Pempheris schomburgkii

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Pempheris schomburkii (Müller & Troschel, 1848) é uma espécie do gênero Pempheris [1] também conhecida como Sardinha-do-mar-brabo, Sardinha-ouro e Piaba-do-mar. São peixes de hábito noturno e podem ser encontrados em grande parte da costa ocidental da América Central e do Sul, no Oceano Atlântico, e podem ocorrer espécies também nas áreas do Oceano Indo-Pacífico.

Classificação[editar | editar código-fonte]

Reino Animalia, Filo Chordata, Subfilo Vertebrata, Superclasse Osteichthyes, Subclasse Neopterygii, Infraclasse Teleostei, Superordem Acanthopterygii, Ordem Perciformes, Subordem Percoidei, Família Pempheridae, Gênero Pempheris.

Características Morfológicas[editar | editar código-fonte]

Possui corpo oblongo, olhos grandes, boca oblíqua que se abre para cima, pequenos dentes e barbatana caudal bifurcada.Tem como média de tamanho 7 cm e com seu maior tamanho podendo chegar aos 15 cm.

Distribuição[editar | editar código-fonte]

Pode ser encontrada em diversas áreas nos mares do oceano Atlântico-ocidental e Atlântico-sudoeste. Abrange áreas desde o México e os países insulares da América Central como Anguilla, Bahamas, entre outros. No Brasil, ocupam todo o litoral até Santa Catarina e, mais especificamente no nordeste, o Pempheris schomburgkii foi localizado nos recifes de Pernambuco no naufrágio do Vapor Bahia situado em Ponta de Pedras e também compõem a ictiofauna dos estados do Rio Grande do Norte e Paraíba. Nos Parrachos de Muriú, no estado do Rio Grande do Norte a espécie foi localizada na ictiofauna dos ambientes recifais de recifes em mancha, com um total de 276 indivíduos mas sem muita abundância e frequência. Eles formam associações com outras espécies de peixes como comedores noturnos.

Habitat[editar | editar código-fonte]

Têm habitat exclusivamente marinho, sobre recifes rochosos e de corais, e predominantemente noturno. Costumam abrigar-se em cavernas e fendas durante o dia. A noite emergem à coluna d'água para caça.

Hábitos[editar | editar código-fonte]

Eles têm hábito noturno. Caçam durante a noite e alimentam-se de zooplâncton, especialmente larvas de invertebrados. Durante o dia abrigam-se e minutos após o pôr-do-sol (entre 15 e 45 minutos) saem de seus abrigos. Esse movimento migratório tem como motivos a caça e provavelmente a reprodução[2]. Ocorre desde a emersão à coluna d'água até a extensão de 1 km paralelamente sobre os recifes rochosos e corais. Tal mecanismo está associado à presença de luz de acordo com a sua mudança e adaptação dos indivíduos à ela.

Possuem um mecanismo de comunicação entre eles através de sons por diferentes motivos como atrair parceiros, espantar predadores e até mesmo para orientação. A maior freqüência dos sons emitidos geralmente de 100 a 300 Hz, e a duração média de 56 ms. Os sons são produzidos por músculos sonoros extrínsecos emparelhados, vibrando a bexiga natatória. Os ossos pteróticos originam os músculos sônicos que se estendem à superfície ântero dorsal da bexiga natatória, inervados por dois ramos dos nervos occipitais. Os músculos sônicos dos machos chegam a ser três vezes maiores do que das fêmeas.

Sua reprodução é pouco conhecida pois não existem estudo ligados especificamente à espécie. Há porém, estudos com Pempheris sp. feitos com indivíduos localizados em ilhas do Japão. De acordo com estes estudos, as épocas de desova se estendem entre abril e junho, podendo também ocorrer em outros períodos ao longo do ano. O intervalo de desova da espécie, pode ocorrer a cada 2 dias, logo após o pôr do sol. Espécies de recifes costumam alinhar-se com o ciclo lunar para realizar a desova, mas aparentemente no caso das espécies do gênero Pempheris isso não ocorre.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. [1]https://www.jstage.jst.go.jp/article/galaxea/15/Supplement/15_221/_pdf/-char/en
  2. [2]http://www.scielo.br/pdf/rbzool/v15n2/v15n2a17
  3. http://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/8473/1/2010_art_ceccampos.pdf
  4. https://m.tnonline.uol.com.br/noticias/entretenimento/13,31851,08,07,pesquisador-descobre-que-os-peixes-falam-entre-si.shtml
  5. https://www.cambridge.org/core/journals/journal-of-the-marine-biological-association-of-the-united-kingdom/article/sound-characteristics-and-the-sound-producing-system-in-silver-sweeper-pempheris-schwenkii-perciformes-pempheridae/D150E8EA730C2B21F525BC55B73E6743#
  6. http://cifonauta.cebimar.usp.br/taxon/pempheris-schomburgkii/
  7. https://www.iucnredlist.org/species/16749725/16750102
  8. https://biogeodb.stri.si.edu/caribbean/en/thefishes/species/3839
  9. http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=277068
  10. [3]http://www.portal.zoo.bio.br/media333
  1. «Reproductive biology of nocturnal reef fish Pempheris sp. (Pempherididae) in Okinawa Island, Japan»  line feed character character in |titulo= at position 58 (ajuda)
  2. «PEIXES RECIFAIS DA COSTA DA PARAÍBA, BRASIL» 
  3. Aléssio (12 de janeiro de 2019). «Pempheris schomburgkii». Portal de Zoologia de PE. Consultado em 20 de junho de 2019