João Sousa Cardoso

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João Sousa Cardoso
João Sousa Cardoso
João Sousa Cardoso no espetáculo "Raso como o Chão"
Nome completo João Sousa Cardoso
Nascimento 1977 (47 anos)
Nacionalidade Portugal Portugal
Formação Licenciatura em Artes Plásticas
Mestrado em Ciências da Comunicação
Doutoramento em Ciências Sociais
Página oficial
http://joaosousacardoso.pt/

João Sousa Cardoso (1977) é um artista e docente português. Licenciado em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa e doutorado em Ciências Sociais, pela Universidade Paris Descartes (Sorbonne). Defendeu a tese L’imaginaire de la communauté portugaise en France, à travers les images en mouvement (1967–2007)[1], orientada pelo sociólogo francês Michel Maffesoli. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian entre 2005 e 2009. Integrou o Centre de l’Étude sur l’Actuel et le Quotidien da Universidade Paris Descartes e integra atualmente o Centro de Estudos da Comunicação e Linguagens da Universidade Nova de Lisboa.

Desde 2001 tem desenvolvido projetos artísticos no cruzamento da estética com as ciências sociais.

Escreve regularmente no jornal Público, na revista Contemporânea e noutras publicações.[2]

Vive e trabalha em Lisboa.

Ensino[editar | editar código-fonte]

É professor na Universidade Lusófona e diretor da Licenciatura de Comunicação Audiovisual e Multimédia desde 2010.

Professor Convidado na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.

Projetos desenvolvidos[editar | editar código-fonte]

2014[editar | editar código-fonte]

Encontra-se em fase de pré-produção, A Santa Joana dos Matadouros, a partir do texto de Bertolt Brecht, protagonizado por Constança Carvalho Homem.

O filme será rodado em Setembro e Outubro no antigo Matadouro Industrial do Porto.

Criou MIMA-FATÁXA, espetáculo a partir de 3 textos de Almada Negreiros, interpretado por Ana Deus e Ricardo Bueno, co-produzido pelo Teatro Maria Matos (Lisboa), Teatro Viriato (Viseu), Centro Cultural Vila Flor (Guimarães), Teatro Municipal da Guarda (Guarda) e Teatro Virgínia (Torres Novas). Com estreia nacional no Teatro Viriato, em fevereiro de 2014, será apresentado no Teatro Maria Matos e no Teatro Virgínia, em janeiro e fevereiro de 2015, respectivamente. Encerra a carreira no Teatro Nacional São João (Porto), em maio de 2015.

2013[editar | editar código-fonte]

A convite do ARTES, programa de Arte Contemporânea da Manuel António da Mota, cria a instalação A Ronda da Noite, ocupando o edifício do Cinema Batalha, no Porto, entre 1 e 9 de novembro. Realiza ainda o filme A Ronda da Noite, protagonizado por Ricardo Bueno e Marta Cunha, integralmente rodado no Cinema Batalha.

Leva novamente a cena o espetáculo Raso Como o Chão, a 07 de junho, no Centro Cultural de Vila Flor (Guimarães), no âmbito dos Festivais Gil Vicente 2013.

Realiza o filme BAAL (a partir do texto original de Bertolt Brecht) no âmbito das Unneeded Conversations 2013 produzido pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.

2012[editar | editar código-fonte]

Apresenta a exposição “Os Errantes”, no Kijkruimte, em Amesterdão (Países Baixos).

Estreia em 2012, no Teatro Nacional São João/Teatro Carlos Alberto, no Porto, o espetáculo Raso como o Chão criado e interpretado com Ana Deus (Osso Vaidoso, Três Tristes Tigres, Ban) a partir da obra homónima de Álvaro Lapa, com representações no Teatro da Politécnica (Lisboa) e Teatro Viriato (Viseu).

Responsável pela Direção Artística da performance Almada, Um Nome de Guerra/Nós não Estamos Algures a convite da Fundação de Serralves, numa reinterpretação destes dois mixed media de Ernesto de Sousa a partir da obra de Almada Negreiros.

2010[editar | editar código-fonte]

Integrou a exposição Às Artes, Cidadãos!, no Museu de Serralves, comissariada por João Fernandes e Óscar Faria.

