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Portal:História da ciência/Artigo/Arquivo/2006

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9 de Fevereiro de 2006[editar código-fonte]

Deus criando o universo através de princípios geométricos, 1215.

Ciência medieval se refere às descobertas no campo da filosofia natural que ocorreram no período da Idade Média. A Europa Ocidental entrou na Idade Média em grandes dificuldades que minaram a produção intelectual do continente. Os tempos eram confusos e havia-se perdido o acesso aos tratados científicos da antiguidade clássica (em grego), ficando apenas as compilações resumidas e até deturpadas que os romanos tinham traduzido para o latim. Entretanto, com o início do chamado Renascimento do Século XII, renovou-se o interesse pela investigação da natureza. A ciência que se desenvolveu nesse período áureo da filosofia escolástica dava ênfase à lógica e advogava o empirismo, entendendo a natureza como um sistema coerente de leis que poderiam ser explicadas pela razão. Foi com essa visão que sábios medievais se lançaram em busca de explicações para os fenômenos do universo e conseguiram avanços importantes em áreas como a metodologia científica e a física. Esses avanços foram repentinamente interrompidos pela Peste negra e são virtualmente desconhecidos pelo público contemporâneo, que muitas vezes ainda está preso ao rótulo do período medieval como uma suposta "Idade das Trevas".

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21 de Março de 2006[editar código-fonte]

A Peste Negra foi o nome dado à Peste bubónica, doença epidémica que atacou a Europa durante o século XIV. A doença é causada pela bactéria Yersinia pestis que se espalha através das pulgas dos ratos. A Peste Negra atingiu a Europa, a China, o Médio Oriente e outras regiões do Mundo durante o século XIV (1347-1350), matando um terço da população da Europa e atingindo proporções provavelmente semelhantes nas outras regiões.

A condição inicial para a peste foi a invasão da Europa pelo rato preto indiano Rattus rattus (hoje raro). Este não trouxe a peste, mas os seus hábitos mais domesticados e próximos das pessoas criaram condições para a sua rápida transmissão. A substituição pelo Rattus norvegicus, cinzento e muito mais tímido, foi certamente importante no declínio das epidemias de peste na Europa a partir do século XVIII.

A peste do século XIV surgiu durante o cerco a Caffa , uma colónia de Génova na Crimeia, em Outubro de 1347. Daí passou a Itália e depois espalhou-se pelo resto da Europa. Em Portugal, a peste entrou no Outono de 1348 e terá morto entre um terço a metade da população. Um dos efeitos indirectos da peste em Portugal seria a revolução de 1383-1385.

A peste voltou várias vezes a Portugal. Nenhuma epidemia foi tão devastadora como a primeira, mas a Grande Peste de Lisboa em 1569 terá morto 600 pessoas por dia. Ao todo 60 000 habitantes da cidade terão sucumbido. A última grande epidemia foi em 1650. No entanto, no seguimento da chamada Terceira Pandemia, a peste foi importada do Oriente (provavelmente de Macau) para o Porto em 1899. A epidemia do Porto foi estudada por vários investigadores, como Ricardo Jorge e Câmara Pestana, que faleceu infectado com a doença.

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13 de Junho de 2006[editar código-fonte]

O Alquimista, de Pietro Longhi

A história da química está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento do homem, já que abarca todas as transformações de matéria e as teorias correspondentes. Com frequência a história da química se relaciona intimamente com a história dos químicos e — segundo a nacionalidade ou tendência política do autor — ressalta em maior ou menor medida os sucessos alcançados num determinado campo ou por uma determinada nação. A ciência química surge no século XVII a partir dos estudos de alquimia populares entre muitos dos cientistas da época. Considera-se que os princípios básicos da química se recolhem pela primeira vez na obra de Robert Boyle, The Sceptical Chymist (1661). A química, como tal, começa a ser explorada um século mais tarde com os trabalhos de Antoine Lavoisier e as suas descobertas em relação ao oxigênio, à lei da conservação da massa e à refutação da teoria do flogisto como teoria da combustão.

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