Calicrátidas
Calicrátidas foi um almirante espartano, na época da Guerra do Peloponeso. Ele tornou-se comandante da esquadra de Esparta, sucedendo a Lisandro, quando o tempo de comando deste terminou.[1]
Personalidade
[editar | editar código-fonte]Calicrátidas era muito jovem quando ganhou o comando, sem ambições e de caráter reto, pois ainda não havia tido contato com os estrangeiros.[1] Ele era justo, e durante seu período como comandante nada foi feito de errado contra alguma cidade ou cidadão; ele lidava sumariamente contra quem queria corrompê-lo e os punia.[1]
Em personalidade Calicrátidas era o oposto de Lisandro: Lisandro era cheio de artimanhas e perseverante, enquanto que Calicrátidas era sincero e aberto, e não tentava obter nada através de truques ou traições.[2]
Vitórias
[editar | editar código-fonte]Calicrátidas reuniu a frota em Éfeso que, junto com os aliados, somava cento e quarente trirremes.[3] Com esta força, ele teve várias vitórias contra os atenienses.[4]
Conon opôs-se a Calicrátidas em Lesbos,[5] mas na Batalha de Mitilene (406 a.C.), os atenienses foram derrotados, sua frota destruída ou capturada, e os soldados se refugiaram em Mitilene.[6]
Morte
[editar | editar código-fonte]Enquanto isso, os atenienses e seus aliados conseguiram mais cento e cinquenta trirremes e foram para as ilhas Arginusas, com intensão de libertar o cerco de Mitilene.[7] As ilhas Arginusas eram habitadas naquela época por um pequeno grupo de etólios, e ficavam entre Mitilene e Cime.[8]
Calicrátides, quando soube da aproximação dos atenienses, deixou Eteônico comandando o cerco, e levou cento e quarenta trirremes para as ilhas Arginusas.[8]
Na preparação para a batalha, um adivinho disse a Calicrátides que ele morreria, mas ao que ele respondeu: Se eu morrer na luta, eu não terei diminuído a fama de Esparta.[9]
Durante a batalha, sua trirreme abalroou a trirreme de Péricles, filho do famoso Péricles; [10] na luta que se seguiu, Calicrátides foi morto.[11]
Referências
- ↑ a b c Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XIII, 76.2
- ↑ Cícero, De Officiis, Livro I, 109
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XIII, 76.3
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XIII, 76.4-6
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XIII, 77.1-5
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XIII, 78.1-3
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XIII, 97.2
- ↑ a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XIII, 97.3
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XIII, 97.5
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XIII, 99.4
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XIII, 99.5