Poço Branco
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | poço-branquense | ||
Localização | |||
Localização de Poço Branco no Rio Grande do Norte | |||
Localização de Poço Branco no Brasil | |||
Mapa de Poço Branco | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Rio Grande do Norte | ||
Municípios limítrofes | Pureza, Taipu, Ielmo Marinho, Bento Fernandes e João Câmara | ||
Distância até a capital | 63 km | ||
História | |||
Fundação | 1963 (61 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Edi Carlos Alexandre de Souza Oliveira (PROS, 2021 – 2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 230,401 km² | ||
População total (est. IBGE/2019[1]) | 15 646 hab. | ||
• Posição | RN: 33º | ||
Densidade | 67,9 hab./km² | ||
Clima | Semiárido | ||
Altitude | 82 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[2]) | 0,587 — baixo | ||
PIB (IBGE/2019[3]) | R$ 117 876,45 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2019[3]) | R$ 7 647,86 | ||
Sítio | prefeiturapocobranco.com.br (Prefeitura) |
Poço Branco é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Norte. Foi criado em 13 de Abril de 1963, por seu membro-fundador, o então Xerife da época de Taipu, Tertulino Cabral, que em meio à disputas de poder político decidiu fundar sua própria cidade. A família Cabral teve um papel importante na instauração e história de Poço Branco, ficou conhecida por suas importantes atuações no cenário político e contribuições no ramo de bebidas, sendo muitos destes ainda hoje donos de distribuidoras na região.
Geografia[editar | editar código-fonte]
Na divisão territorial do Brasil feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2017, o município pertence às regiões geográficas intermediária e imediata de Natal;[4] antes, de 1989 até 2017, quando vigorava a divisão em mesorregiões e microrregiões, era parte da microrregião da Baixa Verde, uma das quatro microrregiões da mesorregião do Agreste Potiguar.[5] Distante 63 km da capital estadual, Natal,[6] e 2 467 km da capital federal, Brasília,[7] Poço Branco ocupa 230,401 km² de área (0,4363% da superfície estadual), dos quais 2,18 km² constituem a sede municipal.[8] Limita-se com Pureza a norte, Bento Fernandes a sul, Taipu a leste e, a oeste, João Câmara e novamente Bento Fernandes.[9]
O relevo do município abrange tanto os tabuleiros costeiros, também denominados de "planaltos rebaixados", quanto a depressão sublitorânea, de transição entre os tabuleiros costeiros e o Planalto da Borborema. A geologia é marcada por sedimentos cretáceos das formações Açu e Jandaíra a norte, com idade entre oitenta e cem milhões de anos, enquanto a sul estão as rochas granito-gnássicas do período Pré-Cambriano, entre 1,1 bilhão e 2,5 bilhões de anos.[9] Os solos principais são a areia quartzosa distrófica e o podzólico vermelho amarelo equivalente eutrófico,[9] chamados, na nova classificação brasileira de solos, de neossolo e luvissolo, respectivamente.[10] Também é encontrado o vertissolo no setor norte do município, além de pequenas áreas de solo bruno não cálcico,[11] também enquadrados nos luvissolos.[10]
Esses solos são cobertos pela caatinga, com espécies vegetais de pequeno porte, cujas folhas desaparecem na estação seca. Poço Branco está inserido nos domínios das bacias hidrográficas dos rios Ceará-Mirim e Maxaranguape, o primeiro abrangendo quase três quintos da área do território poço-branquense e o segundo os dois quintos restantes. Cortam o município os riachos da América, do Cravo e do Saco e o rio Ceará-Mirim,[9] cujo trecho local é represado pela Barragem Engenheiro José Batista do Rêgo Pereira (Açude Poço Branco), com capacidade 136 000 000 m³.[12][13][14]
