Mostrar código-fonte de Bill Clinton

{{Info/Político
 |nome                  = Bill Clinton
 |imagem                = Bill_Clinton.jpg
 |imagem-tamanho        = 250px
 |legenda               = Retrato oficial, 1993
 |título                = [[Lista de presidentes dos Estados Unidos|42.º]] [[Presidente dos Estados Unidos]]
 |mandato               = {{dtlink|20|1|1993}}<br/>a {{dtlink|20|1|2001}}
 |vice_título           = {{nowrap|[[Vice-presidente dos Estados Unidos|Vice-presidente]]}}
 |vice                  = [[Al Gore]]
 |antecessor            = [[George H. W. Bush]]
 |sucessor              = [[George W. Bush]]
 |título2               = [[Lista de governadores do Arkansas|42.º Governador de Arkansas]]
 |mandato2              = {{dtlink|11|1|1983}}<br/>a {{dtlink|12|12|1992}}
 |vice_título2          = Vice-governador
 |vice2                 = Winston Bryant {{small|(1983–1991)}}<br/>Jim Guy Tucker {{small|(1991–1992)}}
 |antes2                = Frank D. White
 |depois2               = Jim Guy Tucker
 |título3               = 40.º Governador de Arkansas
 |mandato3              = {{dtlink|9|1|1979}}<br/>a {{dtlink|19|1|1981}}
 |vice_título3          = Vice-governador 
 |vice3                 = Joe Purcell
 |antes3                = David Pryor
 |depois3               = Frank D. White
 |título4               = 50.º Procurador-Geral de Arkansas
 |mandato4              = {{dtlink|3|1|1977}}<br/>a {{dtlink|9|1|1979}}
 |vice_título4          = Governador
 |vice4                 = David Pryor
 |antes4                = Jim Guy Tucker
 |depois4               = Steve Clark
 |nome_comp             = William Jefferson Blythe III<br/>William Jefferson Clinton
 |nascimento_data       = {{nowrap|{{dni|19|8|1946}}}}
 |nascimento_local      = [[Hope (Arkansas)|Hope]], [[Arkansas]],<br/>[[Estados Unidos]]
 |nacionalidade         = {{EUAn|o}}
 |nome_mãe              = Virginia Dell Cassidy
 |nome_pai              = William Jefferson Blythe, Jr.
 |prole                 = [[Chelsea Clinton]]
 |alma_mater            = [[Universidade de Georgetown]]<br/>[[University College (Oxford)|University College, Oxford]]<br/>[[Universidade Yale]]
 |cônjuge-tipo          = Esposa
 |cônjuge               = [[Hillary Clinton|Hillary Rodham]] {{small|(1975–presente)}}
 |filhos                = [[Chelsea Clinton|Chelsea Victoria Clinton]] <small>(n.1980)</small>
 |partido               = [[Partido Democrata (Estados Unidos)|Democrata]]
 |religião              = [[Metodismo]] ([[Igreja Metodista Unida]])
 |profissão             = [[Advogado]]
 |assinatura            = Signature of Bill Clinton.svg
}}
'''William Jefferson "Bill" Clinton''' (nascido como '''William Jefferson Blythe III'''; [[Hope (Arkansas)|Hope]], [[19 de agosto]] de [[1946]]) é um político dos [[Estados Unidos]] que serviu como o [[Lista de presidentes dos Estados Unidos|42.º]] [[Presidente dos Estados Unidos|presidente do país]] por dois mandatos, entre [[1993]] e [[2001]].<ref name="whitehouse.gov bio">{{citar web|título=Biography of William J. Clinton |publicado=[[Casa Branca|The White House]] |url=http://www.whitehouse.gov/about/presidents/williamjclinton/ |acessodata=18 de maio de 2015|arquivourl= https://web.archive.org/web/20110722104326/http://www.whitehouse.gov/about/presidents/williamjclinton/|arquivodata= 22 de julho de 2011}}</ref> Antes de servir como presidente, Clinton foi governador do estado do [[Arkansas]] por dois mandatos. Foi empossado aos 46 anos, sendo o terceiro presidente mais jovem na data em que tomou posse e o primeiro da geração [[baby boomer]].<ref>{{citar jornal|último =Sandalow |primeiro =Marc |título=Clinton Era Marked by Scandal, Prosperity: 1st Baby Boomer in White House Changed Notions of Presidency |obra=San Francisco Chronicle |data=14 de janeiro de 2001 |url=http://www.sfgate.com/cgi-bin/article.cgi?file=/chronicle/archive/2001/01/14/MN71509.DTL |acessodata=19 de maio de 2015}}</ref>

É um ex-aluno da [[Universidade de Georgetown]], onde foi membro das sociedades Kappa Kappa Psi e [[Phi Beta Kappa]] e ganhou uma bolsa de estudos Rhodes para estudar na [[Universidade de Oxford]]. É casado com [[Hillary Clinton|Hillary Rodham Clinton]], que foi secretária de Estado entre de 2009 a 2013 e foi senadora por [[Nova Iorque (estado)|Nova Iorque]] de 2001 a 2009. Ambos os Clintons receberam diplomas de direito da [[Universidade Yale]], onde se conheceram.

Clinton tem sido descrito como um [[Centro (política)|novo democrata]].<ref>{{citar web|url=http://www.dlc.org/ndol_ci.cfm?kaid=127&subid=173&contentid=252794 |título=Bill Clinton, New Democrat |publicado=DLC |data=25 de julho de 2004 |acessodata=13 de junho de 2010}}</ref> Algumas das suas políticas, como o [[Tratado Norte-Americano de Livre Comércio|Acordo de Livre Comércio Norte Americano]] e a reforma do bem-estar, têm sido atribuídas a uma terceira via centrista de filosofia de governação, enquanto em outras questões a sua posição foi de centro-esquerda.<ref name= "The Natural">{{citar livro|último =Klein |primeiro =Joe |título=The Natural: The Misunderstood Presidency of Bill Clinton |publicado=Doubleday |ano=2002|url= http://books.google.com/books/about/The_Natural.html?id=uyvn5vqHh6UC|isbn=0767914120}}</ref><ref>{{citar jornal|último =Safire |primeiro =William |título=Essay; Looking Beyond Peace |obra=[[The New York Times]] |data=6 de dezembro de 1993 |url=http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9F0CE5D91F39F935A35751C1A965958260|acessodata=29 de outubro de 2008}}</ref><ref>{{citar jornal|último =Duffy|primeiro =Michael |coautor=Laurence I. Barrett, Ann Blackman, James Carney|título=Secrets Of Success |obra=Time Magazine |data=29 de novembro de 1993 |url=http://www.time.com/time/magazine/article/0,9171,979697,00.html |acessodata=18 de maio de 2015}}</ref> Clinton presidiu o período mais longo de expansão econômica em tempos de paz da história americana.<ref name="Não-nomeado-xZE4-1">{{citar jornal|url=http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2008/02/02/AR2008020202521.html|título=Bill Clinton's Legacy|primeiro =Peter|último =Baker|obra=The Washington Post |acessodata=13 de julho de 2010}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.history.com/topics/bill-clinton|título=Bill Clinton|obra=History.com|acessodata=13 de julho de 2010}}</ref><ref name=NYTExpansion>{{citar jornal|título= The Battle of the Decades; Reaganomics vs. Clintonomics Is a Central Issue in 2000| url = http://www.nytimes.com/2000/02/08/business/the-battle-of-the-decades-reaganomics-vs-clintonomics-is-a-central-issue-in-2000.html|último = Stevenson|primeiro = Richard|jornal= The New York Times|data= 8 de fevereiro de 2000|acessodata= 15 de março de 2011}}</ref> O Escritório de Orçamento do Congresso informou um superávit orçamentário entre os anos de 1998 e 2000,<ref>{{citar web|url=http://factcheck.org/2008/02/the-budget-and-deficit-under-clinton/ |título=The Budget and Deficit Under Clinton |publicado=FactCheck.org |acessodata=17 de agosto de 2011}}</ref> durante os últimos três anos da presidência de Clinton.<ref>{{citar web| url=http://www.cbo.gov/budget/data/historical.pdf |título=Revenues, Outlays, Deficits, Surpluses, and Debt Held by the Public, 1968 to 2007, in Billions of Dollars|publicado=Congressional Budget Office|data=Setembro de 2008|formato=PDF|acessodata=13 de julho de 2010}}</ref> Após uma tentativa fracassada de reforma dos cuidados de saúde, os republicanos ganharam o controle da [[Câmara dos Representantes dos Estados Unidos|Câmara dos Representantes]] em 1994, pela primeira vez em 40 anos.<ref>{{citar web|último =Hulsey |primeiro =Byron |título=The Altered Terrain of American Politics (Review of Do Elections Matter?) |url=http://www.h-net.org/reviews/showrev.php?id=1463 |acessodata=18 de maio de 2015}}</ref> Dois anos depois, em 1996, Clinton foi reeleito e se tornou o primeiro membro do Partido Democrata desde [[Franklin D. Roosevelt]] a ganhar um segundo mandato como presidente.<ref name="Clinton@2">{{citar livro|último =Jones |primeiro =Charles O. |título=The Presidency in a Separated System |publicado=The Brookings Institution |ano=2005 |página=318}}</ref> Mais tarde ele foi acusado de perjúrio e obstrução da justiça em um escândalo envolvendo uma estagiária da Casa Branca, mas foi absolvido pelo Senado dos Estados Unidos e serviu o seu mandato completo.<ref>{{citar jornal|último =No Author |título=Clinton impeached |publicado=BBC News |data=19 de dezembro de 1998 |url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/events/clinton_under_fire/latest_news/238784.stm |acessodata=18 de maio de 2015}}</ref><ref>{{citar jornal|último = Baker |primeiro =Peter |coautor=Helen Dewar |título=The Senate Acquits President Clinton |obra=[[The Washington Post]] |data=13 de fevereiro de 1999 |página=A1 |url=http://www.washingtonpost.com/wp-srv/politics/special/clinton/stories/impeach021399.htm|acessodata=29 de outubro de 2008}}</ref>

Bill Clinton deixou o cargo com o melhor índice de aprovação de qualquer presidente dos Estados Unidos desde a [[Segunda Guerra Mundial]].<ref>{{citar web|url=http://www.pollingreport.com/clinton-.htm |título=Bill Clinton: Job Ratings |publicado=Pollingreport.com |acessodata=18 de maio de 2015}}</ref> Desde então, ele esteve envolvido em palestras e trabalhos humanitários. Baseado em sua visão de mundo, Clinton criou o ''William J. Clinton Foundation'' para promover e tratar as causas internacionais, tais como tratamento e prevenção de [[HIV]]/[[AIDS]] e do [[aquecimento global]].<ref>{{citar web|autor =Jon Meacham |url=http://www.newsweek.com/2009/12/20/planetary-problem-solver.html |título=Planetary Problem Solver |publicado=Newsweek.com |data=20 de dezembro de 2009 |acessodata=18 de maio de 2015}}</ref> Em 2004, lançou sua autobiografia ''Minha Vida'', e esteve envolvido na campanha presidencial de 2008 de sua esposa Hillary e, posteriormente, na do presidente [[Barack Obama]]. Em 2009, foi nomeado pelas [[Nações Unidas]] enviado especial para [[Haiti]]. No rescaldo do terramoto do Haiti em 2010, Clinton se uniu com [[George W. Bush]] para formar o Fundo Clinton-Bush.<ref name="haiti" />

==Início da vida==
[[Ficheiro:Bill Clinton Boyhood Home in Hope, Arkansas IMG 1515.JPG|esquerda|miniaturadaimagem|A casa onde Bill Clinton passou boa parte de sua infância, em [[Hope (Arkansas)|Hope, Arkansas]].]]
William Jefferson Blythe III nasceu em 19 de agosto de 1946, no Hospital Julia Chester, na cidade de [[Hope (Arkansas)|Hope]], [[Arkansas]].<ref>{{citar web|url=http://homepage.eircom.net/%257Eseanjmurphy/dir/pres.htm |título=Directory of Irish Genealogy: American Presidents with Irish Ancestors |publicado=Homepage.eircom.net |data=23 de março de 2004 |acessodata=18 de maio de 2015}}</ref> Seu pai, o texano William Jefferson Blythe Jr. (1918–1946), era um vendedor e morreu em um acidente de carro três meses antes dele nascer.<ref name="whitehouse.gov bio" /> Pelo lado paterno, ele é descendente de [[escoceses]], [[irlandeses]] e [[ingleses]], que teriam se estabelecido no país antes mesmo da [[Guerra da Independência dos Estados Unidos|independência]]. Logo após ele ter nascido, sua mãe, [[Virginia Clinton Kelley|Virginia Dell]] (1923–1994), se mudou para [[Nova Orleães]] para estudar enfermagem. Ela deixou o seu filho em Hope com os avós, Eldridge e Edith Cassidy, que tinham uma [[mercearia]].<ref name="My Life" /> Naquele período, o sul dos Estados Unidos era muito [[Segregação racial nos Estados Unidos|segregado racialmente]]. Mesmo assim, os avós de Bill atendiam todas as pessoas, independente de cor.<ref name="My Life" /> Em 1950, a sua mãe voltou e se casou com [[Roger Clinton, Sr.]], que era dono de uma revendedora de carros em [[Hot Springs (Arkansas)|Hot Springs, Arkansas]], com seu irmão e com seu amigo [[Earl T. Ricks]].<ref name="My Life">{{citar livro|último =Clinton |primeiro =Bill |título=My Life |publicado=[[Random House]] |ano=2004 |isbn=1-4000-3003-X}}</ref>

Embora ele tenha assumido quase imediatamente o uso do sobrenome de seu padrasto, foi só quando Billy (como era chamado) chegou aos 15 anos<ref>{{citar web|url=http://www.oprah.com/omagazine/Oprah-Interviews-President-Bill-Clinton/3 |título=Oprah Talks to Bill Clinton |obra=[[O, The Oprah Magazine]] |acessodata=18 de dezembro de 2011}}</ref> que ele adotou formalmente o nome Clinton.<ref name="My Life" /> Ele disse certa vez que se lembra do seu padrasto como um apostador e alcoólatra, que  [[Violência doméstica|abusava]] de sua mãe e de seu meio-irmão, [[Roger Clinton, Jr.]], ao ponto que o próprio Bill teve que intervir para pará-lo.<ref name="My Life" /><ref name="First In His Class">{{citar livro|último =Maraniss |primeiro =David |título=First In His Class: A Biography Of Bill Clinton |publicado=Touchstone |ano=1996 |isbn= 0-684-81890-6}}</ref>
[[Ficheiro:Bill Clinton in 1963 Old Gold Book.jpg|miniaturadaimagem|Clinton em 1963.]]
Na cidade de Hot Springs, Bill estudou nas escolas St. John's Catholic Elementary, Ramble Elementary e Hot Springs High School. Por lá ele se demonstrou um aluno astuto, eleito líder da classe, um ávido leitor e um músico talentoso.<ref name="My Life" /> Clinton fazia parte do coral e aprendeu a tocar o [[saxofone tenor]], que lhe deu reconhecimento local. Nessa época ele considerou seguir uma carreira como músico, mas, como ele afirmou em sua autobiografia ''[[My Life (livro)|My Life]]'': "Aos dezesseis anos, eu decidi que queria entrar para a vida pública e ser eleito para um cargo. Eu amava música e achava que era bom, mas eu sabia que não seria um [[John Coltrane]] ou [[Stan Getz]]. Eu tinha um interesse em medicina e pensei que podia ser um bom médico, mas eu sabia que não seria um [[Michael E. DeBakey|Michael DeBakey]]. Mas eu sabia que poderia ser um bom servidor público".<ref name="My Life" /> Com a idade de 10 anos, ele foi batizado na [[Igreja Batista]] de Park Place em Hot Springs e permaneceu como batista por toda sua vida.<ref>Philip Yancey, [https://www.christianitytoday.com/ct/1994/april-25/riddle-of-bill-clintons-faith.html "The Riddle of Bill Clinton’s Faith"], christianitytoday.com, USA, 25 de abril de 1994</ref>

O interesse de Clinton por [[direito]] começou ainda em Hot Springs durante um trabalho escolar, onde ele mostrou uma boa retórica e habilidades políticas.<ref>{{citar jornal|url=http://www.huffingtonpost.com/2013/06/25/bill-clinton-facts_n_3497083.html?ncid=txtlnkushpmg00000037|título=10 Things You Definitely Didn't Know About Bill Clinton|publicado=Huffington Post|data=25 de junho de 2013|primeiro =Jimmy|último =Soni}}</ref>

Clinton disse que dois momentos da sua vida foram decisivos para ele decidir estudar direito, ambos em 1963. Um deles foi sua visita a [[Casa Branca]] para se encontrar com o presidente [[John F. Kennedy]].<ref name="My Life" /><ref name="First In His Class" /> O outro foi quando ele ouviu o discurso "[[Eu Tenho um Sonho]]" (''I Have a Dream''), do reverendo [[Martin Luther King Jr.]].<ref>{{citar web|título=It All Began in a Place Called Hope (Archived whitehouse.gov Article) |publicado=[[Casa Branca|The White House]] |url=http://clinton4.nara.gov/WH/EOP/OP/html/Hope.html |acessodata=30 de agosto de 2011|arquivourl= https://web.archive.org/web/20110719152125/http://clinton4.nara.gov/WH/EOP/OP/html/Hope.html|arquivodata= 18 de maio de 2015|urlmorta= não}}</ref>

==Faculdade e formação==
===Universidade de Georgetown===
[[Ficheiro:Clinton at Georgetown 1967.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Um cartaz de Clinton concorrendo para o posto de presidente do Conselho de Estudantes da [[Universidade de Georgetown]].]]
Com o benefício de várias bolsas de estudo, Clinton foi estudar na [[Universidade de Georgetown]], em Washington, D.C., onde recebeu um [[Bachelor of Science|bacharelado]] (B.S.) em 1968. Entre 1964 e 1965 ele foi eleito presidente de classe.<ref>Robert E. Levin, [http://books.google.com/books?id=63OGMhI5ISgC&pg=PR24&lpg=PR24&dq=%22bill+clinton%22+%22class+president%22+georgetown&source=bl&ots=Pd9eZhhCAh&sig=q1qtgTvEZA9lOMGPErAUbz2fkf4&hl=en&sa=X&ei=m2ujU6uaKoOSqgadzoKIBA&ved=0CH4Q6AEwDg#v=onepage&q=%22bill%20clinton%22%20%22class%20president%22%20georgetown&f=false Bill Clinton: The Inside Story], 1992.</ref> De 1964 a 1967 ele estagiou para o senador democrata [[J. William Fulbright]].<ref name="My Life" /> Bill então se juntou a fraternidade ''[[Alpha Phi Omega]]''<ref>{{citar web|url=http://www.apo.org/leadershipdevelopment|título=About Leadership|acessodata=7 de abril de 2013|publicado=APO.org}}</ref> e foi também eleito ''[[Phi Beta Kappa]]'' logo em seguida. Clinton também foi membro da [[Ordem DeMolay]],<ref>{{citar web|url=http://www.demolay.org/aboutdemolay/halloffame_bio.php?hofid=18 |título=Bill Clinton Inducted May 1, 1988 |publicado=DeMolay |acessodata=30 de agosto de 2011}}</ref> um grupo associado a [[maçonaria]], mas ele nunca foi um maçom. Ele ainda foi membro honorário da fraternidade [[Kappa Kappa Psi]].<ref>{{citar web|url=http://www.kkpsi.org/prominentmembers.asp |título=Prominent Members |publicado=Kappa Kappa Psi |acessodata=30 de agosto de 2011|arquivourl= https://web.archive.org/web/20110716182330/http://www.kkpsi.org/prominentmembers.asp|arquivodata= 18 de maio de 2015|urlmorta= não}}</ref>

===Estudando em Oxford (GB)===
Após se formar, ele ganhou uma bolsa de estudos de Rhodes para cursar na [[University College (Oxford)|University College de Oxford]], onde estudou filosofia, política e economia, mas não chegou a se formar, preferindo estudar direito em [[Universidade Yale|Yale]].<ref name="First In His Class" /><ref>{{citar jornal|url=http://www.nytimes.com/1994/06/09/world/oxford-journal-whereas-he-is-an-old-boy-if-a-young-chief-honor-him.html |título=Oxford Journal; Whereas, He Is an Old Boy, If a Young Chief, Honor Him|último =Dowd|primeiro =Maureen|obra=The New York Times |acessodata=17 de julho de 2009 |data=9 de junho de 1994}}</ref><ref>{{citar livro|título=Hitch-22: A Memoir |autor =Christopher Hitchens |capítulo=Chris or Christopher? |páginas=106–107 |publicado=Atlantic books|local= Londres, Inglaterra |isbn= 978-1-843-54922-2}}</ref> Enquanto na Inglaterra, ele desenvolveu um gosto por [[rugby]], chegando a jogar no seu período livre em Oxford e mais tarde no Arkansas.<ref>{{citar livro|título=Rugby Union for Dummies |autor =Cain, Nick & Growden, Greg |capítulo=21: Ten Peculiar Facts about Rugby |página=297 |edição=2 |publicado=John Wiley and Sons|local= [[Chichester]], England |isbn=978-0-470-03537-5}}</ref>

===Oposição a Guerra do Vietnã e controvérsia do recrutamento===
Enquanto estava em Oxford, ele participou do movimento de oposição à [[Guerra do Vietnã]] e participou da organização de protestos contra este conflito em 1969.<ref name="My Life" />

Clinton, como milhões de outros americanos, recebeu, entre 1968 e 1969, seus papéis para se apresentar ao exército e servir, possivelmente para ser mandado ao [[Guerra do Vietnã|Vietnã]].<ref>Neil Hamilton, [http://books.google.com/books?id=pfbt5NXvF64C&pg=PA366&dq=bill+clinton+Presidents:+A+Biographical+Dictionary&hl=en&sa=X&ei=pwujU4nwBrbesATrnYH4BA&ved=0CBwQ6AEwAA#v=onepage&q=bill%20clinton%20Presidents%3A%20A%20Biographical%20Dictionary&f=false Presidents: A Biographical Dictionary], 2005.</ref> Pretendendo cursar direito, ele tentou, de forma malsucedida, se juntar a [[Guarda Nacional dos Estados Unidos|Guarda Nacional]] e a [[Força Aérea dos Estados Unidos|Força Aérea]], e então decidiu que iria tentar se juntar ao Corpo de Oficiais da Reserva.<ref>Steven Gillon, [http://books.google.com/books?id=d-U2IzI2r5YC&printsec=frontcover&dq=steven+gillon+the+pact+gingrich+clinton&hl=en&sa=X&ei=FAyjU7TSIY3gsATL2oKwCw&ved=0CBwQ6AEwAA#v=onepage&q=steven%20gillon%20the%20pact%20gingrich%20clinton&f=false The Pact: Bill Clinton, Newt Gingrich, and the Rivalry that Defined a Generation], 2008.</ref>

Ele acabou não se juntando a reserva, dizendo em uma carta ao oficial responsável pelo programa de recrutamento que ele se opunha a guerra, mas não achava honrado usar a sua entrada na reserva ou na guarda nacional para escapar do serviço no Vietnã. Ele disse que se apresentaria ao draft, mas não serviria nas forçar armadas.<ref>New York Times, [http://www.nytimes.com/1992/02/13/us/1992-campaign-letter-clinton-his-draft-deferment-war-opposed-despised.html The 1992 Campaign; A Letter by Clinton on His Draft Deferment: 'A War I Opposed and Despised'], 13 de fevereiro de 1992.</ref> Clinton se apresentou, mas não foi convocado. Muitos acreditam que ele usou seus contatos políticos para escapar de ter que servir na guerra e seus oponentes o criticaram por isso.<ref>{{citar web|url=http://www.pbs.org/wgbh/pages/frontline/shows/clinton/etc/draftletter.html |título=Bill Clinton's Draft Letter |obra=Frontline |publicado=PBS |data=23 de novembro de 1991 |acessodata=30 de agosto de 2011}}</ref> O coronel Eugene Holmes, oficial responsável pelas aplicações para a academia de oficiais da reserva, suspeita que Clinton tentou manipular a situação para evitar ter que servir no exército. Ele disse que Clinton teria usado de sua influência com o senador Fulbright, a quem ele havia servido como estagiário, para se livrar de ser convocado.<ref>{{citar livro|último =Morris|primeiro =Roger|título=Partners in Power: The Clintons and Their America|url=http://books.google.com/books?id=Vq96BQV5lF4C&pg=PA100|acessodata=17 de agosto de 2011|data=25 de abril de 1999|publicado=Regnery Publishing|isbn=978-0-89526-302-5|página=100}}</ref>

