Mostrar código-fonte de Bantus

{{Ver desambig|o grande conjunto de línguas do grupo nigero-congolês oriental faladas na África|Línguas bantus}}
{{mais notas|data=junho de 2019}}
{{Info/Grupo étnico
| grupo = <big>'''Bantus'''</big>
| imagem = [[Imagem:José Eduardo dos Santos-16062014-edit.jpg|x120px]][[Imagem:Samora Moises Machel detail DF-SC-88-01383.jpg|105px]][[Imagem:PatricelumumbaIISG.jpg|105px]][[Imagem:Namibia.SamNujoma.01.jpg|105px]][[Imagem:Nelson Mandela (cropped).jpg|x120px]]
<br /><small> [[José Eduardo dos Santos]]&nbsp; • [[Samora Machel]] • [[Patrice Lumumba]] • [[Sam Nujoma]] • [[Nelson Mandela]]</small>
| população = Estimada em 400 milhões<ref>A população total não pode ser estabelecida com precisão dada a indisponibilidade de dados precisos de conso da África subsaariana. Um número superior a 200 milhões foi citado no começo dos anos 2000 (veja [[:File:Niger-Congo speakers.png|Niger-Congo languages: subgroups and numbers of speakers]].  Estimativas de população estimadas para o Centro-oeste africano são reconhecidads como significamente baixas pelo [[Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas]] em 2015 ({{citar web|url=https://esa.un.org/unpd/wpp/Publications/Files/WPP2017_KeyFindings.pdf|título=World Population Prospects: The 2016 Revision – Key Findings and Advance Tables|data=julho de 2016|publicado=[[United Nations Department of Economic and Social Affairs]], Population Division|acessodata=26 de junho de 2017|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190626225001/https://esa.un.org/unpd/wpp/Publications/Files/WPP2017_KeyFindings.pdf|arquivodata=26 de junho de 2019|urlmorta= sim}}). O crescimento populacional é estimado entre 2.5% and 2.8% anuais, para um aumento anual da população bantu entre 8 e 10 milhões.</ref>
| região1 = {{ANG}}
| região2 = {{MOZ}}
| região4 = {{NAM}}
| região5 = {{RSA}}
| região7 = {{ZAM}}
| região10 = {{flagicon|Zimbabwe}} [[Zimbábue]]
| região11 = {{LES}}
| região12 = {{KEN}}
| região13 = {{flagicon|Swaziland}} [[Essuatíni]]
| região14 = {{flagicon|Botswana}} [[Botsuana]]
| região15 = {{flagicon|Tanzania}} [[Tanzânia]]
| região16 = {{flagicon|Democratic Republic of the Congo}} [[República Democrática do Congo]]
| região17 = {{flagicon|Republic of the Congo}} [[República do Congo]]
| região18 = {{flagicon|Gabon}} [[Gabão]]
| região19 = {{flagicon|Equatorial Guinea}} [[Guiné Equatorial]]
| região20 = {{flagicon|Cameroon}} [[Camarões]]
| região21 = {{flagicon|Central African Republic}} [[República Centro-Africana]]
| região22 = {{flagicon|Uganda}} [[Uganda]]
| região23 = {{flagicon|Burundi}} [[Burundi]]
| região24 = {{flagicon|Rwanda}} [[Ruanda]]
| região25 = {{flagicon|Comoros}} [[Comores]]
| região26 = {{flagicon|Malawi}} [[Maláui]]
| línguas = [[Quimbundo]], [[Língua congo|conguês]], [[Língua suaíli|suaíli]], [[Língua zulu|zulu]], [[Ovambo]], [[Língua hereró|hereró]] etc.
| religiões = [[cristianismo]], [[Islão|islamismo]], [[religiões tradicionais africanas]]
| relacionados = [[zulus]], [[ovimbundos]], [[ovambo]], [[Hereros]], [[congos]], [[Mbundu]], [[macuas]], [[chócues]], [[Xindonga]] etc.
}}
Os '''bantus'''<ref>[http://www.mz.one.un.org/por/Mocambique/Historia-de-Mocambique Historia de Moçambique]</ref><ref>[http://www.infopedia.pt/$migracoes-bantus Migrações Bantus]</ref><ref>[http://ilabantu.inzotumbansi.org/malunda-bantu/ Tradição Bantu]</ref> ou '''bantos'''<ref>{{citar web |ultimo=Correia |primeiro=Paulo |url=https://ec.europa.eu/translation/portuguese/magazine/documents/folha40_pt.pdf |titulo=Etnónimos, uma categoria gramatical à parte? |acessodata=3 de abril de 2021 |publicado=A folha}}</ref> constituem um [[Grupo étnico|grupo etno]][[grupo linguístico|linguístico]] localizado principalmente na [[África subsariana]] e que engloba cerca de 400 subgrupos étnicos diferentes. A unidade desse grupo, contudo, aparece de maneira mais clara no âmbito [[linguístico]], uma vez que essas centenas de grupos e subgrupos têm, como língua materna, uma língua da [[línguas bantus|família banta]].

