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Arte pré-histórica no Brasil: diferenças entre revisões

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A ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA BRASILEIRA
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Vestígios da arte rupestre em Minas Gerais
As mais antigas manifestações de pinturas rupestres no [[Brasil]] encontram-se na [[serra da Capivara]], no [[Piauí]], datando de cerca de 13000 a.C. Em [[Pedra Pintada]], na [[Paraíba]], foram encontradas pinturas com cerca de 11 mil anos de idade ,e em [[Minas Gerais]], chamam atenção os registros de arte rupestre localizados em várias cavernas do vale do Peruaçu, que se distinguem por seus raros desenhos de padrões geométricos, executados entre 2.000 e 10.000 anos atrás. São igualmente dignas de menção as pinturas de animais descobertas em grutas calcárias no vale do rio das Velhas, em [[Lagoa Santa]], [[Minas Gerais]].


O território brasileiro possui um patrimônio arqueológico, embora nem sempre saibamos preservá-lo. Em Minas Gerais, por exemplo, encontra-se o sítio arqueológico de Lapa da Cerca Grande, localizado no município de Matozinhos, a aproximadamente 50 km de Belo Horizonte. Ele foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan, o que atesta sua importância e aumenta suas chances de preservação.
Na documentação arqueológica [[Brasil|brasileira]], predominam o uso de materiais como osso, chifre, pedra e argila, para a confecção de objetos utilitários (recipientes, agulhas, espátulas, pontas de projétil), adornos (pingentes e contas de colar) e cerimoniais, atestando uma preocupação estética observável, sobretudo, na extraordinária variação de formas geométricas e no tratamento das superfícies e dos retoques.


Nas pinturas do interior de grutas e abrigos de Lapa da Cerca Grande, podem ser vistas figuras zoomorfas (representações de animais terrestres, peixes e aves), antropomorfas (imagens humanas) e geométricas.
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A cor predominante nas figuras de Lapa da Cerca Grande é a vermelha, mas observam-se também a amarela, a branca e a preta.


O patrimônio arqueológico brasileiro
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Os sítios arqueológicos brasileiros são protegidos pela Lei nº 3 924/61 e considerados bens patrimoniais da União. Segundo sua importância científica ou ambiental, porém, podem ainda vir a ser tombados, o que reforça as ações de preservação quanto à intervenção humana.
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[[Categoria:Arte da Pré-História]]

[[Categoria:Artes do Brasil]]

Até 2006, o Iphan já havia identificado cerca de 10 mil sítios arqueológicos, dos quais sete se encontravam tombados: Sambaqui do Pindaí, em São Luís (MA); Parque Nacional da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato (PI); Inscrições Pré-Históricas do Rio Ingá, em Ingá (PB); Sambaqui da Barra do Rio Itapitangui, em Cananéia (SP); Lapa da Cerca Grande, em Matozinhos (MG); Quilombo do Ambrosio: remanescentes, em Ibiá (MG); e Ilha do Campeche, em Florianópolis (SC).
Naturalismo e geometrismo: duas faces da arte rupestre no Brasil
Outro importante sítio arqueológico, também tombado pelo Iphan, encontra-se no Parque Nacional da Serra da Capivara, município de São Raimundo Nonato, Piauí. Diversos pesquisadores vêm trabalhando nele desde 1970.
Em 1978, uma missão franco-brasileira coletou no local uma grande quantidade de dados e vestígios arqueológicos. Os cientistas chegaram a conclusões esclarecedoras a respeito dos grupos humanos que habitaram a região por volta do ano 6000 a. C., ou talvez em épocas ainda mais remotas. Como os primeiros habitantes da área de São Raimundo Nonato - provavelmente caçadores-coletores, nômades e seminômades - se abrigavam ocasionalmente nas grutas da região, a hipótese mais aceita é a de que teriam sido eles os autores das pinturas e gravações ali encontradas.
Os pesquisadores classificaram essas pinturas e gravações em dois grandes grupos: obras com motivos naturalistas e obras com motivos geométricos.
Entre as pinturas com motivos naturalistas, predomina a figura humana, ora isolada, ora em grupo, em movimentadas cenas de caça, guerra e trabalhos coletivos. Ainda nesse grupo, encontram-se figuras de animais, como veados, onças, pássaros, peixes e insetos. Ao lado temos a capivara e seu filhote. Símbolo do Parque Serra da Capivara. Um exemplo de pintura rupestre naturalista e com estilo Várzea Grande. Retrata animais, toda a pintura é feita com a cor vermelha, o interior do corpo é todo pintado e seus membros em traços.

