6 meses, mas ocorre mais tarde (até cerca de 19 meses) em outras áreas. A idade que ocorre a maturidade sexual também varia por localização, mas pode variar entre 2 e 7 anos para as fêmeas e 3 e 12 anos para os machos. O tempo médio entre um acasalamento e outro pode variar em pouco mais de um ano.


Caracterização dos assobios[editar | editar código-fonte]

A espécie golfinho comum é dominante de uma caraterística muito marcante e que chama bastante atenção, é a sua elevada capacidade de vocalização (geralmente fazem parte, juntamente com outros modos, de seu meio de comunicação), com a qual pode identificar a posição e a forma dos obstáculos por meio da emissão de sons de alta frequência, que podem apresentar duplamente fenômenos lineares e não lineares. Essas frequências podem conter feições como subharmonicas, pulos de frequência, bifonação e caos  determinístico. Diversos estudos, dirigidos por profissionais e especialistas visaram a descrição e descoberta dessa vocalização, que é conhecida como assobio.[12] Nesses estudos mais de setenta e cinco tipos e dez categorias de assobios foram selecionados e analisados, totalizando um numero de quatrocentos e setenta e três assobios diferentes, essas analises levavam em consideração a forma de seus contornos. Os assobios duram cerca de quatro segundos medialmente, podendo variar de pequenos segundos, a frequência atingia ate 34 kHz. Pulos de frequência são as feições mais observados nos sons produzidos por esses animais, as feições não lineares são de extrema importância para a sociedade, pois provavelmente elas desempenham um papel muito importante, fazendo parte da comunicação acústica. [13]Os assobios também apresente diferenciação conforme a localização geográfica da espécies. O repertório de assovios do golfinho-comum é bastante variado, apresentando características que os diferenciam dos assovios de populações já estudadas. O tamanho de cada grupo de golfinho e o estado comportamental em que se encontram durante as amostragens também pode ser um dos responsáveis pelas diferenças sonoras que eles possuem. Os estudos as cerca da capacidade e variação sonoras dessa espécie ainda é pouco investida peles biólogos e capacitados da área, geralmente o estudo dessa espécie é focado em outras particularidades.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Seamons, G.R. (2006). «Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference (3rd edition)2006269Edited by Don E. Wilson and DeeAnn M. Reeder. Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference (3rd edition). Baltimore, MD: Johns Hopkins University Press 2005. , ISBN: 0 8018 8221 4 £83.50 $125 2 vols». Reference Reviews. 20 (5): 41–42. ISSN 0950-4125. doi:10.1108/09504120610673024 
  2. Genovez-Oliveira, Jhon Lennon; Cardozo, Sergian V.; De Oliveira, Águida A.; De Lima, Viviane M.; Ferreira, Ildemar; Berto, Bruno P. (2019). «Morphological and Molecular Identification of Isospora sepetibensis (Chromista: Miozoa: Eimeriidae) from a New Host, Trichothraupis melanops (Passeriformes: Thraupidae: Tachyphoninae) in South America». Acta Protozoologica. 58 (1). ISSN 0065-1583. doi:10.4467/16890027ap.19.007.10838 
  3. Silva, Luís; Varajão, João; Dominguez, Caroline; Moura, Isabel (7 de junho de 2017). «MOTIVAÇÕES PARA O ELEVADO DESEMPENHO EM EQUIPAS DE PROJETOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO». Associação Portuguesa de Sistemas de Informação, APSI. Atas da 17ª Conferência da Associação Portuguesa de Sistemas de Informação. doi:10.18803/capsi.v17.185-193 
  4. Biazus, Jorge V; Damin, Andrea; Cavalheiro, José A; Zucatto, Angela; Cericatto, Rodrigo; Melo, Marcia P.; Cassiano, Anita S.; Brazan, Murilo L. (2018). «Latissimus dorsi musculocutaneous flap recosntruction after nipple sparing mastectomy complication: case report». Mastology. 28 (s1): 59–59. ISSN 2594-5394. doi:10.29289/259453942018v28s1059 
  5. «Golfinho-comum-de-bico-curto (Delphinus delphis)». FAUNA DIGITAL DO RIO GRANDE DO SUL. Consultado em 29 de janeiro de 2020 
  6. «Golfinho-comum-de-bico-curto (Delphinus delphis)». FAUNA DIGITAL DO RIO GRANDE DO SUL. Consultado em 30 de janeiro de 2020 
  7. Zerbini, Alexandre N. (2004). Distribuição e abundância relativa de cetáceos na zona econômica exclusiva da região sudeste-sul do Brasil. São Paulo: Instituto Oceanográfico-USP. ISBN 85-98729-03-5. OCLC 58560102 
  8. «Golfinho-comum-de-bico-curto (Delphinus delphis)». Terra Selvagem. Consultado em 30 de janeiro de 2020 
  9. Talaia, Mário; Augusto, Ana (1 de dezembro de 2018). «Ensino e aprendizagem a partir da análise de uma situação meteorológica de risco máximo». RISCOS - Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança: 95–109. ISBN 978-989-54295-0-9 
  10. Gonçalves, Gislene Lopes, 1980-; Quintela, Fernando Marques,; Freitas, Thales Renato Ochotorena de, 1954-. Mamíferos do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: [s.n.] ISBN 978-85-62689-93-2. OCLC 914156869 
  11. Marcon, Luciléia; Zocche, Jairo José; Ladwig, Nilzo Ivo (2017). «A expansão urbana da cidade de Araranguá, Santa Catarina, no período de 1957 a 2010 e suas implicações ambientais». Revista Brasileira de Ciências Ambientais (Online) (43): 32–48. ISSN 2176-9478. doi:10.5327/z2176-947820170078 
  12. Predel, B. «Au-Er (Gold-Erbium)». Berlin/Heidelberg: Springer-Verlag: 1–2. ISBN 3-540-15516-3 
  13. Silva, Elisangela Aparecida Machado da; Fortes, José Augusto Abreu Sá; Araújo Sobrinho, Fernando Luiz; Gazoni, Jefferson Lorencini (11 de janeiro de 2020). «Tourism Consolidation in Small Brazilian Municipalities: Nuances and Opportunities in Transport Network». Revista Rosa dos Ventos - Turismo e Hospitalidade. 12 (1): 129–153. ISSN 2178-9061. doi:10.18226/21789061.v12i1p129