== Etimologia ==
A palavra "bantu" é derivada da palavra ''ba-ntu'', formado por ''ba'' ([[Prefixo gramatical|prefixo]] nominal de classe 2) e ''nto'', que significa "pessoa" ou "humanos".<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo dicionário da língua portuguesa''. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 230.</ref> Versões dessa palavra ocorrem em todas as línguas bantus: por exemplo, como ''watu'' em [[Língua suaíli|suaíli]]; ''Muntu'' em [[língua quicongo|quicongo]]; ''batu'' em [[língua lingala|lingala]]; ''bato'' em [[língua duala|duala]]; ''abanto'' em [[língua gusii|Gusii]]; ''andũ'' em [[Língua quicuio|quicuio]]; ''abantu'' em [[língua zulu|zulu]], [[língua quitara|quitara]],<ref>{{citar web|url=http://bunyoro-kitara.org/53.html|título=Banyoro - Bunyoro-Kitara Kingdom (Rep. Uganda) - The most powerful Kingdom in East Africa!|autor =Bunyoro-Kitara Kingdom; ARKBK CLBG|publicado=|acessodata=13 de maio de 2015}}</ref> e [[Língua luganda|ganda]]; ''vanhu'' em [[língua chona|xona]]; ''Batho'' em [[sesoto]]; ''vandu'' em alguns dialetos [[língua luia|luia]]; ''mbaityo'' em [[língua tive|Tive]]; e ''vhathu'' em [[língua venda|venda]].

== História ==
Os bantus são provavelmente originários dos [[Camarões]] e do sudeste da [[Nigéria]]. Por volta de {{AC|2000|x}}, começaram a expandir seu território na [[floresta equatorial]] da [[África central]]. Mais tarde, por volta do ano 1000, ocorreu uma segunda fase de expansão mais rápida, para o leste, e finalmente uma terceira fase, em direção ao sul do continente, quando os bantos se [[miscigenação|miscigenaram]]. Os bantos se misturaram então aos grupos [[autóctone]]s e constituíram novas sociedades.

== Organização Social dos Bantu ==
Os povos e indivíduos de língua Bantu consideravam a família, as linhagens e os [[clã]]s como centrais para sua existência. Incluir esses elementos é fundamental para entender a estrutura social do clã. Historicamente, os Bantu representam seu lugar e papel no mundo com base nesses conceitos associados.

Em diversos cenários históricos, os falantes Bantu demostravam verbal, cultural e intelectualmente a importância do pertencimento. Antigos povos de língua Bantu acreditavam que esse [[costume]] proporcionava segurança em um mundo duvidoso. O pertencimento, e não a independência, era o esperado dos indivíduos da comunidade.

A vontade de pertencimento manifestava-se na organização [[Espírito|espiritual]], econômica e política das sociedades Bantu em torno das linhagens. Esse arranjo estrutural criava uma ideia de identidade, aliança e organizava comunidades de aldeias. Ao longo da vida, os indivíduos eram introduzidos à comunidade por meio de atitudes específicas e cultos de iniciação, baseadas em seu ciclo de vida.<ref>{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.4324/9781315177717-3 |título=The Bantu Matrilineal Belt |data=2017-07-14 |acessodata=2024-07-04 |publicado=Routledge |ultimo=Gonzales |primeiro=Rhonda M. |ultimo2=Saidi |primeiro2=Christine |local=New York, NY : Routledge, 2018. {{!}} Series: Global Africa ; 5 |paginas=19–42 |isbn=978-1-315-17771-7 |ultimo3=Fourshey |primeiro3=Catherine Cymone}}</ref>

