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Lucy Salani

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Lucy Salani
Lucy Salani
Nascimento Luciano Salani
12 de agosto de 1924
Fossano (Reino de Itália)
Morte 21 de março de 2023
Bolonha
Residência Bolonha
Cidadania Itália
Ocupação tapissier, designer de interiores
Movimento estético antifascismo

Lucy Salani (Fossano, 12 de agosto de 1924Bolonha, 22 de março de 2023) foi uma ativista italiana e a única pessoa transgênero italiana conhecida a ter sobrevivido aos campos de concentração nazistas.[1]

Nascida em Fossano e criada em Bolonha, Salani era considerada um homem homossexual antes de passar por uma cirurgia de mudança de sexo mais tarde em sua vida. Ela era antifascista e desertou tanto do exército fascista italiano quanto do exército nazista alemão durante a Segunda Guerra Mundial, antes de ser capturada e deportada para o campo de extermínio de Dachau em 1944, onde permaneceu até a liberação do campo pelas tropas estadunidenses, em abril de 1945. Após sua libertação e o fim da guerra, Salani viveu em Roma, Turim e Paris, antes de completar sua transição em Londres. Ela então voltou para Bolonha na década de 1980, passando o resto de sua vida na cidade.[2]

A história de Salani ganhou destaque em 2009, quando a escritora e diretora Gabriella Romano escreveu uma biografia dela, intitulada Il mio nome è Lucy. L'Italia del XX secolo nei ricordi di una transessuale .[1][3] Em 2011, Romano também dirigiu um documentário centrado nela, chamado Essere Lucy .[4][5]

Em novembro de 2019, o presidente do Arcigay Rome, Francesco Angeli, pediu ao presidente italiano Sergio Mattarella que nomeasse Salani como senadora vitalícia .[5]

No verão de 2022, ela foi homenageada pelo conselho municipal de Bolonha por seu ativismo.[6]

Salani morreu entre 21 e 22 de março de 2023, aos 98 anos.[1][7][4]

Referências

  1. a b c «È morta Lucy Salani, l'unica persona trans italiana sopravvissuta ai lager nazisti» [Lucy Salani, the only Italian transgender person who survived Nazi camps, has died]. Il Post (em italiano). 22 de março de 2023. Consultado em 25 de março de 2023. Arquivado do original em 23 de março de 2023 
  2. «È morta Lucy Salani, l'unica persona trans italiana sopravvissuta ai lager nazisti» [Lucy Salani, the only Italian transgender person who survived Nazi camps, has died]. Il Post (em italiano). 22 de março de 2023. Consultado em 25 de março de 2023. Cópia arquivada em 23 de março de 2023 
  3. «Lucy, un omosessuale a Dachau: «Mi salvò l'essere disertore»» [Lucy, a homosexual in Dachau: "Being a deserter saved me"]. La Nuova Ferrara (em italiano). 28 de janeiro de 2018. Consultado em 25 de março de 2023. Arquivado do original em 31 de janeiro de 2022 
  4. a b «È morta Lucy Salani, la donna transgender sopravvissuta a Dachau» [Lucy Salani, the trans woman who survived Dachau, has died]. Sky TG24 (em italiano). 22 de março de 2023. Consultado em 25 de março de 2023. Arquivado do original em 25 de março de 2023 
  5. a b «Appello a Mattarella: "Lucy Salani, trans sopravvissuta a Dachau, sia senatrice a vita"» [An appeal to Mattarella: "Lucy Salani, a trans [woman] who survived Dachau, should be [nominated as] senator for life"]. Today (em italiano). 8 de novembro de 2019. Consultado em 25 de março de 2023. Arquivado do original em 25 de outubro de 2022 
  6. Camonchia, Sabrina (22 de março de 2023). «E' morta Lucy Salani, l'unica trans sopravvissuta ai lager» [Lucy Salani, the only trans [woman] who survived camps, has died]. La Repubblica. Consultado em 25 de março de 2023. Arquivado do original em 25 de março de 2023 
  7. Minucci, Emanuela (22 de março de 2023). «È morta Lucy Salani, l'unica trans sopravvissuta ai lager» [Lucy Salani, the only trans [woman] who survived camps, has died]. La Stampa (em italiano). Consultado em 25 de março de 2023. Arquivado do original em 25 de março de 2023