Durante a campanha eleitoral de 1992, foi revelado que o tio de Clinton tentou fazer com que ele fosse alistado na reserva da [[Marinha dos Estados Unidos|marinha]], o que o ajudaria a evitar servir no Vietnã. Bill não sabia que seu parente tentara fazer isso por ele.<ref>{{citar jornal|último =CNN |primeiro =All Politics | url =http://www.cnn.com/ALLPOLITICS/1996/candidates/democrat/clinton/skeletons/draft.shtml |título= Clinton's Draft Deferrment |acessodata= 19 de junho de 2014 |obra=CNN.com |data= 1997}}</ref> Apesar de legal, as ações de Clinton para evitar servir no exército foram criticadas por conservadores e veteranos da Guerra do Vietnã durante sua primeira corrida a presidência.<ref>{{citar jornal|último =Frammolino |primeiro =Ralph | url =http://articles.latimes.com/1992-04-06/news/mn-447_1_draft-board |título= ROTC Officer Unaware of Draft Notice: Clinton: The man whose action kept the future governor in school says he was not told of 1969 induction letter. Draft board insists none was sent |acessodata= 6 de janeiro de 2013 |obra=Los Angeles Times |data=6 de abril de 1992}}</ref> O gerente da campanha de Clinton em 1992, [[James Carville]], afirmou que as ações do presidente eram justificadas pois ele, assim como vários outros americanos, se opunha a guerra por uma questão de princípio e que eles, o eleitorado, entenderiam.<ref>Public Broadcasting System, [http://www.pbs.org/wgbh/pages/frontline/shows/clinton/interviews/carville.html "Frontline: Interview with James Carville"]. Página acessada em 18 de maio de 2015.</ref>

===Faculdade de direito===
Após Oxford, Clinton foi estudar na [[Yale Law School|Faculdade de Direito de Yale]] e ganhou seu ''[[Juris Doctor]]'' (J.D.) em 1973.<ref name="My Life" /><ref name="First In His Class" /> Foi por lá, em 1971, na biblioteca, que ele conheceu a estudante de direito [[Hillary Clinton|Hillary Rodham]].<ref name="My Life"/><ref name="HRCBio">{{citar web|url=http://www.whitehouse.gov/about/first-ladies/hillaryclinton |título=Hillary Rodham Clinton |publicado=The White House |acessodata=26 de agosto de 2011|arquivourl= https://web.archive.org/web/20110724141126/http://www.whitehouse.gov/about/first-ladies/hillaryclinton|arquivodata= 24 de julho de 2015|urlmorta= não}}</ref> Eles começaram a namorar logo em seguida. Quando ela teve que se mudar para a Califórnia, ele abriu mão de trabalhar na campanha de [[George McGovern]] para a [[Eleição presidencial nos Estados Unidos em 1972|eleição presidencial de 1972]] e foi com ela.<ref>{{citar jornal|url=http://www.nysun.com/national/clintons-berkeley-summer-of-love/66982/ |título=The Clintons' Berkeley Summer of Love |autor =Gerstein, Josh |obra=The New York Sun |data=26 de novembro de 2007 |acessodata=18 de maio de 2015}}</ref> Eles se casaram em 11 de outubro de 1975. A primeira e única filha do casal, [[Chelsea Clinton|Chelsea]], nasceu em 27 de fevereiro de 1980.<ref name="HRCBio" />

Clinton se mudou com sua namorada para o [[Texas]] para aceitar um emprego oferecido por [[George McGovern]] em 1972. Ele ficou um bom tempo em [[Dallas]]. Por lá, Bill trabalhou com o futuro prefeito da cidade [[Ron Kirk]], a futura governadora [[Ann Richards]] e com o até então desconhecido cineasta [[Steven Spielberg]].

==Começo da carreira política: 1978–1992==
===Governador do Arkansas===
Após se formar em Yale, Clinton retornou para o Arkansas e se tornou professor na principal [[Universidade do Arkansas|universidade local]]. Em 1974 ele tentou concorrer a um cargo na [[Câmara dos Representantes dos Estados Unidos|Câmara dos Representantes]]. Apesar de ter concorrido em um distrito conservador contra o republicano [[John Paul Hammerschmidt]], sua campanha foi fortalecida pelo sentimento antirrepublicano após o escândalo do [[Caso Watergate]]. Hammerschmidt, que havia sido eleito com 77% dos votos em 1972, derrotou Clinton com uma margem de apenas 52% a 48%. Em 1976 ele se candidatou ao cargo de Procurador-geral do estado. Com pouca oposição ele foi eleito com facilidade.<ref name="First In His Class" /><ref name=AllPolitics1>{{citar jornal|url=http://cgi.cnn.com/ALLPOLITICS/1996/candidates/democrat/clinton/political.career.shtml |publicado=CNN |título=Bill Clinton Political Career |ano=1997 |acessodata=30 de agosto de 2011|arquivourl= https://web.archive.org/web/20110719145720/http://cgi.cnn.com/ALLPOLITICS/1996/candidates/democrat/clinton/political.career.shtml|arquivodata= 19 de julho de 2011|urlmorta= não}}</ref>

[[Ficheiro:Bill Clinton 1978.jpg|miniaturadaimagem|Clinton, eleito novo [[Lista de governadores do Arkansas|governador do Arkansas]], se encontrando com o presidente [[Jimmy Carter]] em 1978.]]
Em 1978 ele concorreu para o cargo de [[Lista de governadores do Arkansas|governador do Arkansas]] e derrotou o candidato republicano [[Lynn Lowe]]. Clinton se tornou então o governador mais jovem do país com 32 anos. Devido a sua aparência jovial, Clinton foi apelidado de "Boy Governor" ("Garoto Governador").<ref>{{citar jornal|url=http://www.nytimes.com/2007/12/12/opinion/12wed4.html |título=Bill and Hillary Clinton's Pitch in Iowa: 'I Love the '90s' |jornal=New York Times |autor =Adam Cohen |data=12 de dezembro de 2007 |acessodata=18 de maio de 2015}}</ref><ref>{{citar livro|título=Boy Clinton: The Political Biography |autor =R. Emmett Tyrrell, Jr. |publicado=Eagle Publishing |url=http://books.google.com/?id=rLSJ5oJG3fcC&pg=PA236&lpg=PA236&dq=Clinton+%22Boy+Governor%22#v=onepage&q=Clinton%20%22Boy%20Governor%22&f=false |isbn=978-0-89526-439-8 |ano=1996}}</ref><ref>{{citar jornal|url=http://www.nytimes.com/1992/11/27/us/little-rock-hopes-clinton-presidency-will-put-its-dogpatch-image-to-rest.html |título=Little Rock Hopes Clinton Presidency Will Put Its Dogpatch Image to Rest |autor =Michael Kelly |obra=New York Times |data=27 de novembro de 1992 |acessodata=30 de agosto de 2011}}</ref> No cargo, trabalhou para reformar o sistema de educação e transporte público, com sua esposa Hillary liderando, de forma bem-sucedida, comitês pedindo reformas também no sistema de saúde. Contudo, seu mandato viu uma impopular nova taxação sobre veículos e muitos cidadãos estavam irritados com a falta de resposta a respeito da fuga de prisioneiros cubanos (no chamado "[[Êxodo de Mariel]]") do Forte Chaffee em 1980. Assim, [[Monroe Schwarzlose]], de [[Kingsland (Arkansas)|Kingsland]] do [[Condado de Cleveland (Arkansas)|Condado de Cleveland]], chegou a 31% das intenções de voto nas pesquisas contra Clinton nas primárias democratas em 1980. Alguns acreditavam que o bom desempenho de Schwarzlose buscando a nomeação contra Clinton chamou mais a atenção que a derrota do governador para o republicano [[Frank D. White]]. Clinton brincou, apesar da derrota, onde ele afirmou ser o ex-governador mais jovem da história.<ref name="First In His Class" />

Após sair do cargo de governador, Clinton se juntou a firma de advocacia de [[Bruce Lindsey]] em Little Rock.<ref>{{citar web|título=Bill Clinton Timeline |autor =Jonathan W. Nicholsen |url=http://www.timeline-help.com/bill-clinton-timeline.html |publicado=Timeline Help |acessodata=30 de agosto de 2011}}</ref> Em 1982, ele concorreu de novo para o governo do estado do Arkansas e foi eleito, mantendo-se agora no cargo por dez anos. Durante os seus mandatos, transformou e modernizou a economia do estado e reformou profundamente o sistema de educação.<ref name=pendleton/> Para os idosos, cortou impostos sobre medicamentos e aumentou os parâmetros para isenção tributária da casa própria.<ref name= "The Natural"/> Ele se tornou uma figura chave no movimento [[Centro (política)|centrista]] conhecido como ''New Democrats'' ("Novos Democratas"), uma facção do [[Partido Democrata (Estados Unidos)|Partido Democrata]] que queria uma reforma no sistema de assistência social, menos interferências do governo e não apoiavam várias políticas [[Liberalismo nos Estados Unidos|liberais "tradicionais"]]. Após a esmagadora vitória do conservador [[Ronald Reagan]] nas [[Eleição presidencial nos Estados Unidos em 1984|eleições presidenciais de 1984]], muitos acreditavam que o partido deveria adotar uma posição mais centrista para se sair bem nas eleições nacionais.<ref name= "The Natural"/><ref>{{citar web|url=http://www.dlc.org/ndol_ci.cfm?kaid=127&subid=173&contentid=252794 |título=Bill Clinton, New Democrat |publicado=DLC |data=25 de julho de 2004 |acessodata=18 de maio de 2015}}</ref> Como um dos líderes deste movimento, Clinton deu a resposta oficial dos democratas ao [[discurso sobre o Estado da União]] do presidente Reagan em 1985 e então serviu como chefe da Associação Nacional dos Governadores de 1986 a 1987, o que deu a ele notoriedade nacional.<ref name="First In His Class" />

No começo da [[década de 1980]], Clinton fez da reforma educacional no seu estado uma prioridade. Sua esposa, [[Hillary Rodham Clinton]], que também era uma advogada, se sentou na cadeira de líder do Comitê de Educação do Arkansas que transformou o sistema público de ensino do estado para um dos melhores da nação. Como proposto, foi gasto mais dinheiro nas escolas (fundos vindos do aumento de impostos estaduais), melhores oportunidades para os alunos mais inteligentes, educação vocacional, melhores salários para professores, mais variedade nos cursos e exames compulsórios para medir a competência dos professores. As reformas enfrentaram resistência no legislativo, mas passaram em 1983.<ref name=pendleton>{{citar jornal|último1 =Pendleton|primeiro1 =Scott|título=Governor Gets High Marks for Public Education Reforms|url=http://www.csmonitor.com/1992/0721/21062.html|obra=Christian Science Monitor|data=21 de julho de 1992}}</ref> Muitos acreditavam que este foi o maior feito de Clinton enquanto governador.<ref name= "The Natural"/><ref name="First In His Class" /> Ele derrotou quatro concorrentes republicanos nas eleições, sempre por uma boa margem. Foram eles: Lowe (1978), White (1982 e 1986), [[Woody Freeman]] (1984) e [[Sheffield Nelson]] (1990).<ref name=AllPolitics1 />
[[Ficheiro:President Ronald Reagan and Nancy Reagan with Bill Clinton and Hillary Clinton walking in the Cross Hall.jpg|miniaturadaimagem|O governador Clinton e sua esposa em um jantar na [[Casa Branca]] com o presidente [[Ronald Reagan]] e a primeira-dama [[Nancy Reagan]], em 1987.]]

Nesse período, os negócios pessoais da família Clinton se tornaram controversos, após alguns escândalos, como o [[Escândalo Whitewater|Caso Whitewater]].<ref name="Clinton Wars">{{citar livro|último =Blumenthal |primeiro =Sidney |título=The Clinton Wars |publicado=Farrar, Straus and Giroux |edição=1st |ano=2003 |isbn= 0-374-12502-3}}</ref> Apesar das investigações e do mal-estar político gerado, Bill e sua esposa nunca foram indiciados por nada.<ref name="First In His Class" /><ref name="The Survivor">{{citar livro|último = Harris |primeiro =John F. |título=The Survivor: Bill Clinton in the White House |publicado=Random House Trade Paperbacks |ano=2006 |edição=1st |isbn= 0-375-76084-9 }}</ref>

De acordo com algumas fontes, Clinton, no começo de sua carreira política, era um oponente da [[pena capital]], mas depois mudou de ideia.<ref name = "mbsrgd" /><ref>{{citar web|url=http://www.prospect.org/cs/articles?article=bill_clintons_death_penalty_waffle_|título=Bill Clinton's Death Penalty Waffle—and Why It's Good News for Execution's Foes|autor =Nguyen, Alexander|data=14 de julho de 2000|acessodata=30 de agosto de 2010|obra=[[The American Prospect]]}}</ref> Durante seu primeiro mandato, o Arkansas executou seus primeiros presos desde 1964 (a pena de morte foi restabelecida no estado em março de 1973).<ref>{{citar web|url=http://www.deathpenaltyinfo.org/sxs.php?a=v&s=3|título=Arkansas|publicado=Death Penalty Information Center |acessodata=24 de fevereiro de 2010|arquivourl= https://web.archive.org/web/20100227235637/http://www.deathpenaltyinfo.org/sxs.php?a=v&s=3|arquivodata= 18 de maio de 2015|urlmorta= não}}</ref> Como governador, ele viu quatro execuções neste período: um por meio da [[cadeira elétrica]] e três por [[injeção letal]]. Mais tarde, como presidente, ele perdoou um criminoso sentenciado a morte, a primeira vez que isso aconteceu desde que a pena capital foi reinstaurada a nível federal em 1988.<ref>{{citar web|url=http://www.deathpenaltyinfo.org/clemency |título=Clemency |publicado=Death Penalty Information Center |acessodata=24 de fevereiro de 2010|arquivourl= https://web.archive.org/web/20100221212625/http://www.deathpenaltyinfo.org/clemency|arquivodata= 18 de maio de 2015|urlmorta= não}}</ref>

===Eleições primárias do partido democrata em 1988===
Em 1987, começaram especulações de que Clinton iria entrar na corrida presidencial pelos democratas após a desistência do governador de Nova Iorque, [[Mario Cuomo]], e do diplomata [[Gary Hart]]. Contudo Bill decidiu permanecer no seu cargo de governador de Arkansas e foi reeleito por lá com 63% dos votos.<ref name="autogenerated1">David Maraniss, ''First in His Class: A Biography of Bill Clinton'' (New York: Random House, 1996; ISBN 978-0-684-81890-0).</ref> Ele preferiu endossar na [[Eleição presidencial nos Estados Unidos em 1988|eleição]] para presidente o governador de Massachusetts [[Michael Dukakis]]. Ele foi o primeiro a discursar na convenção do partido de 1988, onde falou por 33 minutos (o dobro do esperado) e seu discurso acabou sendo criticado por ter sido longo<ref>{{citar jornal|último =Church|primeiro =George J.|título=Cover: Is Bill Clinton For Real? |url=http://www.time.com/time/printout/0,8816,974739,00.html|obra=[[Time (revista)|Time]]|data=27 de janeiro de 1992|acessodata=30 de agosto de 2011}}</ref> e mal feito.<ref>{{citar jornal|último =Kornacki|primeiro =Steve|título=When Bill Clinton died onstage |url=http://www.salon.com/2012/07/30/when_bill_clinton_died_on_stage/|obra=Salon|data=30 de julho de 2012|acessodata=6 de agosto de 2012}}</ref> Apresentando-se como um [[Centro (política)|moderado]] e um "Novo Democrata", foi líder do conselho dos centristas do partido entre 1990 e 1991.<ref name= "The Natural"/><ref name="The Choice">{{citar livro|último =Woodward |primeiro =Bob |título=The Choice: How Bill Clinton Won |publicado=[[Simon and Schuster]] |ano=2005 |isbn= 0-7432-8514-X}}</ref>

==Campanha presidencial e eleição de 1992==
{{AP|Eleição presidencial nos Estados Unidos em 1992}}

O primeiro teste para Bill na corrida a presidência foi o [[caucus]] de [[Iowa]], onde ele terminou em terceiro lugar numa disputa ganha por [[Tom Harkin]]. Durante a campanha das primárias de [[New Hampshire]], foi reportado um possível caso extraconjugal com a modelo e atriz [[Gennifer Flowers]]. As pesquisas de opinião mostravam Bill Clinton atrás do senador por [[Massachusetts]] [[Paul Tsongas]] nesse estado.<ref name="First In His Class" /> Então, após o [[Super Bowl XXVI]], Clinton e sua esposa Hillary foram ao programa ''[[60 Minutes]]'' para refutar a história. Aparecer na televisão foi um risco calculado, mas deu certo. Ele ainda terminou em segundo lugar, atrás de Tsongas, mas a vantagem do senador foi muito menor que a esperada. A mídia começou então a dar mais atenção para Clinton como um candidato sério.<ref>{{citar jornal|url=http://articles.cnn.com/2001-01-11/politics/clinton.nh_1_president-clinton-new-hampshire-bill-clinton |título=Clinton thanks New Hampshire for making him the 'Comeback Kid' |data=11 de janeiro de 2001 |acessodata=30 de agosto de 2011 |publicado=CNN |primeiro =Amy |último =Herste}}</ref>

Bill então avançou vencendo as primárias na [[Flórida]], no [[Texas]] e em boa parte da [[Região Sul (Estados Unidos)|região sul dos Estados Unidos]] na chamada "[[Super Terça]]". Isso o colocou a frente na corrida para a nomeação. Contudo, o governador da Califórnia, [[Jerry Brown]], também conquistava vitórias e Clinton ainda precisava vencer um estado fora da região sul, que era sua terra natal.<ref name="First In His Class" /><ref name="The Choice" /> Bill mirou então em [[Nova Iorque (estado)|Nova Iorque]], um dos estados mais importantes. Ele acabou vencendo por lá, e por uma boa margem.<ref name="The Choice" /> Se tornando então um candidato de consenso, ele acabou vencendo as primárias na [[Califórnia]], superando o governador do estado Jerry Brown. Assim ele ganhou, de forma acentuada, a indicação do partido para a presidência dos [[Presidente dos Estados Unidos|Estados Unidos]].<ref name="First In His Class"/>

[[Ficheiro:Clinton family.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Clinton e sua esposa e filha na [[Casa Branca]].]]

Durante a campanha, houve questões de [[conflito de interesses]] entre negócios do estado do Arkansas e da poderosa firma Rose Law, que Hillary Rodham Clinton era parceira. Clinton argumentou que todas as transações com o estado haviam sido deduzidas antes de ter sido determinado o pagamento da firma de Hillary.<ref name="My Life" /><ref>{{citar jornal|último =Ifill |primeiro =Gwen |título=Hillary Clinton Defends Her Conduct in Law Firm |obra=The New York Times |url=http://www.nytimes.com/1992/03/17/us/the-1992-campaign-hillary-clinton-defends-her-conduct-in-law-firm.html |data=17 de março de 1992 |acessodata=28 de março de 2008}}</ref> Os negócios da esposa se tornaram um assunto relevante pois Bill Clinton costumava dizer que, com Hillary, os eleitores teriam "dois presidentes pelo preço de um".<ref>{{citar jornal|último =MacGillis|primeiro =Alec |último2 =Kornblut |primeiro2 =Anne E. |título=Hillary Clinton Embraces Her Husband's Legacy |obra=The Washington Post |url=http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2007/12/21/AR2007122102588.html |página=A1|acessodata=17 de maio de 2015}}</ref>

Enquanto estava em campanha para a presidência, o então governador Clinton teve que voltar para o seu estado do Arkansas para ver se [[Ricky Ray Rector]] seria mesmo executado. Depois de matar um civil e um policial, Rector atirou na própria cabeça (mas sobreviveu), fazendo com que sua defesa alegasse insanidade. De acordo com as leis federais e estaduais, um preso acometido de doenças mentais não pode ser executado. A corte havia discordado de que ele teria um grave problema mental e permitiu a execução. O retorno de Clinton ao Arkansas foi, de acordo com o ''[[The New York Times]]'', uma tentativa de acabar com a imagem de que era "brando com crime".<ref name="mbsrgd">[[George Stephanopoulos]], ''All Too Human: A Political Education'', 1999, ISBN 978-0-316-92919-6</ref><ref>{{citar jornal|último =Applebome|primeiro =Peter|título=Arkansas Execution Raises Questions on Governor's Politics|url=http://www.nytimes.com/1992/01/25/us/1992-campaign-death-penalty-arkansas-execution-raises-questions-governor-s.html |obra=The New York Times|data=25 de janeiro de 1992|acessodata=28 de março de 2008}}</ref>

Como a popularidade do presidente incumbente [[George H. W. Bush]] era de 80% no período posterior a [[Guerra do Golfo]], ele foi descrito como imbatível. Porém Bush acabou fazendo uma concessão aos [[Partido Democrata (Estados Unidos)|democratas]] no congresso para aumentar impostos a fim de balancear o orçamento, algo que ele prometeu que não faria durante sua eleição em 1988. Por não ter cumprido sua promessa e com a economia estagnada, os índices de aprovação de Bush caíram vertiginosamente. Clinton condenou Bush, não pelos seus atos, mas por não entregar o que prometeu em sua campanha. A aprovação do presidente no cargo havia caído para 40% e Clinton subiu nas pesquisas de opinião.<ref name="The Choice"/><ref>{{citar jornal|url=http://online.wsj.com/public/resources/documents/info-presapp0605-31.html|título=How the Presidents Stack Up: A look at U.S. presidents' job-approval ratings|ultimo=|primeiro=|data=|obra=The Wall Street Journal|ano=2006|arquivourl=https://web.archive.org/web/20081025015927/http://online.wsj.com/public/resources/documents/info-presapp0605-31.html|arquivodata=25 de outubro de 2008|acessodata=30 de outubro de 2008|urlmorta= não}}</ref> Além disso, os [[Conservadorismo nos Estados Unidos|conservadores americanos]], outrora unidos pelo [[anticomunismo]] (algo que já não era relevante com o fim da [[Guerra Fria]]), não tinham mais um assunto que os unisse incondicionalmente, o que quebrou a unidade do [[Partido Republicano (Estados Unidos)|partido republicano]]. Quando [[Pat Buchanan]] e [[Pat Robertson]] focaram seus discursos em seus valores [[Cristianismo|cristãos]] durante a Convenção Republicana de 1992, muitos moderados e seculares do partido se sentiram alienados. Bush decidiu apaziguar a [[Christian Right|direita religiosa]] e criticou os democratas por "omitirem Deus de sua plataforma política".<ref>{{citar web|último =Le Beau|primeiro =Bryan|título=The Political Mobilization of the New Christian Right|publicado=[[Creighton University]]|url=http://are.as.wvu.edu/lebeau1.htm|acessodata=1 de dezembro de 2006 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20061206022453/http://are.as.wvu.edu/lebeau1.htm|arquivodata= 6 de dezembro de 2006|urlmorta= não}}</ref> Clinton, em contrapartida, se apresentava como um [[Centro (política)|centrista]] e moderado, se autointitulando um "''New Democrat''" ("Novo Democrata"), defendendo seu governo no Arkansas, apesar da [[Liberalismo nos Estados Unidos|ala liberal]] ([[Progressismo|progressista]]) do partido ainda ter receio dele.<ref>{{citar jornal|último =Walker |primeiro =Martin |título=Tough love child of Kennedy |url=http://www.guardian.co.uk/world/1992/jan/06/usa.martinwalker |acessodata=12 de outubro de 2007 |local=Londres |obra=The Guardian |data=6 de janeiro de 1992}}</ref> Muitos democratas conservadores, que haviam apoiado [[Ronald Reagan]] e Bush nas eleições anteriores, decidiram apoiar Clinton.<ref name="BBConthisday">{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/onthisday/hi/dates/stories/november/4/newsid_3659000/3659498.stm|título=On this day (November 4) in 1992: Clinton beats Bush to the White House|ultimo=|primeiro=|data=4 de novembro de 1992|publicado=BBC News Online|arquivourl=https://web.archive.org/web/20081218141055/http://news.bbc.co.uk/onthisday/hi/dates/stories/november/4/newsid_3659000/3659498.stm|arquivodata=18 de maio de 2015|acessodata=31 de outubro de 2008|urlmorta= não}}</ref> Bill e seu vice, [[Al Gore]], viajaram pelo país na reta final da campanha, anunciando que eram o "novo começo".<ref name=BBConthisday />

