Manny Monteiro

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Manny Monteiro
Manny Monteiro
Informação geral
Nome completo Manoel Monteiro
Nascimento 17 de agosto de 1958 (65 anos)
Local de nascimento São Paulo, SP - Brasil
Gênero(s) Jazz Pop Rock Blues
Ocupação(ões) Baterista, engenheiro de áudio e produtor musical
Instrumento(s) bateria
Página oficial http://www.cdaudio.com.br/

Manny Monteiro (São Paulo, 17 de agosto de 1958) é um baterista, engenheiro de áudio e produtor musical brasileiro.[1] Em 1994, produziu o CD "Ná" da cantora Ná Ozzetti que venceu o Prêmio Sharp 1995 como Melhor Álbum na categoria Pop/Rock.[2]

Primeiros anos[editar | editar código-fonte]

Manny começou a tocar bateria aos oito anos. Aos 12, iniciou seus estudos no Centro Livre de Aprendizagem Musical - CLAM do Zimbo Trio com o baterista Rubinho Barsotti, com o percussionista clássico de orquestra Cláudio Stephan e com o compositor Osvaldo Lacerda.

Carreira[editar | editar código-fonte]

Aos 18 anos, mudou-se para Nova York e convidado a tocar com o pianista brasileiro Guilherme Vergueiro e trio. Nos 14 anos que se seguiram, Manny tocou e gravou com a Orquestra de Gil Evans, David Sanborn, Bob Moses, Jaco Pastorius, Big Joe Turner, John Scofield, Eddie Gomez, Steve Swallow, Patato Valdes, Rashid Ali, Jorge Dalto, Ruben Blades, Naná Vasconcelos, Claudio Celso, Dom Um Romão, Raul de Souza eDom Salvador, entre outros. Neste período, Manny teve a oportunidade de estudar com o renomado baterista brasileiro Edison Machado, criador do beat da bossa nova, e também com Dom Um Romão. Aprendeu jazz com os bateristas americanos Rashid Ali (John Coltrane Duet) e Michael Carvin. Durante cinco anos, Manny refinou seus estudos de bateria com o mestre da percussão norte-americana Henry Adler (mentor de Buddy Rich, Roy Burns e Bob Moses). Todo este seu esforço e dedicação rendeu-lhe o conhecimento e a técnica suficientes para ser professor durante vários anos na Escola Drummer Collective New York, tendo como alguns de seus mais renomados alunos o baterista Billy Martin da banda Medeski Martin and Wood. Manny também ministrou workshops de percussão brasileira na Universidade de Nova York ao lado do professor Greg Burrows.

In 1989, formou-se como engenheiro de som no Institute of Audio Research em Nova York entre os dez primeiros colocados, sendo automaticamente contratado pelo produtor Peter Scherer (Virgin Records).

Desde seu retorno ao Brasil em 1991, Manny tem trabalhado com renomados músicos como Arthur Maia, Hermeto Pascoal, Nico Assumpção, Zeca Assumpção, Jacques Morelenbaum, Claudio Celso, William Magalhães, Paulo Calasans, Benjamin Taubkin, Arismar do Espirito Santo, Ricardo Silveira, Mozart Mello, Bocato, Walmir Gil, José Roberto Bertrami (Azimuth) e Laudir de Oliveira (Chicago), e com o produtor americano Roy Cicala que gravou e produziu celebridades como John Lennon, David Bowie, Miles Davis, Queen, Frank Zappa, Prince, entre outros.[3]

Além de escrever artigos para as revistas “Audio and Music Technology”, “Home Studio” e “Modern Drummer Brasil”, Manny Monteiro ministra aulas, workshops de bateria e de tecnologia de áudio no Conservatório Musical Souza Lima em São Paulo, afiliado ao Berklee College of Music de Boston, EUA. Em 1997, concebeu e instalou para o Serviço Social do Comércio (SESC) um projeto de cabeamento e treinamento de técnicos para o maior núcleo musical da América Latina, o SESC Vila Mariana.[4]

Discografia[editar | editar código-fonte]

No cenário dos estúdios de gravação, Manny Monteiro participou como baterista e produziu vários CDs: "Ná" da cantora Ná Ozzetti (1994), que venceu em 1995, o Prêmio Sharp como Melhor Álbum na categoria Rock/Pop, e "Love Lee Rita" (1996), que teve 200 mil cópias vendidas já no lançamento;[4] co-produziu e mixou o primeiro disco do selo "Canções de Ninar" de Sandra Peres e Paulo Tatit (Rumo), que ganhou o Prêmio Sharp de Melhor Disco Infantil em 1994,[5] produziu o CD "Poesia é Risco" do poeta Augusto de Campos (1995),[6] o CD "Felicidade" de Paulo Tatit (1997);[7] gerou a trilha musical composta por Péricles Cavalcanti para o premiado filme "Mil e Uma" de Suzana de Moraes (1996),[8] mixou o CD "Rapsody and Bossa" do saxofonista Paulo Moura, lançado simultaneamente na Europa e Japão (1998),[9] participou como baterista em 2008 do CD "Walking and Sliding" do guitarrista Norba Zamboni[10] e do Play-Along "Técnicas para Baixo Elétrico na Música Brasileira de Gilberto de Syllos,[11] produziu três faixas do CD "Carne, Osso & Coração" do cantor e multi-instrumentista Dany Romano (2014),[12] além de ter criado trilhas sonoras para a TV Cultura, para teatro e ballet.[4]

Referências

  1. «What Do Your Dreams Sound Like?». dreamcymbals.com. Consultado em 19 de setembro de 2014 
  2. «8o. Prêmio da Música Brasileira». Ministério da Cultura. 1995. Consultado em 20 de setembro de 2014 
  3. «Thiago Bianchi, da banda Shaman, fala sobre microfones Rode». panoramaaudiovisual.com.br. Consultado em 19 de setembro de 2014 
  4. a b c «Manny Monteiro - Bateria / Coordenação Curso Dinâmico de Áudio». Souza Lima - Ensino de Música. Consultado em 20 de setembro de 2014 
  5. «CD Canções de Ninar». Música de Ninar. Consultado em 20 de setembro de 2014 
  6. «1995 Poesia é Risco». Augusto de Campos. Consultado em 20 de setembro de 2014 
  7. «Felicidade». Dabliú Discos. Consultado em 20 de setembro de 2014 
  8. «Filmografia Mil e Uma». Cinemateca Brasileira. Consultado em 20 de setembro de 2014 
  9. Paulo Moura. «Paulo Moura visita Gershwin & Jobim - Rhapsody in Bossa». Paulo Moura. Consultado em 20 de setembro de 2014 
  10. «Técnicas para Contrabaixo Elétrico na Música Brasileira». Editora Souza Lima. Consultado em 20 de setembro de 2014 
  11. David Hefner. «Norba Zamboni». Revista Guitar Player. Consultado em 20 de setembro de 2014 
  12. «Dany Romano abre o projeto 'Quintas Autorais'». Prefeitura de Santos. Junho de 2014. Consultado em 20 de setembro de 2014 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]