== Religião ==
Por volta do [[Quarto milénio a.C.|quarto milênio a.C]]., o povo proto-Bantu distinguia dois tipos de espíritos: [[Antepassado|ancestrais]] e territoriais. Os espíritos ancestrais eram membros [[Cadáver|falecidos]] da [[família]] que ainda eram recordados pelos vivos. Já os espíritos territoriais influenciavam os vivos, porém, estavam associados a lugares específicos. Para os Bantu, a família e o mundo espiritual estavam intimamente ligados. A família englobava membros vivos, falecidos e futuros, enquanto o mundo [[Espírito|espiritual]] compreendia um criador [[Monoteísmo|monoteísta]], espíritos ancestrais e entidades associadas a locais específicos. Os espíritos ancestrais eram aqueles que tinham falecido recentemente e ainda estavam na memória dos vivos. Por compreenderem a influência desses espíritos sobre os vivos, os povos Bantu mantinham uma relação próxima com eles.<ref>{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.4324/9781315177717-3 |título=The Bantu Matrilineal Belt |data=2017-07-14 |acessodata=2024-07-07 |publicado=Routledge |ultimo=Gonzales |primeiro=Rhonda M. |ultimo2=Saidi |primeiro2=Christine |local=New York, NY : Routledge, 2018. {{!}} Series: Global Africa ; 5 |paginas=19–42 |isbn=978-1-315-17771-7 |ultimo3=Fourshey |primeiro3=Catherine Cymone}}</ref>

Os espíritos [[Antepassado|ancestrais]] interferiam na vida dos vivos, faziam pedidos e esperavam comunicações e [[Oferendas nas religiões afro-brasileiras|oferendas]]. Provérbios, tradições orais e histórias familiares mostram que esses espíritos respondiam de duas maneiras: podiam trazer coisas positivas ou, se insatisfeitos, causar problemas na vida das pessoas. Eles acreditavam que os espíritos ancestrais influenciavam a [[vida]] cotidiana dos vivos, incluindo a [[fertilidade]] da [[comunidade]]. Ancestrais insatisfeitos podiam causar crises, enquanto os satisfeitos podiam trazer proteção e bons resultados.<ref>{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.4324/9781315177717-3 |título=The Bantu Matrilineal Belt |data=2017-07-14 |acessodata=2024-07-07 |publicado=Routledge |ultimo=Gonzales |primeiro=Rhonda M. |ultimo2=Saidi |primeiro2=Christine |local=New York, NY : Routledge, 2018. {{!}} Series: Global Africa ; 5 |paginas=19–42 |isbn=978-1-315-17771-7 |ultimo3=Fourshey |primeiro3=Catherine Cymone}}</ref>

Para manter esses [[espírito]]s contentes, os Bantu faziam oferendas de comida, bebida, música, dança e outras [[Expressão cultural|expressões]]. Eles acreditavam que negligenciar os ancestrais poderia trazer desastres para a pessoa, família ou [[comunidade]], por isso, se esforçavam para satisfazê-los com suas ações e palavras.<ref>{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.4324/9781315177717-3 |título=The Bantu Matrilineal Belt |data=2017-07-14 |acessodata=2024-07-07 |publicado=Routledge |ultimo=Gonzales |primeiro=Rhonda M. |ultimo2=Saidi |primeiro2=Christine |local=New York, NY : Routledge, 2018. {{!}} Series: Global Africa ; 5 |paginas=19–42 |isbn=978-1-315-17771-7 |ultimo3=Fourshey |primeiro3=Catherine Cymone}}</ref>

== Distribuição geográfica ==
Os bantos distribuem-se, no [[continente africano]], no sentido oeste-leste, desde os [[Camarões]] e o [[Gabão]] às [[ilhas Comores]]; no sentido norte-sul, do Sudão à [[África do Sul]], cobrindo toda a parte meridional da África, onde somente [[coisã|os bosquímanos e os hotentotes]] têm línguas de origens diferentes.