Clinton acabou vencendo a [[Eleição presidencial nos Estados Unidos em 1992|eleição presidencial americana de 1992]] (com 43% da preferência do eleitorado, ou 44 909 806 votos) em cima do presidente republicano [[George H. W. Bush]] (que conseguiu 37,4% dos votos). O bilionário populista [[Ross Perot]], que concorreu como independente, acabou sendo um fator desequilibrador nas eleições, roubando muitos votos de Bush (ele conseguiu 18,9% dos votos totais). Para os analistas, o fator determinante na derrota do presidente incumbente e na eleição de Clinton foi a queda da popularidade de Bush após números ruins da economia.<ref name=BBConthisday /> A eleição do democrata Bill Clinton pôs fim a doze anos de governo republicano na [[Casa Branca]]. Os democratas também conquistaram a maioria no [[Congresso dos Estados Unidos]],<ref name="whitehouse.gov bio" /> sendo esta a primeira vez desde os anos 1970 que o partido tinha o controle dos poderes legislativo e executivo ao mesmo tempo.<ref>{{citar web|url=http://www.senate.gov/pagelayout/history/one_item_and_teasers/partydiv.htm |título=Party Division in the Senate, 1789&nbsp;– present |publicado=United States Senate |acessodata=30 de agosto de 2011|arquivourl= https://web.archive.org/web/20110718045714/http://www.senate.gov/pagelayout/history/one_item_and_teasers/partydiv.htm|arquivodata=17 de maio de 2015|urlmorta= não}}</ref><ref>{{citar web|url=http://artandhistory.house.gov/house_history/ |título=House History |publicado=United States House of Representatives |acessodata=30 de agosto de 2011}}</ref>

==Presidência (1993–2001)==
[[Ficheiro:Bill Clinton Overseas Visits.svg|miniaturadaimagem|Países visitados por Clinton durante sua presidência.]]
Durante sua presidência, Bill Clinton apresentou uma variedade de novas leis e regulamentações, aprovadas no Congresso ou implementadas por ordens executivas. Algumas destas políticas, como o [[Tratado Norte-Americano de Livre Comércio]] e reformas no sistema de [[Estado de bem-estar social|assistencialismo social]], são atribuídas a sua filosofia de governo [[Centro (política)|centrista]] da chamada "[[Terceira via]]", enquanto em outros assuntos era considerado de [[centro-esquerda]].<ref>{{citar jornal|último =Safire |primeiro =William |título=Essay; Looking Beyond Peace |obra=The New York Times |data=6 de dezembro de 1993 |url=http://www.nytimes.com/1993/12/06/opinion/essay-looking-beyond-peace.html |acessodata=29 de outubro de 2008}}</ref><ref>{{citar jornal|último1 =Duffy|primeiro1 =Michael |último2 =Barrett |primeiro2 =Laurence I. |último3 =Blackman |primeiro3 =Ann |último4 =Carney |primeiro4 =James |título=Secrets Of Success |obra=[[Time (revista)|Time]] |data=29 de novembro de 1993 |url=http://www.time.com/time/magazine/article/0,9171,979697,00.html |acessodata=16 de maio de 2015}}</ref> Na política econômica, contudo, era visto como um apoiante do [[conservadorismo fiscal]]. Durante seu governo, os Estados Unidos viram uma redução no déficit orçamentário.<ref name=wp070914>{{citar jornal|url=http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2007/09/14/AR2007091402451.html|título=Greenspan Is Critical Of Bush in Memoir|autor =Bob Woodward|jornal=Washington Post|data=15 de setembro de 2007|acessodata=9 de janeiro de 2014}}</ref><ref name=bbc010115>{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/business/1110165.stm|título=Bill Clinton's economic legacy|jornal=BBC news|data=15 de janeiro de 2001|acessodata=9 de janeiro de 2014|autor =Steve Schifferes}}</ref> Além disso, Clinton presidiu sobre a maior expansão econômica em tempos de paz na história do país.<ref name="Não-nomeado-xZE4-1"/><ref name="NYTExpansion" /><ref>{{citar web|url=http://www.history.com/topics/bill-clinton|título=Bill Clinton|publicado=History.com|acessodata=13 de julho de 2010}}</ref> O Escritório Orçamentário do Congresso reportou um superávit nas contas públicas de US$ 69 bilhões em 1998, US$ 126 bilhões em 1999 e US$ 236 bilhões em 2000,<ref>{{citar web| url=http://www.cbo.gov/publication/43904 |título=Revenues, Outlays, Deficits, Surpluses, and Debt Held by the Public, 1968 to 2007, in Billions of Dollars|publicado=Congressional Budget Office|data=Setembro de 2008|formato=PDF|acessodata=16 de maio de 2015}}</ref> os três últimos anos da presidência de Bill.<ref>{{citar web|url=http://factcheck.org/2008/02/the-budget-and-deficit-under-clinton/ |título=The Budget and Deficit Under Clinton |publicado=FactCheck.org |acessodata=17 de agosto de 2011|arquivourl= https://web.archive.org/web/20110728091132/http://factcheck.org/2008/02/the-budget-and-deficit-under-clinton/|arquivodata=28 de julho de 2011|urlmorta= não}}</ref> Já o déficit orçamentário ficou em US$ 5,413 trilhões em 1997 e US$ 5,656 trilhões em 1999.<ref>{{citar web|título=Historical Debt Outstanding - Annual 1950 - 1999|url=https://www.treasurydirect.gov/govt/reports/pd/histdebt/histdebt_histo4.htm|website=Treasury Direct}}</ref> Após deixar a presidência, Clinton se mudou para [[Nova Iorque]] e ajudou sua esposa a ganhar o posto de [[Senado dos Estados Unidos|Senadora]] por lá.

===Primeiro mandato: 1993–1997===
[[Ficheiro:Bill Clinton taking the oath of office, 1993.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Bill Clinton sendo empossado, em janeiro de 1993.]]
Bill Clinton foi [[Investidura presidencial de Bill Clinton em 1993|empossado]] como o 42.º [[Presidente dos Estados Unidos]] a 20 de janeiro de 1993. Logo após assumir, ele assinou a "Lei de Licença Médica e Familiar de 1993", em 5 de fevereiro, que fazia com que as empresas pudessem dar uma licença não paga para mulheres grávidas ou pessoas com problemas médicos. Essa lei teve apoio bipartidário<ref>{{citar web|url=http://www.senate.gov/legislative/LIS/roll_call_lists/roll_call_vote_cfm.cfm?congress=103&session=1&vote=00011 |título=U.S. Senate Roll Call Votes 103rd Congress&nbsp;– 1st Session |publicado=United States Senate |acessodata= 30 de agosto de 2011}}</ref> e se provou muito popular junto ao povo.<ref>{{citar web|url=http://www.protectfamilyleave.org/pdf/030608_ncpfl_fmla_national_survey.pdf |título=New Nationwide Poll Shows Strong Support for Family and Medical Leave Act (FMLA) |publicado=Protect Family Leave |acessodata=26 de julho de 2015}}</ref> Clinton também assinou ordens executivas para desfazer todas as restrições ao [[aborto]] feitas durante a era [[Ronald Reagan‎|Reagan]]-[[George H. W. Bush|Bush]]. O presidente já havia se declarado em favor do direito ao aborto, afirmando que deveria ser "legal e raro".<ref>[http://www.ontheissues.org/celeb/Bill_Clinton_Abortion.htm "Bill Clinton on Abortion - President of the U.S., 1993-2001; Former Democratic Governor (AR)"]. Página acessada em 17 de maio de 2015.</ref>

Em 15 de fevereiro de 1993, Clinton fez seu primeiro discurso televisionado para o povo, onde anunciou uma série de aumento nos impostos para [[Balanço orçamentário|balancear o orçamento]].<ref>{{citar jornal|url=http://www.nytimes.com/1993/02/15/us/white-house-hones-all-out-campaign-to-sell-sacrifice.html |título=White House Hones All-Out Campaign to Sell Sacrifice |jornal=The New York Times |data=15 de fevereiro de 1993 |autor =Richard L. Burke |acessodata=30 de agosto de 2011}}</ref> Dois dias depois, desta vez discursando perante o Congresso, o presidente deu mais detalhes da sua política econômica. Seu programa daria prioridade para a redução do déficit ao invés de fazer cortes para os impostos da classe média, o que havia sido um ponto alto na sua agenda de campanha.<ref>{{citar web|url=http://www.pbs.org/wgbh/pages/frontline/shows/clinton/cron/ |título=The Clinton Years: Chronology |publicado=Frontline: PBS |acessodata=13 de junho de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100502012813/http://www.pbs.org/wgbh/pages/frontline/shows/clinton/cron/|arquivodata=2 de maio de 2010|urlmorta= não}}</ref> Os conselheiros de Clinton o pressionaram para aumentar os impostos afirmando que um déficit orçamentário pequeno puxaria os juros para baixo.<ref>{{citar livro|último =Woodward |primeiro =Bob |título=Maestro |publicado=Simon & Schuster |local=New York |ano=2000 |página=116}}</ref>

Em 19 de maio de 1993, Clinton demitiu sete funcionários do escritório de viagens da [[Casa Branca]]. O caso gerou certa controvérsia, mas o governo se defendeu afirmando que os dispensou baseado em uma investigação de improbidade financeira que foi revelada após uma investigação feita pelo FBI.<ref>{{citar livro|autor =Hillary Rodham Clinton |autorlink =Hillary Rodham Clinton |título=[[Living History]] |publicado=[[Simon & Schuster]] |ano=2003 |isbn=0-7432-2224-5 |página=172}}</ref> Os críticos disseram que essas demissões foram feitas, na verdade, para abrir vagas para os amigos dos Clintons que tinham negócios em empresas de viagem.<ref>{{citar livro|autor =Ken Gormley |autorlink =Ken Gormley (academic) |título=The Death of American Virtue: Clinton vs. Starr |publicado=[[Crown Publishers]] |local=New York |ano=2010 |isbn=978-0-307-40944-7 |páginas=70–71}}</ref>
[[Ficheiro:Clinton Administration.jpg|miniaturadaimagem|O gabinete do presidente Clinton em 1993.]]
Clinton assinou uma nova lei a respeito do orçamento do país em agosto, que passou pelo Congresso sem receber um voto sequer de um republicano. Impostos foram cortados para 15 milhões de americanos de baixa renda, expandindo os mesmos cortes para 90% das pequenas empresas,<ref>{{citar web|url=http://www.clintonfoundation.org/legacy/080393-presidential-press-conference-in-nevada.htm|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070927022455/http://www.clintonfoundation.org/legacy/080393-presidential-press-conference-in-nevada.htm|arquivodata=27 de setembro de 2007 |título=Presidential Press Conference in Nevada |data=3 de agosto de 1993 |autor =Bill Clinton}}</ref> ao mesmo tempo que aumentou impostos sobre 1,2% da população, os contribuintes mais ricos. Ao mesmo tempo também iniciou um programa de corte de gastos, mantendo assim o orçamento balanceado.<ref>{{citar web|url=http://www.presidency.ucsb.edu/ws/index.php?pid=50409#axzz1VKZJJKA6 |título=William J. Clinton: Address Before a Joint Session of the Congress on the State of the Union |publicado=Presidency.ucsb.edu |data=25 de janeiro de 1994 |acessodata=16 de maio de 2015 |autor =Bill Clinton}}</ref>

Clinton então começou a perseguir uma ideia defendida pelos [[Liberalismo nos Estados Unidos|liberais de esquerda]] mas que havia caído no esquecimento nos doze anos de governo republicano conservador: reforma no sistema de saúde. Em 22 de setembro de 1993, ele discursou no Congresso onde expôs seus planos para as reformas, mirando em expandir o sistema de saúde público para cobrir universalmente todos os cidadãos, através de um [[plano de saúde]] nacional. Esse era um dos principais temas da [[agenda política]] do presidente e ele colocou sua esposa, [[Hillary Clinton]], como sua principal [[lobista]]. O plano parecia ter tido alguma aceitação popular, mas acabou morrendo na oposição de grupos conservadores, no [[Lobby|lóbi]] da [[Associação Médica Americana]] e da poderosa indústria dos planos de saúde. Contudo, [[John F. Harris]], um biógrafo de Clinton, afirmou que o plano falhou na verdade pela falta de coordenação da [[Casa Branca]].<ref name="The Survivor" /> Apesar dos democratas terem a maioria no congresso, o esforço para criar um sistema de saúde universal nos Estados Unidos morreu em 1994. Esta foi a primeira derrota legislativa do governo Clinton.<ref name= "The Natural"/><ref name="The Survivor" />
[[Ficheiro:Bill Clinton, Yitzhak Rabin, Yasser Arafat at the White House 1993-09-13.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Clinton, [[Yitzhak Rabin]] e [[Yasser Arafat]] durante os Acordos de Oslo, em 13 de setembro de 1993.]]
Em novembro de 1993, David Hale, a fonte de uma ação criminal contra Bill Clinton no [[Escândalo Whitewater|Caso Whitewater]], afirmou que o presidente, enquanto governador do estado do Arkansas, o pressionou para fornecer um empréstimo ilegal de US$ 300 000 para Susan McDougal, parceira dos Clintons no acordo das terras de Whitewater. Uma investigação da [[Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos]] resultou em condenação para McDougals por sua participação no projeto Whitewater, mas isentou os Clintons de culpa.<ref>[[Jeff Gerth]], [http://select.nytimes.com/gst/abstract.html?res=F10614FC345C0C7B8CDDAA0894DA494D81 "Clintons Joined S.& L. Operator In an Ozark Real-Estate Venture"], ''[[New York Times]]'', 8 de março de 1992. Página acessada em 17 de maio dew 2015.</ref>

Em 30 de novembro de 1993, Clinton assinou a "Lei Brady" que introduziu um período de espera de cinco dias para compra de armas. Ele também expandiu a "Lei de taxa de crédito ganho", um subsídio para trabalhadores pobres.<ref name="The Survivor" />

Ao fim do primeiro ano de mandato, alegações surgiram afirmando que os guardas [[Larry Patterson]] e Roger Perry, de Arkansas, em uma denúncia feita por [[David Brock]], agiam como contatos para procurar mulheres para Bill Clinton quando era governador do estado. Mais tarde, Brock se desculparia com Clinton, afirmando que o artigo havia sido motivado por "mau jornalismo" e que os guardas eram "gananciosos e tinham motivos toscos".<ref name="apology">{{citar jornal|url=http://www.cnn.com/ALLPOLITICS/1998/03/10/brocks.remorse/ |título=Reporter Apologizes For Clinton Sex Article |publicado=CNN |data=10 de março de 1998 |autor =Jonathan Karl |arquivourl=https://web.archive.org/web/20080614124146/http://www.cnn.com/ALLPOLITICS/1998/03/10/brocks.remorse/|arquivodata=14 de junho de 2008}}</ref>
[[Ficheiro:ClintonGore2.jpg|miniaturadaimagem|Clinton e seu vice, [[Al Gore]], na [[Casa Branca]].]]
Ainda em dezembro de 1993, Clinton implementou nas [[Forças Armadas dos Estados Unidos|forças armadas]] a política de "''[[Don't ask, don't tell]]''" ("Não pergunte, não diga"), que permitiria que homens e mulheres [[Homossexualidade|homossexuais]] servissem como militares, se mantivessem sua orientação sexual escondida. Já as forças armadas não poderiam perguntar aos recrutas se eram héteros ou não.<ref>{{citar livro|último1 =Feder |primeiro1 =Jody |título="Don't Ask, Don't Tell": A Legal Analysis |publicado=DIANE Publishing |ano=2010 |isbn=978-1-4379-2208-0}}</ref> Esta política foi implementada como um meio termo da proposta inicial do presidente Clinton que queria que gays e lésbicas servissem abertamente no exército mas foi barrada por congressistas republicanos e democratas conservadores, como os senadores [[John McCain]] (R-[[Arizona|AZ]]) e [[Sam Nunn]] (D-[[Geórgia (Estados Unidos)|GA]]). De acordo com o ativista [[David Mixner]], a decisão de Clinton de negociar com os conservadores irritou o vice-presidente Al Gore, que achava que Bill deveria ter emitido uma ordem executiva para forçar as forças armadas a aceitar gays, mesmo que o Congresso fosse reverter tal ordem depois.<ref name="Mixner2009">{{citar livro|último =Mixner|primeiro =David|título=Stranger Among Friends|url=http://books.google.com/books?id=0Jeg2X025UgC|acessodata=12 de setembro de 2014|data=25 de novembro de 2009|publicado=Random House Publishing Group|isbn=9780307429582|páginas=495–497}}</ref> Defensores dos direitos dos homossexuais criticaram Clinton por não ter cumprido totalmente sua promessa de campanha.<ref>{{citar jornal|título=Stranger Among Friends.&nbsp;– book reviews |url=http://www.findarticles.com/p/articles/mi_m1316/is_n11_v28/ai_18855826 |jornal=[[Washington Monthly]] |autor =John Cloud |acessodata=30 de agosto de 2011}}</ref> Para eles, assim como Gore havia dito, o presidente deveria ter usado ordens executivas, assim como [[Harry Truman]] havia feito, décadas antes, para dessegregar as forças armadas. O governo se defendeu, afirmando que o Congresso poderia não só reverter a medida, mas passar, em retaliação, leis antigays mais duras, potencialmente matando a possibilidade de se trabalhar com o tema no futuro.<ref name= "The Natural"/> Mais tarde em sua presidência, em 1999, Clinton criticou a forma como esta política foi implementada.<ref>{{citar jornal|url=http://archives.cnn.com/1999/ALLPOLITICS/stories/12/11/clinton.gays.military/index.html|título=President seeks better implementation of 'don't ask, don't tell'|data=11 de dezembro de 1999 |publicado=CNN |acessodata=30 de agosto de 2011}}</ref> A política se manteve controversa e só foi mudada em 2011 quando, após passar pelo Congresso, uma nova lei foi assinada pelo então presidente [[Barack Obama]] que pôs um fim no ''Don't ask', don't tell'', permitindo assim que homossexuais assumidos servissem nas forças armadas.<ref>{{citar jornal|título=Obama certifies end of military's gay ban|agência=[[Reuters]]|publicado=[[NBC News]]|data=22 de julho de 2011|url=http://www.msnbc.msn.com/id/43859711/ns/us_news-life/|acessodata=7 de setembro de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110729081153/http://www.msnbc.msn.com/id/43859711/ns/us_news-life/|arquivodata=29 de julho de 2011|urlmorta= não}}</ref>

Em 1 de janeiro de 1994, Clinton assinou a autorização da criação do [[Tratado Norte-Americano de Livre Comércio]] (conhecido por sua sigla em inglês, NAFTA).<ref name=NAFTA>{{citar periódico|autor1 =Don C. Livingston |autor2 =Kenneth A. Wink |título=The Passage of the North American Free Trade Agreement in the U.S. House of Representatives: Presidential Leadership or Presidential Luck? |obra=Presidential Studies Quarterly |volume=27 |ano=1997}}</ref> Durante seu primeiro mandato, Clinton apoiou a aprovação do tratado. O presidente e a liderança do Partido Democrata apoiava as medidas de livre comércio. Contudo, até mesmo dentro do partido, havia oposição a medida. Mas os que se opunham com mais veemência eram os conservadores, os protecionistas e os apoiadores de [[Ross Perot]]. A aprovação da NAFTA na Câmara foi de 234 a favor e 200 contra (132 republicanos e 102 democratas votaram a favor; 156 democratas, 43 republicanos e 1 independente votaram contra). A aprovação no Senado foi mais fácil.<ref name=NAFTA />

Clinton introduziu, em 1994, nova regulamentação sobre crime e repressão, incluindo expansão da pena capital para crimes que não resultaram em morte, incluindo crimes envolvendo drogas.<ref>{{citar web|título=Bill Clinton|url=http://www.4to40.com/legends/print.asp?p=Bill_Clinton|publicado=4to40.com |acessodata=4 de novembro de 2010}}</ref>

{{quote box|width=30em|bgcolor=#c6dbf7|align=right|quote="Quando eu assumi a presidência, apenas os físicos de alta energia tinham ouvido falar de algo como ''Worldwide Web''&nbsp;... Agora até o meu gato tem sua própria página."|source=Bill Clinton anunciando a iniciativa ''Next Generation Internet'', em 1996.<ref name="NetValley">{{citar jornal|autor =Gregory Gromov|url=http://www.netvalley.com/ |título=History of the Internet and World Wide Web |acessodata=30 de agosto de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110720213401/http://www.netvalley.com/|arquivodata=20 de julho de 2011|urlmorta= não}}</ref>}}

O governo Clinton lançou o primeiro website oficial da [[Casa Branca]], o ''whitehouse.gov'', em 21 de outubro de 1994.<ref>{{citar jornal|url=http://clinton1.nara.gov/White_House/html/White_House_Home.html |título=Welcome to the White House|acessodata=30 de agosto de 2011}}</ref><ref>{{citar jornal|url=http://usgovinfo.about.com/library/weekly/aa012201b.htm |título=The Clinton White House Web Site|acessodata=30 de agosto de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110722064216/http://usgovinfo.about.com/library/weekly/aa012201b.htm|arquivodata=22 de julho de 2011|urlmorta= não}}</ref> Foi seguida por três outras versões, resultando no lançamento oficial do site no ano 2000.<ref>{{citar jornal|url=http://clinton5.nara.gov/index.html|título=Welcome to the White House|acessodata=30 de agosto de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110723135626/http://clinton5.nara.gov/index.html|arquivodata=23 de julho de 2011|urlmorta= não}}</ref><ref>{{citar jornal|primeiro =Robert |último =Longley |url=http://usgovinfo.about.com/library/weekly/aa012201b.htm|título=The Clinton White House Web Site: Part 2: Preserving the Clinton White House Web Site|acessodata=30 de agosto de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110722064216/http://usgovinfo.about.com/library/weekly/aa012201b.htm|arquivodata=22 de julho de 2011|urlmorta= não}}</ref> A administração Clinton, com a criação do site, queria mostrar seu apoio para a comunicação na web. De acordo com Robert Longley, "Clinton e Gore foram responsáveis por pressionar todas as agências federais, as cortes de justiça e o exército a se unir a internet, abrindo mais o governo para os cidadãos americanos".<ref>{{citar web|primeiro =Robert |último =Longley |url=http://usgovinfo.about.com/library/weekly/aa012201a.htm|título=The Clinton White House Web Site: Part 1: Perhaps the most important Web site in American history|publicado=About.com |acessodata=6 de junho de 2007}}</ref>

