Cafundá Astrogilda

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Cafundá Astrogilda é um quilombo urbano situado em Vargem Grande, no Rio de Janeiro[1][2].

Histórico[editar | editar código-fonte]

O quilombo ocupa uma área do Parque Estadual da Pedra Branca, criado em 1974. Desde a criação do parque, os ocupantes tradicionais sofriam com a imposição de obstáculos para a realização das suas atividades, além da incerteza jurídica sobre suas residências. Somente em 2009 um conselho consultivo, incluindo moradores da região e instituições, iniciou a elaboração de um plano de manejo, que foi publicado em 2012.

Em março de 2013, numa reunião no Alto Mucuíba, moradores do Cafundá Astrogilda declararam suas relações de parentesco e vizinhança e sua descendência de antigos escravos. No ano seguinte, a ONG Panela de Barro ajudou na articulação da comunidade para obter o reconhecimento do local como quilombo. O vínculo com a ancestralidade africana foi reforçado pela figura de Pai Tertuliano, entidade cultuada pelos antigos escravos das fazendas da região, e guia espiritual de um terreiro de umbanda que funcionara ali entre 1934 e 1962, com a matriarca Astrogilda escolhida como referência para o nome[3].

Em 16 de agosto de 2014, a comunidade recebeu a certificação de quilombo[4].

Características[editar | editar código-fonte]

A principal atividade econômica no quilombo é a agricultura familiar. Os moradores também produzem licores e bebidas de infusão, incluindo o parangolé, afrodisíaco criado pelo griô Jorge dos Santos Mesquita[5].

Museu[editar | editar código-fonte]

O Museu Cafundá Astrogilda reúne peças de culto pertencentes ao antigo terreiro de umbanda[6].

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]