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Cristina Judar

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Cristina Judar
Cristina Judar
Nascimento 29 de maio de 1971 (53 anos)
São Paulo
Cidadania Brasil
Ocupação escritor, jornalista
Prêmios

Cristina Veiga Judar[1] (São Paulo, 29 de maio de 1971), mais conhecida por Cristina Judar, é uma escritora, roteirista e jornalista brasileira, pós-graduada em Jornalismo Cultural pela FAAP, com passagem por redações de jornais e revistas e agências de comunicação.[2]

Cristina Judar se identifica como não-binária, e destaca os pronomes "elu, ela e ele" em suas redes sociais, bem como utiliza termos neutros em seus textos; classifica como "libertadora", essa experiência da representação de identidades invisibilizadas, e acrescenta que a "linguagem neutra/não-binária não é excludente", pois, "abre espaço para que existências e identidades fora do binarismo homem-mulher sejam igualmente contempladas e respeitadas. Não há motivos para entender a inclusão como algo negativo".[3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Cristina Judar afirma que "nasceu escritora". Começou a ler cedo, e por gostar de ler, começou a escrever nos laboratórios de redação no colégio. Todavia, somente quando já estava trabalhando como jornalista, tomou a iniciativa de reunir o primeiro conjunto de textos que considerava "publicáveis". Embora não tenha sido sua primeira produção literária, Roteiros para uma Vida Curta (2014), recebeu Menção Honrosa no Prêmio Sesc de Literatura 2014 e foi publicado pela Editora Reformatório em 2016.[4]

Anteriormente, Judar, já havia publicado duas graphic novels: Lina (2009), pela Editora Estação Liberdade, e Vermelho, Vivo (2011), pela Devir Brasil.[2]

Em 2015, escreveu o projeto de prosa poética Questions For a Live Writing,[1] após ter sido selecionada para uma residência literária na Queen Mary University of London. A partir daí, teve textos de sua autoria traduzidos e publicados na Inglaterra, Estados Unidos, Egito, Países Baixos, Espanha, Alemanha, México, Líbano, Indonésia, País Basco e Nigéria.

Seu romance Oito do Sete (Editora Reformatório), contemplado pelo ProAC de Prosa 2014, foi finalista do Prêmio Jabuti 2018 (categoria Melhor Romance) e ganhador do Prêmio São Paulo de Literatura 2018 (categoria Melhor Romance - autores acima de 40 anos).[2] Em dezembro deste mesmo ano, integrou a delegação de autores brasileiros na FIL - Feira Internacional do Livro de Guadalajara.[5]

Em março de 2019, participou da Primavera Literária Brasileira, com apresentações na Sorbonne Université, Fundação Calouste Gulbenkian de Paris, Universidade Paris 1 e Université Libre de Bruxelles.[6] Ainda em 2019, co-organizou a antologia de autores LGBTQs brasileiros A resistência dos vaga-lumes(Editora Nós).[2]

Em 2020, co-organizou a antologia Pandemônio: nove narrativas entre São Paulo - Berlim.[7] No mesmo ano, participou da edição online da Feira do Livro de Frankfurt.

Seu segundo romance, Elas marchavam sob o sol (Dublinense), foi lançado em 2021.[8] O livro teve os direitos de publicação e tradução adquiridos pela editora moçambicana Trinta Zero Nove (ganhadora do International Excellence Awards, oferecido pela Feira do Livro de Londres 2021 e UK Publishers Association)[9] e para a editora egípcia Sefsafa Publishing House.[10] Ainda neste ano, foi publicado no Brasil seu primeiro livro infantil, Uma criatura no canto do meu quarto (Editora Cuore).[11]

Cristina Judar foi um dos escritores brasileiros selecionados para a antologia Calico Series, publicada em 2021 pela editora estadunidense Two Lines Press.[12] Outro projeto de natureza coletiva e internacional do qual participou chama-se Lumbung: contos de mutirão,[13] uma antologia de contos de ficção articulada pela megaexposição de arte contemporânea Documenta, publicada por editoras de sete países e lançada no Brasil, em 2022, pela Dublinense.

Prêmios literários e incentivos culturais[editar | editar código-fonte]

  • ProAc (Programa de ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado de São Paulo) de HQ 2008 – Lina.
  • ProAc (Programa de ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado de São Paulo) de HQ 2010 – Vermelho, vivo.
  • ProAc (Programa de ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado de São Paulo) de Literatura 2014 – Oito do Sete.
  • Menção Honrosa no Prêmio SESC de Literatura 2014 – Roteiros para uma vida curta.
  • Bolsa de residência literária na Queen Mary University of London, oferecida pelo Ministério da Cultura do Brasil e pelo British Council (2015).
  • Finalista no Prêmio Jabuti 2018 – categoria Melhor Romance – Oito do Sete.
  • Prêmio São Paulo de Literatura 2018, categoria Melhor Romance (autores acima de 40 anos) – Oito do Sete.

Obras publicadas[editar | editar código-fonte]

HQ[editar | editar código-fonte]

  • Lina (2009) – com o ilustrador Bruno Auriema - Editora Estação Liberdade
  • Vermelho, Vivo (2011) – com o ilustrador Bruno Auriema - Editora Devir

Conto[editar | editar código-fonte]

  • Roteiros para uma vida curta (2016) - Editora Reformatório (Menção Honrosa - Prêmio SESC de Literatura 2014).

Infantil

  • Uma criatura no canto do meu quarto (2021) - com o ilustrador Fernando Luiz - Editora Cuore

Romance

  • Oito do Sete (2017) - Editora Reformatório (livro vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura e finalista do Prêmio Jabuti, ambos em 2018)
  • Elas marchavam sob o sol (2021) - Dublinense

Antologias[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b «Questions For a Live Writing». Archive of the Now. 16 de março de 2015. Consultado em 7 de junho de 2024 
  2. a b c d «Cristina Judar». Museu Transgênero de História e Arte. Consultado em 7 de junho de 2024 
  3. Lima, Célia Fernanda (28 de junho de 2023). «Para todes: os impactos da linguagem neutra na infância». Lunetas. Consultado em 7 de junho de 2024 
  4. «Entrevista de Cristina Judar». Conectar. 28 de março de 2021. Consultado em 7 de junho de 2024 
  5. «Catálogos de contenidos FIL 2019». Feria Internacional del Libro de Guadalajara. 20 de novembro de 2019. Consultado em 7 de junho de 2024 
  6. «Primavera Literária Brasileira». Printemps Littéraire Brésilien. Consultado em 7 de junho de 2024 
  7. «Pandemônio: nove narrativas entre São Paulo - Berlim». freddigiacomo.com.br. Consultado em 7 de junho de 2024 
  8. «Elas marchavam sob o sol». Dublinense. Consultado em 7 de junho de 2024 
  9. «Editora Trinta Zero Nove». Consultado em 7 de junho de 2024 
  10. «Sefsafa Publishing House». Consultado em 7 de junho de 2024 
  11. «Uma criatura no canto do meu quarto». Consultado em 7 de junho de 2024 
  12. «CUÍER - Calico Series». Consultado em 7 de junho de 2024 
  13. «Lumbung: contos de mutirão». Consultado em 7 de junho de 2024 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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