Neverita lewisii

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Vista superior da concha de um espécime de N. lewisii (Gould, 1847).[1] Cortesia de imagemː Smithsonian Institution.
Vista superior da concha de um espécime de N. lewisii (Gould, 1847).[1] Cortesia de imagemː Smithsonian Institution.
Vista inferior da concha de um espécime de N. lewisii (Gould, 1847).[1] Cortesia de imagemː Smithsonian Institution.
Vista inferior da concha de um espécime de N. lewisii (Gould, 1847).[1] Cortesia de imagemː Smithsonian Institution.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Subclasse: Caenogastropoda
Ordem: Littorinimorpha
Superfamília: Naticoidea
Família: Naticidae
Subfamília: Polinicinae
Género: Neverita
Risso, 1826[1]
Espécie: N. lewisii
Nome binomial
Neverita lewisii
(Gould, 1847)[1]
Sinónimos
Natica lewisii Gould, 1847
Euspira lewisii (Gould, 1847)
Lunatia lewisii (Gould, 1847)
Polinices lewisii (Gould, 1847)
(WoRMS)[1]

Neverita lewisii (denominada, em inglês, Lewis' moon snail[2][3][4][5] ou Western moon snail)[2] é uma espécie predadora de molusco gastrópode marinho do leste do oceano Pacífico, na América do Norte;[2][3][5] pertencente à família Naticidae da ordem Littorinimorpha. Foi classificada por Augustus Addison Gould com o nome Natica lewisii, em 1847, no texto "Descriptions of the following Shells, from the collection of the Exploring Expedition"; publicado nos Proceedings of the Boston Society of Natural History, 2; páginas 237-239.[1] Os malacologistas S. Peter Dance e R. Tucker Abbott (1982) citam esta espécie como "o maior Naticidae extante";[3] no passado, e até o século XXI, também acrescentada aos gêneros Euspira, Lunatia ou Polinices.[1]

Descrição da concha e hábitos[editar | editar código-fonte]

Concha pesada, rotunda e sólida, de coloração castanha, alaranjada, amarelada a cinzenta, frequentemente manchada e coberta de perifíton; de acabamento fosco e grosseiro, com visíveis linhas de crescimento e ápice castanho escuro; dotada de espiral baixa e com até 16.6 centímetros de comprimento, quando desenvolvida. Por baixo é visível um umbílico profundo, com uma pequena parte coberta, próximo à sua columela e ao seu lábio externo, que é pouco engrossado; com abertura, próxima, dotada de um opérculo, córneo e castanho, que fecha totalmente a abertura semicircular, sem canal sifonal, da sua concha.[2][4][6][7]

A espécie vive em substrato arenoso, onde se enterra, e que vai da zona entremarés até uma profundidade de 50 metros;[3][4][5][8] entre pradarias de ervas marinhas. Esses grandes caramujos formam características fitas de areia, cimentadas com muco e onde se encontram seus ovos.[6][9]

Distribuição geográfica[editar | editar código-fonte]

Neverita lewisii ocorre no Pacífico Oriental, entre a Colúmbia Britânica, no Canadá, até a península da Baixa Califórnia, no México;[2][5] com sua localidade-tipo em Puget Sound, Washington, noroeste dos Estados Unidos.[10]

Etimologia de lewisii[editar | editar código-fonte]

A etimologia de lewisii está contida num trecho da descrição original da espécie (página 239), onde há o relato de que "espécimes foram trazidos da desembocadura do rio Columbia por Lewis e Clark", uma dupla de exploradores que lideraram a primeira grande expedição exploratória do continente norte-americano, rumo ao oeste, sendo o epíteto específico uma homenagem a Meriwether Lewis.[11]

Referências

  1. a b c d e f g «Neverita lewisii (Gould, 1847)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 8 de março de 2021 
  2. a b c d e «Neverita lewisii» (em inglês). Hardy's Internet Guide to Marine Gastropods. 1 páginas. Consultado em 8 de março de 2021. Arquivado do original em 11 de agosto de 2021 
  3. a b c d ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 103. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0 
  4. a b c DANCE, S. Peter (2002). Smithsonian Handbooks: Shells. The Photographic Recognition Guide to Seashells of the World (em inglês) 2ª ed. London, England: Dorling Kindersley. p. 76. 256 páginas. ISBN 0-7894-8987-2 
  5. a b c d «Neverita lewisii (Gould, 1847) Lewis's moonsnail» (em inglês). SeaLifeBase. 1 páginas. Consultado em 8 de março de 2021 
  6. a b Chu, Jackson (17 de maio de 2014). «Moonsnail (Neverita lewisii (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 8 de março de 2021. These big snails (the largest in their family: the Naticidae) make characteristic egg collars:: ribbons of sand cemented in mucous. 
  7. Maughn, J. (4 de fevereiro de 2019). «Lewis' Moon Snails, Neverita lewisii» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 8 de março de 2021. Santa Cruz Co. CA; 2/4/2019. 
  8. Fretwell, Kelly; Starzomski, Brian (2013). «Lewis's moonsnail, northern moon snail, western moon shell - Neverita lewisii, Euspira lewisii, Polinices lewisii - Heiltsuk/Haíɫzaqv - Q̓vádás» (em inglês). Biodiversity of the Central Coast. 1 páginas. Consultado em 8 de março de 2021 
  9. Harms, Marlin (1 de janeiro de 2018). «Neverita lewisii, Lewis's Moonsnail, Egg Collar» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 8 de março de 2021. On the mudflats at minus tide, Windy Cove, Morro Bay State Park, Morro Bay, California. This is a large egg case, about 5" (13cm) outer diameter from a large snail. The case is formed by two thin layers of sand sandwiching a layer of eggs with the aid of some mucus. It seems plastic-like to the touch and is surprisingly tough. 
  10. «Neverita lewisii (Gould, 1847) distribution» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 8 de março de 2021 
  11. Gould, A.A. (1847). «Descriptions of the following Shells, from the collection of the Exploring Expedition» (em inglês). Proceedings of the Boston Society of Natural History, 2. (Biodiversity Heritage Library). p. 239. Consultado em 8 de março de 2021. Specimens were brought from the mouth of the Columbia, by Lewis and Clarke, and have been designated by the above name.