As figuras com motivos geométricos são muito variadas: apresentam linhas paralelas, grupos de pontos, círculos, círculos concêntricos, cruzes, espirais e triângulos.
Com base nos vestígios arqueológicos de São Raimundo Nonato, estudiosos formularam a hipótese da existência de um estilo artístico que nomearam de Várzea Grande. Esse estilo tem como característica "a utilização preferencial da cor vermelha, o predomínio dos motivos naturalistas, a representação de figuras antropomorfas e zoomorfas (com o corpo totalmente preenchido e os membros desenhados com traços) e a abundância de representações animais e humanas de perfil. Nota-se também a freqüente presença de cenas em que participam numerosas personagens, com temas variados e que expressam grande dinamismo.
Vestígios da arte rupestre na Amazônia
Em 2003, a pesquisadora Edith Pereira publicou estudos sobre a arte rupestre na Amazônia, principalmente no Pará, que trouxeram informações sobre as origens mais remotas da cultura de nosso país. Diz ela: "Com o intento de alcançar um equilíbrio no conhecimento dos diferentes vestígios deixados pelos grupos pré-históricos, iniciei, em 1988, a pesquisa sobre as pinturas e gravuras rupestres da Amazônia brasileira, particularmente aquelas localizadas no estado com maior número de áreas de concentração de figuras rupestres, o Pará.
A pesquisadora afirma ainda, chamando-nos a atenção: "Conhecer e proteger o patrimônio deixado por antigos povos amazônicos é preservar uma parte da nossa história e um dever que cabe a todos nós.
Uma nova perspectiva
As pesquisas científicas sobre as antigas culturas que existiram no Brasil abrem um novo panorama tanto para a historiografia como para a arte brasileiras. Por meio delas, podemos ver com mais clareza nossa história inserida em um contexto maior, na história humana. Além disso, podemos constatar que nossas origens antecedem em muito os séculos XV e XVI, período em que se deu o início oficial da "história do Brasil".

Revisão das 21h54min de 23 de maio de 2013

A ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA BRASILEIRA Vestígios da arte rupestre em Minas Gerais

O território brasileiro possui um patrimônio arqueológico, embora nem sempre saibamos preservá-lo. Em Minas Gerais, por exemplo, encontra-se o sítio arqueológico de Lapa da Cerca Grande, localizado no município de Matozinhos, a aproximadamente 50 km de Belo Horizonte. Ele foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan, o que atesta sua importância e aumenta suas chances de preservação.

Nas pinturas do interior de grutas e abrigos de Lapa da Cerca Grande, podem ser vistas figuras zoomorfas (representações de animais terrestres, peixes e aves), antropomorfas (imagens humanas) e geométricas. A cor predominante nas figuras de Lapa da Cerca Grande é a vermelha, mas observam-se também a amarela, a branca e a preta.

O patrimônio arqueológico brasileiro

Os sítios arqueológicos brasileiros são protegidos pela Lei nº 3 924/61 e considerados bens patrimoniais da União. Segundo sua importância científica ou ambiental, porém, podem ainda vir a ser tombados, o que reforça as ações de preservação quanto à intervenção humana.


