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Silogismo hipotético: diferenças entre revisões

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Para melhor entendimento, veja a definição da implicação a seguir.
Em [[lógica]], um '''silogismo hipotético''' tem dois usos. Em [[lógica proposicional]] o silogismo hipotético expressa uma regra da [[implicação]], enquanto na história da lógica, o silogismo hipotético é uma ajuda para a teoria da consequência.


==Implicação (→)==
==Lógica Proposicional==


A '''implicação''' [[lógica]] detem a relação que mantém T entre um conjunto de fórmulas e uma fórmula B quando todos os modelos (interpretação ou valoração) de T, também é um modelo de B, veja:
O silogismo hipotético é uma das regras de demonstração na lógica clássica que pode ou não pode ser avaliado numa lógica não-clásica. O silogismo hipotético é um argumento válido da seguinte forma:

(1) <math>T \models B</math>,

:(2) <math>T \Rightarrow B</math>

::(3) <math>T \therefore B</math>


Que pode ser lido como "T implica (acarreta) em B", ou "B é uma consequência ([[lógica]]) de T", onde T é chamado de antecendente, enquanto B é chamado de consequente.

Em outras palavras, (1) detém a classe de modelos quando T é subconjunto da classe dos modelos de B. sem usar a linguagem de modelos, (1) afirma que o material condicional formado a partir da conjunção de todos os elementos de T para B é válido.
Então:


(A0^...^An) inplica B
onde A0 até An são todos os elementos de T.
sua forma lógica é dada por :
:<math>(A_0\land\dots\land A_n)\to B</math>,


===Verdades Inesperadas===

Qualquer declaração com um fato falso o antecendendo é sempre verdadeira, de acordo com a tabela
verdade que será exposta a seguir.

:Por exemplo:
"Paris está na América implica estranho"

Da mesma forma, se tivermos um condicional com o consequente verdadeiro, então a declaração será verdadeira.

:Por exemplo:
"Os suínos voarem implica que Paris está na França" é verdadeira.
por mais que (obviamente) os suinos não voem, isso não nega o fato de Paris estar na França.


===Propriedades===

Duas propriedades importantes da implicação devem ser enunciadas: a reflexividade e a transitividade.



É '''reflexivo''': "<math>A \to A = T </math>(Top ou sempre verdadeiro, do Inglês true), '''uma [[tautologia]]'''.


É '''transitivo''': Se <math> A \to B = T </math> e
<math>B \to C = T </math>
então <math>A \to C = T </math>.

===Tabela Verdade da Implicação (P &rarr; Q)===

{| border=2 width="50%"
!P
!Q
!P &rarr; Q
|-
!0
!0
!1
|-
!0
!1
!1
|-
!1
!0
!0
|-
!1
!1
!1
|}
onde 1 é verdadeiro e 0 é falso.

==Silogismo hipotético==

O '''silogismo''' '''hipotético''' é o significado de duas implicações resultando em outra implicação, ou seja, é a conclusão que resulta de duas premissas, sendo composta de implicações. Isso equivale à propriedade de transitividade da implicação, a formulação é dada por:


Premissa: P &rarr; Q
Premissa: P &rarr; Q
Linha 9: Linha 85:
::Conclusão: P &rarr; R
::Conclusão: P &rarr; R


Simbolicamente, esta inferência é expressa por:
Simbolicamente, esta é expressa:


<math>P \to Q ; Q \to R \vdash P \to R </math>
<math>P \to Q ; Q \to R \vdash P \to R </math>


lê-se : se P implica em Q e Q implica em R entao P implica em R.
Em outras palavras, se um implica outro e o outro implica o terceiro, então o primeiro implica o terceiro, de acordo com a propriedade de transitividade da [[implicação]] que tem a interpretação: A &rarr; B = T e B &rarr; C = T então A &rarr; C = T.


:Por exemplo:
:Por exemplo:


Se eu não despertar, então não posso ir ao trabalho.
Se eu não despertar, então não posso ir ao trabalho.
: Se eu não puder ir ao trabalho, então eu não vou receber o salário.
Se eu não puder ir ao trabalho, então eu não vou receber o pagamento.
:: Portanto, se eu não despertar, então eu não vou receber o salário
Portanto, se eu não despertar, então eu não vou receber o pagamento.


==Silogismo Hipotético Contrafactual==
==Premissas contrafactuais do silogismo hipotético==
O [[silogismo]] hipotético é contrafactual quando os fatos das premissas são falsos, consequentemente, as premissas são verdadeiras e a conclusão é verdadeira. Assim toda a declaração é verdadeira.


Exemplo:
O silogismo hipotético tem uma grande vantagem sobre o significado da [[implicação]], pode ser sempre verdade se as proposicões das premissas forem falsas, assim suas premissas são ditas [[contrafactual|contrafactuais]].

Exemplo de premissas contrafactuais e a conclusão do silogismo hipotético:


Se os gatos são amigos dos ratos, então a lua é feita de queijo.
Se os gatos são amigos dos ratos, então a lua é feita de queijo.
: Se a lua é feita de queijo, então os cães são amigos dos gatos.
Se a lua é feita de queijo, então os cães são amigos dos gatos.
:: Portanto, se os gatos são amigos dos ratos, então os cães são amigos dos gatos.
Portanto, se os gatos são amigos dos ratos, então os cães são amigos dos gatos.

Note que os fatos das premissas são falsos ("lua é feita de queijo", "os gatos são amigos dos ratos", "cães são amigos dos gatos") mas as premissa são verdeiras e a declaração, como um todo, é verdadeira.


