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Perfuração septal

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Perfuração septal
Perfuração septal
Aparência de um septo perfurado
Sinônimos Septo nasal perfurado
Especialidade Otorrinolaringologia
Sintomas Chiado, crosta(s), cicatriz(es), obstrução nasal, epistaxe, coriza, dor no nariz, cefaleia, mal odor[1]
Complicações Hemorragia e consequente hematoma, abscesso, desvio de septo[2]
Causas Cirurgia prévia ao nariz, trauma, umidificante nasal, uso de cocaína, infecções nasais
Fatores de risco Modalidades de quimioterapia, trauma, uso de spray intranasal, cirurgia na região[1]
Método de diagnóstico Biópsia, exame tomográfico, endoscopia
Prevenção Moderar aplicação e reprodução dos fatores de risco
Tratamento Conservador, cirúrgico
Medicação Umidificantes, descongestionantes, pomadas
Prognóstico Variável, conforme tamanho da lesão e existência de sintomatologia
Frequência 1%[3][carece de fonte melhor]
Classificação e recursos externos
MeSH D061270
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Um quadro de perfuração septal remonta a uma condição médica, na qual o septo nasal, a parede óssea/cartilaginosa que cinde as cavidades nasais, acede a uma fissura ou frincha.

O espectro pode ser engendrado através de um mecanismo direto, como piercings nasais, ou indiretamente, como por aplicação tópica de drogas a longo prazo, incluindo etilfenidato, metanfetamina, cocaína, pílulas calcadas, sprays nasais, ou, então, eventos de epistaxe crônicos, rinotilexomania, e como complicação de cirurgias nasais, vide septoplastia e rinoplastia. Causas ponderavelmente menos usuais assinalam envolvimento com, a título de exemplo, condições inflamatórias granulomatosas, como granulomatose com poliangiite. Já foi declarado como efeito colateral de drogas anti-angiogências, conforme uso de bevacizumab e outras medicações.[4]

Sinais e sintomas[editar | editar código-fonte]

Um septo perfurado varia em tamanho e localização, sendo, consequentemente, encontrado em regiões profundas do nariz. Pode não promover manifestações; entretanto, em caso de avanço de indícios, o estado da ruptura regerá a gravidade e distensão dos sintomas. Furamentos ínfimos ou pequenos podem fomentar, durante a respiração, surgimento de ruídos, análogos aos causados num assobio. Aberturas maiores, trivialmente, provocam fenômenos mais avultados. Pode haver uma combinação de crostas, sangramento, dificuldade em respirar, pressão nasal e desconforto.[1] Quanto mais próxima a perfuração estiver das narinas, maior a probabilidade de incitar sintomas.

Causas[editar | editar código-fonte]

Dentre causas afectivas, tem-se sífilis, lepra e rinoscleroma. Causas não afectivas destravam abuso de cocaína e drogas de utilização similar, ou um corpo estranho in situ.[5]

Tratamento[editar | editar código-fonte]

Perfurações septais são gerenciadas com técnicas volúveis. O tratamento frequentemente depende da severidade dos sintomas, bem como do tamanho das perfurações. De modo geral, perfurações do septo anterior são mais incômodas e sintomáticas. Perfurações do septo posterior, que ocorrem iatrogenicamente, são frequentemente tratadas com observação simples[6] e às vezes com porções destinadas à cirurgia da base do crânio. Perfurações que não implicam em incômodo podem ser manejadas com apenas observação; todavia, são incapazes de fechar-se espontaneamente. Devido a tanto, postula-se que lesões sem potencial de crescência não requiram tratamento adicional. Em situações em que afere-se sangramento ou dor, o gerenciamento inceptivo pode aludir a umidificação e aplicação de pomadas nas extremidades para promover a cicatrização.[7] A mucosalização das bordas contribuem para o controle de dores epistaxes crônicas. Na entestação entre os possíveis tratamentos, portanto, a cirurgia é menos preferenciada.

Para perfurações conciliadas a anosmia, perda de olfato e 'assobio' persistente, nas quais desconfortos podem concernir a preocupações, o emprego de um botão de silicone septal é uma opção viável. Mesmo em ambiente clínico podem ser instaladas, uma vez ausente a necessidade de sedação. Complicações, vulgarmente, restringem-se a desconforto nasal.[8]

Para pacientes que desejem peremptória correção, os recursos decaem para somente cirurgia; para aqueles que estão determinados a serem medicamente liberados para cirurgia, a localização anatômica e o tamanho da perfuração devem ser analisados.

