Grace Oladunni Taylor

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Grace Oladunni Taylor
Grace Oladunni Taylor
Nascimento 24 de abril de 1937 (87 anos)
Effon-Alaiye, Nigéria
Nacionalidade nigeriana
Cônjuge Ajibola Taylor
Prêmios Prêmio L'Oréal-UNESCO para mulheres em ciência (1998)
Instituições Universidade de Ibadan
Campo(s) Bioquímica

Grace Oladunni Taylor, nascida Grace Oladunni Lucia Olaniyan (Effon-Alaiye, 24 de abril de 1937) é uma bioquímica nigeriana.

Segunda mulher a integrar a Academia Nigeriana de Ciências e primeira africana a ser agraciada com o Prêmio L'Oréal-UNESCO para mulheres em ciência, em 1998.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Grace nasceu na cidade de Effon-Alaiye, no estado de Ekiti, em 1937. É filha de Elizabeth Olatoun e R. A. W. Olaniyan. Entre 1952 e 1956, estudou na Queen's School, em Ede. Ingressou na Faculdade de Artes e Ciência da Nigéria em Enugu, no ano de 1957, transferindo-se depois para a Universidade de Ibadan, onde formou-se com honras em Química, em 1962.[1]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Grace começou a trabalhar para o National Root Crops Research Institute, em Ibadan, um instituto de pesquisa agrícola na Nigéria.[1][2] Em 1963, foi contratada como pesquisadora assistente do Departamento de Patologia Química da Universidade de Ibadan, onde defendeu seu doutorado na mesma área, em 1969. Em 1970, foi contratada como palestrante e em 1975 como pesquisadora visitante no Northwest Lipid Research Laboratory, em Seattle, Washington.[1]

De volta à Nigéria no final de 1975, foi promovida a professora titular e depois sênior em 1979. Seus primeiros artigos datam desde ano, muitos com a coautoria do marido, o professor Ajibola Taylor. Em 1980, Grace trabalhou na Universidade das Índias Ocidentais, como pesquisadora visitante, em 1980, na Jamaica. Em 1984 foi promovida para professora catedrática da Universidade de Ibadan. No mesmo ano, voltou a Seattle, com visitas científicas a Port of Spain, em Trindade e Tobago.[1]

Na Universidade do Zimbabwe, foi professora associada da faculdade de medicina, em Harare, em 1990, lecionando no departamento de patologia. Em 1991, retornou à Universidade de Ibadan, onde foi diretora do departamento de patologia química entre 1991 e 1994, sendo conselheira honorária do Hospital Universitário em Ibadan.[1]

Grace se aposentou em 2004, mas continua palestrando em sua antiga universidade e em outras pelo continente.[3]

Pesquisa[editar | editar código-fonte]

Sua área de pesquisa era a análise de lipídios em doenças cardiovasculares e sua comparação com o metabolismo de lipídios confirmou que os níveis de colesterol de um indivíduo não estão relacionados com raça, mas sim com dieta e sedentarismo.[4][5]

Prêmios[editar | editar código-fonte]

Grace recebeu diversas honrarias e prêmios ao longa da carreira. Teve bolsa de estudos em pesquisa da Shell-BP. Foi membro da Organização Mundial da Saúde, Fulbright–Hays Fellowship, Ciba-Geigy Fellowship, e da Association of African Universities Fellowship.[1] Foi a segunda mulher a integrar a Academia Nigeriana de Ciências, em 1997.[6] Em 1998, foi agraciada com o Prêmio L'Oréal-UNESCO para mulheres em ciência, representando o continente africano, por suas contribuições à ciência e ao desenvolvimento humano.[7] Em 2012, recebeu uma homenagem do estado de Ekiti por suas contribuições em pesquisa e docência.[1][8]

Publicações selecionadas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f g «Emeritus Professor G. Oladunni Olaniyan-Taylor, FAS». Ibadan, Nigeria: Association of Clinical Chemists of Nigeria. Consultado em 15 de novembro de 2019 
  2. «History». The National Root Crops Research Institute. Consultado em 15 de novembro de 2019 
  3. «Biography of Grace Oladuni Taylor». African Success. Consultado em 15 de novembro de 2019 
  4. «L'Oréal-UNESCO Awards 1998–2008» (PDF). L’Oréal-UNESCO Awards. Consultado em 15 de novembro de 2019 
  5. «11/02 – International Day of Women and Girls in Science». My Biotech Hub. Consultado em 15 de novembro de 2019 
  6. «2014 Annual Report - Year Book». The Nigerian Academy of Science. Consultado em 15 de novembro de 2019 
  7. «News in Brief». Reuters. Consultado em 15 de novembro de 2019 
  8. Clifford Ndujihe e Gbenga Ariyibi (ed.). «Ekiti goes tough over unapproved houses». Vanguard. Consultado em 15 de novembro de 2019