Após dois anos no controle, nas eleições legislativas de 1994 os democratas perderam a maioria na Câmara dos Representantes, pela primeira vez em quase quarenta anos. Isso dificultou ainda mais a relação de Clinton com o legislativo.<ref>{{citar web|último =Hulsey |primeiro =Byron |título=The Altered Terrain of American Politics (Review of Do Elections Matter?) |url=http://www.h-net.org/reviews/showrev.php?id=1463 |acessodata=29 de outubro de 2008}}</ref>
[[Ficheiro:Boris Yeltsin with Bill Clinton-1.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Clinton e [[Boris Yeltsin]] em 1995 na Casa Branca.]]
Segundo o acadêmico Ken Gormley, autor do livro ''The Death of American Virtue: Clinton vs. Starr'', o presidente Clinton escapou de um atentado contra a sua vida durante uma visita as [[Filipinas]] em 1996. Clinton estava lá para atender uma reunião da organização de [[Cooperação Econômica Ásia-Pacífico]] (APEC) em [[Manila]] e sua comitiva deveria passar por uma ponte que supostamente estava minada com um [[artefato explosivo improvisado]]. De acordo com autoridades locais, o explosivo poderia ter destruído toda a comitiva.<ref name="Não-nomeado-xZE4-2">{{citar livro|último1 =Gormley|primeiro1 =Ken|título=The Death of American Virtue: Clinton vs. Starr|data=1 de fevereiro de 2011|publicado=Crown Publishing Group|isbn=0307409457|páginas=800}}</ref>  Os detalhes deste caso foram revelados a Gormley por [[Lewis Merletti]], ex membro do [[United States Secret Service|Serviço Secreto]], a guarda do presidente. A segurança de Clinton descobriu, após interceptar uma transmissão de rádio, que havia um "presente de casamento" na ponte.<ref name="Não-nomeado-xZE4-2"/> Merletti queria mudar a rota da comitiva, mas a rota alternativa era longa e adicionaria 40 minutos no cronograma. Clinton estava irritado, pois já estava atrasado para uma reunião, mas seguir o conselho dos agentes do serviço secreto provou ser útil para salvar sua vida.<ref>{{citar jornal|último1 =N.A.|título=Bombs Found As Manila Readies For APEC Summit|acessodata=29 de março de 2015|agência=The Seattle Times}}</ref> Durante aquela semana foi descoberto na verdade vários artefatos explosivos espalhados pela capital filipina.<ref name="Não-nomeado-xZE4-3">{{citar jornal|último1 =N.A.|título=Explosives Found Near Summit Site|acessodata=29 de março de 2015|agência=Associated Press|publicado=The Los Angeles Times}}</ref> Uma bomba teria sido encontrada inclusive perto de uma base naval dos Estados Unidos na região.<ref name="Não-nomeado-xZE4-3"/> Uma investigação foi feita em Manila e foi descoberto que a [[al-Qaeda]] que havia planejado os atentados e que o próprio [[Osama bin Laden]] deu a ordem para que as ações fossem tomadas.<ref name="Não-nomeado-xZE4-2"/>

Em uma nova controvérsia, em 1996, denúncias de que autoridades na Casa Branca, incluindo a esposa do presidente, acessaram dados seguros do [[FBI]]. Craig Livingstone, chefe do pessoal de segurança da Casa Branca, teria requerido e recebido dados da polícia federal americana, sem permissão. A maioria dos dados era concernente a empregados de administrações republicanas anteriores.<ref>{{citar web|autor =Robert Ray |autorlink =Robert Ray (prosecutor) |url=http://www.gpoaccess.gov/icreport/marceca/sec1-2.pdf |título=Final Report of the Independent Counsel&nbsp;... of the Investigation In Re: Anthony Marceca |publicado=United States Government Printing Office |data=16 de março de 2000 |acessodata=30 de agosto de 2011}}</ref> Em março de 2000, o investigador independente Robert Ray determinou que não havia indicações de crimes. Ele também afirmou que não havia provas de que alguma autoridade relevante da Casa Branca pediu ou viu tais arquivos.<ref>{{citar jornal|url=http://archives.cnn.com/2000/ALLPOLITICS/stories/07/28/clinton.filegate/|título=Independent counsel: No evidence to warrant prosecution against first lady in 'filegate'|publicado=CNN |data= 28 de julho de 2000 |acessodata=26 de abril de 2010|arquivourl= https://web.archive.org/web/20100529015957/http://archives.cnn.com/2000/ALLPOLITICS/stories/07/28/clinton.filegate/|arquivodata= 29 de maio de 2010|urlmorta= não}}</ref>
[[Ficheiro:Clinton Blair.jpg|miniaturadaimagem|Clinton e o primeiro-ministro britânico [[Tony Blair]].]]
Em 21 de setembro de 1996, Clinton assinou a "[[Lei de Defesa do Matrimônio]]" (''DOMA''), que definia, a nível federal, que a única união reconhecida era entre um homem e uma mulher, permitindo que estados banissem casamento entre pessoas do mesmo sexo.<ref>{{citar web|url=http://www.gpo.gov/fdsys/pkg/PLAW-104publ199/content-detail.html |publicado=U.S. Government Printing Office |título=PUBLIC LAW 104&nbsp;– 199&nbsp;– DEFENSE OF MARRIAGE ACT}}</ref> [[Paul Yandura]], um oficial da Casa Branca para assuntos de LGBT, disse que a decisão de Bill Clinton de aprovar a ''DOMA'' foi "uma decisão política feita em tempos de reeleição". Defendendo suas ações, Clinton disse que a ''DOMA'' foi uma tentativa de "tentar barrar um proibição federal de aprovação do casamento entre homossexuais", atitude que segundo ele seria tomada por um Congresso republicano "altamente reacionário".<ref>{{citar jornal|url=http://nymag.com/news/frank-rich/bill-clinton-doma-2012-3/ |obra=New York |autor =Frank Rich |título=Bill Clinton's shifting justifications for signing the Defense of Marriage Act |data=26 de fevereiro de 2012}}</ref> Um porta-voz do governo, [[Richard Socarides]], disse que "a alternativa era pior e era melhor superar e fazer com que o presidente fosse reeleito".<ref name=metroweekly>{{citar jornal|url=http://www.metroweekly.com/feature/?ak=6613 |obra=MetroWeekly |autor =Chris Geidner |título=Becoming Law |data=29 de setembro de 2011}}</ref> O próprio Clinton disse que o ''DOMA'' foi algo que "os republicanos pudessem capitalizar em cima para fazer com que a base dos seus eleitores votassem por Bush, e algo tinha que ser feito para impedir que os republicanos no Congresso fizessem isso".<ref>{{citar web|url=http://nymag.com/news/frank-rich/bill-clinton-doma-2012-3/|título=Bill Clinton’s Justifications for Signing DOMA -- New York Magazine|obra=NYMag.com|acessodata=28 de março de 2015}}</ref> Outros, contudo, foram mais críticos. O ativista gay [[Evan Wolfson]] afirma que as declarações de Clinton tentando se defender eram "revisionismo histórico".<ref name=metroweekly/> Em 2 de julho de 2011 o editorial do ''[[The New York Times]]'' opinou que "a 'Lei de Defesa do Matrimônio' implementada em 1996 foi um assunto de eleição, assinado pelo presidente Bill Clinton em um dos seus piores momentos políticos".<ref>{{citar jornal|url=http://www.nytimes.com/2011/07/03/opinion/sunday/03sun1.html |obra=The New York Times |título=Unfinished Business: The Defense of Marriage Act |data=2 de julho de 2011}}</ref> Em junho de 2013, a Suprema Corte dos Estados Unidos reverteu boa parte das implicações jurídicas da ''DOMA''.<ref>{{citar web|url=http://www.newyorker.com/news/news-desk/how-the-court-ruled-on-doma-and-prop-8|título=How The Court Ruled on DOMA and Prop. 8|autor =Richard Socarides|data=26 de junho de 2013|obra=The New Yorker|acessodata=17 de maio de 2015}}</ref>

Apesar da controvérsia a respeito da ''DOMA'', Clinton se tornou o primeiro presidente a apontar pessoas que eram abertamente gays para cargos no governo<ref>{{citar web|url=http://clinton2.nara.gov/WH/Accomplishments/ac399.html |título=Clinton-Gore Accomplishments: Gay and Lesbian Americans |publicado=Clinton2.nara.gov |acessodata=12 de setembro de 2013}}</ref> e é normalmente creditado como o primeiro presidente no cargo a apoiar os direitos dos homossexuais.<ref name="newyorker.com">{{citar web|último =Socarides |primeiro =Richard |url=http://www.newyorker.com/online/blogs/newsdesk/2013/03/why-clinton-signed-the-defense-of-marriage-act.html |título=Why Bill Clinton Signed the Defense of Marriage Act |obra=The New Yorker |acessodata=12 de setembro de 2013}}</ref> Durante seus dois mandatos, Bill assinou duas ordens executivas controversas a respeito de gays e seus direitos, a primeira foi aumentar a segurança empregatícia para os funcionários federais LGBTs<ref>Volsky, Igor. (5 de agosto de 1995) [http://thinkprogress.org/lgbt/2011/08/05/288942/clinton-issued-order-letting-gays-get-security-clearances-16-years-ago-today/?mobile=nc "Clinton Issued Order Letting Gays Get Security Clearances 16 Years Ago Today"]. Acessado em 18 de maio de 2015.</ref> e a segunda foi banir a discriminação baseada em orientação sexual na força de trabalho civil federal.<ref>{{citar jornal|url=http://www.nytimes.com/1998/05/29/us/clinton-grants-gay-workers-job-protection.html |título=Clinton Grants Gay Workers Job Protection |obra=The New York Times |acessodata=12 de setembro de 2013}}</ref> No governo Clinton, fundos para pesquisas sobre HIV e AIDS, prevenção e tratamento de DSTs mais que dobrou.<ref>{{citar web|url=http://archive.hhs.gov/news/press/2000pres/00fsaids.html |título=2000.12.01: (Fact Sheet) Clinton Administration Record on HIV/AIDS |publicado=Archive.hhs.gov |acessodata=17 de maio de 2015}}</ref> O presidente também pressionou por leis que protegessem homossexuais de crimes de ódio na esfera pública. No setor privado, tentou aprovar uma lei antidiscriminação no mercado de trabalho, mas foi barrada pelo Senado, que era tomado por conservadores.<ref>{{citar web|url=http://www.govtrack.us/congress/votes/104-1996/s281 |título=S. 2056 (104th): Employment Nondiscrimination Act of 1996 (On Passage of the Bill) |publicado=Govtrack.us |acessodata=12 de setembro de 2013}}</ref> Apesar do assunto ser controverso na época, quando a maioria da população não apoiava direitos dos gays, rendeu elogios e apoio para Clinton por parte dos defensores dos direitos humanos.<ref name="newyorker.com"/> Clinton, contudo, só se pronunciaria abertamente em apoio ao [[casamento entre pessoas do mesmo sexo]] em 2009<ref>{{citar web|url=http://www.thenation.com/article/bill-clinton-backs-same-sex-marriage |título=Bill Clinton Backs Same-Sex Marriage |obra=The Nation |data=2009-07-14 |acessodata=2013-09-12}}</ref> e apoiou a decisão da Corte Suprema de justiça de 2013 de repelir a ''DOMA'', uma lei que ele próprio havia assinado quase duas décadas antes.<ref>{{citar jornal|último =Clinton |primeiro =Bill |url=http://articles.washingtonpost.com/2013-03-07/opinions/37528448_1_doma-defense-of-marriage-act-marriage-equality |título=It's time to overturn DOMA |obra=The Washington Post |data=7 de março de 2013 |acessodata=12 de setembro de 2013}}</ref> Ele foi mais tarde honrado pela associação de direitos dos homossexuais [[Gay & Lesbian Alliance Against Defamation|GLAAD]] por seu apoio a causa LGBT.<ref>{{citar jornal| url=http://www.3news.co.nz/GLAAD-honours-Bill-Clinton/tabid/418/articleID/295095/Default.aspx|obra=3 News NZ |título=GLAAD honours Bill Clinton|data=22 de abril de 2013}}</ref>

Ainda em 1996, o governo tomou medidas para frear a [[imigração ilegal]]. Clinton assinou sua primeira reforma no sistema de imigração em 30 de setembro. Apontado pelo presidente,<ref>{{citar jornal|url=http://articles.sfgate.com/1995-06-02/news/17808549_1_legal-immigrants-immigration-agenda-commission-on-immigration-reform |título=New Limits In Works on Immigration / Powerful commission focusing on families of legal entrants |jornal=San Francisco Chronicle |data=2 de junho de 1995 |acessodata=30 de agosto de 2011 |autor =Louis Freedberg}}</ref> uma comissão para reforma na imigração recomendou que o fluxo de imigrantes legais fosse também reduzido, de 800 000 pessoas para menos de 550 000 por ano.<ref>{{citar livro|autor =Plummer Alston Jones |ano=2004 |url=http://books.google.com/?id=bmSKvXN2a1IC&pg=PA153&dq#v=onepage&q=&f=false |título=Still struggling for equality: American public library services with minorities |publicado=Libraries Unlimited |página=154 |isbn=1-59158-243-1}}</ref><ref>{{citar jornal|url=http://www.nytimes.com/1995/06/08/us/clinton-embraces-a-proposal-to-cut-immigration-by-a-third.html |título=Clinton Embraces a Proposal To Cut Immigration by a Third |autor =Robert Pear |jornal=The New York Times |data=8 de junho de 1995 |acessodata=30 de agosto de 2011}}</ref>

Uma nova controvérsia aconteceu em 1996, a respeito de [[Controvérsia do Financiamento da Campanha dos Estados Unidos de 1996|financiamentos de campanha]]. Segundo reportado, o governo [[República Popular da China|chinês]] havia dado dinheiro para campanhas de políticos [[Partido Democrata (Estados Unidos)|democratas]] nos Estados Unidos, em uma tentativa de influenciar decisões políticas. Isso teria acontecido antes e durante a presidência de Bill Clinton e teria afetado até o próprio governo da época. Autoridades chinesas negaram todas as acusações e as investigações não encontraram indícios de ações ilegais, ou se todo o ocorrido aconteceu mesmo da forma como foi denunciado.<ref name=embassy>{{citar jornal|autor1 =Bob Woodward |autor2 =Brian Duffy |url=http://www.washingtonpost.com/wp-srv/politics/special/campfin/stories/china1.htm |título=Chinese Embassy Role In Contributions Probed |obra=[[The Washington Post]] |data=13 de fevereiro de 1997 |acessodata=30 de agosto de 2011}}</ref>

===Segundo mandato: 1997–2001===
[[Ficheiro:Hillary Clinton Bill Chelsea on parade.jpg|miniaturadaimagem|Presidente Bill Clinton (centro), a primeira dama Hillary Rodham Clinton (direita) e sua filha [[Chelsea Clinton|Chelsea]] (esquerda) acenando para o público na Avenida Pennsylvania durante a posse do segundo mandato de Bill, em janeiro de 1997.]]

Na [[Eleição presidencial nos Estados Unidos em 1996|eleição presidencial de 1996]], Clinton foi reeleito com 49,2% do voto popular (ou 47 401 185 de votos) em cima do [[Partido Republicano (Estados Unidos)|republicano]] [[Bob Dole]] (que conseguiu 40,7% dos votos) e do [[Partido Reformista (Estados Unidos)|reformista]] [[Ross Perot]] (8,4% dos votos), se tornando o primeiro presidente democrata no poder a se reeleger desde [[Lyndon B. Johnson|Lyndon Johnson]] e o primeiro do seu partido a ser eleito duas vezes desde [[Franklin D. Roosevelt]].<ref name="Clinton@2" /> Os republicanos perderam alguns assentos na Câmara, mas conquistaram o controle do Senado, mantendo assim o poder total no Congresso. Clinton recebeu no total 379 votos do [[Colégio eleitoral dos Estados Unidos|colégio eleitoral]], com Dole recebendo apenas 159 votos.

[[Ficheiro:Clinton1997SOTU.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Clinton dando o [[discurso sobre o Estado da União]] perante o [[Congresso dos Estados Unidos|Congresso]], em 1997. Atrás dele está o seu vice, [[Al Gore]], e o presidente da [[Câmara dos Representantes dos Estados Unidos|Câmara]], [[Newt Gingrich]].]]
Em janeiro de 1997, em discurso no congresso, Clinton propôs um projeto para ajudar cinco milhões de crianças. O senador democrata [[Ted Kennedy]] e o republicano [[Orrin Hatch]] se uniram a primeira dama Hillary Rodham Clinton e sua equipe ainda em 1997, resultando no programa ''State Children's Health Insurance'' (SCHIP), o que se tornou a maior e mais bem sucedida lei de saúde implementado na presidência de Bill. Naquele ano, sua esposa Hillary defendeu no Congresso a lei de "Adoção e Segurança das Famílias" e outros projetos para ajudar famílias pobres. Clinton também manteve uma política de correr atrás de apoio bipartidário para manter o governo funcionando apropriadamente. Um dos resultados destes esforços foi a "Lei de Balanço Orçamentário" de 1997. Em outubro daquele mesmo ano, ele teve algumas complicações de saúde, principalmente por causa de sua audição falha.<ref>{{citar jornal|último =Shogren|primeiro =Elizabeth|título=Clinton to Get Hearing Aids for Both Ears|url=http://articles.latimes.com/1997/oct/04/news/mn-39089|acessodata=1 de novembro de 2012|jornal=Los Angeles Times|data=4 de outubro de 1997}}</ref>

A popularidade de Clinton subiu no seu segundo mandato e permaneceu alta até o fim do seu governo. Quando ele deixou a Casa Branca, cerca de 65% da [[Povo dos Estados Unidos|população americana]] aprovava a forma como ele governava o país.<ref name=langer /> Parte dessa aprovação é atribuída ao fato dele ter presidido sobre um período de estabilidade e crescimento econômico consistente, incluindo o primeiro superávit das contas públicas do governo (em 1998) desde 1969.<ref>{{citar web|título=Historical Budget Data |url=http://www.cbo.gov/budget/historical.pdf |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070101033553/http://www.cbo.gov/budget/historical.pdf |arquivodata=1 de janeiro de 2007 |formato=PDF |publicado=Congressional Budget Office |data=26 de janeiro de 2006 |acessodata=20 de janeiro de 2007}}</ref>

====Impeachment====
Após as eleições de 1996, surgiu na mídia o chamado [[Escândalo Lewinsky]], onde Bill Clinton teria tido pelo menos nove encontros sexuais com a estagiária da Casa Branca [[Monica Lewinsky]]. Quando o caso veio a tona, houve denúncias de interferência constante do pessoal da presidência na investigação. Por fim, Bill foi acusado de [[perjúrio]] e [[obstrução de justiça]]. A Câmara dos Representantes, dominada pela oposição, [[Impeachment de Bill Clinton|votou pelo impeachment de Clinton]].<ref name="The Survivor" /> Isso fez dele o segundo presidente a sofrer de um impeachment, junto com [[Impeachment de Andrew Johnson|Andrew Johnson]].<ref>{{citar jornal|título=Time Line |data=13 de setembro de 1998 |página=A32 |url=http://www.washingtonpost.com/wp-srv/politics/special/clinton/timeline.htm |obra=The Washington Post |acessodata=30 de janeiro de 2007}}</ref> O congressista [[Ken Starr]], em um relatório feito a Câmara, afirmou que "havia evidências substanciais e críveis que o presidente Bill Clinton cometeu atos que dão base a um pedido de [[Impeachment]]".<ref>{{citar livro|título=The [[Starr Report]]: The Findings of Independent Counsel [[Kenneth Starr]] on President Clinton and the Lewinsky Affair|ano=1998 |isbn=1-891620-24-X}}</ref> O Congresso começou então a fazer sessões para ouvir as alegações e investigar mais a fundo o assunto, correndo contra o tempo para não atrapalhar as eleições para o congresso. Para iniciar o processo de impeachment com o menor risco de contratempos possível, os republicanos fizeram uma sessão chamada de ''lame-duck'' (uma sessão feita entre o Congresso no cargo e outro eleito que está para assumir a legislatura após uma eleição), em dezembro de 1998.

[[Ficheiro:Senate in session.jpg|miniaturadaimagem|O julgamento de impeachment do Presidente Bill Clinton em 1999, sendo presidido pelo chefe de justiça [[William Rehnquist|William H. Rehnquist]].]]

Enquanto a votação na Comissão de Justiça do Congresso seguiu as linhas partidárias, houve discussões acaloradas no plenário da Câmara. Todos os republicanos votaram em favor de remover o presidente do poder (inclusive alguns democratas também votaram pelo impeachment). A primeira acusação foi de perjúrio, pois Clinton teria mentido perante um juri quando negou que a acusação de assédio sexual feita pela estagiária [[Paula Jones]] fosse verdadeira (posteriormente, contudo, o caso foi arquivado em uma corte pois Paula não apresentou provas suficientes para sustentar suas alegações).<ref>{{citar jornal|url=http://www.washingtonpost.com/wp-srv/politics/special/pjones/pjones.htm |título=Case Closed |autor =Dan Froomkin |obra=The Washington Post |data=26 de agosto de 1999 |acessodata=30 de agosto de 2011}}</ref> A segunda alegação, a de obstrução de justiça, foi devido ao esforço dele e de sua administração de impedir a investigação a respeito do [[escândalo Lewinsky]] e o depoimento de Monica.

O mandato de Clinton foi então salvo quando ele foi absolvido de todas as acusações pelo [[Senado dos Estados Unidos|Senado]].<ref name=senvoteai>{{citar web|autor =Senate LIS |título=U.S. Senate Roll Call Votes 106th Congress&nbsp;– 1st Session: vote number 17&nbsp;– Guilty or Not Guilty (Art I, Articles of Impeachment v. President W. J. Clinton) |publicado=United States Senate |data=12 de fevereiro de 1999 |url=http://senate.gov/legislative/LIS/roll_call_lists/roll_call_vote_cfm.cfm?congress=106&session=1&vote=00017 |acessodata=16 de maio de 2015}}</ref> Ao contrário da Câmara, o senado federal decidiu não iniciar o julgamento de impeachment antes da nova legislatura ter sido empossada. Clinton foi representado pela empresa de advocacia [[Williams & Connolly]].<ref>{{citar jornal|título=Clinton impeached |publicado=BBC News Online |data=19 de dezembro de 1998 |url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/events/clinton_under_fire/latest_news/238784.stm |acessodata=29 de outubro de 2008|arquivourl=https://web.archive.org/web/20081211142909/http://news.bbc.co.uk/1/hi/events/clinton_under_fire/latest_news/238784.stm|arquivodata=11 de dezembro de 2008|urlmorta= não}}</ref> O senado conduziu uma investigação de vinte e nove dias que terminou a 12 de fevereiro de 1999, terminando com 55 senadores votando por "não culpado" e 45 votando por "culpado" nas acusações de perjúrio<ref name=senvoteai /> e 50 votos para cada lado nas acusações de obstrução de justiça.<ref name="washingtonpostimpeachment">{{citar jornal|url=http://www.washingtonpost.com/wp-srv/politics/special/clinton/stories/impeach021399.htm |título=The Senate Acquits President Clinton |obra=The Washington Post |data=13 de fevereiro de 1999 |acessodata=4 de janeiro de 2012}}</ref> Assim, não houve a exigência constitucional de uma maioria de dois-terços dos votos para remover um presidente do seu cargo. Todos os democratas no senado votaram contra o impeachment, junto com alguns republicanos.<ref name=senvoteai />

Clinton emitiu 141 perdões (alguns controversos) e 36 comutações antes de deixar o cargo em janeiro de 2001.<ref name="The Survivor" /><ref>{{citar jornal|url=http://www.washingtonpost.com/wp-srv/aponline/20010120/aponline135239_000.htm |título=Clinton Pardon's List |agência=[[Associated Press]] |obra=[[The Washington Post]] |data=20 de janeiro de 2001 |acessodata=30 de agosto de 2011}}</ref> O maior escândalo foi o caso de [[Marc Rich]] e as acusações de que o irmão de Hillary Clinton, [[Hugh Rodham]], aceitando dinheiro para tentar influenciar a decisão do presidente sobre os perdões emitidos por ele.<ref>{{citar jornal|título=Clinton pardons: Cast of characters |publicado=BBC News Online |data=22 de fevereiro de 2001 |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/americas/1184118.stm |acessodata=11 de setembro de 2011}}</ref>

===Relações exteriores e ações militares===
[[Ficheiro:President Clinton talks with Col. Paul Fletcher, USAF.jpeg|miniaturadaimagem|esquerda|Presidente Clinton falando com o coronel da [[Força Aérea dos Estados Unidos|força aérea]] [[Paul J. Fletcher|Paul Fletcher]], em novembro de 1999.]]

