Lília Momplé

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Lília Momplé
Nascimento 19 de março de 1935 (89 anos)
Nampula,  Moçambique
Nacionalidade Moçambicana
Prémios Prémio José Craveirinha de Literatura (2011)

Prêmio Caine para Escritores de África com o conto “O baile de Celina” (2001)[1].
Prémio da Novelística (João Dias) no Concurso Literário do Centenário de Maputo com o conto "Caniço"

Género literário Romance, conto
Movimento literário Pós-modernismo

Lília Maria Clara Carrière Momplé (Ilha de Moçambique, Nampula, 19 de Março de 1935) é uma escritora moçambicana.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Lília Maria Clara Carrièrre Momplé nasceu em Nampula, Moçambique. A sua descendência familiar é uma mistura de vários elementos étnicos, incluindo macua, francês, indiano, chinês e mauriciano. Frequentou o Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa e terminou com uma Licenciatura em Serviço social. Em 1995, tornou-se secretária-geral da Associação Moçambicana de Autores, cargo que desempenhou até 2001. Representou também Moçambique em várias reuniões internacionais como Membro do Conselho Executivo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (2001-2005).[2]

Carreira Literária[editar | editar código-fonte]

Uma grande parte da futura influência literária de Lília Momplé veio da sua avó, que, embora não soubesse ler nem escrever, sempre lhe contava histórias. As histórias da avó inspiraram a jovem Lília, porque os seus heróis eram muitas vezes criaturas frágeis, em vez dos típicos poderosos. Escritores portugueses, como Eça de Queirós e Fernando Pessoa, também influenciaram o caminho da carreira literária da Lília Momplé. No entanto, foi só com a leitura dos versos do poeta moçambicano José Craveirinha que ela tomou a decisão de se tornar escritora.[3] Craveirinha foi o primeiro escritor moçambicano a retratar personagens africanas como protagonistas na sua poesia. Como Lília Momplé foi professora durante muitos anos, muitos dos temas das suas narrativas focam o tema da educação. Nas suas obras, ela também explora os papéis tradicionais das mulheres e as expectativas que as acompanham na sociedade, juntamente com as dificuldades que elas enfrentam. Ela tende a enfatizar questões relacionadas com a Raça, classe, género, e diferenças de cor e origem étnica.

Prémios[editar | editar código-fonte]

  • Prémio Caine para Escritores de África com o conto “O baile de Celina” (2001)[1].
  • Prémio da Novelística (João Dias) no Concurso Literário do Centenário de Maputo com o conto "Caniço".
  • Prémio José Craveirinha de Literatura (2011)

Obras[editar | editar código-fonte]

Cinco contos baseados em factos verídicos da época colonial[4]
  • Neighbours. Maputo, Associação dos Escritores Moçambicanos, 1995. 2.ª ed., 1999. Colecção Karingana, n.º 16 [1]
Ilustração da capa: óleo de Catarina Temporário
  • Os olhos da cobra verde. Maputo, Associação dos Escritores Moçambicanos, 1997. Colecção Karingana, n.º 18

Fontes[editar | editar código-fonte]

  • Biografia, em Ninguém matou Suhura e em Neighbours (cf. supra).

Notas

  1. a b http://www.scielo.br/pdf/ref/v19n3/18.pdf
  2. Williams, Claire. “Interview with Lilia Momplé. Birmingham 22 October 2003.” In Sexual/Textual Empires: Gender and Marginality in Lusophone African Literature. Vol. 2, Lusophone Studies, edited by Hillary Owen, and Phillip Rothwell, 177-187. Bristol: Department of Hispanic, Portuguese and Latin American Studies, University of Bristol, 2004.
  3. Owen, Hilary, and Williams, Claire. “Interview with Lilia Momplé. Birmingham 22 October 2003.” In Sexual/Textual Empires: Gender and Marginality in Lusophone African Literature. Vol. 2, Lusophone Studies, edited by Hillary Owen, and Phillip Rothwell, 177-187. Bristol: Department of Hispanic, Portuguese and Latin American Studies, University of Bristol, 2004.
  4. Ler um extracto aqui.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]