Polinices hepaticus

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Conchas de P. hepaticus (Röding, 1798)[1]; espécimes coletados na região do Guaiuba, Guarujá, São Paulo, Brasil.
Conchas de P. hepaticus (Röding, 1798)[1]; espécimes coletados na região do Guaiuba, Guarujá, São Paulo, Brasil.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Subclasse: Caenogastropoda
Ordem: Littorinimorpha
Superfamília: Naticoidea
Família: Naticidae
Subfamília: Polinicinae
Género: Polinices
Montfort, 1810[1]
Espécie: P. hepaticus
Nome binomial
Polinices hepaticus
(Röding, 1798)[1]
Sinónimos
Albula hepatica Röding, 1798
Natica brunnea Link, 1807
Natica fuscata Récluz, 1844
Natica bahiensis Récluz, 1850
(WoRMS)[1]

Polinices hepaticus (denominada, em inglês, brown moon snail) é uma espécie predadora de molusco gastrópode marinho do oeste do oceano Atlântico[2][3][4], pertencente à família Naticidae da ordem Littorinimorpha. Foi classificada com o nome Albula hepatica por Peter Friedrich Röding, em 1798, na obra Museum Boltenianum sive Catalogus cimeliorum e tribus regnis naturae quae olim collegerat Joa. Fried. Bolten M. D. p. d. Pars secunda continens Conchylia sive Testacea univalvia, bivalvia et multivalvia.[1]

Descrição da concha e hábitos[editar | editar código-fonte]

Concha de coloração castanha a amarelada, em sua superfície polida e ovalada, dotada de espiral baixa de até três voltas[2][4]; com até 5.1[5] centímetros de comprimento, quando desenvolvida. Por baixo é visível um umbílico, próximo à sua columela branca e seu lábio externo, que é fino; com abertura, próxima, também branca. Opérculo córneo, fechando totalmente a abertura semicircular da sua concha.

É encontrada em águas rasas da zona entremarés e zona nerítica, da areia rasa, entre rochas, até os 15 metros de profundidade, procurando sua alimentação de moluscos Bivalvia. Também pode ser encontrada em ambientes de estuário.[2][3][4][5]

Distribuição geográfica[editar | editar código-fonte]

Polinices hepaticus ocorre no oceano Atlântico, entre a costa da Flórida, nos Estados Unidos, ao México e América Central; Grandes Antilhas, leste da Colômbia e Venezuela, no mar do Caribe, até a região sul do Brasil.[2][4][6] Esta espécie pode ser encontrada nos sambaquis brasileiros, do Rio de Janeiro até Santa Catarina, tendo importância arqueológica desconhecida.[7]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

Enquanto a sua etimologia de gênero, Polinices, é um personagem da mitologia grega, o seu epíteto específico latino, hepaticus, descreve algo com a cor do fígado.[8]

Referências

  1. a b c d e «Polinices hepaticus (Röding, 1798)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 26 de fevereiro de 2021 
  2. a b c d ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 104. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0 
  3. a b «Polinices hepaticus» (em inglês). Hardy's Internet Guide to Marine Gastropods. 1 páginas. Consultado em 26 de fevereiro de 2021. Arquivado do original em 11 de agosto de 2021 
  4. a b c d RIOS, Eliézer (1994). Seashells of Brazil (em inglês) 2ª ed. Rio Grande, RS. Brazil: FURG. p. 82. 492 páginas. ISBN 85-85042-36-2 
  5. a b «Polinices hepaticus (Röding, 1798) brown moonsnail» (em inglês). SeaLifeBase. 1 páginas. Consultado em 27 de fevereiro de 2021 
  6. «Polinices hepaticus distribution» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 26 de fevereiro de 2021 
  7. SOUZA, Rosa Cristina Corrêa Luz de; LIMA, Tania Andrade; SILVA, Edson Pereira da (2011). Conchas Marinhas de Sambaquis do Brasil 1ª ed. Rio de Janeiro, Brasil: Technical Books. p. 181. 252 páginas. ISBN 978-85-61368-20-3 
  8. «hepaticus» (em inglês). WordSense Dictionary. 1 páginas. Consultado em 26 de fevereiro de 2021. liver-colored.