==Modos (ou figuras) do Silogismo Hipotético==

===Modus Ponens===
Corresponde ao esquema "se P, então Q; já que P; logo Q. Isso pode ser sintetizado nas seguintes regras:

1- Num juízo hipotético, a afirmação do antecendente obriga à afirmação do consequente.
2- Da afirmação do consequente nada se pode concluir.

===Modus Tollens===
Corresponde ao seguinte: "se P, então Q; já que não Q; logo não P". Isso pode ser sintatizado nas seguintes regras:


1- Num juízo hipotético, a negação do consequente torna necessária a negação do antecedente.
Note que a suposição das premissas são falsos ("lua é feita de queijo", "os gatos são amigos dos ratos", "cães são amigos dos gatos") mas as premissa são verdeiras e a declaração, como um todo, é verdadeira.
2- Da negação do antecedente nada se pode concluir.


==Ver também==
*[[Silogismo Disjuntivo]]


==Referência==
==Referências==


*http://www.esffranco.edu.pt/Fil/logica/logim019.html
*[http://en.wikipedia.org/wiki/Logical_implication#Relational_properties Site sobre a Implicação Lógica]
*http://en.wikipedia.org/wiki/Logical_implication
*http://pt.wikipedia.org/wiki/Implica%C3%A7%C3%A3o
*http://en.wikipedia.org/wiki/Logical_implication#Relational_properties
[[en:Hypothetical syllogism]]
[[en:Hypothetical syllogism]]



Revisão das 13h45min de 28 de junho de 2008

Para melhor entendimento, veja a definição da implicação a seguir.

Implicação (→)

A implicação lógica detem a relação que mantém T entre um conjunto de fórmulas e uma fórmula B quando todos os modelos (interpretação ou valoração) de T, também é um modelo de B, veja:

(1) ,

(2)
(3)


Que pode ser lido como "T implica (acarreta) em B", ou "B é uma consequência (lógica) de T", onde T é chamado de antecendente, enquanto B é chamado de consequente.

Em outras palavras, (1) detém a classe de modelos quando T é subconjunto da classe dos modelos de B. sem usar a linguagem de modelos, (1) afirma que o material condicional formado a partir da conjunção de todos os elementos de T para B é válido. Então:


(A0^...^An) inplica B onde A0 até An são todos os elementos de T. sua forma lógica é dada por :

,


Verdades Inesperadas

Qualquer declaração com um fato falso o antecendendo é sempre verdadeira, de acordo com a tabela verdade que será exposta a seguir.

Por exemplo:

"Paris está na América implica estranho"

Da mesma forma, se tivermos um condicional com o consequente verdadeiro, então a declaração será verdadeira.

Por exemplo:

"Os suínos voarem implica que Paris está na França" é verdadeira. por mais que (obviamente) os suinos não voem, isso não nega o fato de Paris estar na França.


Propriedades

Duas propriedades importantes da implicação devem ser enunciadas: a reflexividade e a transitividade.


É reflexivo: "Falhou a verificação gramatical (SVG (MathML pode ser ativado através de uma extensão do ''browser''): Resposta inválida ("Math extension cannot connect to Restbase.") do servidor "http://localhost:6011/pt.wikipedia.org/v1/":): {\displaystyle A \to A = T } (Top ou sempre verdadeiro, do Inglês true), uma tautologia.


É transitivo: Se e então .

Tabela Verdade da Implicação (P → Q)

P Q P → Q
0 0 1
0 1 1
1 0 0
1 1 1

onde 1 é verdadeiro e 0 é falso.

Silogismo hipotético

O silogismo hipotético é o significado de duas implicações resultando em outra implicação, ou seja, é a conclusão que resulta de duas premissas, sendo composta de implicações. Isso equivale à propriedade de transitividade da implicação, a formulação é dada por:

Premissa: P → Q

Premissa: Q → R
Conclusão: P → R

Simbolicamente, esta é expressa:

Falhou a verificação gramatical (SVG (MathML pode ser ativado através de uma extensão do ''browser''): Resposta inválida ("Math extension cannot connect to Restbase.") do servidor "http://localhost:6011/pt.wikipedia.org/v1/":): {\displaystyle P \to Q ; Q \to R \vdash P \to R }

lê-se : se P implica em Q e Q implica em R entao P implica em R.

Por exemplo:

Se eu não despertar, então não posso ir ao trabalho. Se eu não puder ir ao trabalho, então eu não vou receber o pagamento. Portanto, se eu não despertar, então eu não vou receber o pagamento.


Silogismo Hipotético Contrafactual

O silogismo hipotético é contrafactual quando os fatos das premissas são falsos, consequentemente, as premissas são verdadeiras e a conclusão é verdadeira. Assim toda a declaração é verdadeira.

Exemplo:

Se os gatos são amigos dos ratos, então a lua é feita de queijo. Se a lua é feita de queijo, então os cães são amigos dos gatos. Portanto, se os gatos são amigos dos ratos, então os cães são amigos dos gatos.

Note que os fatos das premissas são falsos ("lua é feita de queijo", "os gatos são amigos dos ratos", "cães são amigos dos gatos") mas as premissa são verdeiras e a declaração, como um todo, é verdadeira.


Modos (ou figuras) do Silogismo Hipotético

Modus Ponens

Corresponde ao esquema "se P, então Q; já que P; logo Q. Isso pode ser sintetizado nas seguintes regras:

1- Num juízo hipotético, a afirmação do antecendente obriga à afirmação do consequente. 2- Da afirmação do consequente nada se pode concluir.

Modus Tollens

Corresponde ao seguinte: "se P, então Q; já que não Q; logo não P". Isso pode ser sintatizado nas seguintes regras:

1- Num juízo hipotético, a negação do consequente torna necessária a negação do antecedente. 2- Da negação do antecedente nada se pode concluir.

Ver também

Referências