Até 2006, o Iphan já havia identificado cerca de 10 mil sítios arqueológicos, dos quais sete se encontravam tombados: Sambaqui do Pindaí, em São Luís (MA); Parque Nacional da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato (PI); Inscrições Pré-Históricas do Rio Ingá, em Ingá (PB); Sambaqui da Barra do Rio Itapitangui, em Cananéia (SP); Lapa da Cerca Grande, em Matozinhos (MG); Quilombo do Ambrosio: remanescentes, em Ibiá (MG); e Ilha do Campeche, em Florianópolis (SC). Naturalismo e geometrismo: duas faces da arte rupestre no Brasil Outro importante sítio arqueológico, também tombado pelo Iphan, encontra-se no Parque Nacional da Serra da Capivara, município de São Raimundo Nonato, Piauí. Diversos pesquisadores vêm trabalhando nele desde 1970. Em 1978, uma missão franco-brasileira coletou no local uma grande quantidade de dados e vestígios arqueológicos. Os cientistas chegaram a conclusões esclarecedoras a respeito dos grupos humanos que habitaram a região por volta do ano 6000 a. C., ou talvez em épocas ainda mais remotas. Como os primeiros habitantes da área de São Raimundo Nonato - provavelmente caçadores-coletores, nômades e seminômades - se abrigavam ocasionalmente nas grutas da região, a hipótese mais aceita é a de que teriam sido eles os autores das pinturas e gravações ali encontradas. Os pesquisadores classificaram essas pinturas e gravações em dois grandes grupos: obras com motivos naturalistas e obras com motivos geométricos. Entre as pinturas com motivos naturalistas, predomina a figura humana, ora isolada, ora em grupo, em movimentadas cenas de caça, guerra e trabalhos coletivos. Ainda nesse grupo, encontram-se figuras de animais, como veados, onças, pássaros, peixes e insetos. Ao lado temos a capivara e seu filhote. Símbolo do Parque Serra da Capivara. Um exemplo de pintura rupestre naturalista e com estilo Várzea Grande. Retrata animais, toda a pintura é feita com a cor vermelha, o interior do corpo é todo pintado e seus membros em traços.

As figuras com motivos geométricos são muito variadas: apresentam linhas paralelas, grupos de pontos, círculos, círculos concêntricos, cruzes, espirais e triângulos. Com base nos vestígios arqueológicos de São Raimundo Nonato, estudiosos formularam a hipótese da existência de um estilo artístico que nomearam de Várzea Grande. Esse estilo tem como característica "a utilização preferencial da cor vermelha, o predomínio dos motivos naturalistas, a representação de figuras antropomorfas e zoomorfas (com o corpo totalmente preenchido e os membros desenhados com traços) e a abundância de representações animais e humanas de perfil. Nota-se também a freqüente presença de cenas em que participam numerosas personagens, com temas variados e que expressam grande dinamismo. Vestígios da arte rupestre na Amazônia Em 2003, a pesquisadora Edith Pereira publicou estudos sobre a arte rupestre na Amazônia, principalmente no Pará, que trouxeram informações sobre as origens mais remotas da cultura de nosso país. Diz ela: "Com o intento de alcançar um equilíbrio no conhecimento dos diferentes vestígios deixados pelos grupos pré-históricos, iniciei, em 1988, a pesquisa sobre as pinturas e gravuras rupestres da Amazônia brasileira, particularmente aquelas localizadas no estado com maior número de áreas de concentração de figuras rupestres, o Pará. A pesquisadora afirma ainda, chamando-nos a atenção: "Conhecer e proteger o patrimônio deixado por antigos povos amazônicos é preservar uma parte da nossa história e um dever que cabe a todos nós. Uma nova perspectiva As pesquisas científicas sobre as antigas culturas que existiram no Brasil abrem um novo panorama tanto para a historiografia como para a arte brasileiras. Por meio delas, podemos ver com mais clareza nossa história inserida em um contexto maior, na história humana. Além disso, podemos constatar que nossas origens antecedem em muito os séculos XV e XVI, período em que se deu o início oficial da "história do Brasil".