Muitos eventos militares aconteceram durante a presidência de Bill Clinton. Um dos primeiros foi na África. Por lá, ele manteve a política do seu predecessor e manteve as tropas americanas na [[Somália]], que estava no meio de uma [[Guerra Civil da Somália|guerra civil]] e enviou os ''[[Delta Force]]'' ([[Força especial|tropas especiais]]) para lá. Na subsequente [[Batalha de Mogadíscio (1993)|batalha de Mogadíscio]] de 1993, dois helicópteros [[UH-60 Black Hawk|MH-60 Black Hawk]] foram derrubados por [[RPG (arma)|lança-granadas]] disparadas por rebeldes somalis. As aeronaves caíram atrás das linhas inimigas e uma operação de resgate foi lançada. Uma intensa batalha urbana se seguiu na capital somali e 18 soldados americanos foram mortos, 73 outros ficaram feridos e um militar acabou sendo feito prisioneiro. Pelo menos mil somalis também morreram. Corpos de alguns militares americanos mortos foram exibidos pelos rebeldes nas ruas e as imagens percorreram o mundo. Em resposta, Clinton ordenou a retirada das forças americanas da Somália. O trauma desta desastrada operação fez com que o presidente fosse mais cuidadoso ao lidar com intervenções no exterior. Por exemplo, apesar da pressão internacional, por temer uma repetição do ocorrido em Mogadíscio em 1993, os Estados Unidos não interferiram diretamente para prevenir um [[genocídio em Ruanda]], que ceifou a vida de milhares de pessoas.<ref>[https://www.mtholyoke.edu/~jwestern/ir317/clark.htm "Somalia and the future of humanitarian intervention"]. Página acessada em 17 de maio de 2015.</ref>

Em 1995, [[Força Aérea dos Estados Unidos|aeronaves]] dos Estados Unidos e da [[Organização do Tratado do Atlântico Norte|OTAN]] [[Operação Força Deliberada|bombardearam alvos militares sérvios]] na [[Bósnia e Herzegovina]] para proteger as missões da ONU na região dos [[Bálcãs]] e forçar os acordos de paz. Clinton então mandou unidades do [[Exército dos Estados Unidos|exército]] para a Bósnia ao fim daquele ano como tropas de paz após a assinatura do [[Acordo de Dayton]].

[[Ficheiro:President Clinton by Molly Gilliam, 1999 (DOD 990505-F-7597G-005) (514619639).jpg|miniaturadaimagem|O general John P. Jumper, comandante da [[Força Aérea dos Estados Unidos]] na [[Europa]], escoltando o presidente Bill Clinton na base aérea de Ramstein, na Alemanha, a 5 de maio de 1999. O presidente fez várias visitas a bases militares americanas  em solo europeu para demostrar apoio as tropas que se envolviam em ações militares na região, no final da [[década de 1990]].]]

Clinton também deu prioridade a captura do terrorista [[Osama bin Laden]].<ref>{{citar jornal|url=http://edition.cnn.com/2006/POLITICS/09/24/clinton.binladen/index.html |título=Bill Clinton: I got closer to killing bin Laden |publicado=CNN |data=24 de setembro de 2006 |acessodata=11 de setembro de 2011}}</ref> Foi sugerido por [[Mansoor Ijaz]] que em 1996 enquanto o governo Clinton impôs essa caçada contra Bin Laden, as autoridades sudanesas teriam oferecido extraditar o terrorista e ajudar os americanos com informações de inteligência a respeito de organizações terroristas da região e outras que tinham ligações com elas, como o [[Hezbollah]] e o [[Hamas]],<ref name="articles.latimes.com">{{citar jornal|url=http://articles.latimes.com/2001/dec/05/opinion/oe-ijaz05 |título=Clinton Let Bin Laden Slip Away and Metastisize |obra=Los Angeles Times |data=5 de dezembro de 2001 |acessodata=13 de junho de 2010 |primeiro =Mansoor |último =Ijaz}}</ref> mas o governo dos Estados Unidos não aceitou a oferta.<ref name="articles.latimes.com"/> Contudo, a [[Comissão do 11 de Setembro]] afirmou que não havia evidências de que esta oferta realmente foi feita.<ref>{{citar web|url=http://www.9-11commission.gov/staff_statements/staff_statement_5.pdf |título=Staff Statement No. 5 |formato=PDF|publicado=9/11 Commission |acessodata=6 de agosto de 2009}}</ref> Durante todo o ano de 1998, a administração Clinton ordenou várias missões para tentar matar ou capturar Bin Laden, que acabaram falhando.<ref>{{citar jornal|último =Lichtblau|primeiro =Eric|título=State Dept. Says It Warned About bin Laden in 1996|url=http://www.nytimes.com/2005/08/17/international/asia/17osama.html |obra=The New York Times|acessodata=4 de novembro de 2010|data=17 de agosto de 2005}}</ref>

Em resposta aos [[atentados terroristas às embaixadas dos Estados Unidos na África de 1998]], perpetrados pela [[Al-Qaeda]], que mataram dúzias de americanos e centenas de africanos, Clinton ordenou uma série de [[Operação Infinite Reach|ataques com mísseis de cruzeiro no Afeganistão e no Sudão]], atingindo bases terroristas nestes países, como campos de treinamento e postos de comando.<ref>{{citar web|autor =John Pike |url=http://www.globalsecurity.org/military/systems/munitions/bgm-109-operation.htm |título=BGM-109 Tomahawk&nbsp;– Smart Weapons |publicado=Globalsecurity.org |acessodata=17 de agosto de 2011}}</ref> O presidente foi criticado posteriormente quando uma suposta base da al-Qaeda no Sudão foi destruída, quando na verdade era uma fábrica de remédios.
[[Ficheiro:Bill and Hillary Clinton leaving Air Force One.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Bill e sua esposa Hillary deixando o [[Força Aérea Um]].]]
De volta a Europa, para deter uma [[limpeza étnica]] e [[genocídio]]<ref>{{citar web|último =Cohen |primeiro =William |data=7 de abril de 1999 |url=http://www.defense.gov/transcripts/transcript.aspx?transcriptid=582 |título=Secretary Cohen's Press Conference at NATO Headquarters |acessodata=30 de agosto de 2011}}</ref><ref>{{citar web|último =Clinton |primeiro =Bill |data=30 de agosto de 2011 |url=http://clinton6.nara.gov/1999/06/1999-06-25-press-conference-by-the-president.html |título=Press Conference by the President}}</ref> contra os [[albaneses]] perpetrado por militares e milicianos [[Sérvia e Montenegro|sérvios]] na região do [[Kosovo]], Clinton autorizou uma ação armada pelo mar e pelo ar, com ajuda da [[OTAN]], para bombardear alvos na [[Iugoslávia]] em 1999, na chamada [[Intervenção militar na Iugoslávia em 1999|Operação Forças Aliadas]]. O general [[Wesley Clark]], que era o comandante supremo das forças da OTAN no continente europeu, supervisionou a missão. Com a outorga da [[Resolução 1244 do Conselho de Segurança das Nações Unidas]], a campanha de bombardeios terminou em junho de 1999. A resolução colocou o Kosovo sob administração da ONU e autorizou o envio de uma [[Força do Cóssovo|força de paz]] para a região.<ref>{{citar web|url=http://www.nato.int/kosovo/docu/u990610a.htm |título=Resolution 1244 (1999) |data=10 de junho de 1999 |publicado=NATO |acessodata=17 de agosto de 2011|arquivourl= https://web.archive.org/web/20110629135857/http://www.nato.int/kosovo/docu/u990610a.htm|arquivodata= 29 de junho de 2011|urlmorta= não}}</ref> Apesar das tropas aliadas não terem sofrido perdas por fogo inimigo,<ref name="roblect">{{citar web|autor =Adam Roberts |url=http://www.princeton.edu/~lisd/events/talks/Roberts_Lecture.pdf |título=The Impact of the Laws of War in Contemporary Conflicts (PDF) |data=10 de abril de 2003 |publicado=Princeton University |acessodata=25 de janeiro de 2007}}</ref> dois militares morreram na queda de um helicóptero [[AH-64 Apache]].<ref>{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/335709.stm |título=Two die in Apache crash |publicado=BBC News Online |data=5 de maio de 1999 |acessodata=17 de maio de 2011}}</ref> Mais tarde foi apontado que os riscos de uma limpeza étnica poderiam ter sido exagerados pelo governo americano.<ref>{{citar web|último =Pilger |primeiro =John |data=4 de setembro de 2000 |url=http://www.newstatesman.com/node/138456 |título=US and British officials told us that at least 100,000 were murdered in Kosovo. A year later, fewer than 3,000 bodies have been found |obra=New Statesman}}</ref><ref>{{citar jornal|autor1 =Daniel Pearl |autor2 =Robert Block |data=31 de dezembro de 1999 |título=War in Kosovo Was Cruel, Bitter, Savage; Genocide It Wasn't |obra=The Wall Street Journal |página= A1}}</ref> Uma corte da ONU afirmou que realmente não houve um genocídio na região, mas reconheceu que havia uma "sistemática campanha de terror, incluindo assassinatos em massa, estupros, assédio de civis e outros maus tratos contra populações locais".<ref>{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/1530781.stm |título=Kosovo assault 'was not genocide' |publicado=BBC News Online |data=7 de setembro de 2001 |acessodata=17 de agosto de 2011}}</ref><ref>{{citar web|autor =George J. Andreopoulos |url=http://www.britannica.com/EBchecked/topic/194242/ethnic-cleansing |título=Ethnic Cleansing |obra=Encyclopædia Britannica |acessodata=11 de setembro de 2011}}</ref> O líder sérvio [[Slobodan Milošević]], presidente da Iugoslávia, foi mais tarde levado a julgamento por "[[crimes contra a humanidade]]".<ref>{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/1402790.stm#kosovo|título=The charges against Milosevic|ultimo=|primeiro=|data=11 de março de 2006|publicado=BBC News Online|acessodata=16 de maio de 2015}}</ref> A operação da OTAN foi considerada um sucesso tático.<ref>{{citar web|autor =Michael John Williams|título=NATO, Security and Risk Management: From Kosovo to Khandahar|publicado=Routledge|local=Londres|isbn=978-1-13405-589-0|url=https://books.google.ca/books?id=r6JvntRU4bIC&pg=PA1|p=93}}</ref>
[[Ficheiro:Tomahawk-launch.jpg|miniaturadaimagem|O navio de guerra americano [[USS Gonzalez (DDG-66)|USS ''Gonzalez'']] disparando um míssil [[BGM-109 Tomahawk]] contra alvos na Iugoslávia, em 1999. O presidente Clinton ordenou uma série de bombardeios aéreos e navais contra a região no final da década de 1990.]]
Durante um discurso perante o [[Congresso dos Estados Unidos|Congresso]] em 1998, Clinton ressaltou a ameaça que [[Saddam Hussein]], o ditador do [[Iraque Baathista|Iraque]], representava:
{{quote|"Juntos nós devemos confrontar o novo perigo das [[Arma química|armas químicas]] e biológicas, e os Estados fora da lei, organizações criminosas e terroristas estão buscando adquirir tais armamentos. Saddam Hussein passou a maior parte desta década e muita da riqueza da sua nação, não provendo para o povo iraquiano, mas sim desenvolvendo armas nucleares, químicas e biológicas e sistemas de mísseis para liberar estes agentes. Os inspetores de armas das Nações Unidas fizeram um bom trabalho, encontrando e destruindo os arsenais do Iraque que não foram arrasados na [[Guerra do Golfo]]. Agora, Saddam Hussein quer impedir que eles completem sua missão. Eu sei que falo por todos nesta casa, republicanos ou democratas, quando eu digo para Saddam Hussein que 'você não pode desafiar a vontade do mundo', e quando eu digo para ele que 'você já usou armas de destruição em massa antes; nós estamos determinados a negar a você a capacidade de usa-las novamente'".<ref>{{citar comunicado de imprensa|título=Text of President Clinton's 1998 State of the Union Address |data=27 de janeiro de 1998 |autor =Bill Clinton |url=http://www.washingtonpost.com/wp-srv/politics/special/states/docs/sou98.htm |obra=The Washington Post |acessodata=16 de maio de 2015}}</ref>}}
[[Ficheiro:Clinton and jiang.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Bill Clinton e [[Jiang Zemin]] durante uma conferência de imprensa, a 29 de outubro de 1997.]]
Para enfraquecer Saddam, Clinton assinou a resolução H.R. {{Fmtn|4655}} em lei a 31 de outubro de 1998, que instituiu uma política de "mudança de regime" no [[Iraque]], mas não autorizava ações diretas para derrubar Hussein do poder, como por exemplo uma invasão.<ref>{{citar web|url=http://www.library.cornell.edu/colldev/mideast/libera.htm |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070218092435/http://www.library.cornell.edu/colldev/mideast/libera.htm |arquivodata=18 de fevereiro de 2007|título=Iraq Liberation Act of 1998, H.R.4655, One Hundred Fifth Congress of United States of America at Second Session |publicado=Library of Congress |acessodata=17 de maio de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://thomas.loc.gov/cgi-bin/query/z?c105:H.R.4655.ENR: |título=H.R.4655&nbsp;– Iraq Liberation Act of 1998}}</ref> Ainda assim, o governo americano lançou uma campanha de bombardeios aéreos e navais contra Saddam que durou quatro dias, na chamada [[Operação Desert Fox]], de 16 a 19 de dezembro de 1998. Ao fim destes ataques, Clinton afirmou que "enquanto Saddam [Hussein] estiver no poder, ele será uma ameaça para o seu povo, para a região e para o mundo. Com nossos aliados, nós devemos firmar uma estratégia para conte-lo e deter seu programa de armas de destruição em massa, enquanto trabalhamos para ver um dia em que o Iraque tenha um governo que queira viver em paz com seu povo e com seus vizinhos".<ref>{{citar web|url=http://www.presidency.ucsb.edu/ws/index.php?pid=55436&st=&st1= |título=Address to the Nation on Completion of Military Strikes in Iraq |publicado=Presidency.ucsb.edu |data=19 de dezembro de 1998 |acessodata=22 de julho de 2013}}</ref> As potências da OTAN impuseram severas sanções econômicas em cima do regime iraquiano e também estabeleceram [[zonas de exclusão aérea no Iraque]] para impedir que as forças de Saddam lançassem mais operações contra regiões do país controladas por dissidentes. Aeronaves britânicas e americanas esporadicamente bombardeavam o território iraquiano entre 1999 e 2003.<ref>{{citar web|autor =John Pike |url=http://www.globalsecurity.org/military/ops/southern_watch.htm |arquivourl=https://web.archive.org/web/20071009174722/http://www.globalsecurity.org/military/ops/southern_watch.htm |arquivodata=9 de outubro de 2007 |título=Operation Southern Watch |publicado=Web.archive.org |acessodata=16 de maio de 2015}}</ref><ref>{{citar web|autor =John Pike |url=http://www.globalsecurity.org/military/ops/northern_watch.htm |arquivourl=https://web.archive.org/web/20071009174419/http://www.globalsecurity.org/military/ops/northern_watch.htm |arquivodata=9 de outubro de 2007|título=Operation Northern Watch |publicado=Web.archive.org |acessodata=16 de maio de 2015}}</ref>

Em novembro de 2000, Clinton visitou o [[Vietnã]], se tornando o primeiro presidente americano a visitar o país desde o fim da [[Guerra do Vietnã|guerra entre as duas nações]].<ref>{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/1025169.stm |título= Clinton's Vietnam visit |publicado=BBC News Online |data=16 de novembro de 2000 |acessodata=11 de setembro de 2011}}</ref>

A 10 de outubro 2000, Clinton assinou uma série de leis que melhoraram as relações políticas e comerciais dos Estados Unidos com a [[China]], impulsionando o comércio bilateral.<ref>{{citar jornal|último =Smith |primeiro =Matt |url=http://cgi.cnn.com/2000/ALLPOLITICS/stories/10/10/clinton.pntr/ |título=Clinton signs China trade bill |publicado=CNN |data=10 de outubro de 2000 |acessodata=3 de julho de 2014}}</ref> O presidente afirmou que essa nova relação comercial poderia eventualmente também levar a uma abertura política em Pequim.<ref>{{citar livro|autor =Peter B. Levy |ano=2002 |url=http://books.google.com/?id=vEzWlAvDEf0C&pg=PA57&dq#v=onepage&q=&f=false |título=Encyclopedia of the Clinton Presidency |página=57 |publicado=Greenwood Publishing Group |isbn=0-313-31294-X}}</ref>

Após os sucessos iniciais dos [[Acordos de paz de Oslo|Acordos de Paz de Oslo]] no começo da década de 1990, Clinton tentou um novo esforço para resolver o [[conflito árabe-israelense]] no Oriente Médio. O presidente americano convidou o primeiro-ministro israelense [[Ehud Barak]] e o líder palestino [[Yasser Arafat]] para uma reunião em [[Camp David]].<ref name="The Survivor" /> Após o aparente fracasso das conversações, Bill afirmou que Arafat "perdeu uma oportunidade para facilitar uma paz justa e duradoura". Em sua autobiografia, intitulada ''[[My Life (livro)|My Life]]'', Clinton culpou o líder palestino pelo colapso do encontro.<ref name="My Life" /><ref>{{citar web|último =Shyovitz |primeiro =David |publicado=Jewish Virtual Library |url=https://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/Peace/cd2000art.html |título=Camp David 2000 |acessodata=30 de agosto de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110719031905/http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/Peace/cd2000art.html|arquivodata=19 de julho de 2011 |urlmorta= não}}</ref> A possibilidade de paz entre israelenses e palestinos caiu por terra de vez quando a [[Segunda Intifada]] começou.<ref name="The Survivor" />
[[Imagem:Announcement of Ruth Bader Ginsburg as Nominee for Associate Supreme Court Justice at the White House - NARA - 131493870.jpg|thumb|Clinton e [[Ruth Bader Ginsburg]], uma de suas indicadas para a Suprema Corte, em junho de 1993.]]
===Juízes apontados por Clinton===
Clinton apontou dois juízes para a [[Suprema Corte dos Estados Unidos]]:
* [[Ruth Bader Ginsburg]]&nbsp;– 1993<ref>{{citar web|url=http://www.supremecourt.gov/about/biographies.aspx |título=Biographies of Current Justices of the Supreme Court |publicado=Supremecourt.gov |acessodata=30 de agosto de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110721063602/http://www.supremecourt.gov/about/biographies.aspx|arquivodata=21 de julho de 2011|urlmorta= não}}</ref>
* [[Stephen Breyer]]&nbsp;– 1994<ref>{{citar web|url=http://law.onecle.com/ussc/justices/512usxi-appointment-of-justice-breyer.html|título=Appointment and swearing in of Justice Breyer, 1994|data=30 de setembro de 1994|acessodata=30 de agosto de 2011|publicado=Law.onecle.com|ultimo=|primeiro=}}</ref>

Ele também apontou 66 juízes para as Cortes de Apelação federais e 305 outros juízes para as Cortes Distritais. Suas 373 indicações judiciais foi a segunda maior quantidade de nomeações feitas por um presidente, atrás apenas de [[Ronald Reagan]]. As indicações dele para cargos no judiciário, contudo, não foram sem complicações, com 69 nomeações para juízes federais sendo barradas, no [[Senado dos Estados Unidos|Senado]] (controlado pelo [[Partido Republicano (Estados Unidos)|Partido Republicano]]). No geral, 84% de duas indicações foram aceitas.<ref>{{citar web|url=http://www.fjc.gov/public/home.nsf/hisj|título=Biographical Directory of Federal Judges|publicado=[[Federal Judicial Center]]|acessodata=16 de maio de 2015}}</ref>

=== Políticas econômicas ===
A presidência de Bill Clinton viu um dos maiores crescimentos econômicos da história americana. David Greenberg, um professor de história e estudos de mídia da [[Universidade Rutgers|Universidade de Rutgers]], afirmou:
[[Ficheiro:Budget Deficit 1971 to 2001.png|miniaturadaimagem|300px|No gráfico, em vermelho, nota-se um aumento no déficit orçamentário entre 1971 e 1997. Contudo, como mostrado em verde, entre 1998 e 2001, os três últimos orçamentos de Clinton terminaram com um [[superávit]] das contas públicas.]]
:"A era Clinton foi um período de progresso, especialmente na economia [...] O slogan de sua campanha de 1992, 'Putting people first' ('Colocando o povo na frente'), e sua afirmação de 'a economia, estúpido', mostrava um populismo ousado para a classe média que havia sofrido no governo de Ronald Reagan e George H.W. Bush. [...] Ao fim da presidência de Clinton, os números foram uniformemente impressionantes. Além do recorde no superávit das contas públicas e dos baixos índices de pobreza, a economia teve um dos maiores avanços da história; os mais baixos índices de desemprego desde os anos 1970; e os mais baixos índices de pobreza para mães solteiras, afro-americanos e idosos".<ref>{{citar web|url = http://www.slate.com/id/2183941/pagenum/all/#page_start |título=Memo to Obama Fans: Clinton's presidency was not a failure|acessodata=13 de fevereiro de 2005 |publicado=[[Slate]]}}</ref>

Ao propor um plano para reduzir o déficit público, Clinton apresentou um orçamento que cortaria o déficit em US$ 500 bilhões em um período de cinco anos ao reduzir os gastos em US$ 255 bilhões e aumentando os impostos em cima de 1,2% da população americana que era mais rica. Também impôs um novo imposto sob energia e colocou em um-quarto dos pagamentos da Seguridade Social impostos mais altos para os beneficiários.<ref>{{citar jornal| url=http://www.washingtonpost.com/wp-srv/politics/special/states/stories/sou021893.htm |obra=The Washington Post |data=18 de fevereiro de 1993 |acessodata=22 de maio de 2010 |título=Asking American to 'Face Facts,' Clinton Presents Plan to Raise Taxes, Cut Deficit}}</ref>

