Xavier Ayala Delgado
| Xavier Ayala Delgado | |
|---|---|
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| Nome completo | Francisco Javier de Ayala Delgado |
| Nascimento | 29 de novembro de 1922 Saragoça  Espanha
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| Morte | 7 de outubro de 1994 (71 anos) São Paulo  Brasil
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| Nacionalidade | Espanhola e Brasileira |
| Educação | Universidade de Saragoça,
Universidade Central de Madri, Universidade de Sevilla, Pontifícia Universidade Lateranense |
Xavier Ayala Delgado [em espanhol: Francisco Javier de Ayala Delgado] (Saragoça, 29 de novembro de 1922 - São Paulo, 7 de outubro de 1994) foi um sacerdote católico e jurista espanhol, estabelecido primeiro em Portugal (1949-1958) e posteriormente no Brasil (1961-1994), onde iniciou o labor apostólico do Opus Dei, sendo o primeiro Consiliario do Opus Dei em ambos países.[1] Era conhecido como Dr. Xavier.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Nasceu em 1922 em Saragoça (Espanha). Enquanto estudava Direito na Universidade de Saragoça conheceu São Josemaría Escrivá e incorporou-se ao Opus Dei no dia 3 de março de 1940.[2] No ano seguinte transladou-se a Madri, onde concluiu a licenciatura e defendeu sua tese doctoral na Universidade Central de Madri (1943) sobre Rudollf von Ihering, filósofo do Direito.[3] Posteriormente mudou-se a Sevilla, onde concluiu a licenciatura em Filosofia e Letras, e foi professor de Direito na Universidade de Sevilla. Em 1946 regressou a Madri.[4]
Tempo depois, instalou-se em Roma, onde conseguiu o doutorado em Direito Canônico na Pontifícia Universidade Lateranense.[5]
No dia 26 de dezembro de 1948 foi ordenado sacerdote pelo Bispo Auxiliar de Madri Casimiro Morcillo no centro do Opus Dei da Rua Diego de León (Madri).[6]
Aos poucos dias de sua ordenação sacerdotal estabeleceu sua residência em Coimbra, alternando com viagens periódicas a Porto.[7] Desde ali, impulsionou o desenvolvimento da atividade apostólica do Opus Dei em Portugal (1949-1958), sendo o primeiro Consiliario do Opus Dei nesse país.[8]
Mudou-se a Brasil em 1961, onde foi também o primeiro Consiliario do Opus Dei até o seu falecimiento em São Paulo, no dia 7 de outubro de 1994.[9][10] No final dos anos sessenta tinha-se nacionalizado brasileiro.
Em 1966 foi nomeado pelo Papa Paulo VI membro da Comissão Pontifícia para a revisão do Código de Direito Canônico de 1917 e Prelado de honra de Sua Santidade.[6] A partir de 1979 foi nomeado membro da Comissão Paritaria de Estudo criada pela Santa Sé para analisar a possibilidade de conceder ao Opus Dei a configuração jurídica de Prelazia Pessoal.[3] Nessa comissão havia seis membros: três representantes da Sagrada Congregação de Bispos da Santa Sé (Marcello Costallunga, Mario Francesco Pompedda e Marian Oleś); e três do Opus Dei (Amadeo de Fuenmayor, Julián Herranz e o próprio Ayala). Como resultado deste estudo, o Opus Dei foir erigido em Prelazia Pessoal por S. João Paulo II em 1982.
Publicações[editar | editar código-fonte]
Publicou vários artigos e livros de investigação histórica-jurídica, entre os que destacam:[3]
- El descubrimiento de América y la evolución de las ideas políticas (1945)
- Ideas políticas de Juan de Solórzano, Escuela de Estudios Hispano-Americanos, Sevilla, 1946. Esta obra foi qualificada por Alfonso García-Gallo como "valiosíssima contribuição à história das nossas idéias políticas e à do Direito indígena".[11]
- Fray Miguel de Agia. Servidumbres personales de los indios (1946)
- Ideas canónicas de Juan de Solórzano (El tratado De Indiarum iure y su inclusión en el Índice) (1947)
- Filosofía da Historia e Filosofía do direito no século XIX (1947). Esta obra trata sobre diversos autores: Wilheim Dilthey, Friedrich Karl von Savigny, Georg Wilhelm Friedrich Hegel, Gustav von Hugo, Auguste Comte, Herbert Spencer, Rudolf von Ihering y Karl Marx
- Iglesia y Estado en las Leyes de Indias (1949)
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências[editar | editar código-fonte]
- ↑ FAUS, Francisco (2024). São Josemaria Escrivá no Brasil 3a ed. São Paulo: Quadrante. ISBN 9788574651163
- ↑ Castells i Puig, Francesc; González Gullón, José Luis (2020). «El gobierno del Opus Dei en la década 1940-1950». Studia et Documenta: Rivista dell’Istituto Storico san Josemaría Escrivá. XIV (14). ISSN 1970-4879. Consultado em 10 de maio de 2023
- ↑ a b c López Jacoiste, José Javier (2005). «Voz: «Ayala Delgado, Francisco Javier de»». Cátedra de Historia del Derecho y de las Instituciones (Departamento de Derecho Privado Especial. Facultad de Derecho. Universidad de Málaga). Diccionario crítico de juristas españoles, portugueses y latinoamericanos (hispánicos, brasileños, quebequenses y restantes francófonos) [hasta 2005]. I: 119-120
- ↑ Ánchel, Constantino; Illanes, José Luis (2020). «Sacerdotes en el Opus Dei: 1944-1949». Studia et Documenta: Rivista dell’Istituto Storico san Josemaría Escrivá. XIV (14): 173-216. ISSN 1970-4879. Consultado em 10 de maio de 2023
- ↑ Díaz Hernández, Onésimo (2018). Posguerra: La primera expansión del Opus Dei durante los años 1939 y 1940. Madrid: Rialp. 382 páginas. ISBN 9788432150395
- ↑ a b Ánchel, Constantino; Illanes, José Luis (2020). «Sacerdotes en el Opus Dei: 1944-1949» (PDF). Istituto Storico San Josemaría Escrivá (ISJE). Studia et Documenta. 14: 173-216. ISSN 1970-4879
- ↑ «História do Opus Dei em Portugal»
- ↑ Díaz Hernández, Onésimo (2023). «La difusión del Opus Dei desde España hacia Europa: la formación y los primeros pasos de los grupos de expansión (1946-1950)». In: Santiago Martínez Sánchez - Fernando Crovetto. Gentes, escenarios y estrategias. El Opus Dei durante el pontificado de Pío XII, 1939-1958. Cizur Menor (Navarra): Aranzadi. pp. 89–111. ISBN 9788411253741
- ↑ «In Pace». Romana: bollettino della Prelatura della Santa Croce e Opus Dei (em italiano). X (19): 365-366. Julio-diciembre de 1994 Verifique data em:
|data=(ajuda) - ↑ «História do Opus Dei no Brasil»
- ↑ López Jacoiste, José Javier (2005). Cátedra de Historia del Derecho y de las Instituciones (Departamento de Derecho Privado Especial. Facultad de Derecho. Universidad de Málaga), ed. «Voz: «Ayala Delgado, Francisco Javier de»». Zaragoza - Barcelona. Diccionario crítico de juristas españoles, portugueses y latinoamericanos (hispánicos, brasileños, quebequenses y restantes francófonos) [hasta 2005]. I: 119-120