Anaerobiose

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Um organismo anaeróbico é qualquer organismo que não necessita de oxigênio para o crescimento. Ele pode reagir negativamente ou até mesmo morrer se o oxigênio está presente. Um organismo anaeróbio pode ser unicelular (por exemplo protozoários[1] e bactérias[2]) ou multicelulares (por exemplo, Nereida (verme) poliquetas,[3] e nematoides parasíticos.[4]). Para fins práticos, há três categorias de anaeróbios:

  • Anaeróbios obrigatórios, que são prejudicados pela presença de oxigênio;[5][6]
  • Organismos aerotolerantes, que não podem usar o oxigênio para o crescimento, mas toleram sua presença;[7]
  • Anaeróbios facultativos, que podem crescer sem oxigênio, mas utilizam o oxigênio se ele estiver presente.

Distribuição[editar | editar código-fonte]

Nos seres humanos, organismos anaeróbios são normalmente encontrados no trato gastrointestinal.[8] Algumas bactérias anaeróbias produzem toxinas clinicamente importantes (por exemplo, o tétano).

Origem da energia[editar | editar código-fonte]

A energia usada pelos organismos vem, em última análise, quase sempre do sol. O processo de fotossíntese "captura" esta energia solar em uma ligação química, unindo dois átomos. Na molécula de glicose, por exemplo, entre os átomos de carbono existe energia acumulada, potencialmente utilizável.

Utilização da energia[editar | editar código-fonte]

Um organismo vivo rompe uma ligação química para utilizar esta energia. Com isto são "liberados" um ou mais eléctrons. Estes elétrons necessitam ser "recebidos" por alguma outra molécula. Este processo é chamado de respiração celular.

Processos de Respiração Anaeróbia[editar | editar código-fonte]

A respiração anaeróbia é feita principalmente a partir de fermentação, seja ela láctica ou alcoólica.

Referências

  1. Upcroft P, Upcroft JA (2001). «Drug Targets and Mechanisms of Resistance in the Anaerobic Protozoa». Clinical Microbiology Reviews (em inglês). 14 (1): 150-164. doi:10.1128/CMR.14.1.150-164.2001 
  2. Levinson, W. (2010). Review of Medical Microbiology and Immunology (em inglês) 11ª ed. [S.l.]: McGraw-Hill. p. 91–93. ISBN 978-0-07-174268-9 
  3. Schöttler, U. (30 de novembro de 1979). «On the Anaerobic Metabolism of Three Species of Nereis (Annelida)» (PDF). Marine Ecology Progress Series (em inglês). 1: 249–54. ISSN 1616-1599. doi:10.3354/meps001249 
  4. Roberts, Larry S., John Janovay (2005). Foundations of Parasitology (em inglês) 7ª ed. Nova Iorque: McGraw-Hill. p. 405–407 
  5. Prescott LM, Harley JP, Klein DA (1996). Microbiology (em inglês) 3ª ed. [S.l.]: Wm. C. Brown Publishers. p. 130-131. ISBN 0-697-29390-4 
  6. Brooks GF, Carroll KC, Butel JS, Morse SA (2007). Jawetz, Melnick & Adelberg's Medical Microbiology (em inglês) 24ª ed. [S.l.]: McGraw Hill. p. 307-312. ISBN 0-07-128735-3 
  7. Hogg, S. (2005). Essential Microbiology (em inglês) 1ª ed. [S.l.]: Wiley. p. 99-100. ISBN 0-471-49754-1 
  8. C. Dugdale, David. «Anaerobic bacteria – Overview» (em inglês). Centro Médico da Universidade de Maryland