2008[editar | editar código-fonte]

Apresentou o filme 2+2[3], no Jeu de Paume, em Paris, a convite dos Laboratoires d’Aubervilliers.

Cria e interpreta com Ana Deus e António Preto o espetáculo A Carbonária, a partir de Porque Morreu Eanes, de Álvaro Lapa. O espetáculo estreia no Teatro Municipal de Bragança e tem representações na Casa Conveniente (Lisboa), Estúdio Zero (Porto), Oficina Municipal de Teatro (Coimbra) e Teatro Sá da Bandeira (Santarém)

2009[editar | editar código-fonte]

Apresenta a exposição Os Republicanos, no espaço Uma Certa Falta de Coerência, no Porto. Esta exposição é a segunda parte de uma outra, A Terceira República, que o artista montou e expôs no espaço Mad Woman in the Attic, no Porto, em 2007. No âmbito da exposição Os Republicanos foi realizado foi editado um jornal de actualidades e realizado um filme homónimo, exibido em 2010, na exposição Téléthèque – Encontros Videográficos, no Instituto Franco Português, em Lisboa.

2006[editar | editar código-fonte]

Apresenta no Auditório de Serralves o filme Cinema Mudo (2003), realizado em Jerusalém (Palestina). Projecto co-produzido por The Musrara School of Photography & New Media (Israel) e Fondazionne Pistoletto (Itália).

Cria e interpreta o espetáculo O Bobo, juntamente com António Preto e Daniela Paes Leão, a partir da obra homónima de Alexandre Herculano, com representações em França, nas Universidades de Paris 3, Paris 4, Paris 8 e Paris 10 e em Portugal, nos seguintes teatros: Teatro Taborda (Lisboa), Estúdio Zero (Porto), Centro Cultural Vila Flor (Guimarães), Teatro Municipal da Guarda (Guarda) e Teatro Académico de Gil Vicente (Coimbra).

Comissariado[editar | editar código-fonte]

Comissariou, em 2000, o projeto multidisciplinar Arritmia – As inibições e os prolongamentos do Humano, no Mercado Ferreira Borges, no Porto, com produção do Museu da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e, em 2006, Os Dias de Janus: Perspectivas sobre a passagem do cinema ao vídeo em Portugal[4], na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto[2]

Residência artística[editar | editar código-fonte]

Foi artista residente na Fondazione Pistoletto (Biella, Itália), em 2002, e artista residente na Expédition-Plateforme Européenne d’Échanges Artistiques (a convite dos Laboratoires d’Aubervilliers), nas cidades de Amesterdão, Viena e Paris, entre 2007 e 2008.[2]

Seminários[editar | editar código-fonte]

Concebeu e coordenou o seminário L'imaginaire des Portugais de France et représentations cinématographiques,[5] na Université Lille 1 (França), em 2011.

Concebeu e coordenou os seminários Arquivo e Anacronia[6] (2011), As Fúrias – Imagens e Movimentos Sociais em Portugal no Século XX[7] (2010) e Black Mountain College: A Descoberta da América (2007)[8], no Museu de Arte Contemporânea de Serralves.

Publicações online[editar | editar código-fonte]

La communauté projetée: sociologie du cinéma, Sociétés, Amal Bou-Hachem (org.), Bruxelas (Bélgica), De Boeck Université, n° 96 2007/2, 2007.[9]

Arritmia - As Inibições e o Prolongamento do Humano, Porto, 2000.[10]

Texto publicado no âmbito do ciclo África já ali, Auditório de Miragaia, Porto, 2008.[11]

Texto publicado no programa de UBU(s), criação de Ricardo Pais com cenografia de Pedro Tudela, Teatro Nacional São João, Porto, 2004.[12]

Texto crítico sobre Os Republicanos, de Óscar Faria, Público, setembro 2009.[13]

Entrevistas online[editar | editar código-fonte]

Às Artes, Cidadãos!, Museu de Serralves, 2010.[14]

Revista Digital de Cinema Documentário, nº 7, Universidade da Beira Interior, Janeiro 2009.[15]

Referências