Os republicanos no Congresso se opuseram firmemente contra a proposta de Clinton, afirmando que a nova política de impostos faria mais mal do que bem. Os republicanos estavam unidos neste assunto e todos na Câmara votaram contra o orçamento proposto. No Senado, foi necessário o voto do vice-presidente Al Gore para desempatar a votação.<ref>[http://senate.gov/legislative/LIS/roll_call_lists/roll_call_vote_cfm.cfm?congress=103&session=1&vote=00247 U.S. Senate Roll Call Vote – H.R. 2264 (Omnibus Budget Reconciliation Act of 1993)]</ref> Após um extenso [[lobby]]ing por parte do governo Clinton, a Câmara de Representantes votou o orçamento por 218 votos a favor e 216 contra.<ref>[http://clerk.house.gov/evs/1993/roll406.xml U.S. House Recorded Vote – H.R. 2264 (Omnibus Budget Reconciliation Act of 1993)]</ref> O novo pacote expandiu as taxas de renda de crédito, para beneficiar as classes mais pobres. Isso reduziu a quantidade de impostos que eles pagam e então uma nova lei de contribuição de impostos de Seguro Federal, proveu US$ 21 bilhões em cortes para 15 milhões de pessoas de baixa renda. As melhores condições econômicas e políticas serviram para incentivar os investidores, o que reanimou a bolsa de valores e levou as taxas de juro a cair, o que resultaria em um impulso ao consumo interno. Os últimos quatro orçamentos de Clinton mostraram não só redução no déficit, mas entre 1998 e 2000 houve um superávit das contas do governo. No último ano de Bill na presidência, foi reportado um balanço positivo de US$ 237 bilhões (um dos maiores da história). Esse dinheiro extra nas mãos do governo foi usado para pagar a [[dívida pública]] por US$ 452 bilhões, apesar da dívida federal continuar a subir, ainda que lentamente.<ref>{{citar web|url=http://www.politifact.com/truth-o-meter/statements/2010/sep/23/bill-clinton/bill-clinton-says-his-administration-paid-down-deb/|título=Bill Clinton says his administration paid down the debt|data=23 de setembro de 2010|acessodata=20 de março de 2011|publicado=PolitiFact.com}}</ref> Contudo, o superávit orçamentário só foi conquistado contra a dívida pública que era calculada com a exclusão das participações intragovernamentais. Isso significava que o governo era capaz de deduzir os empréstimos que fazia do fundo de seguridade social como lucro nos relatórios do orçamento, que representava boa parte do superávit. Calculando a participação de ativos intragovernamentais da dívida pública, o déficit mais baixo foi de US$ 17,9 bilhões. Assim, muitos argumentam que o superávit pode ter sido na verdade bem menor.<ref>[http://www.craigsteiner.us/articles/16 "The Myth of the Clinton Surplus"]. Craigsteiner.us. Acessado em 16 de agosto de 2013.</ref><ref>[http://usgovinfo.about.com/library/weekly/aa101500b.htm Surplus? US Debt Pushes $6 Trillion: Debt vs Deficit]. Usgovinfo.about.com. Acessado em 16 de agosto de 2013.</ref><ref>[http://www.cbpp.org/cms/index.cfm?fa=view&id=1654 Social Security and the Budget Surplus - 3/13/98]. Cbpp.org. Acessado em 16 de agosto de 2013.</ref><ref>Sahadi, Jeanne. (20 de agosto de 2008) [http://money.cnn.com/2008/08/20/news/economy/social_security_election/index.htm?cnn=yes The only way to fix Social Security - Aug. 20, 2008]. Money.cnn.com. Acessado em 17 de maio de 2015.</ref>

Apesar dos progressos econômicos, a dívida federal aumentou durante o governo Clinton de US$ 4,3 trilhões para US$ 5,6 trilhões.<ref name="Historical Tables">{{citar web|url=http://www.gpo.gov/fdsys/pkg/BUDGET-2013-TAB/pdf/BUDGET-2013-TAB.pdf |título= Historical Tables Budget of the U.S. Government|publicado= Office of Management and Budget |ano= 2013}}</ref>
[[Ficheiro:President Clinton and Vice President Gore take a phone call from Secretary of State Warren Christopher - Flickr - The Central Intelligence Agency.jpg|miniaturadaimagem|250px|Clinton e seu vice Gore trabalhando na [[Casa Branca]].]]
A economia cresceu durante os anos de Bill Clinton no poder e em fevereiro de 2000 foi quebrado o recorde de crescimento econômico ininterrupto da história americana.<ref name="BBCEconomy">{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/americas/1114285.stm|título=How history will judge Bill Clinton|data=15 de janeiro de 2001|acessodata=24 de março de 2011|publicado=BBC News  |primeiro =Nick|último =Bryant}}</ref><ref>{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/business/1110165.stm|título=Bill Clinton's economic legacy|data=15 de janeiro de 2001|acessodata=24 de março de 2011|publicado=BBC News  |primeiro =Steve|último =Schifferes}}</ref> Contudo, alguns argumentam que este crescimento só foi possível graças as especulações de mercado e a bolha de investimentos na bolsa de NASDAQ, além da [[Bolha da Internet|bolha tecnológica]], que chegaram ao fim nos anos 2001 e 2002.<ref>Cassidy, John. ''Dot.con: How America Lost its Mind and Its Money in the Internet Era'' (2002)</ref>

Quando os republicanos assumiram a maioria no Congresso em 1994, Clinton lutou contra suas propostas de corte de impostos, acreditando que isso beneficiaria apenas os mais ricos e enfraqueceria o crescimento econômico. Em agosto de 1997, contudo, o presidente e a liderança republicana no Congresso chegaram a um acordo para reduzir taxas sob fortunas adquiridas e nos impostos estaduais, ao mesmo tempo que aumentava benefícios que afetavam crianças e novas taxas mais baratas para dívidas escolares de alunos de faculdades. Os congressistas então aprovaram, em 1995, a proposta de Clinton para reduzir as mensalidades das faculdades através de subsídios e financiamentos federais, facilitando também o acesso a créditos estudantis.

De fato, Clinton teve que batalhar muito com o Congresso para avançar cada orçamento proposto, defendendo gastos maiores em educação, subsídios governamentais, defesa do meio ambiente e financiamento para o ''[[AmeriCorps]]''. Ambos os lados dificilmente chegavam a acordos e a situação chegou ao impasse ao fim de 1995 quando os conservadores propuseram cortes nos programas [[Medicare (Estados Unidos)|Medicare]], [[Medicaid]], no sistema de educação e em projetos para o meio ambiente. Com o presidente vetando boa parte destas medidas, os republicanos não aprovaram duas medidas para gastos federais, o que trancou o governo e fez com que algumas agências não tivessem dinheiro para operar.<ref>[http://www.pbs.org/wgbh/pages/frontline/shows/clinton/etc/11131995.html "Government Shutdown Battle" – PBS]. Página acessada em 17 de maio de 2015.</ref>

Em abril de 1996, Clinton e o Congresso firmaram um acordo para o orçamento, para financiar as agências do governo até o fim do ano fiscal em outubro. Os republicanos conseguiram alguns cortes de gastos como eles queriam (como menos investimentos em programas culturais, de trabalho e habitação) mas preservaram alguns programas que Clinton queria, incluindo investimentos em educação e meio ambiente.

O governo Clinton afirmou que suas principais conquistas foram:
*A média de crescimento da economia foi de 4,0% ao ano, comparado com uma média de 2,8% registrada nos anos anteriores. A economia, de fato, cresceu por 116 meses seguidos, a maior sequência da história;<ref>''National Economic Council'', 26 de junho de 2000</ref>
*Criação de mais de 22,5 milhões de postos de trabalho — a melhor performance de um presidente, e mais do que havia sido registrado nos últimos 12 anos. No total, 20,7 milhões de novos empregos foram gerados no setor privado;<ref name="bls">''Bureau of Labor Statistics''</ref>
*A renda das famílias aumentou em todos os níveis da sociedade americana. Desde 1993, a renda familiar subiu de US$ {{Fmtn|42612}} em 1993 para US$ {{Fmtn|48950}} em 1999;<ref>''National Economic Council'', junho de 2000</ref>
*Desemprego caiu para os menores níveis em 30 anos, de 6,9% em 1993 para 4,0% em janeiro de 2001. O desemprego, de fato, ficou abaixo dos 5% por 40 meses seguidos. O desemprego para afro-americanos caiu de 14,2% em 1992 para 7,3% em 2000, o menor nível registrado. Já para a população hispânica, caiu de 11,8% em outubro de 1992 para 5,0% em 2000, também o menor nível já registrado;<ref name="bls"/>
*A inflação tinha caído para os menores níveis desde o governo Kennedy (na década de 1960), com uma média de 2,5% (metade do que havia sido no governo anterior).<ref>''National Performance Review, Accomplishments fact sheet''</ref>
*Os índices da casa própria chegaram a 67,7% no fim do governo Clinton, o maior já registrado;<ref name="omb">''Office of Management! and Budget; National Economic Council'', 27 de setembro de 2000</ref>
*A taxa de pobreza caiu de 15,1% em 1993 para 11,8% em 1999, a maior queda registrada em 30 anos. Assim, cerca de sete milhões de pessoas haviam saído da pobreza;<ref>''Bureau of the Census'', 26 de julho de 2000</ref>
*O superávit orçamentário em 2000 foi de US$ 237 bilhões, ficando positivo pelo terceiro ano seguido. Este também foi o maior superávit das contas públicas na história americana;<ref name="omb" />
*Clinton trabalhou com os republicanos para iniciar uma reforma no sistema de assistências sociais governamental. Assim, com uma nova política implementada, o número de pessoas que recebiam assistência do governo havia caído para o menor nível desde 1969. Entre janeiro de 1993 e setembro de 1999, o número de cidadãos que recebiam ajuda caiu de 7,5 milhões para 6,6 milhões. Em comparação, entre 1981 e 1992, o número de pessoas que recebiam assistências governamentais subiu 2,5 milhões (22% a mais) para 13,6 milhões de beneficiários.<ref>''HHS Administration for Children and Families, December 1999 and August 2000''; White House, Office of the Press Secretary, 22 de agosto de 2000</ref>
{{Escute
 |arquivo   = Remarks on the Signing of NAFTA (December 8, 1993) Bill Clinton.ogv
 |título    = Declarações sobre a assinatura do acordo da NAFTA
 |descrição = Clinton fazendo uma declaração a respeito da criação do [[NAFTA]].
 |posição   = direita
}}
==== Comércio ====
Clinton queria reduzir barreiras comerciais com outras nações. Sacrificando apoio político, ele defendeu áreas de livre comércio e acordos multilaterais. Opositores afirmaram que baixar as [[Taxa alfandegária|tarifas]] e relaxar as regras de importação custaria empregos nos Estados Unidos, pois as pessoas prefeririam comprar produtos no exterior que eram mais baratos. Clinton disse que livre comércio ajudaria os americanos pois aumentaria as exportações e faria a economia crescer.<ref>[http://www.aflcio.org/issues/ns.cfm "AFL CIO on Trade"]. Página acessada em 17 de maio de 2015.</ref>

Em dezembro de 1992 foi assinado a criação do [[Tratado Norte-Americano de Livre Comércio|NAFTA]] pelo presidente [[George H. W. Bush]]. Com isso, só falta a ratificação da legislatura americana, [[México|mexicana]] e [[Canadá|canadense]]. Clinton não alterou o acordo quando subiu ao poder, mas acrescentou cláusulas ambientais e de cooperação trabalhista entre as nações, fazendo do NAFTA o primeiro bloco comercial "verde" e o primeiro tratado internacional feito exigindo condições trabalhistas comuns, mesmo que com sansões de retaliação leve. O Tratado Norte-Americano de Livre Comércio gradualmente reduziu tarifas comerciais e criou uma zona de livre comércio entre os três países da [[América do Norte]]. Oponentes da NAFTA, liderados por Ross Perot, afirmaram que o tratado faria com que companhias americanas preferissem empregar pessoas no México, onde eles produziriam mais com um custo de produção menor (especialmente por causa da mão de obra barata), e então levariam estes produtos para os Estados Unidos com preços mais baratos. Clinton, contudo, defendeu novamente que tratado seria bom para a economia pois aumentaria as exportações. De fato, o NAFTA acabou sendo relativamente bem-sucedido como um acordo econômico e político.<ref>[http://www.historycentral.com/Documents/Clinton/SigningNaFTA.html President Clinton Signing]. Página acessada em 17 de maio de 2015.</ref> Com apoio quase que bipartidário, o Congresso dos Estados Unidos aprovou a criação do bloco em 1993.<ref>[http://clerk.house.gov/evs/1993/roll575.xml "Roll Call Vote – H.R. 3450"]. Página acessada em 17 de maio de 2015.</ref>

Clinton também buscou melhores relações com as nações do [[Círculo do Pacífico]], assinando novos tratados comerciais. Em novembro de 1993 ele sediou, em [[Seattle]], [[Washington]], uma conferência do bloco de [[Cooperação Econômica Ásia-Pacífico]] (APEC), onde estiveram presentes pelo menos doze líderes dessas nações. Em 1994, o presidente firmou um acordo na [[Indonésia]] com os países do Círculo do Pacífico para gradualmente removerem barreiras comerciais entre as nações do bloco.
[[Ficheiro:Bill Clinton visit to Los Alamos.jpg|miniaturadaimagem|Apesar de alguns contratempos, as políticas de Clinton levaram os Estados Unidos a um período de robustez econômica e forte crescimento do consumo interno]]
Autoridades do governo Clinton também participaram das negociações do [[Acordo Geral de Tarifas e Comércio]] (AGTC), uma organização internacional comercial. As negociações para criação deste acordo estavam em andamento desde 1986. Em um gesto raro, Clinton pediu para o Congresso votar sobre o acordo comercial no inverno de 1994 e eles aprovaram. Como parte do acordo, foi criado um novo órgão internacional, a [[Organização Mundial do Comércio]] (OMC), que viria a substituir o AGTC em 1995. A OMC tinha mais autoridade para fazer valer as leis de comércio internacionais e tinha um alcance bem grande.

Clinton sofreu sua primeira derrota em termos de legislações comerciais no seu segundo mandato. Em novembro de 1997, o Congresso tomado pela oposição republicana atrasou a votação que daria autoridade ao presidente de firmar acordos comerciais sozinho. Clinton não conseguiu apoio o suficiente para aprovar a proposta, mesmo dentro do seu próprio partido.

Clinton sofreu outro retrocesso em 1999, quando um acordo falhou num encontra na OMC. Países pobres e ricos resistiram as propostas do presidente, especialmente por suas exigências comerciais.<ref>[http://www.pbs.org/newshour/shields&gigot/december99/sg_wto_12-3.html "Wrapping Up the WTO – PBS"]. Página acessada em 17 de maio de 2015.</ref>

Ainda em 1999, Clinton assinou um grande acordo comercial com a [[República Popular da China]]. O entendimento resultou em uma década de negociações que derrubaram várias barreias comerciais entre os dois países. Assim, houve um salto nas exportações de produtos americanos para o continente chinês, como carros, serviços bancários e peças de entretenimento (como filmes). Contudo, o acordo só poderia entrar em vigor se a China fosse aceita na OMC e que se estabelecesse status de "relações comerciais normais" pelo Congresso americano. Neste pacto, os Estados Unidos apoiariam os chineses na sua entrada na OMC. Muitos republicanos e democratas estavam preocupados pois dar este status a China seria ignorar os abusos aos direitos humanos perpetrados por lá, além de que havia a discussão de que o acordo poderia não ser tão bom para a economia americana. O congresso, contudo, deu um parecer favorável ao tratado em 2000 e estabeleceu relações comerciais normais com a China. Estudos posteriores indicam que o acordo beneficiou a economia americana.<ref>Council on Foreign Relations (2007). [http://www.cfr.org/content/publications/attachments/ChinaTaskForce.pdf ''U.S.-China Relations: An Affirmative Agenda, a Responsible Course''], p. 62.</ref>

No total, o governo Clinton negociou mais de 300 acordos comerciais com outros países. O último secretário do tesouro do presidente, [[Lawrence Summers]], afirmou que as tarifas menores negociadas nos tratados por Clinton, reduziram os preços dos produtos nas mãos dos consumidores e ajudou a baixar a inflação.<ref>[http://www.fas.org/news/usa/2000/usa-001208zws.htm "Clinton on Foreign Policy at University of Nebraska"]. Página acessada em 18 de maio de 2015.</ref>

==Pós-presidência==
[[Ficheiro:Photograph of President William Jefferson Clinton Greeting People in a Large Crowd at a "Get Out the Vote" Rally in Los Angeles, California, 11 02 2000.jpg|miniaturadaimagem|Clinton durante a campanha "''Get out the vote''" ("Vá e vote"), durante a campanha democrata a [[Eleição presidencial nos Estados Unidos em 2000|presidência em 2000]].]]
Bill Clinton continuou ativo na vida pública após deixar a Casa Branca em 2001, dando discursos, trabalhando para o Partido Democrata e organizações de caridade. Desde 1988, Clinton já participou de seis [[Convenção Nacional Democrata|Convenções Nacionais Democratas]].<ref>{{citar jornal|autor =Josh Gerstein |título=Clinton Eligible, Once Again, To Practice Law |obra=[[New York Sun]] |data=17 de janeiro de 2006 |url=http://www.nysun.com/article/25965?page_no=2 |acessodata=19 de maio de 2015}}</ref>

===Atividades até a campanha de 2008===
Em 2002, Clinton criticou a política externa do seu sucessor, [[George W. Bush]] (que havia derrotado o vice de Bill nas eleições de 2000), especialmente a política de ação militar preventiva contra o [[Iraque]]. Ele disse que teria "consequências indesejáveis",<ref>{{citar jornal|url=http://transcripts.cnn.com/TRANSCRIPTS/0210/02/ip.00.html |título=House Passes Resolution Authorizing Use of Force in Iraq; New Jerssy Supreme Court Hears Argument For, Against New Democrat on Ballot |publicado=CNN |data=2 de outubro de 2002 |acessodata=30 de agosto de 2010}}</ref><ref>{{citar jornal|url=http://www.independent.co.uk/news/world/politics/clinton-urges-caution-over-iraq-as-bush-is-granted-war-powers-607775.html |obra=The Independent |local=London |autor =Andrew Grice |data=3 de outubro de 2002 |acessodata=18 de maio de 2015 |título=Clinton urges caution over Iraq as Bush is granted war powers}}</ref> e depois afirmou ter sido um crítico da [[Guerra do Iraque]] desde o começo (embora há quem discorde).<ref>{{citar web|url=http://www.outsidethebeltway.com/bill_clinton_says_he_opposed_iraq_war_from_start/ |título=Bill Clinton Says He Opposed Iraq War from Start (UPDATED) |publicado=Outsidethebeltway.com |data=28 de novembro de 2007 |acessodata=12 de setembro de 2013}}</ref> Em 2005, Clinton também criticou a política ambiental de Bush, durante uma Conferência da [[ONU]] em Montreal.<ref>{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/4515898.stm |título=Last-minute climate deals reached |publicado=BBC News Online |acessodata=18 de maio de 2015}}</ref>

O [[Clinton Presidential Center|''William J. Clinton Presidential Center and Park'']] em [[Little Rock]], [[Arkansas]] foi erguido em 2004.<ref>{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/americas/4021201.stm |título=Clinton Library open for business |publicado=BBC News Online |data=18 de novembro de 2004 |acessodata=11 de setembro de 2011}}</ref> Clinton então lançou sua autobiografia, ''[[My Life (livro)|My Life]]'', ainda em 2004.<ref>{{citar jornal|último =Glaister |primeiro =Dan |título=Oprah Winfrey book deal tops Clinton's $12&nbsp;m |data=22 de maio de 2006 |obra=The Guardian |local=Londres |url=http://www.guardian.co.uk/world/2006/may/22/books.media |acessodata=18 de maio de 2015}}</ref> Em 2007, ele lançou o livro ''Giving: How Each of Us Can Change the World'', que se tornou um dos [[New York Times Best Seller list|mais vendidos]] do ''[[The New York Times]]'' e recebeu boas críticas.<ref>{{citar jornal|url=http://www.nytimes.com/2007/09/23/books/bestseller/0923besthardnonfiction.html |título=Best Sellers |data= 23 de setembro de 2007|acessodata=18 de setembro de 2007|obra=The New York Times |arquivourl= https://web.archive.org/web/20070915235442/http://www.nytimes.com/2007/09/23/books/bestseller/0923besthardnonfiction.html|arquivodata= 18 de maio de 2015 |urlmorta= não}}</ref>

[[Ficheiro:Bush and Clinton.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Clinton e o ex-presidente George H. W. Bush em janeiro de 2005]]
Durante os [[Sismo e tsunami do Oceano Índico de 2004|sismos na Ásia]] em 2004, o [[Secretário-geral das Nações Unidas]] [[Kofi Annan]] apontou Clinton para liderar os esforços humanitários.<ref>{{citar jornal|url=http://www.msnbc.msn.com/id/6894871/ns/world_news-tsunami_a_year_later/t/clinton-be-uns-envoy-tsunami-relief/ |título=Clinton to be U.N.'s envoy on tsunami relief |data=1 de fevereiro de 2005 |agência=Associated Press |publicado= msnbc.com |acessodata=30 de agosto de 2011}}</ref> Após o [[Furacão Katrina]], Bill se juntou ao ex-presidente George H. W. Bush para estabelecer o Fundo Bush-Clinton em 2005 para arrecadar dinheiro para apoiar as vítimas.<ref>{{citar web|url=http://www.constitutioncenter.org/libertymedal/recipient_2006.html |título=2006 Philadelphia Liberty Medal Award |publicado=Constitutioncenter.org |acessodata=26 de agosto de 2011}}</ref> Como parte para conseguir doações, os dois ex governantes participaram de um segmento no pré-show do [[Super Bowl XXXIX]],<ref>{{citar jornal|url=http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/articles/A39788-2005Jan26.html|título=Senior Bush, Clinton to Appear at Super Bowl |obra=The Washington Post |primeiro =Mark |último =Maske |data=27 de janeiro de 2005 |acessodata=26 de abril de 2010}}</ref> e eles viajaram para as áreas afetadas pelos furacões.<ref>{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/south_asia/4281627.stm|título=Bush, Clinton end tsunami visit |publicado=BBC News Online |data=21 de fevereiro de 2005 |acessodata=18 de maio de 2015}}</ref> Eles também se uniram no funeral de [[Boris Yeltsin]] em 2007.<ref>{{citar jornal|url=http://www.foxnews.com/story/0,2933,268092,00.html|título=Former Presidents Bush, Clinton Represent U.S. at Boris Yeltsin's Funeral|publicado=Fox News |data=24 de abril de 2007}}</ref>

[[Ficheiro:Clinton pres library.jpg|miniaturadaimagem|O ''William J. Clinton Presidential Center and Park'', a sua [[Lista de Bibliotecas e Museus Presidenciais dos Estados Unidos|biblioteca presidencial]], erguida em 2004.]]
Baseado em suas visões mundiais humanitárias,<ref>{{citar web|autor =Jon Meacham |url=http://www.thedailybeast.com/newsweek/2009/12/20/planetary-problem-solver.html |título=Planetary Problem Solver |obra=Newsweek |data=20 de dezembro de 2009 |acessodata=11 de setembro de 2011}}</ref> ele criou a [[Fundação Clinton]] para agir contra problemas mundiais. Essa fundação inclui um fundo de pesquisa para pesquisa da AIDS e HIV. A ''Clinton Global Initiative'' (CGI, ou "Iniciativa Global Clinton"), surgiu em 2005, para trabalhar em questões como [[saúde pública]], combate a pobreza e conflitos étnicos e religiosos.<ref>{{citar web|url=http://www.clintonglobalinitiative.org/ |título=Clinton Global Initiative |publicado=Clinton Global Initiative |data=19 de junho de 2011 |acessodata=17 de agosto de 2011|arquivourl= https://web.archive.org/web/20110725183207/http://www.clintonglobalinitiative.org/|arquivodata= 25 de julho de 2011|urlmorta= não}}</ref> Ainda em 2005, Clinton sugeriu que se parasse de vender bebidas muito açucaradas nas escolas.<ref>{{citar web|url=http://www.comcast.net/news/index.jsp?cat=GENERAL&fn=/2006/05/03/383279.html |título=William J. Clinton Foundation announces agreement to reduce junk food in schools |publicado=Comcast.net |acessodata=25 de agosto de 2010}}</ref> A sua fundação também se juntou ao [[Grupo C40 de Grandes Cidades para a Liderança Climática]] em 2006 para melhorar as interações entre os governos na questão do clima e encontrou com líderes para promover esta iniciativa.<ref>{{citar web|url=http://www.clintonfoundation.org/080106-nr-cf-cci-pr-president-clinton-launches-clinton-climate-initiative.htm |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070927022059/http://www.clintonfoundation.org/080106-nr-cf-cci-pr-president-clinton-launches-clinton-climate-initiative.htm |arquivodata=27 de setembro de 2007 |título=Clinton Foundation and Climate Partnership, Press Release |data=1 de agosto de 2006}}</ref> A fundação recebeu muitas doações de governos pelo mundo, incluindo países da Ásia e do Oriente Médio.<ref name="theage.com.au">{{citar jornal|url=http://www.theage.com.au/world/obama-team-turns-scrutiny-on-bill-clinton-20081117-692j.html|título=Obama team turns scrutiny on Bill Clinton |obra=The Age |local=Melbourne |acessodata=18 de maio de 2015 |primeiro1 =Peter |último1 =Baker |primeiro2 =Anne |último2 =Davies |data=18 de novembro de 2008}}</ref> Em 2008, o diretor da fundação, o filantropo Inder Singh, anunciou um acordo para reduzir o preço das drogas antimalária por 30% para nações em desenvolvimento.<ref>{{citar jornal|url=http://www.post-gazette.com/pg/08233/905462-114.stm |título=Young man combines expertise in economics and social issues at Clinton Foundation |autor =Pohla Smith |data=20 de agosto de 2008 |jornal=Pittsburg Post-Gazette |acessodata=18 de maio de 2015}}</ref> Clinton também foi favorável a ''California Proposition 87'' a respeito de [[Fonte energética|alternativas energéticas]], que foi vetado.<ref>{{citar jornal|primeiro =Peach |último =Indravudh |título=Clinton backs Prop. 87 |data=15 de outubro de 2006 |publicado=[[UCLA]] |url=http://www.dailybruin.com/index.php/article/2006/10/clinton-backs-prop-87 |obra=Daily Bruin |acessodata=31 de agosto de 2011}}</ref>