O clima de Poço Branco é semiárido,[15] com chuvas concentradas entre março e julho. De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), referentes ao período de 1962 a 2011 e a partir de 2019, o recorde de precipitação em 24 horas ocorreu em 13 de março de 2022, chegando a 211,6 mm.[16] Desde setembro de 2019, quando a EMPARN colocou em operação uma estação meteorológica automática na cidade, as temperaturas variaram de 19,1 °C em agosto de 2022, nos dias 16 e 22, a 35 °C em 14 de fevereiro de 2021.[17]
Dados climatológicos para Poço Branco | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 34,4 | 35 | 34,2 | 34,1 | 33,3 | 33,7 | 33 | 33,4 | 34,1 | 34,5 | 34,8 | 34,6 | 35 |
Temperatura mínima recorde (°C) | 21,7 | 20,7 | 21,8 | 21,8 | 20,8 | 19,6 | 19,4 | 19,1 | 19,3 | 20 | 20,7 | 21,7 | 19,1 |
Precipitação (mm) | 41,6 | 63,4 | 113,7 | 129,9 | 102,4 | 106,8 | 99,2 | 42 | 21,7 | 5,7 | 7,8 | 10,1 | 744,3 |
Fonte: EMPARN (médias de precipitação: 1962-2011; recordes de temperatura: 05/09/2019-presente)[16][17] |
Referências
- ↑ a b IBGE. «Brasil / Rio Grande do Norte / Pureza». Consultado em 9 de dezembro de 2022
- ↑ Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). «IDHM Municípios 2010». Consultado em 4 de setembro de 2013
- ↑ a b IBGE. «Brasil | Rio Grande do Norte | Poço Branco | Produto Interno Bruto dos Municípios». Consultado em 9 de dezembro de 2022
- ↑ IBGE (2017). «Base de dados por municípios das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias do Brasil». Consultado em 29 de março de 2019
- ↑ IBGE (1990). «Divisão regional do Brasil em mesorregiões e microrregiões geográficas» (PDF). Biblioteca IBGE. Consultado em 9 de dezembro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 25 de setembro de 2017
- ↑ «Distância de Poço Branco a Natal». Consultado em 9 de dezembro de 2022
- ↑ «Distância de Poço Branco a Brasília». Consultado em 9 de dezembro de 2022
- ↑ Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) (2015). «Áreas Urbanas no Brasil em 2015». Consultado em 9 de dezembro de 2022
- ↑ a b c d Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (IDEMA) (2008). «Perfil do seu município: Poço Branco» (PDF). Consultado em 9 de dezembro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 10 de dezembro de 2022
- ↑ a b JACOMINE, 2008, p. 178.
- ↑ EMBRAPA (1971). «Mapa Exploratório-Reconhecimento de solos do município de Poço Branco, RN» (PDF). Consultado em 9 de dezembro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 10 de dezembro de 2022
- ↑ OLIVEIRA, 2018, p. 20.
- ↑ CIRILO, 2014, p. 28.
- ↑ GOMES, Luiz Henrique (27 de outubro de 2017). «Poço Branco vive conflito por água». Tribuna do Norte. Consultado em 9 de dezembro de 2022
- ↑ DINIZ FILHO, 2000, p. 2.
- ↑ a b Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN). «Relatório pluviométrico». Consultado em 5 de janeiro de 2022
- ↑ a b EMPARN. «Relatório de variáveis meteorológicas». Consultado em 4 de fevereiro de 2022
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- CIRILO, Vera Lúcia Rodrigues. Abastecimento humano de água em comunidades rurais na bacia hidrográfica do Rio Ceará Mirim-RN. 2014. 158f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Sanitária e Ambiental) - Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, 2014.
- DINIZ FILHO, José Braz et al. Potencialidades e consumo de águas subterrâneas no médio e baixo curso da bacia hidrográfica do rio Ceará Mirim/RN. Águas Subterrâneas, 2000.
- JACOMINE, Paulo Klinger Tito. A nova classificação brasileira de solos. Anais da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica, v. 5, p. 161-179, 2008.
- OLIVEIRA, Karoline Costa de. Implicações ambientais decorrentes do uso e ocupação do solo na Bacia Hidrográfica do Rio Doce - RN. 2018. 30f. TCC (Graduação em Geografia) - Departamento de Geografia, UFRN, Natal, 2018.