Múltiplas manobras para acessar o septo já foram descritas na literatura. Embora abordagens sublabiais e subfaciais de desluvamento tenham sido relatadas, a práxis mais refinada atualmente atina à rinoplastia, incluindo métodos tanto abertos quanto fechados. O método aberto suscita uma cicatriz na columela nasal, ainda que permita maior visibilidade para o cirurgião; o método fechado, em contraste, utiliza uma incisão, disposta por absoluto no interior do nariz.[9] O conceito por detrás do fechamento considera uma união dos limites da mucosa, de cada lado da perfuração, com tensão mínima.[10] Um enxerto de interposição é casualmente usado, que fomenta superior estabilidade e, também, estrutura à área da perfuração. Classicamente, usava-se um enxerto de couro cabeludo utilizando fáscia temporal.

Uma estratégia de rinoplastia aberta também permite melhor acesso ao nariz, a fim de reparar qualquer deformidade nasal simultânea, como reproduzido no nariz em sela, que ocorre com uma perfuração septal.

Diagnóstico[editar | editar código-fonte]

Para determinar candidaturas ao fechamento cirúrgico, é necessário determinar a etiologia da perfuração, comumente praticado com albergue em biópsias da região da ruptura, já que doenças autoimunes e contusões podem estar correlacionadas.[11][1] Químicos irritantes devem ser guindados, pois envolvimento com drogas - que remonta a maioria das peças irritantes - é competente de inaugurar aberturas.[12] Endoscopias também são congruentes. Caso exerça-se operações cirúrgicas, é ordinária a solicitação de um scan de TC dos seios nasais, sem contraste, e uma avaliação por um otolaringologista.

Prognóstico[editar | editar código-fonte]

As taxas gerais de sucesso no fechamento da perfuração são contingentes, e frequentemente determinadas pela habilidade do cirurgião, a técnica utilizada e a mensuração da ferida.[13]

Referências

  1. a b c d Silver, Natalie. «What Is a Perforated Septum?». Healthline. Consultado em 10 de fevereiro de 2020 
  2. Eisele, David; Smith, Richard (2009) [1993]. «COMPLICATIONS OF NASAL SURGERY AND EPISTAXIS MANAGEMENT». In: Scheidt, Scott; Yard, Rachel. Complications in Head and Neck Surgery E-Book (em inglês) 2° ed. [S.l.]: Mosby. p. 537. 828 páginas. ISBN 978-1-4160-4220-4. Consultado em 12 de fevereiro de 2020 
  3. Yildiz, Erkan; Ulu, Şahin; Kahveci, Orhan (2019). «What are the Factors Leading to Nasal Septal Perforations after Septoplasty?» [Quais são os fatores que levam à perfuração do septo nasal após a septoplastia?]. Clinmed International Library. Journal of Otolaryngology and Rhinology (em inglês). 5: 1. 4 páginas. ISSN 2572-4193. doi:10.23937/2572-4193.1510065. Consultado em 12 de fevereiro de 2020. Although the incidence of septal perforation is reported to be around 1%, it is actually much more. 
  4. Downs, Brian; Sauder, Haley (2019). «Septal Perforation». PMID 30725893 
  5. N. Williams (2000). «What are the causes of a perforated nasal septum?» [Quais são as causas de um septo perfurado?]. Grã-Bretanha. Occupational Medicine. 50 (2). 135-136. ISSN 1471-8405 
  6. Rami K Batniji (11 de julho de 2018). Septal Perforation - Medical Aspects Treatment & Management (Relatório) (em inglês). Medscape. Consultado em 12 de fevereiro de 2020. Perforations of the anterior septum may cause the sensation of nasal obstruction or result in a whistling sound upon nasal breathing. 
  7. Batniji, K Rami; Chmiel, F James; 2018
  8. Batniji, K Rami et al., 2018
  9. Pedroza, Fernando; Patrocinio, Lucas; Arevalo, Osiris (2007). «A Review of 25-Year Experience of Nasal Septal Perforation Repair» [Uma revisão de 25 anos de experiência de Reparo de Perfuração de Septo Nasal] (PDF). JAMA Network. Arch Facial Plast Surg. (em inglês). 9 (1): 16. doi:10.1001/archfaci.9.1.12. Consultado em 12 de fevereiro de 2020. A large number of techniques have been described for the surgical repair of SP, suggesting that it poses a significant challenge to the surgeon. Various approaches have been advocated depending on the size and site of the perforation, including external rhinoplasty; alarotomy; and endonasal, sublabial, midfacial degloving, and endoscopic procedures. 
  10. Pedroza, Fernando; Patrocinio, Lucas Gomes; Arevalo, Osiris; 2007, p. 13
  11. Metzinger, Stephen; Guerra, Aldo; 2005, p. 525
  12. Metzinger, Stephen et al., 2005, p. 525
  13. Mota, Sofia; Moura, Ivo; Guimarães, Ana; Adónis, Cristina; Freire, Felipe (2015). «Técnica de reparação de perfuração septal com retalhos bipediculados: A propósito de 3 casos» (PDF) (publicado em 2 de novembro de 2017). Revista Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. 55 (1): 26. Consultado em 10 de fevereiro de 2020