===Eleição presidencial de 2008===
Durante as [[Eleições primárias do Partido Democrata de 2008|eleições primárias do Partido Democrata em 2008]], Clinton apoiou vigorosamente sua esposa [[Hillary Clinton]]. Fazendo discursos e angariando fundos, ele levantou mais de US$ 10 milhões para a campanha dela.<ref>{{citar jornal|url=http://politicalticker.blogs.cnn.com/2008/07/30/bill-clinton-2007-speech-haul-tops-10-million/ |título=Bill Clinton 2007 speech haul tops $10&nbsp;million |autor =Robert Yoon |data=30 de julho de 2008 |publicado=CNN |acessodata=18 de maio de 2015}}</ref> Muitos afirmaram que a campanha fracassada de Hillary, sendo derrotada por [[Barack Obama]], afetou a imagem do presidente, que apesar de popular, não conseguiu mobilizar os democratas para apoia-la.<ref name = "CBS-Tarnish">{{citar jornal|url=http://www.cbsnews.com/stories/2008/01/26/politics/main3755521.shtml |título=Analysis: Bill Clinton's Lost Legacy |publicado=CBS News |data= 26 de janeiro de 2008 |acessodata=30 de agosto de 2011 |autor =Vaughn Ververs}}</ref> Foram reportados, durante a campanha brigas entre o pessoal do Bill e da Hillary, especialmente na Pensilvânia.<ref name=autogenerated3>{{citar jornal|url=http://www.nytimes.com/2008/06/08/us/politics/08recon.html |título=The Long Road to a Clinton Exit |obra=The New York Times |autor =Peter Baker And Jim Rutenberg |data=8 de junho de 2008 |acessodata=30 de agosto de 2011}}</ref> Havia o medo de que, após a extensa e quente primária, o partido poderia se dividir entre os apoiadores de Clinton (os centristas) e os de Obama (mais inclinados com a esquerda política). Para afastar esse medo, em agosto de 2008, Clinton endossou Barack Obama na Convenção do Partido, dando um discurso entusiasmado em seu apoio, falando que Obama estava "pronto para liderar".<ref>{{citar jornal|url=http://blogs.suntimes.com/sweet/2008/08/bill_clinton_vouches_for_obama.html |título=Bill Clinton vouches for Obama: now "ready to lead." |data=28 de agosto de 2008 |obra=[[Chicago Sun-Times]] |autor =Lynn Sweet |acessodata=30 de agosto de 2011}}</ref> Uma vez encerrada a corrida presidencial de Hillary, Bill continuou a tentar angariar fundos para pagar as dívidas da campanha.<ref>{{citar jornal|url=http://www.foxnews.com/politics/2008/12/24/clinton-turns-husbands-charity-retire-campaign-debt/ |título=Clinton Turns to Husband's Charity to Retire Campaign Debt |publicado=Fox News |data=24 de dezembro de 2008 |acessodata=31 de agosto de 2011 }}</ref><ref>{{citar jornal|url=http://www.cbsnews.com/8301-503544_162-20004883-503544.html |título=Bill Clinton Raffles Himself to Pay Hillary's Campaign Debt |publicado=CBS News |data=13 de maio de 2010 |autor =Stephanie Condon |acessodata=18 de maio de 2015}}</ref>

===Após as eleições de 2008===
[[Ficheiro:Obama and Bill Clinton.jpg|miniaturadaimagem|Clinton com o então presidente Barack Obama e a conselheira da presidência [[Valerie Jarrett]], em julho de 2010.]]
Em 2009, Clinton viajou para a [[Coreia do Norte]] para pedir a libertação de duas jornalistas americanos presos lá. [[Euna Lee]] e [[Laura Ling]] haviam sido detidas por ilegalmente entrar no país, via China.<ref name=BBCDPRK>{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/8182716.stm |título=Bill Clinton meets N Korea leader |publicado=BBC News Online |data=4 de agosto de 2009 |acessodata=31 de agosto de 2011}}</ref> [[Jimmy Carter]] havia feito uma visita similar àquele país em 1994.<ref name=BBCDPRK/> Bill se encontrou com o líder norte-coreano, [[Kim Jong-il]], e este concedeu perdão às duas jornalistas.<ref>{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/8184583.stm|título=North Korea pardons US reporters |publicado=BBC News Online |acessodata=31 de agosto de 2011}}</ref><ref>{{citar jornal|url=http://www.nytimes.com/2009/08/06/world/asia/06korea.html|título=Bill Clinton and Journalists in Emotional Return to U.S. |obra=The New York Times |data=5 de agosto de 2009 |acessodata=18 de maio de 2015 |primeiro1 =Mark |último1 =Landler |primeiro2 =Peter |último2 =Baker}}</ref>

Após a visita a Coreia do Norte, Clinton foi enviado para outras missões diplomáticas. Ele foi nomeado o enviado especial da ONU no [[Haiti]] em 2009.<ref name="haiti">{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/8056762.stm |título=Bill Clinton to be UN Haiti envoy |publicado=BBC News Online |data=19 de maio de 2009 |acessodata=11 de setembro de 2011}}</ref> Em resposta ao [[sismo do Haiti de 2010]], o presidente Barack Obama anunciou que Clinton e [[George W. Bush]] lançariam um programa para angariar fundos para ajudar os haitianos.<ref>{{citar jornal|url=http://politicalticker.blogs.cnn.com/2010/01/16/presidents-clinton-bush-lead-effort-to-raise-funds-for-haiti/ |título=Presidents Clinton, Bush lead effort to raise funds for Haiti |publicado=CNN |data=16 de janeiro de 2010 |acessodata=18 de maio de 2015}}</ref> Bill continuou a visitar o Haiti para testemunhar a reconstrução das cidades haitianas e angariar mais dinheiro para as vítimas.<ref>{{citar jornal|url=http://abcnews.go.com/Business/wireStory?id=14318999 |título=Clinton launches business loan program in Haiti |agência=Associated Press |publicado= ABC News |autor =Jacob Kushner |data=17 de agosto de 2011 |acessodata=10 de dezembro de 2011}}</ref> Em 2010, ele anunciou apoio a fundação [[NTR plc|NTR]], o primeiro grupo focado apenas em meio ambiente na Irlanda.<ref>{{citar jornal|título=Clinton backs NTR's environment foundation |obra=The Irish Independent |url=http://www.independent.ie/business/irish/clinton-backs-ntrs-environment-foundation-2089592.html |autor =Emmet Oliver |data=5 de março de 2010 |acessodata=31 de agosto de 2011 }}</ref><ref>{{citar web|título=President Bill Clinton Delivers Keynote Address|publicado=NTR Foundation|data=4 de março de 2010|url=http://www.ntr-foundation.org/news/article/president-bill-clinton-delivers-keynote-address1/ |acessodata=31 de agosto de 2011}}</ref>

Na [[Convenção Nacional Democrata de 2012]], Clinton discursou em apoio a reeleição de Barack Obama. O discurso foi bem aceito. Dois meses depois, Obama foi [[Eleição presidencial nos Estados Unidos em 2012|reeleito]].<ref>{{citar jornal| url=http://www.cnn.com/2012/09/06/opinion/opinion-roundup-clinton/index.html |título=Bill Clinton brings it for Obama |publicado=CNN |data=6 de setembro de 2012}}</ref>

=== Hillary e a eleição presidencial de 2016 ===
[[Ficheiro:Bill Clinton DNC July 2016.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Bill Clinton na [[Convenção Nacional do Partido Democrata (Estados Unidos) de 2016|Convenção Nacional Democrata]] de 2016.]]
Durante a [[Eleição presidencial nos Estados Unidos em 2016|eleição presidencial de 2016]], Bill Clinton encorajou os eleitores e seus apoiadores a votar em sua esposa [[Hillary Clinton|Hillary]] e fez vários discursos durante a campanha dela.<ref>{{citar jornal| url=http://www.wwaytv3.com/2016/10/26/bill-clinton-rallies-for-hillary-in-wilmington/ |título=Bill Clinton Rallies for Hillary in Wilmington |publicado=WWAY News |data=26 de outubro de 2016 |acessodata=2 de fevereiro de 2017}}</ref> Em uma série de tweets, o então presidente eleito [[Donald Trump]] criticou a habilidade de Bill de convencer pessoas a ir e votar.<ref name="CBS">{{citar jornal|autor =Rebecca Shabad | url=http://www.cbsnews.com/news/trump-goes-after-bill-clinton-hillary-clinton/ |título=Trump goes after Bill Clinton over post-election comments |publicado=CBS News |data= 20 de dezembro de 2016 |acessodata=2 de fevereiro de 2017}}</ref> Clinton serviu como um membro do colégio eleitoral no estado de Nova Iorque.<ref>{{citar web|último =Mahoney|primeiro =Bill|título=Electoral delegate Bill Clinton: 'Never cast a vote I was prouder of'|url=https://www.politico.com/states/new-york/city-hall/story/2016/12/electoral-delegate-bill-clinton-never-cast-a-vote-i-was-prouder-of-108194|acessodata=2020-11-10|website=Politico PRO|língua=en}}</ref> Ele votou na esposa Hillary e no candidato a vice dela, [[Tim Kaine]].<ref>{{citar web|URL=https://www.bbc.com/news/election-us-2016-36900742|título=US election: Bill Clinton backs 'best friend' Hillary to lead US|publicado=BBC|acessodata=3 de dezembro de 2020}}</ref> Os dois perderam para Donald Trump em novembro.

=== Eventos posteriores a 2016 ===
Bill continuou ativo em questões sociais pelo país e no mundo. Em 7 de setembro de 2017, após a derrota da esposa nas eleições, Clinton se juntou aos ex presidentes Jimmy Carter, George H. W. Bush, George W. Bush e Barack Obama para trabalhar na organização sem fins lucrativos ''One America Appeal'' para ajudar as vítimas dos furacões [[Furacão Harvey|Harvey]] e [[Furacão Irma|Irma]] nas comunidades na [[Costa do Golfo dos Estados Unidos|Costa do Golfo]] e no [[Texas]].<ref>{{citar jornal|url=http://thehill.com/blogs/blog-briefing-room/349993-former-presidents-add-irma-recovery-to-fundraising-appeal|título=Former presidents fundraise for Irma disaster relief|último =Shelbourne|primeiro =Mallory|data=10 de setembro de 2017|obra=The Hill|acessodata=11 de setembro de 2017}}</ref>

Durante a campanha das [[Eleição presidencial nos Estados Unidos em 2020|eleições presidenciais de 2020]], Bill teve pouca participação, falando na [[Convenção Nacional do Partido Democrata (Estados Unidos) de 2020|Convenção do Partido]] mas não realizando aparições públicas, muito devido a [[Pandemia de COVID-19 nos Estados Unidos|Pandemia de COVID-19]]. Bill e Hillary endossaram a chapa de [[Joe Biden]] e [[Kamala Harris]], que acabaram vencendo a eleição.<ref>{{citar web|URL=https://www.republicworld.com/world-news/us-news/us-election-2020-bill-and-hillary-clinton-cast-their-vote-in-support-of-biden-harris.html|título=US Election 2020: Bill & Hillary Clinton Cast Their Vote In Support Of Biden, Harris|publicado=Republicworld.com|acessodata=3 de dezembro de 2020}}</ref>

===Questões de saúde===
Em setembro de 2004, Clinton foi submetido a uma cirurgia de ponte de safena.<ref name="news.bbc.co.uk">{{citar jornal| url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/americas/8511817.stm |publicado=BBC News Online |título=Bill Clinton 'in good spirits' after heart procedure |data=12 de fevereiro de 2010 |acessodata=18 de maio de 2015}}</ref> Em março de 2005, ele foi submetido a mais uma intervenção cirúrgica por causa de um pulmão parcialmente colapsado.<ref>{{citar jornal|url=http://www.msnbc.msn.com/id/7127096/ |título=Clinton surgery called successful |agência=Associated Press |publicado=msnbc.com |data=10 de março de 2005 |acessodata=31 de agosto de 2011}}</ref> Em fevereiro de 2010, ele foi levado as pressas para o hospital Columbia Presbyterian, em [[Nova Iorque]], reclamando de dores no peito e teve dois stents colocados nas suas artérias coronárias.<ref name="news.bbc.co.uk"/><ref>{{citar jornal|autor =Mark Egan |url=http://www.reuters.com/article/2010/02/11/us-clinton-idUSTRE61A5L020100211 |título=Bill Clinton in good spirits after heart procedure |agência=Reuters |data= 11 de fevereiro de 2010|acessodata=19 de maio de 2015}}</ref> Depois disso, Clinton adotou a prática do [[veganismo]], por recomendação médica.<ref name="cnn2011">{{citar jornal|url=http://www.cnn.com/2011/HEALTH/08/18/bill.clinton.diet.vegan/index.html |título=From omnivore to vegan: The dietary education of Bill Clinton |autor =David S. Martin|data=18 de agosto de 2011 |publicado=CNN |acessodata=17 de setembro de 2012}}</ref>

Foi reportado que Clinton praticava meditação budista para ajudar ele a relaxar e melhorar sua qualidade de vida.<ref>{{citar jornal| url=http://www.dailymail.co.uk/news/article-2183101/Bill-Clinton-turns-art-Buddhist-meditation-relax.html |título=Chill Bill: Clinton turns to the art of Buddhist meditation to relax |acessodata=6 de março de 2013 |local=London |obra=Daily Mail |data=3 de agosto de 2012}}</ref>

===Fortuna===
[[Ficheiro:Bill Clinton 1995 im Parlament in London.jpg|150px|miniaturadaimagem|Bill Clinton em 1995]]
De origem humilde, Clinton deixou a Casa Branca ainda com uma situação financeira não muito elevada financeiramente (devido a processos legais), mas nos anos seguintes ele e sua esposa começaram a acumular riquezas.<ref>{{citar web|url=http://www.freerepublic.com/focus/f-news/735549/posts|título=Report: Clinton Legal Bills Forgiven|acessodata=28 de março de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.cbsnews.com/news/clintons-pay-off-legal-bills/|título=Clintons Pay Off Legal Bills|data=14 de junho de 2005|acessodata=18 de maio de 2015}}</ref> Tanto Bill quanto Hillary Clinton ganharam milhões lançando livros.<ref name=NYT-2008-04-05>{{citar jornal|último =McIntire |primeiro =Mike |título=Clintons made $109 Million in Last 8 Years |data=5 de abril de 2008 |publicado=The New York Times | url=http://www.nytimes.com/2008/04/05/us/politics/05clintons.html}}</ref> Em maio de 2015, o jornal ''The Hill'' reportou que o casal Clinton havia ganho US$ 25 milhões fazendo discursos desde o começo de 2014. Hillary só com seu livro ''[[Hard Choices]]'' ela acumulou US$ 5 milhões com as vendas.<ref>Ben Kamisar, [http://thehill.com/blogs/ballot-box/dem-primaries/242291-clintons-made-more-than-25-million-in-speaking-fees-since "Clintons earned more than $25 million for speeches since 2014"] (15 de maio de 2015), ''[[The Hill (jornal)|The Hill]]''</ref> Em julho de 2014, o ''[[Daily Mail]]'' afirmou que, juntos, o casal conseguiu acumular uma fortuna de US$ 160 milhões uma década após o segundo mandato de Bill ter terminado.<ref>[http://www.dailymail.co.uk/news/article-2700875/Hillary-Clinton-12-million-leaving-State-Department.html Hillary Clinton has made $12 million since leaving the State Department] (21 de julho de 2014), Francesca Chambers, do ''[[Daily Mail|Mail Online]]''</ref> No mesmo ano, o ''[[Wall Street Journal]]'' reportou que, ao fim de 2012, os Clintons ganharam entre US$ 5 milhões e US$ 25,5 milhões, e que em 2012 mesmo (último ano que este tipo de informação foi divulgada) o casal fez entre US$ 16 e US$ 17 milhões, sendo que a maioria deste dinheiro foi ganho pelo ex-presidente fazendo discursos.<ref>[http://online.wsj.com/articles/the-bill-and-hillary-clinton-money-machine-taps-corporate-cash-1404268205 "The Bill and Hillary Clinton Money Machine Taps Corporate Cash"], BRODY MULLINS, PETER NICHOLAS and REBECCA BALLHAUS, ''The Wall Street Journal'', 1 de julho de 2014.</ref> Já numa reportagem feita pela ''ABC News'' e pelo ''The Washington Post'' afirmou que Bill Clinton fez pelo menos US$ 100 milhões discursando e aparecendo em outros eventos públicos. O ''New York Times'' disse que Bill tinha acumulado uma fortuna de US$ 109 milhões em oito anos (de 2000 a 2008), incluindo US$ 92 milhões de discursos e vendas de livros.<ref name=NYT-2008-04-05/><ref name=washingtonpost-2014-06-26>[http://www.washingtonpost.com/politics/how-the-clintons-went-from-dead-broke-to-rich-bill-earned-1049-million-for-speeches/2014/06/26/8fa0b372-fd3a-11e3-8176-f2c941cf35f1_story.html "How the Clintons went from 'dead broke' to rich: Bill earned $104.9 million for speeches"] (26 de junho de 2014), ''[[The Washington Post]]''</ref><ref name=ABC-News-2014-06-09>[https://gma.yahoo.com/hillary-clinton-defends-high-dollar-speaking-fees-113922185--abc-news-topstories.html "Hillary Clinton Defends High-Dollar Speaking Fees"] (9 de junho de 2014), ''[[ABC News]]'' & ''[[Good Morning America]]''</ref><ref>[http://www.thedailybeast.com/articles/2008/11/17/bills-500000-kuwait-lecture.html "Bill's $500,000 Kuwait Lecture"] (17 de novembro de 2008), ''[[The Daily Beast]]''</ref>

Hillary Clinton disse que ela e Bill saíram da Casa Branca "quebrados" e endividados, devido aos encargos legais e outros problemas que eles tiveram em [[Washington, D.C.]]. Ela recordou: "Nós não tínhamos dinheiro quando chegamos lá [na Casa Branca], e tivemos de juntar dinheiro para, você sabe, pagar hipotecas, casas, e a educação da Chelsea". Ela completou dizendo que "Bill trabalhou muito duro... nós tivemos que pagar todas as nossas dívidas... e ele teve que ganhar tudo em dobro por causa de, obviamente, os impostos; e então pagar as dívidas, comprar uma casa e cuidar da família".<ref name=ABC-News-2014-06-09/>

==Opinião pública==
Os índices de aprovação de Clinton variavam entre 40% e 50% durante o seu primeiro mandato. No segundo mandato, sua popularidade ficou acima de 50%, chegando a superar 60%.<ref>{{citar web|url=http://www.pollingreport.com/clinton-.htm |título=Bill Clinton: Job Ratings |publicado=Pollingreport.com |acessodata=17 de agosto de 2011}}</ref> Após o seu quase impeachment entre 1998 e 1999, seu índice de popularidade chegou aos níveis mais altos enquanto ele estava no cargo, possivelmente puxado pela divulgação de dados muito positivos da economia.<ref>{{citar jornal|url=http://edition.cnn.com/ALLPOLITICS/stories/1998/12/20/impeachment.poll/ |título=Clinton's approval rating up in wake of impeachment |publicado=CNN |data=20 de dezembro de 1998 |acessodata=11 de setembro de 2011}}</ref> Uma pesquisa feita pela [[Columbia Broadcasting System|CBS]], junto com o jornal ''[[New York Times]]'', disse que ele deixou a presidência com seu trabalho sendo aprovado por 68% da população, que empatou com [[Ronald Reagan]] e [[Franklin D. Roosevelt]] como os presidentes com mais altos índices de popularidade quando saíram do cargo.<ref>{{citar jornal| url=http://www.cbsnews.com/stories/2004/06/07/opinion/polls/main621632.shtml |título=A Look Back at the Polls |publicado=[[CBS News]] |autor =Bootie Cosgrove-Mather |data=7 de junho de 2004 |acessodata=30 de agosto de 2011}}</ref>
[[Ficheiro:Clinton approval rating.png|miniaturadaimagem|250px|Os índices de aprovação de Bill Clinton durante sua presidência. Em azul o índice de aprovação e em vermelho o de reprovação]]
Quando ele deixou a presidência, uma pesquisa feita pela CNN/USA TODAY/Gallup revelou que 45% do eleitorado afirmou que ia sentir falta dele no cargo de presidente. Enquanto 55% dos entrevistados disseram que achavam que ele "ainda tem algo a contribuir e deveria permanecer na vida pública"; 68% disseram que ele será lembrado também por todos os "escândalos" que ocorreram na sua presidência; e 58% responderam "Não" a pergunta "Você geralmente acha que ele é honesto e digno de confiança?". Já 47% afirmaram que eram apoiadores do ex presidente. O mesmo percentual de pessoas disseram que ele seria lembrado como um presidente "Excepcional" ou "acima da média", enquanto 22% afirmaram que ele foi um presidente "abaixo da média" ou "ruim".<ref name = "CNN-Clinton-gone">{{citar jornal|autor =Keating Holland |url=http://archives.cnn.com/2001/ALLPOLITICS/stories/01/10/cnn.poll.clinton/ |título=Poll: Majority of Americans glad Clinton is leaving office |publicado=CNN |data=10 de janeiro de 2001}}</ref>

Uma pesquisa feita pelo grupo [[Gallup (empresa)|Gallup]], em fevereiro de 2007, pediu para que os seus correspondentes dissessem quem era o maior presidente americano. Clinton ficou em quarto lugar, com 13% da preferência dos pesquisados. Em uma outra pesquisa, feita um ano antes pela ''[[Quinnipiac University Polling Institute]]'' perguntou quem era o melhor presidente dos Estados Unidos desde a segunda guerra mundial e Bill Clinton ficou em segundo lugar, atrás de [[Ronald Reagan]]. Contudo, na mesma pesquisa, quando perguntado qual era o pior presidente desde o mesmo período, Clinton ficou em terceiro lugar, atrás de [[Richard Nixon]] e [[George W. Bush]].<ref>{{citar web|url=http://www.pollingreport.com/wh-hstry.htm |título=Presidents and History |publicado=pollingreport.com |acessodata=30 de agosto de 2011|arquivourl= https://web.archive.org/web/20110717202247/http://www.pollingreport.com/wh-hstry.htm|arquivodata= 17 de maio de 2015|urlmorta= não}}</ref> Em maio de 2006, uma nova pesquisa feita pela rede [[CNN]] comparou a performance de Clinton na presidência se comparado ao seu sucessor, George W. Bush, e afirmou que a maioria da população acredita que Clinton foi um presidente melhor que Bush.<ref>{{citar jornal|url=http://edition.cnn.com/2006/POLITICS/05/12/bush.clinton.poll/index.html |título=Poll: Clinton outperformed Bush |publicado=CNN |data=15 de maio de 2006 |acessodata=30 de agosto de 2011}}</ref>

A rede de notícias [[American Broadcasting Company|ABC News]] afirmou, em 2001, que o consenso entre a população era que Clinton "não era confiável, pois ele tinha valores éticos fracos, mas fez um bom trabalho na presidência".<ref name=langer>{{citar web| url=http://abcnews.go.com/Politics/story?id=120952|título=Poll: Clinton Legacy Mixed|publicado=ABC News|data=17 de janeiro de 2001|autor =Gary Langer|acessodata=17 de maio de 2015}}</ref>

