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Maria Angelina Dique Enoque

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Maria Angelina Dique Enoque
Nascimento 18 de abril de 1953 (71 anos)
Manica (distrito)
Cidadania Moçambique
Alma mater
Ocupação política

Maria Angelina Dique Enoque (Manica, 18 de abril de 1953) é uma professora, linguista e política moçambicana.

Desde 1994 tem sido eleita para a Assembleia da República de Moçambique pela Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) representando a Província de Manica.[1] Além disso, foi membro do Parlamento Pan-Africano[2][3] e do comitê parlamentar para a agricultura.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Maria Angelina Dique Enoque nasceu a 18 de abril de 1953, no distrito de Manica, na província homônima. Enquanto o seu pai era moçambicano, sua mãe tinha cidadania da Rodésia do Sul (actual Zimbábue).[4]

Carreira acadêmica[editar | editar código-fonte]

Depois de terminar o ensino primário, frequentou a escola de formação de professores no Dondo (Sofala). Começou a trabalhar como professora aos 18 anos.[4]

Quando Moçambique conquistou a independência, em 1975, ela e o marido mudaram-se para Maputo. Lá decidiu por continuar sua formação liceal e depois ingressou na Universidade Maputo (à época ainda Instituto Superior Pedagógico), onde licenciou-se como professora de língua portuguesa.[4]

Já formada, lecionou nas escolas primárias e tornou-se coordenadora da Escola Primária 3 de Fevereiro. A partir de 1994, trabalhou no Instituto Estatal de Planejamento Educacional (Instituto Nacional do Desenvolvimento da Educação).[4]

Carreira política[editar | editar código-fonte]

Com a reforma constitucional de 1989/90 e o fim da guerra civil em 1992, as primeiras eleições multipartidárias livres tiveram lugar em Moçambique em 1994. O seu irmão, um ex-guerrilheiro da RENAMO que após o final da guerra civil tornou-se general do Exército de Moçambique, inscreveu-a, sem o seu consentimento, na lista eleitoral da RENAMO da província de Manica. Ela só soube que havia sido eleita quando os resultados das eleições foram anunciados.[4]

Desde então, exerceu o mandato parlamentar sendo continuamente reeleita em Manica em 1999, 2004, 2009 e 2014, todas as vezes na lista provincial da RENAMO.[4] Entre 2010 e 2015 foi uma das vice-presidentes do parlamento,[5] acumulando também a presidência do grupo parlamentar da RENAMO até 2015,[4] quando foi sucedida por Ivone Soares. Em 2004 também foi eleita representante de Moçambique para o Parlamento Pan-Africano.

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Maria Angelina casou-se em 1972 (aos 19 anos), é viúva desde 2009 e tem quatro filhos.[4]

Referências

  1. 1999 election results adam-carr.net
  2. «List of Members of the Pan African Parliament (as of 15 March 2004)» (PDF). African Union. Consultado em 21 de dezembro de 2009. Cópia arquivada (PDF) em 27 de setembro de 2007 
  3. «Parlamento africano lançada ontem em Addis-Abeba». TV Cabo via Maputo.co.nz (em Portuguese). Maputo. 19 de março de 2004. Consultado em 21 de dezembro de 2009 [ligação inativa] 
  4. a b c d e f g h «"Entrei na política de uma forma estranha"». A Verdade. 4 de abril de 2013. Consultado em 29 de março de 2015 
  5. «Chomera eleito primeiro vicepresidente da AR». A Verdade. 23 de janeiro de 2010. Consultado em 29 de março de 2015