Pierre-Antoine Cousteau

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Pierre-Antoine Cousteau
Nascimento 18 de março de 1906
Saint-André-de-Cubzac
Morte 17 de dezembro de 1958 (52 anos)
Paris
Cidadania França
Progenitores
  • Daniel Cousteau
Filho(a)(s) Jean-Pierre Cousteau
Irmão(ã)(s) Jacques-Yves Cousteau
Ocupação jornalista, escritor, jornalista de opinião
Empregador(a) Je suis partout, Rivarol
Causa da morte câncer

Pierre-Antoine Costeau (Saint-André-de-Cubzac, 18 de março de 1906Paris, 17 de dezembro de 1958) foi um jornalista e polemista francês de extrema-direita. Ele era irmão do famoso explorador Jacques-Yves Cousteau.

Ativismo esquerdista[editar | editar código-fonte]

Ele nasceu em Saint-André-de-Cubzac, na Gironda e foi educado nos Estados Unidos, tendo também estudado no Lycée Louis-le-Grand. Cousteau serviu o exército antes de trabalhar como tradutor e meteorologista em Nova York, para a empresa Credit Alliance Corporation.[1] Em seguida, ele tornou-se jornalista de esquerda, trabalhando em publicações como Regards e Monde e foi associado ao pacifismo e à esquerda anti-stalinista.[1]

Mudança à direita[editar | editar código-fonte]

Cousteau abandonou o comunismo no início da década de 1930, e foi atraído para o antissemitismo e para o autoritarismo, escrevendo para o Coup de Patte e, em seguida, Je suis partout, um jornal do qual ele tornou-se editor em 1932.[1] Nessa função, ele esteve próximo a Pierre Gaxotte, que o converteu ao fascismo.

Ele à Alemanha Nazista em 1936, com Robert Brasillach e Georges Blond e, em seguida à Espanha em 1938, com Brasillach e Maurice Bardèche. Enquanto as viagens ajudaram desenvolver suas convicções fascistas, sua presença nas Reuniões de Nuremberg em 1937, deixaram-lhe a impressão de que o Nazismo era algo impressionante, mas não sem suas falhas.[1]

Colaboracionismo[editar | editar código-fonte]

Cousteau foi chamado de volta ao exército em 1939 e capturado em 1940, embora Brasillach tenha garantido sua libertação e ele voltou para o Je suis partout, vindo a suceder Brasillach como diretor político, em 1943.[1] Um forte defensor do colaboracionismo, ele procurou a "internação" para os judeus e justifica a sua posição, afirmando que, em 1943, que "não somos oportunistas. continuamos a ser apenas fascistas".[1] Suas outras funções durante a guerra incluíram um período como editor do Paris-Soir , em 1941, um serviço na secretaria-geral da Milice a partir de 1942, uma série de obras escritas para uma variedade de publicações, incluindo Combats, a publicação militante de Henry Charbonneau.[1] Ele foi particularmente notado tanto pelo seu antissemitismo, quanto pelo seu antiamericanismo e, em 1942, produziu seu mais notório trabalho, L'Amérique juive, no qual procurou demonstrar que os Estados Unidos era controlados por Judeus, e que estes judeus foram tendidos a controlar o mundo.[2]

Em agosto de 1944 ele mudou-se para Bad Mergentheim, onde ele ajudou a gerir um jornal francês e uma estação de rádio, antes de finalmente fugir para a Suíça. Preso em Innsbruck, ele foi condenado à morte em novembro de 1946, antes de a sentença ser comutada para prisão perpétua com trabalhos forçados.[1] Cousteau, mais tarde, justificaria a sua colaboração ao afirmar que "eu queria uma vitória alemã por representar a última chance do homem branco, enquanto as democracias representavam o fim do homem branco".[3]

Pós-guerra e morte[editar | editar código-fonte]

Liberato após uma anistia em 1953, ele passou a editar a publicação diária nacionalista Rivarol, de viés extremista, bem como contribuiu para a obra de Henry Coston, Lectures Françaises, Jeune Nation, Charivari, Dimanche-Matin e outras. Ele também foi associado ao movimento Union des Intellectuels Indépendants.[1] Seu irmão Jacques, cuja fama crescia na época, implorara a Pierre-Antoine que se retirasse da vida pública após sua libertação da prisão, mas ele se recusou, insistindo que ele era uma questão de honra de que ele continuase a agitar.[4] Sua mais conhecida obra do pós-guerra, foi Les lois de l'hospitalité, na qual ele justificou a colaboração, argumentando que "nós [os colaboradores] não cometemos um erro de julgamento. Havia apenas muitos tanques e muitos aviões contra nós".[5]

Ele caiu gravemente doente no final da década de 1950 e teve de retirar-se da política, tendo passado a necessitar de transfusões de sangue regularmente para sobreviver.[6] Ele morreu aos 52 anos, em Paris.

Publicações[editar | editar código-fonte]

  • L'Amérique juive. [S.l.: s.n.] 
  • Hugothérapie ou comment l'esprit vient aux mal-pensants. [S.l.: s.n.] 
  • Après le déluge, pamphlets. [S.l.: s.n.] 
  • Les lois de l'hospitalité. [S.l.: s.n.] 
  • En ce temps-là. [S.l.: s.n.] 
  • (written Clairvaux Prison, January–December 1950). Text prepared by Robert Belot. (with the collaboration of Lucien Rebatet). Dialogue de vaincus. [S.l.: s.n.] 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f g h i j Philip Rees,. Biographical Dictionary of the Extreme Right Since 1890. [S.l.: s.n.] 
  2. Seth D. Armus, French Anti-Americanism (1930-1948): Critical Moments in a Complex History, Lexington Books, 2007, p. 10
  3. Hugo Frey, de Louis Malle, Manchester University Press, 2004, p. 76
  4. Sophie Coignard, Marie-Thérèse Guichard, French Connections: Networks of Influence, Algora Publishing, 2000, p. 244
  5. Philippe Carrard, The French Who Fought for Hitler: Memories from the Outcasts, Cambridge University Press, 2010, p. 193
  6. Hugo Frey, Louis Malle, Manchester University Press, 2004, p. 76<