Depois de deixar a presidência, Clinton atingiu índices de aprovação de 66%, a melhor performance de um presidente do [[pós-guerra]], três pontos à frente de [[Ronald Reagan|Reagan]] e [[John F. Kennedy]].<ref name="uspolitics.about.com">{{citar web|url=http://uspolitics.about.com/od/polls/l/bl_historical_approval.htm |título=Historical Presidential Approval Ratings&nbsp;– End Of Term Plus Current Ratings |publicado=Uspolitics.about.com |acessodata=9 de novembro de 2008|arquivourl= https://web.archive.org/web/20081216060952/http://uspolitics.about.com/od/polls/l/bl_historical_approval.htm|arquivodata= 17 de maio de 2015|urlmorta= não}}</ref>

Em março de 2010, uma pesquisa da [[Newsmax]]/[[John Zogby|Zogby]] perguntou aos americanos qual dos ex-presidentes ainda vivos estaria melhor preparado para enfrentar os problemas que a nação enfrentava atualmente e por uma boa margem, a população escolheu Bill Clinton. Ele foi preferido por 41% do povo, enquanto [[George W. Bush]] recebeu 15%, [[George H. W. Bush]] 7% e [[Jimmy Carter]] recebeu 5%.<ref>{{citar jornal|url=http://www.newsmax.com/Headline/poll-clinton-obama-bush/2010/03/07/id/351887 |título=Bill Clinton Bests Former Presidents to Handle Crisis Today, Newsmax/Zogby Poll Finds |autor =Jim Meyers |publicado=Newsmax |data=7 de março de 2010 |acessodata=30 de agosto de 2011}}</ref>

Uma pesquisa feita em 2015 pelo ''[[The Washington Post]]'' perguntou a 162 acadêmicos da ''American Political Science Association'' para ranquear os presidentes dos Estados Unidos por "grandeza". Clinton foi colocado na oitava posição (de 44), com 70%.<ref>[http://www.washingtonpost.com/blogs/monkey-cage/wp/2015/02/16/new-ranking-of-u-s-presidents-puts-lincoln-1-obama-18-kennedy-judged-most-over-rated/ New ranking of U.S. presidents puts Lincoln at No. 1, Obama at 18; Kennedy judged most overrated]. ''The Washington Post''. Página acessada em 17 de maio de 2015.</ref>

==Imagem pública==
[[Ficheiro:FEMA - 14697 - Photograph by Ed Edahl taken on 09-05-2005 in Texas.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Clinton encontrando um refugiado após o [[Furacão Katrina]], em setembro de 2005. Atrás dele, segurando um casaco, está o então senador e futuro 44.º presidente dos Estados Unidos, [[Barack Obama]].]]
Como o primeiro presidente ''[[baby boomer]]'', Clinton foi o primeiro homem a ocupar a presidência que não estava vivo durante a [[segunda guerra mundial]].<ref>[http://www.ushistory.org/us/60b.asp "A Baby Boomer in the White House"]. Página acessada em 17 de maio de 2015.</ref> Os autores Martin Walker e Bob Woodward afirmaram que o estilo de dialogo de Clinton, seu carisma e percepção pública foi um fator para os seus altos índices de popularidade.<ref>Martin Walker, ''Clinton: the President they deserve'', Fourth Estate 1999</ref><ref>Bob Woodward, ''The choice: how Clinton won'', Touchstone 1996, ISBN 0-684-81308-4</ref> Em 1992, quando Clinton apareceu no ''[[The Arsenio Hall Show]]'' tocando o seu [[saxofone]], ele foi descrito por alguns conservadores como o "presidente da MTV". Mas os liberais de esquerda e a população mais jovem se identificou com Bill, afirmando que ele humanizou a presidência.<ref>{{citar jornal|último =Bresler |primeiro =Robert J. |título=The Muddled Meaning of the 2000 Election |publicado=USA Today (Society for the Advancement of Education)|data=Janeiro de 2001 |url=http://findarticles.com/p/articles/mi_m1272/is_2668_129/ai_69698398 |acessodata=2 de janeiro de 2007 }}</ref> Oponentes se referiam a ele como "Slick Willie", um apelido dado a ele pela primeira vez em 1980 pelo jornalista Paul Greenberg do ''Pine Bluff Commercial'';<ref name=mafadgreenberg>[http://www.pbs.org/wgbh/pages/frontline/shows/choice/bill/greenberg.html "American Frontline:Stories of Bill"]. Acessado em 4 de maio de 2015.</ref> Greenberg acreditava que Clinton estava abandonando as políticas progressistas dos seus predecessores no posto de governador do Arkansas, como [[Winthrop Rockefeller]], [[Dale Bumpers]] e [[David Pryor]].<ref name=mafadgreenberg /> A afirmação de que era um "Slick Willie" ficaria durante toda a sua presidência.<ref name=WaPoNickname>{{citar jornal|título= It's Come To This: A Nickname That's Proven Hard to Slip |último = Mérida|primeiro = Kevin|data= 20 de dezembro de 1998|obra=The Washington Post | url = http://www.washingtonpost.com/wp-srv/politics/special/clinton/stories/slick122098.htm }}</ref> Com uma altura de 1,88 m, Bill era o quarto mais alto presidente da história da nação.<ref>{{citar jornal|último =Baker |primeiro =Peter |título=Head and Shoulders Above the Rest |url=http://blog.washingtonpost.com/the-trail/2007/10/11/head_and_shoulders_above.html |data=11 de outubro de 2007 |acessodata=30 de agosto de 2011 |obra=The Washington Post }}</ref><ref>{{citar jornal|último =Carnahan |primeiro =Ira |título=Presidential Timber Tends To Be Tall |url=http://www.forbes.com/2004/05/19/cz_ic_0519beltway.html |data=19 de maio de 2004 |acessodata=11 de setembro de 2011 |obra=Forbes}}</ref> Seu jeito do interior o fez com que lhe dessem o apelido de "Bubba", especialmente no sul do país.<ref>{{citar jornal|url=http://www.nypost.com/p/news/national/item_QmEh4WrpgVtGtmVB4prTtI |título=Rudy Bops Bugga |obra= New York Post |acessodata=23 de agosto de 2012 |primeiro1 =Charles |último1 =Hurt |primeiro2 =Carl |último2 =Campanile}}</ref> Desde 2000, ele também tem sido chamado de "''The Big Dog''" ou "''Big Dog''".<ref>{{citar jornal|url=http://www.nytimes.com/2000/10/22/opinion/liberties-dare-speak-his-name.html |título=Liberties; Dare Speak His Name |obra= The New York Times|acessodata=23 de agosto de 2012 |autor =Dowd, Maureen}}</ref><ref>{{citar jornal|url=http://www.nytimes.com/2010/09/21/us/politics/21clinton.html |título=Bill Clinton Stumps for Obama |obra= The New York Times |data=20 de setembro de 2010 |acessodata=17 de maio de 2015|autor =Rutenberg, Jim|autor2 = Zernike, Kate}}</ref>
[[Ficheiro:The Funeral of President George H.W. Bush (46153511802).jpg|miniaturadaimagem|Clinton com o presidente [[Donald Trump]], [[Jimmy Carter]], [[Barack Obama]] e [[George W. Bush]] no sepultamento de [[George H. W. Bush]].]]
Bill teve um papel proeminente na campanha a reeleição do [[Barack Obama|Presidente Obama]] durante as [[Eleição presidencial nos Estados Unidos em 2012|eleições gerais]], após um grande discurso na [[Convenção Nacional Democrata de 2012]], onde ele apoiou incondicionalmente a nomeação de Obama e criticou o concorrente republicano [[Mitt Romney]] e as políticas do partido dele, o que lhe rendeu o apelido de "''Explainer-in-Chief''" ("Explicador-em-Chefe").<ref>{{citar jornal|url=http://www.washingtonpost.com/blogs/think-tanked/post/bill-clintons-dnc-speech-as-explainer-in-chief-it-takes-some-brass-and-more-am-briefing/2012/09/06/088a467a-f821-11e1-8b93-c4f4ab1c8d13_blog.html |título=Bill Clinton's DNC speech as 'explainer in chief,' 'it takes some brass,' and more [AM Briefing] |obra= The Washington Post |data= 6 de setembro de 2012 |acessodata=17 de maio de 2015|autor =McDuffee, Allen}}</ref><ref>{{citar jornal|url=http://entertainment.time.com/2012/09/06/the-morning-after-obama-turns-to-bill-clinton-explainer-in-chief/ |título=The Morning After: Obama Turns to Bill Clinton, Explainer-in-Chief |obra= [[Time (revista)|Time]] |data=6 de setembro de 2012 |acessodata=25 de janeiro de 2013 |autor =Poniewozik, James}}</ref>

Clinton teve bons índices de popularidade com as minorias, especialmente com a comunidade [[afro-americana]]. Vários tópicos importantes para este grupo foram abordados durante sua presidência.<ref>{{citar web|url=http://www.americanprogress.org/issues/2004/07/b122950.html |título=A Conversation With President Bill Clinton on Race in America Today |publicado=Center for American Progress |data=16 de julho de 2004 |acessodata=17 de maio de 2015}}</ref> Em 1998, a vencedora do [[Prêmio Nobel]], [[Toni Morrison]], disse que Clinton foi o "primeiro presidente negro", afirmando que ele "mostrava todos os traços de um negro: criado por só um dos pais, nascido pobre, classe trabalhadora, tocador de saxofone, amante de comida tipo [[McDonald's]] do Arkansas".<ref name=MorrisonNewYorker>{{citar web|último =Morrison |primeiro =Toni |autorlink =Toni Morrison|título=Clinton as the first black president |obra=The New Yorker|data=Outubro de 1998|url=http://ontology.buffalo.edu./smith/clinton/morrison.html|acessodata=1 de dezembro de 2006|arquivourl= https://web.archive.org/web/20061021020246/http://ontology.buffalo.edu/smith/clinton/morrison.html|arquivodata=21 de outubro de 2006|urlmorta= não}}</ref> Notando que a vida sexual de Clinton era escrutinada mais do que suas conquistas, Morrison comparou isso aos estereótipos e "dois pesos, duas medidas" que os negros têm que encarar.<ref name=MorrisonNewYorker />

== Vida pessoal ==
Aos 10 anos de idade, ele foi batizado na [[Igreja Batista]] Park Place em [[Hot Springs (Arkansas)|Hot Springs, Arkansas]].<ref>{{cite magazine|first=Philip|last=Yancey|url=https://www.christianitytoday.com/ct/1994/april-25/riddle-of-bill-clintons-faith.html|title=The Riddle of Bill Clinton's Faith|magazine=[[Christianity Today]]|date=25 de abril de 1994}}</ref> Em 1980, após participar de uma peregrinação a Israel liderada pelo Pastor W. O. Vaught, tornou-se membro de sua igreja, a Batista Immanuel Little Rock.<ref>Gary Scott Smith, [https://www.salon.com/2015/04/11/bill_clintons_surprising_faith_from_childhood_through_monica_lewinsky_the_real_story_of_the_presidents_belief_in_god/ Bill Clinton's surprising faith], Salon.com, USA, 11 de abril de 2015</ref> Quando se tornou presidente em 1993, tornou-se membro da [[Igreja Metodista Unida]] Foundry em [[Washington, D.C.]] com sua esposa [[metodista]].<ref> Paul Galloway, [https://www.chicagotribune.com/news/ct-xpm-1999-02-10-9902100268-story.html The President's Pastor], chicagotribune.com, USA, 10 de fevereiro de 1999</ref>

==Honras e prêmios==
[[Ficheiro:William S. Cohen presents President Clinton the Department of Defense Medal for Distinguished Public Service.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|O [[Secretário de Defesa dos Estados Unidos|Secretário de Defesa]] [[William Cohen|Cohen]] dá ao presidente Clinton uma medalha do Departamento de Defesa por serviços distintos.]]
Várias faculdades e universidades deram a ele [[Honoris causa|títulos honoríficos]], incluindo ''legum Doctor''<ref>{{citar web|url=http://faccoun.unc.edu/awards/honorary-degrees/ |título=Honorary Degrees |ano=1993 |acessodata=31 de agosto de 2011 |publicado=UNC-Chapel Hill Office of Faculty Governance}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.tulane.edu/newwave/cornerpics/051906_grads.html |título=President Bill Clinton with an honorary doctorate of law |publicado=Tulane University |data=19 de maio de 2006 |acessodata=31 de agosto de 2011}}</ref> e ''litterarum humanarum doctor''.<ref>{{citar web|url=http://www.rit.edu/news/story.php?id=45649 |título=Clinton to address graduates, Honorary doctorate will be bestowed |publicado=RIT News, Rochester Institute of Technology |data=18 de maio de 2007 |acessodata=18 de maio de 2015}}</ref> Escolas receberam o nome de Clinton,<ref>{{citar web|url=http://www.lausd.net/Clinton_MS/ |título=William Jefferson Clinton Middle School |publicado=Los Angeles Unified School District |acessodata=31 de agosto de 2011|arquivourl= https://web.archive.org/web/20110719002854/http://www.lausd.net/Clinton_MS/|arquivodata= 19 de julho de 2011 |urlmorta= não}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.clintonschool.uasys.edu/ |título=Clinton School of Public service |publicado=University of Arkansas |acessodata=31 de agosto de 2011|arquivourl= https://web.archive.org/web/20110720063224/http://clintonschool.uasys.edu/|arquivodata= 20 de julho de 2011|urlmorta= não}}</ref> e até estátuas foram erguidas em sua honra.<ref name=WJCstatue>{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/8336789.stm |título=Kosovo unveils Clinton's statue |publicado=BBC News Online |acessodata=2 de novembro de 2009 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20091102101327/http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/8336789.stm|arquivodata= 2 de novembro de 2009 |urlmorta= não}}</ref><ref>{{citar jornal|url=http://www.reuters.com/article/2007/05/23/us-serbia-kosovo-clinton-idUSL2316200920070523 |título=Kosovo to honor Bill Clinton with statue|agência=Reuters |acessodata=11 de setembro de 2011}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.russiatoday.com/Politics/2009-11-02/clinton-unveils-statue-kosovo.html |título=Clinton unveils statue to (guess who?) in Kosovo |publicado=Russiatoday.com |autor =Robert Bridge |data=2 de novembro de 2009 |acessodata=18 de maio de 2015}}</ref> Ele recebeu honras nos estados do Missouri,<ref name=DeMolay-1>{{citar web|autor =DeMolay International |url=http://www.demolay.org/aboutdemolay/halloffame.php |título=DeMolay Hall of Fame |publicado=Demolay.org |acessodata=25 de agosto de 2010|arquivourl= https://web.archive.org/web/20100905133239/http://www.demolay.org/aboutdemolay/halloffame.php|arquivodata= 18 de maio de 2015|urlmorta= não}}</ref> Arkansas,<ref>{{citar jornal|último =Purdum |primeiro =Todd S. |url=http://www.nytimes.com/2002/10/17/us/campaign-season-another-first-for-clinton.html |título=Campaign Season; Another First for Clinton |obra=The New York Times |data=17 de outubro de 2002 |acessodata=18 de maio de 2015}}</ref> Kentucky e Nova Iorque.<ref>{{citar jornal|último =Dunlap |primeiro =David |url=http://www.nytimes.com/2004/11/23/nyregion/23rebuild.html |título=Pataki Offers Peek at 9/11 Memorial Progress |obra=[[The New York Times]] |data=23 de novembro de 2004 |acessodata=18 de maio de 2015}}</ref> Ele chegou a receber, das mãos do secretário de defesa [[William S. Cohen]] uma medalha por serviços distintos, em 2001.<ref>{{citar web|url=http://www.defense.gov/photos/newsphoto.aspx?newsphotoid=3174 |título=Secretary of Defense William S. Cohen presents the Department of Defense Medal for Distinguished Public Service to President Bill Clinton in a ceremonial farewell at Fort Myer, Va., on Jan. 5, 2001. |publicado=U.S. Department of Defense |acessodata=1 de setembro de 2011}}</ref> O ''[[Clinton Presidential Center]]'', que é a sua biblioteca presidencial, foi aberta na cidade de [[Little Rock]], no seu estado natal do [[Arkansas]], em 5 de dezembro de 2001.<ref name="NYT">{{citar jornal|url=http://www.nytimes.com/1999/06/28/us/dinner-for-a-presidential-library-contributions-welcome.html?pagewanted=all|título=Dinner for a Presidential Library, Contributions Welcome|último =Van Natta|primeiro =Don, Jr.|obra=The New York Times|acessodata=17 de dezembro de 2009}}</ref>
[[Ficheiro:Bill Clinton statue.jpg|miniaturadaimagem|Uma estátua de Bill Clinton erguida em [[Pristina]], capital da [[República do Kosovo]].]]
Ele também recebeu honras estrangeiras, incluindo dos governos da [[República Tcheca]],<ref>{{citar web|url=http://old.hrad.cz/kpr/rady/rbl_lide_uk.html |título=List of Individuals Awarded the Order of the White Lion |publicado=Old.hrad.cz |data=13 de outubro de 2005 |acessodata=6 de agosto de 2009}}</ref> [[Papua-Nova Guiné]],<ref>{{citar jornal|título=It's now 'Chief'' Bill Clinton |publicado=UPI |data=3 de dezembro de 2006 |url=http://www.upi.com/Top_News/2006/12/03/Its-now-Chief-Bill-Clinton/UPI-99431165188768/ |acessodata=31 de agosto de 2011}}</ref> [[Alemanha]],<ref>{{citar web|url=http://www.karlspreis.de/index.php?id=12&doc=42|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080206203817/http://www.karlspreis.de/index.php?id=12&doc=42|arquivodata=6 de fevereiro de 2008|título=International Prize of the city of Aachen (German)}}</ref> e [[Kosovo]].<ref name=WJCstatue /> Neste último o reconhecimento foi maior, pois Clinton ajudou o país enquanto este estava em [[Guerra do Kosovo|guerra]]. Ruas foram renomeadas em sua honra, como na capital [[Pristina]] e foi erguida uma estátua dele por lá.<ref>{{citar jornal|url=http://thelede.blogs.nytimes.com/2007/05/23/statue-watch-bill-clinton-edition/|título=Statue Watch: Bill Clinton Edition|autor =Mike Nizza|data=23 de maio de 2007|acessodata=18 de maio de 2015|obra=The New York Times}}</ref><ref>{{citar jornal|url=http://travel.nytimes.com/2007/12/17/world/europe/17kosovo.html |título=Kosovo Struggles to Forge an Identity|autor =Dan Bilefsky|data=17 de dezembro de 2007|acessodata=8 de outubro de 2012 |obra= [[The New York Times]] }}</ref><ref>{{citar jornal|url=http://www.nytimes.com/2007/12/09/world/europe/09iht-kosovo.1.8653760.html|título=Kosovo: Forging an identity on eve of new era|autor =Dan Bilefsky|acessodata=8 de outubro de 2012 |obra= [[The New York Times]] }}</ref>

Em 1992, Clinton foi nomeado como a "[[Pessoa do Ano (revista Time)|Pessoa do Ano]]" pela revista ''[[Time (revista)|Time]]'',<ref>{{citar jornal|url=http://www.time.com/time/covers/0,16641,19930104,00.html |título=Bill Clinton, Man of the Year |jornal=[[Time (revista)|Time]] |autor =Elizabeth P. Valk |data=4 de janeiro de 1993 |acessodata=18 de maio de 2015}}</ref> e novamente em 1998, junto com [[Ken Starr]].<ref>{{citar jornal|url=http://www.time.com/time/covers/0,16641,19981228,00.html |título=Kenneth Starr & Bill Clinton, Men of the Year |jornal=[[Time (magazine)|Time]] |autor =Nancy Gibbs |data=28 de dezembro de 1998 |acessodata=18 de maio de 2015}}</ref> Uma pesquisa feita pela ''Gallup'' em 1999, colocou Clinton como uma das pessoas mais admiráveis do [[século XX]].<ref>{{citar livro|título= The Gallup Poll 1999 |publicado=Scholarly Resources Inc |ano= 1999 |local= Wilmington, DE |páginas= 248–249}}</ref> Ele também recebeu prêmios por sua contribuição em questões sociais e direitos dos [[LGBT]]s. Em novembro de 2013, o então presidente Barack Obama lhe deu a [[Medalha Presidencial da Liberdade]], a mais alta condecoração civil dada pelo governo americano.<ref name="Medal of Honor">{{citar jornal|título=Obama awards Medal of Freedom to Clinton, Oprah, others|url=http://www.usatoday.com/story/news/politics/2013/11/20/obama-clinton-oprah-winfrey-dean-smith-ernie-banks/3650113/|obra=USA Today|acessodata=19 de maio de 2015|primeiro1 =David|último1 =Jackson|data=20 de novembro de 2013}}</ref>

==Livros escritos==
*{{citar livro|título=Between Hope and History |ano=1996|publicado=Times Books|local=New York|isbn=978-0-8129-2913-3}}
*{{citar livro|título=[[My Life (livro)|My Life]]|ano=2004|publicado=Vintage Books|local=New York|isbn=978-1-4000-3003-3|edição=1st}}
*{{citar livro|título=Giving: How Each of Us Can Change the World|ano=2007|publicado=Knopf|local=New York|isbn=0-307-26674-5|edição=1st}}
*{{citar livro|título= Back to Work: Why We Need Smart Government for a Strong Economy|url = http://books.google.com/?id=-S2JCDOpgXYC&printsec=frontcover&dq=inauthor:%22Bill+Clinton%22|ano=2011|publicado= Knopf|isbn = 978-0-307-95975-1}}
* ''[[The President Is Missing]]'', novela de suspense escrita em parceria com [[James Patterson]] e publicado pela primeira vez em 2018.

{{referências}}

== Ligações externas ==
{{Correlatos
|wikinotíciascat=Bill Clinton
|commonscat=Bill Clinton
|wikiquote=Bill Clinton
}}
* [http://www.whitehouse.gov/history/presidents/bc42.html Biografia no site da Casa Branca] {{en}}
* [http://www.bill-clinton-peace.blogspot.com/ ''Photos of Bill Clinton's actions to bring peace to the Middle East''] {{en}}

{{Começa caixa}}
{{Caixa de sucessão
|antes=[[George H. W. Bush]]
|título=<center>[[Imagem:Seal_of_the_President_of_the_United_States.svg|30px]]<br/>[[Lista de presidentes dos Estados Unidos|42º Presidente dos Estados Unidos]]
|anos=''1993 – 2001''
|depois=[[George W. Bush]]
}}
{{Termina caixa}}

{{Presidentes dos Estados Unidos}}{{Bill Clinton}}{{Governadores do Arkansas}}
{{Gabinete de Bill Clinton}}
{{Ordem de precedência dos Estados Unidos}}
{{Pessoa do Ano (revista Time)}}
{{Portal3|Biografias|Política|Estados Unidos}}
{{controle de autoridade}}

{{DEFAULTSORT:Clinton, Bill}}
[[Categoria:Bill Clinton| ]]
[[Categoria:Naturais do Arkansas]]
[[Categoria:Metodistas dos Estados Unidos]]
[[Categoria:Veganos dos Estados Unidos]]
[[Categoria:Democratas do Arkansas]]
[[Categoria:Alunos do University College (Oxford)]]
[[Categoria:Alunos da Universidade Yale]]
[[Categoria:Advogados dos Estados Unidos]]
[[Categoria:Governadores do Arkansas]]
[[Categoria:Presidentes dos Estados Unidos]]
[[Categoria:Família Clinton|Bill Clinton]]
[[Categoria:Bolsistas Rhodes dos Estados Unidos]]
[[Categoria:Saxofonistas dos Estados Unidos]]
[[Categoria:Escritores dos Estados Unidos]]
[[Categoria:Pessoa do Ano]]
[[Categoria:Medalha Presidencial da Liberdade]]