Enquanto os bosquímanos e hotentotes eram [[nômades]] [[caçadores-coletores]] e [[pastor]]es, os bantos eram agricultores sedentários e já conheciam o uso do [[ferro]]. Esses avanços lhes permitiram colonizar um amplo território, ao longo de aproximadamente quatro mil anos, forçando o recuo dos povos nômades. No entanto, os bantos absorveram alguns fenômenos linguísticos típicos das [[línguas coissãs]], como o [[Clique (fonética)|clique]].
Embora não existam informações precisas, o subgrupo [[etnolinguístico]] banto mais numeroso parece ser o [[zulu]]. A [[língua zulu]] é a mais falada na [[África do Sul]], onde é uma das 11 [[língua oficial|línguas oficiais]]. Mais da metade dos 50 milhões de habitantes da África do Sul é capaz de compreendê-la; mais de nove milhões de pessoas têm o zulu como [[língua materna]], e mais de 15 milhões falam o zulu fluentemente.<ref>{{citar web|titulo=Ethnologue report for language code ZUL (zulu)|url=http://www.ethnologue.com/show_language.asp?code=zul|website=ethnologue.com}}</ref>[[Imagem:Niger-Congo map with delimitation.png|thumb|300px|Localização dos subgrupos linguísticos nigero-congoleses.|esquerda]]Todos os subgrupos étnicos falam línguas pertencentes à mesma [[família linguística]], a das [[línguas bantas|línguas bantus]], a qual, por sua vez pertence à família linguística [[nígero-congolesa]]. Em muitos casos, esses subgrupos têm [[costume]]s comuns.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Castrì|primeiro=Loredana|autor2=Sergio|data=2009-10-01|titulo=mtDNA variability in two Bantu-speaking populations (Shona and Hutu) from Eastern Africa: implications for peopling and migration patterns in sub-Saharan Africa|jornal=American Journal of Physical Anthropology|volume=140|numero=2|paginas=302–311|issn=1096-8644|pmid=19425093|doi=10.1002/ajpa.21070|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19425093}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Alves|primeiro=Isabel|autor2=Margarida|data=2011-02-01|titulo=Genetic homogeneity across Bantu-speaking groups from Mozambique and Angola challenges early split scenarios between East and West Bantu populations|jornal=Human Biology|volume=83|numero=1|paginas=13–38|issn=1534-6617|pmid=21453002|doi=10.3378/027.083.0102|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21453002}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=de Filippo|primeiro=Cesare|autor2=Chiara|data=2011-03-01|titulo=Y-chromosomal variation in sub-Saharan Africa: insights into the history of Niger-Congo groups|jornal=Molecular Biology and Evolution|volume=28|numero=3|paginas=1255–1269|issn=1537-1719|pmid=21109585|doi=10.1093/molbev/msq312|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21109585}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Coelho|primeiro=Margarida|autor2=Fernando|data=2009-04-21|titulo=On the edge of Bantu expansions: mtDNA, Y chromosome and lactase persistence genetic variation in southwestern Angola|jornal=BMC evolutionary biology|volume=9|paginas=80|issn=1471-2148|pmid=19383166|doi=10.1186/1471-2148-9-80|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19383166}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Plaza|primeiro=Stéphanie|autor2=Antonio|data=2004-10-01|titulo=Insights into the western Bantu dispersal: mtDNA lineage analysis in Angola|jornal=Human Genetics|volume=115|numero=5|paginas=439–447|issn=0340-6717|pmid=15340834|doi=10.1007/s00439-004-1164-0|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15340834}}</ref>

Os negros da África do Sul foram, às vezes, chamados oficialmente "bantus" pelo [[política|regime]] do ''[[apartheid]]''.<ref>[http://www.africadosul.org.br/historia.html História da África do Sul]</ref>

===Reinos===
Entre os séculos XIV e XV, estados bantus começaram a surgir na região dos [[Grandes Lagos Africanos]], na [[savana]] sul da floresta tropical centro-africana. Na [[África Austral]], no [[rio Zambeze]], os reis [[Monomatapa]] construíram o famoso complexo do [[Grande Zimbábue]], o maior dos mais de 200 desses sítios na África Austral, como [[:en:Bumbusi_National_Monument|Bumbusi]] no [[Zimbábue]] e [[Manikeni]] em [[Moçambique]]. A partir do {{séc|XVI}} em diante, os processos de formação dos estados entre os povos Bantus aumentaram em frequência. Alguns exemplos de tais estados bantus incluem: na [[África Central]], o [[Reino do Congo]],<ref>Roland Oliver, et al. "Africa South of the Equator," in Africa Since 1800. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 2005, pp. 21</ref> o [[Império Lunda]],<ref>Roland Oliver, et al. "Africa South of the Equator," in Africa Since 1800. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 2005, pp. 23</ref> o [[Reino Lunda|Império Luba]]<ref>Roland Oliver, et al. "Africa South of the Equator," in Africa Since 1800. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 2005, pp. 23.</ref> de Angola, a República do Congo e a República Democrática do Congo; na Região dos [[Grandes Lagos Africanos]], o [[Buganda]]<ref name="Roland Oliver 1800. pp. 24-25">Roland Oliver, et al. "Africa South of the Equator," in Africa Since 1800. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 2005, pp. 24-25.</ref> e o [[Reino de Caragué|Caragué]]<ref name="Roland Oliver 1800. pp. 24-25" /> Reino de Uganda e da Tanzânia; e na África do Sul, o [[Império Monomotapa]],<ref name="Roland Oliver 1800. pp. 25">Roland Oliver, et al. "Africa South of the Equator," in Africa Since 1800. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 2005, pp. 25.</ref> [[Império Rozui]],<ref>Isichei, Elizabeth Allo, A History of African Societies to 1870 Cambridge University Press, 1997, ISBN 978-0521455992 page 435</ref> e os [[Danangombe]], [[Cami]] e [[:en:Naletale|Naletale]] Reinos de Zimbábue e Moçambique.<ref name="Roland Oliver 1800. pp. 25" />

