Candida auris

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Cultura de C. Auris em laboratório

Candida auris (C. auris) é uma espécie de fungo identificado pela primeira vez na década de 2010. Foi descrito em 2009, na Coreia do Sul, aparecendo mais tarde no Japão. De seguida, começaram a surgir surtos na Índia, África do Sul, Venezuela, Colômbia, Estados Unidos, Reino Unido e Espanha.

Em 2015, passou a chamar atenção da comunidade médica após se espalhar por um hospital nos arredores de Londres. Desde então, vem se tornando uma preocupação dos médicos de todo o mundo, devido a sua alta resistência a medicamentos antifúngicos.[1][2]

Em 2020 foi constado o primeiro caso do fungo no Brasil.[3][4]

Em Outubro de 2023, um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, demonstrou que a água oxigenada é extremamente eficaz no combate a este superfungo. [5]

Sintomas da infecção[editar | editar código-fonte]

Segundo a Food and Drug Administration (FDA) a "C. auris é uma levedura que pode causar infecções graves em pacientes hospitalizados (por exemplo, infecções da corrente sanguínea).[2]

Ela pode acometer muitos locais do corpo, incluindo, além da corrente sanguínea, o aparelho urinário, respiratório, a vesícula biliar, locais com ferimentos e o canal auditivo externo.[6]

Esquema explicativo da emergência de C. auris.[7]

Prevalência[editar | editar código-fonte]

Casos de C. Auris no mundo até 2019

Estados Unidos[editar | editar código-fonte]

Um boletim divulgado pela FDA dos Estados Unidos em 2020 apontava que o país já havia registrado mais de 2.000 casos de C. Auris entre abril de 2015 e abril de 2020.[8]

União Europeia[editar | editar código-fonte]

Segundo o estudo Candida auris: epidemiological situation, laboratory capacity and preparedness in European Union and European Economic Area countries, 2013 to 2017 do CDC da União Europeia, entre 2015 e 2018, 616 casos de infecção por C. Auris foram registrados em países do bloco. Já entre 2013 e 2017, "casos foram notificados na Espanha (388), Reino Unido ( 221), Alemanha ( 7), França ( 2), Bélgica (1) e Noruega (1). A Áustria detectou um caso em janeiro de 2018".[9]

Referências

  1. Letícia Mori e Julia Tena de la Nuez (15 de abril de 2019). «O que é Candida auris, o perigoso fungo resistente a medicamentos que se espalha pelo mundo». BBC. Consultado em 21 de abril de 2019 
  2. a b Commissioner, Office of the (24 de março de 2020). «FDA authorizes new use of test, first to identify the emerging pathogen Candida auris». FDA (em inglês). Consultado em 9 de dezembro de 2020 
  3. «Identificação de caso de Candida auris no Brasil». Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa. Consultado em 9 de dezembro de 2020 
  4. «Superfungo: o que se sabe sobre o 1º caso de infecção por C. auris no Brasil». Revista Galileu. 8 de dezembro de 2020. Consultado em 9 de dezembro de 2020 
  5. «Investigadores do Porto demonstram que água oxigenada é eficaz no combate a superfungo». NiT. Consultado em 3 de outubro de 2023 
  6. «Surveillance for Candida auris | Candida auris | Fungal Diseases | CDC». www.cdc.gov (em inglês). 29 de maio de 2020. Consultado em 9 de dezembro de 2020 
  7. Robert, Vincent; Kontoyiannis, Dimitrios P.; Casadevall, Arturo (27 de agosto de 2019). «On the Emergence of Candida auris: Climate Change, Azoles, Swamps, and Birds». mBio (em inglês). 10 (4): e01397–19. ISSN 2150-7511. doi:10.1128/mBio.01397-19 
  8. FDA (agosto de 2020). «Overview of Candida auris and Emerging Resistant Candida». FDA. Consultado em 9 de dezembro de 2020 
  9. Kohlenberg, Anke; et al. (29 de março de 2018). «Candida auris: epidemiological situation, laboratory capacity and preparedness in European Union and European Economic Area countries, 2013 to 2017». ECDC Eurosurveillance Journal. Consultado em 9 de dezembro de 2020