Porto de Vitória

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Porto de Vitória
Porto de Vitória
Localização
Localização Vitória e Vila Velha, no Espírito Santo, no  Brasil
Detalhes
Inauguração 1940
Operado por VPorts
Proprietário Governo federal
Estatísticas
Website https://vports.com.br/

O Porto de Vitória é um terminal de transporte marítimo das cidades de Vitória e Vila Velha, no estado do Espírito Santo, no Brasil.[1]

História[editar | editar código-fonte]

A história portuária do Espírito Santo tem sua origem com o desenvolvimento da cultura cafeeira na Província do Espírito Santo. No entanto, a partir de 1870, tornou-se saturado o Porto de Itapemirim, então utilizado para o escoamento agrícola, em especial da cana-de-açúcar. Como alternativa para os embarques, foram previstos a utilização de outro atracadouro, denominado Cais do Imperador, na parte sul da Ilha de Vitória.[2][3]

Em 1881, foram iniciados os primeiros estudos para a construção do Porto de Vitória. No entanto, o baixo comércio da região e a falta de estradas que ligassem ao interior fizeram com que o projeto demorasse a sair do papel. [2][3]

Em 28 de março de 1906, o governo federal autorizou que a Companhia Porto de Vitória (CPV) implantasse as novas instalações no mesmo local, tendo ficado a cargo da empresa C. H. Walker & Co. Ltda. a execução 1 130 metros de cais. No entanto, as obras foram interrompidas no ano de 1914.[2][3]

A União encampou a concessão dada à CPV e a transferiu ao governo do estado do Espírito Santo por meio do Decreto n.º 16 739, de 31 de dezembro de 1924. Foi criada a APV – Administração do Porto de Vitória, com concessão pelo prazo de 60 anos. A construção do porto retomada no início de 1925.[2] [3]

Sua inauguração oficial se deu em 3 de novembro de 1940, assinalando o começo do atual complexo portuário. No mesmo ano, teve início o embarque de minério de ferro.[2][3]

Já nos anos 1940, foram construídas as instalações de embarque da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), no morro do Pela Macaco, em Vila Velha, hoje totalmente desativadas e entregues à Companhia Docas do Espírito Santo (CODESA). Na mesma época, iniciou-se a construção do Terminal de Granéis Líquidos, também em Vila Velha. Nesta mesma época, foram, ainda, construídas as instalações do Cais de Paul (Usiminas e CVRD, também localizadas em Vila Velha.[4][5]

Na década de 1950, foram construídos os demais cais de Vitória, berços 101 e 102. Na década de 1960, foi construído o Píer de Tubarão e, na de 1970, os cais de Capuaba (Vila Velha), Barra do Riacho e Ubu.[2]

Em 1978, a concessão dada ao governo estadual foi encampada pelo DNPV – Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis, vinculado a Portobrás, o que antecipou o término da concessão.[2]

A Companhia Docas do Espírito Santo (CODESA) foi criada por meio do Decreto nº 87.560 de 9 de setembro de 1982, sendo oficialmente constituída em 21 de fevereiro de 1983, sendo responsável, inicialmente, pelos Portos de Vitória e Barra de Riacho. A companhia fazia parte da holding Portobrás.[2]

Em março de 2022, o Fundo de Investimentos em Participações Shelf 119, liderado pela Quadra Capital, venceu o leilão de privatização da Companhia Docas do Espírito Santo na Bolsa de Valores de São Paulo, por R$ 106 milhões de outorga, com um contrato de concessão de 35 anos, prorrogáveis por mais cinco. A CODESA teve então seu nome alterado para VPorts.[6]

Estrutura[editar | editar código-fonte]

A Companhia Docas do Espírito Santo (CODESA) era uma empresa estatal do Governo Federal, vinculada à Secretaria Nacional de Portos do Ministério de Infraestrutura. Possui terminais portuários públicos e arrendados, nos municípios de Vitória, Vila Velha e Aracruz (Barra do Riacho). Atualmente, se chama VPorts.

O Porto Organizado de Vitória tem suas áreas operacionais localizadas tanto no município de Vitória como no de Vila Velha, os quais são delimitados pelo Rio Santa Maria.[1]

Vitória[editar | editar código-fonte]

  • Cais Comercial de Vitória - público, composto dos berços 101, 102 (calados 12,5m e 9m, respectivamente) e berços 103 e 104,
  • Terminal Ilha do Príncipe - arrendado à Technip: abrange o dolfin do berço 906. Especializado em offshore.

Vila Velha[editar | editar código-fonte]

  • Cais de Capuaba - público: Berços 201, 202 (calados de 12,5m), com 774 metros, 8 mil m² de armazéns, 100 mil metros² de pátio, além de retroárea de aproximadamente 300 mil m²;
  • Cais de Paul / Gusa - público: Berço 905, com 420 metros de extensão, 25 mil m² de pátio, calado de 10,7m;
  • Cais de Atalaia - Berço 207. Os antigos dolfins deram lugar a um cais corrido de 270 m de comprimento, calado de 12,5m;
  • Cais de São Torquato - arrendado à Prysmiann: Berço 902, mas não está operando;
  • Terminal de Vila Velha (TVV) - arrendado à Login: Berços 203 e 204 (calados de 12,5m).
  • Terminal de Peiú - arrendado: Berço 206, calado de 10,7m;
  • Companhia Portuária de Vila Velha (CPVV) - Terminal de Uso Privativo: Berço 903.
Commons
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Ligação externa[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Ministério da Infraestrutura. «lano Mestre do Complexo Portuário de Vitória e Barra do Riacho» (PDF) 
  2. a b c d e f g h Prodweb. «115 anos do Porto de Vitória: o porto dos capixabas». ABTP. Consultado em 30 de maio de 2024 
  3. a b c d e «IBGE | Biblioteca | Detalhes | Porto de Vitória : Vitória, ES». biblioteca.ibge.gov.br. Consultado em 30 de maio de 2024 
  4. Prodweb. «115 anos do Porto de Vitória: o porto dos capixabas». ABTP. Consultado em 30 de maio de 2024 
  5. «Vila Velha e Espírito Santo, rumo aos 500 anos | A Gazeta». www.agazeta.com.br. Consultado em 30 de maio de 2024 
  6. «Fundo arremata Codesa por R$ 106 milhões em 1ª privatização portuária do país» 
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