[[imagem:Mercator Congo map.jpg|thumb|350px|esquerda|[[Reino do Congo]] ''[[Circa|ca.]]'' 1630]]

Em direção dos séculos XVIII e XIX, o fluxo de escravos bantus do Sudeste africano aumentou com o aumento do [[Omã|Omani]] [[Sultanato de Zanzibar]], com sede em [[Zanzibar]], na [[Tanzânia]]. Com a [[Colonização europeia da África|chegada dos colonizadores europeus]], o Sultanato de Zanzibar entrou em conflito direto no comércio e na concorrência com [[Portugal|portugueses]] e outros europeus ao longo da [[Costa Suaíli]], levando eventualmente à queda do sultanato e ao fim da negociação de escravos na costa suaíli em meados do {{séc|XX}}.

==O uso do termo "bantos" na África do Sul==
[[imagem:Zuludänzer.jpg|thumb|200px|Um dançarino tradicional [[Zulus|Zulu]] em [[África do Sul]]]]
{{Principal|Povos bantus na África do Sul}}
Na década de 1920, os sul-africanos relativamente [[Liberalismo|liberais]], os [[missionário]]s e a [[intelectual]]idade negra começaram a usar o termo "bantus" e termos mais depreciativos (como "[[Cafre]]") para se referir coletivamente aos bosquimanos sul-africanos. Após a [[Segunda Guerra Mundial]] (1939-1945), o [[Partido Nacional (África do Sul)|Partido Nacional]] governista adotou oficialmente o seu uso, enquanto o crescente movimento indígena apoiado pela [[União Soviética]] e seus aliados liberais adotaram o termo "negro", de modo que "bantus" tornou-se identificado com as políticas do ''[[Apartheid]]''. Na década de 1970, o termo "bantus" estava tão desacreditado como uma designação etno-racial que o governo do ''apartheid'' mudou para o termo "preto" em suas categorizações raciais oficiais, restringindo-a a africanos que falavam idiomas Bantu, mais ou menos na mesma época em que o [[Dia da Consciência Negra|Movimento da Consciência Negra]] liderado por [[Steve Biko]] e outros estavam definindo, como ''Black'' ("preto"), o conjunto de oprimidos sul-africanos ([[negros]], [[mestiço]]s e [[indianos]]).

== Ver também ==
*''[[Centre international des civilisations bantu]]''
*[[Jan Vansina]]
*[[Candomblé bantu]]
* [https://sites.google.com/site/candomblenacaoangola/ Candomblé nação angola]

{{Referências|col=2}}

== Bibliografia ==
*Christopher Ehret and Merrick Posnansky, eds., ''The Archaeological and Linguistic Reconstruction of African History'', [[University of California Press]], Berkeley e Los Angeles, 1982
*Christopher Ehret, ''An African Classical Age: Eastern and Southern Africa in World History, 1000 B.C. to A.D. 400'', James Currey, Londres, 1998
*April A. Gordon and Donald Trump L. Gordon, ''Understanding Contemporary Africa'', Lynne Riener, Londres, 1996
*John M. Janzen, ''Ngoma: Discourses of Healing in Central and Southern Africa'', [[University of California Press]], Berkeley e Los Angeles, 1992
*James L. Newman, ''The Peopling of Africa: A Geographic Interpretation'', Yale University Press, New Haven, 1995
*Kevin Shillington, ''History of Africa'', 3rd ed. St. Martin's Press, Nova York, 2005
*Jan Vansina, ''Paths in the Rainforest: Toward a History of Political Tradition in Equatorial Africa'', University of Wisconsin Press, Madison, 1990
*Jan Vansina, "New linguistic evidence on the expansion of Bantu," ''Journal of African History'' 36:173-195, 1995
*Armando Castro, O sistema colonial Português em África (meados do {{séc|XX}}), Lisboa; Caminho, 1978{{clr}}

== Ligações externos ==
{{Wikilivros|Civilização Banto}}
{{Commons|Category:Bantu}}{{Bantu}}
{{Portal3|Antropologia|Cultura|África}}
[[Categoria:Povos bantus|*]]
[[Categoria:Povos do continente africano]]
[[Categoria:Grupos étnicos da África]]