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Carlão (Alijó)

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Portugal Carlão 
  Localidade  
Localização
Carlão está localizado em: Portugal Continental
Carlão
Localização de Carlão em
Mapa
Mapa de Carlão
Coordenadas 41° 18′ 55″ N, 7° 24′ 16″ O
Município primitivo Alijó
Município (s) atual (is) Alijó
Freguesia (s) atual (is) Carlão e Amieiro
História
Extinção 2013
Características geográficas
Área total 26,49 km²
População total (2011) 719 hab.
Densidade 27,1 hab./km²
Outras informações
Orago Santa Águeda

Carlão é uma povoação portuguesa do Município de Alijó que foi sede da extinta Freguesia de Carlão, freguesia que tinha 26,54 km² de área e 719 habitantes (2011), e, por isso, uma densidade populacional de 27,1 hab/km².

A Freguesia de Carlão foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada à Freguesia de Amieiro, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Carlão e Amieiro da qual é sede.[1]

Virá do baixo-latim [Villa] Carloni,[2] evoluído já para Carlon na época medieval.[3] Que, à semelhança do nome moderno Carlos, virá do germânico antigo karl, que significaria "homem livre", latinizado (numa das suas variações) como Carlonus (sendo Carloni o seu possessivo). Villa essa como a correspondente aos restos arqueológicos que se encontram nas vinhas da Azinheira (imediatamente a sul do Castelo de Carlão), aparentemente construída em século I E.C., ou anteriormente (e que tem indicações que um dos seus primeiros donos, antes da era das migrações germânicas, chamar-se-ia sim Latronus, que é uma antroponímia galaica latinizada que encontramos noutros pontos do noroeste ibérico[4], como por exemplo sendo antigo nome de um afluente do vizinho rio Tâmega[5]).[6]

Pelos restos arqueológicos de diversas eras, a região aparenta estar continuamente populada desde a pré-história (com múltiplos exemplos de arte rupestre e outros vestígios) até aos dias de hoje. Já na era romana, se cultivavam os vinhos e os cereais nesta região, havendo restos muito aparato agrícola desta era, como lagares, ânforas, dólios (contentores alimentares), etcétera. Possivelmente cultivar-se-ia vinho até antes dos romanos, ainda que provavelmente de forma mais limitada, complementada por importação vinda do mediterrâneo, dados os relatos de Estrabão sobre o estatuto de escassez deste produto cobiçado pelos Callaicos locais do Norte do Douro, que nesta região também poderiam fazer zythos (cerveja de malte).[6]

Assenta principalmente na exploração dos olivais, vinhedos e madeiras, havendo também outras produções agrícolas, a pastorícia, a caça e a recolecção silvestre.

Hoje, como noutras aldeias rurais, denota-se declínio na actividade comunitária da reduzida e envelhecida população.[6]

Número de habitantes [7]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
1 421 1 504 1 622 1 799 1 829 1 599 1 706 1 835 1 930 1 925 1 235 1 349 1 037 886 719

(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)

Distribuição da População por Grupos Etários em 2001 e 2011
Idade 0-14 15-24 25-64 > 65 0-14 15-24 25-64 > 65
2001 92 94 407 293 10,4% 10,6% 45,9% 33,1%
2011 51 52 304 312 7,1% 7,2% 42,3% 43,4%

Património Cultural

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  • Abrigo rupestre da Pala Pinta [1]

Referências

  1. Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Lei n.º 11-A/2013 de 28 de janeiro (Reorganização administrativa do território das freguesias). Acedido a 2 de fevereiro de 2013.
  2. Paróquias Suevas e Dioceses Visigóticas, Armando de Almeida Fernandes, Arouca, Dezembro de 1997
  3. «União de Freguesias de Carlão e Amieiro». www.cm-alijo.pt. Consultado em 18 de outubro de 2024 
  4. Granha, André Pena. Celtic Common Law in The Cradle of the Celts of Atlantic Europe. The “Terra de Trasancos” as a paradigm. [S.l.: s.n.] 
  5. Vasconcellos, Museu Etnográfico PortuguêsMuseu Etnológico PortuguêsMuseu Etnológico do Dr Leite de, O Archeólogo português (PDF), consultado em 22 de outubro de 2024 
  6. a b c DE ALMEIDA, Carlos Brochado (1992). O Passado Arqueológico de Carlão - Alijó (PDF). Porto: Universidade do Porto, Faculdade de Letras 
  7. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
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